Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 3:17 am do dia 9 de outubro de 2013 Deixe um comentário

O mote da chapa Eduardo e Marina.

O mote do PSB para 2014.

Após a decisão da ex-senadora Marina Silva se filiar ao PSB, muitos atores políticos ficaram atônitos e uma série de especulações surgiram sobre quem encabeçaria a chapa presidencial. Alguns fomentam a tese de que Eduardo Campos abdicará da candidatura para que o PSB lançasse a ex-senadora como candidata a presidente, outros questionam as razões da ex-senadora se filiar ao PSB que já possuía um pré-candidato em vez de migrar para o PPS ou o PEN, partidos que ofereceram legenda para ela disputar em 2014.

O fato é que o PPS é um partido que tem atacado sistematicamente o PT e os governos Lula e Dilma. Marina foi ministra de Meio Ambiente de Lula, assinar a ficha de filiação ao PPS seria afrontar o seu histórico político, além do mais, o PPS é uma legenda considerada nanica, sem grande representatividade no país.

O PEN não teria a mesma problemática do PPS, mas é de até menor tamanho do que a sigla pós-comunista, o que daria pouco tempo de televisão e pouca musculatura a uma eventual candidatura de Marina pela sigla. Além do mais, em ambos os casos, se não conseguisse ampliar o leque de alianças, estaria fadada a uma desidradação que poderia deixar-lhe menor do que entrou.

A aliança com Eduardo Campos dentro do PSB pode atrair uma série de partidos simpáticos aos dois líderes políticos. Uma vez que o DEM e o PPS, parceiros inseparáveis do PSDB de Aécio Neves, em 2014 pretendem seguir um novo rumo e podem desembocar na candidatura do PSB. Enquanto os partidos da base governista podem migrar para um novo projeto e tentar maior espaço num eventual governo do PSB.

Por fim, o principal mote. Em 2010 ele até chegou a ser ensaiado pelo PSDB mas houve recuo. Naquela eleição o PSDB pretendia colocar José Serra na presidência e Aécio Neves na vice-presidência, que acabou não se consumando, então decidiu colocar o senador Alvaro Dias como vice de Serra, que também não se consumou numa chapa puro-sangue e acabou tendo o desconhecidíssimo Indio da Costa (DEM) que em nada agregou ao projeto do PSDB.

Qual seria o mote? Com 32 siglas partidárias, a população está cada vez mais personificando o voto, em vez de partidarizá-lo, então é muito mais interessante um projeto com presidente e vice-presidente conhecidos e tarimbados do que um presidente conhecido e um vice que ninguém sabe de onde veio.

O PSB pode muito bem utilizar o mote de ter Eduardo Campos presidente e Marina Silva vice-presidente como algo diferenciado na política. Ter uma chapa com nomes conhecidos da política nacional traz credibilidade, e na ausência do titular, o povo brasileiro saberá que o país está em boas mãos sendo assumido pela vice. Vale salientar que em menos de 30 anos já tivemos dois vice-presidentes que acabaram assumindo o governo, o primeiro foi José Sarney com o falecimento de Tancredo Neves e o segundo foi Itamar Franco com o impeachment de Fernando Collor.

Na atual conjuntura, a linha sucessória brasileira está da seguinte forma: Dilma Rousseff, depois Michel Temer, depois Henrique Eduardo Alves, depois Renan Calheiros, por fim Joaquim Barbosa. Qual brasileiro gostaria de dar o comando dos seus rumos para pessoas como Michel Temer, Renan Calheiros e Henrique Eduardo Alves?

Então, além do charme de ter uma mulher com a história de Marina Silva na chapa, oa parte dos seus 20 milhões de votos lhe acompanhando e uma cara nova como Eduardo Campos disputando a presidência da República, a chapa do PSB ganha mais um mote para se diferenciar dos demais projetos, principalmente o do PT.

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Postado por Edmar Lyra às 23:10 pm do dia 5 de outubro de 2013 Deixe um comentário

Eduardo e Marina: A aliança de 40 milhões de votos.

Eduardo e Marina lançam a Frente Sustentável Brasileira.

Hoje o governador Eduardo Campos e a ex-senadora Marina Silva anunciaram uma decisão que tem reflexo impactante nas eleições de 2014. Como sabemos, Marina não conseguiu viabilizar a sua Rede Sustentabilidade e tinha a opção de se filiar a alguma legenda para ser candidata à presidência da República no ano que vem. Mesmo diante da possibilidade de optar por uma legenda e disputar de certeza, ela optou pelo caminho de se filiar ao PSB, que já possui um pré-candidato colocado, que é o governador de Pernambuco.

Tal decisão, apesar de ser surpreendente, mostra a visão sistemática de uma eleição presidencial da parte de Eduardo Campos e também de Marina Silva. Se Marina anunciasse hoje que estaria fora do pleito presidencial o jogo iria zerar e Dilma Rousseff voltaria ao status de favorita à reeleição. Se optasse por um partido sem candidato teria que justificar sua ida a todo momento e consequentemente prejudicaria seu voo.

Era previsível que tendo quatro candidaturas colocadas alguém teria que desidratar e a mais propensa a isso era a própria Marina, que novamente disputaria a presidência e naturalmente deixava de ser o fato novo da eleição. Sem uma estrutura de palanques e tempo escasso de televisão ela corria riscos de ceder terreno para os outros três candidatos.

O grande fato novo da eleição já tinha nome e sobrenome: Eduardo Campos. Certamente Marina se deu conta disso quando tomou essa decisão. Sua saída do jogo e consequente colocação de apoio ao projeto do PSB aglutina parte consideravel do seu eleitorado para o projeto do PSB, o inverso não ocorreria.

Muitos perguntarão como alguém com 26% de intenções de voto abre para alguém que possui apenas 8%? Certamente é porque ela sabe que existe um recall para ela e que dificilmente existiria um potencial de crescimento para a mesma, tendo grandes chances de desidratação quando o jogo começasse pra valer. O nome que possui apenas 8% pode chegar a 26% quando se tornar conhecido, principalmente se houver uma campanha competente.

Hoje, Marina e Eduardo possuem juntos 34% das intenções de voto, considerando o cenário do último Datafolha que dá um total de 85% de intenções de voto e um universo de 15% de indecisos, brancos e nulos, chegamos a conclusão que Eduardo e Marina juntos têm uma partida de 40 milhões de votos, que nas primeiras sondagens tendem a diminuir, porque o voto de Marina deve se pulverizar um pouco, mas como ela continuará no projeto, boa parte deve migrar para Eduardo. Se ela conseguir levar metade das suas intenções de voto pro governador do PSB, a candidatura já apareceria com 21% das intenções de voto e desbancaria Aécio Neves, candidato do PSDB.

A união de Eduardo e Marina é uma espécie de aliança estratégica que consolida uma alternativa de poder à dicotomia PT x PSDB que se instaurou nas últimas cinco eleições presidenciais.

Está criada a Frente Sustentável Brasileira, que pode atrair os insatisfeitos da base governista e os que não acreditam no projeto do PSDB como oposição. Eduardo jogou sua rede e pescou uma sereia que pode lhe dar a presidência da República.

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Postado por Edmar Lyra às 23:40 pm do dia 27 de setembro de 2013 Deixe um comentário

Tadeu Alencar deve ser o escolhido.

Tadeu Alencar deve ser o nome do PSB para o governo.

Rola um zum zum zum nos bastidores do PSB e da política local que o governador Eduardo Campos já escolheu o nome para a sua sucessão. Apesar de nos últimos dias o ministro Fernando Bezerra Coelho ter ganhado força, há quem diga que o governador já bateu o martelo e trata-se do secretário da Casa Civil Tadeu Alencar.

A jogada de Eduardo parece-me arriscada, pois, precisará fortalecer a gestão de Geraldo Julio no Recife, que não vai bem, para poder justificar o lançamento de mais um técnico no ringue eleitoral. Tudo que Geraldo havia feito até 2012 terá que mudar de executor e ser Tadeu Alencar.

Quem acompanha a política local sabe que Tadeu é qualificado para o cargo, conhece bem a gestão por ter feito parte dela nos dois mandatos de Eduardo Campos, mas é uma tremenda de uma incógnita eleitoral.

Sobretudo diante da cada vez mais factível candidatura do governador a presidente. Para bancar Tadeu aqui em Pernambuco e evitar qualquer surpresa desagradável, Eduardo poderia ser obrigado a disputar o Senado.

Com Fernando Bezerra Coelho como nome do PSB, ele não teria essa preocupação, pois, se trata de alguém tarimbado politica e eleitoralmente. Ficaria mais livre para disputar o Palácio do Planalto sem grandes riscos locais.

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Postado por Edmar Lyra às 22:46 pm do dia 20 de setembro de 2013 Deixe um comentário

PT e PSB prontos para o embate.

Por Terezinha Nunes, deputada estadual pelo PSDB

Embora o governador Eduardo Campos não tenha ainda assumido a candidatura a presidente da República apesar da entrega de cargos desta semana, nove entre dez socialistas afirmam que, confirmando-se a candidatura da presidente Dilma à reeleição, Eduardo entra na disputa.

Interlocutores mais próximos do governador e da presidente chegam a adiantar, a boca pequena, que até os adjetivos que cada um deles usa em privado referindo-se ao outro denotam a inviabilidade de uma aliança futura.

Isto se confirmando, e há grandes evidências de que pode acontecer, Pernambuco tende a ter uma das campanhas mais acirradas de sua história, servindo para dar o tom do que vai ocorrer a nível nacional entre dois aliados históricos: o PT e o PSB.

Há mais de 10 anos juntos no estado e demonstrando, de forma pública, que a união das duas siglas seria fundamental para a população – o que explica as vitórias seguidas que tiveram quase esmagando a oposição – petistas e socialistas tendem a medir forças querendo, cada um, tirar proveito do bom momento econômico vivido pelo estado nos últimos anos.

A seu modo, o PT já começou a cutucar o leão com vara curta. Está no ar uma propaganda do Governo Federal referindo-se às obras de mobilidade na Região Metropolitana que o estado toca mas que são realizadas com quase 90% de recursos federais.

Em outros tempos, o PT engoliu a esperteza do PSB que apresentou todas as obras em parceria como se fossem feitas com o dinheiro exclusivamente estadual. Era tempo de cortejar Eduardo e ninguém reclamou.

Bastaram as primeiras escaramuças e gestos de independência do governador e o caldo entornou.

Daqui pra frente novas propagandas deverão surgir com o mesmo objetivo.

Nessa guerra pela paternidade, a balança tende a favorecer momentaneamente um ou outro partido mas, no frigir dos ovos, os dois tendem a sair arranhados.

O PT querendo demonstrar, como já andou ensaiando algumas vezes o senador Humberto Costa, que Pernambuco só cresceu por conta dos recursos e investimentos produzidos via ministérios e órgãos federais e o PSB fortalecendo a sua tese de que Eduardo é um gestor e que foi ele o real condutor de tudo que acontece por aqui.

O embate promete e pode regredir, como já estimam alguns petistas, ao governo do pemedebista Jarbas Vasconcelos que foi governador já com Lula presidente durante cujo mandato foram consolidados os dois maiores investimentos que o estado tem hoje: a Refinaria e o Estaleiro Atlântico Sul.

Mesmo outro grande investimentos – a fábrica da Fiat – este garantido no governo Eduardo Campos, o próprio Humberto já se apressou a esclarecer que ele próprio se empenhou pelo projeto e que foi o Governo Federal o real condutor das negociações para que o grupo italiano se estabelecesse em Pernambuco.

Por enquanto, a guerra de bastidores tem chegado de forma tímida ao grande público mas tende a se aguçar, apesar dos panos mornos que alguns petistas nacionais e pernambucanos têm usado para abrandar a fervura, acreditando que o governador ainda pode desistir do embate e subir no palanque de Dilma no primeiro turno.

Curtas

Felicidade – É patente o semblante de alegria dos petebistas na Assembléia Legislativa depois que o PSB entregou os cargos à presidente Dilma. Dá-se como certa uma aliança do PT com o PTB no estado em torno da candidatura a governador do senador Armando Monteiro Neto.

Chapinhas
– Dá-se como certo nos meios políticos que os pequenos partidos não vão reunir condições para formar chapas próprias nessas eleições. Na eleição passada eles abocanharam mais de seis vagas na Assembléia, em detrimento das grandes legendas.

Dança
– O pastor Cleiton Collins, recordista de votos na Alepe, decidiu – depois de muita especulação – se filiar ao PP. Mas garante que não aceita entrar em chapinha. Teria recebido garantia de que o PP vai para um chapão. Tudo indica que será o chapão do PT e PTB. Antes Cleiton dizia quem iria para uma legenda que ficasse no chapão do governador Eduardo Campos.

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Postado por Edmar Lyra às 0:23 am do dia 18 de setembro de 2013 Deixe um comentário

Candidatura de Eduardo qualifica o debate.

Governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo definitivamente entrou no jogo de 2014.

O governador Eduardo Campos, pré-candidato do PSB a presidente da República e presidente nacional da sigla, anunciará amanhã a saída do seu partido do governo Dilma Rousseff. A secretaria dos Portos, comandada por Leônidas Cristino e o ministério da Integração Nacional, comandado por Fernando Bezerra Coelho, bem como alguns órgãos como Chesf, Codevasf, Sudene, etc, comandados pelo PSB serão entregues amanhã.

A decisão de desembarcar do governo Dilma Rousseff consolida a sua pré-candidatura à presidência da República. Com 5 a 8% nas pesquisas de intenção de voto, o socialista precisava se definir sobre ser candidato ou não. Continuar no governo colocava em xeque a sua candidatura e a sua perspectiva de ser o novo na eleição.

Eduardo foi deputado estadual, secretário da Fazenda, deputado federal, ministro da Ciência e Tecnologia e governa Pernambuco há quase sete anos. Como governador de Pernambuco ampliou consideravelmente a capacidade de gestão do estado e naturalmente o desenvolvimento do estado.

A sua candidatura a presidente traz a qualificação do debate. Se fossem mantidas apenas as candidaturas do PT, do PSB e do Rede com Marina Silva seria uma reedição da disputa de 2010, com a entrada de Eduardo se incluem discussões mais qualificadas sobre o Brasil.

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Postado por Edmar Lyra às 23:59 pm do dia 12 de setembro de 2013 Deixe um comentário

Disputa na família Dias pela eleição para a Alepe.

Leonardo Dias (PSB) pode ser candidato junto com o pai Romário Dias a deputado estadual.

O ex-presidente da Assembleia Legislativa Romário Dias em breve anunciará filiação ao PTB do senador Armando Monteiro. O caminho natural seria o PSB, se Eduardo Campos tivesse dado a secretaria que Romário pediu, como não houve essa costura, Romário optou por virar correligionário de Armando.

O objetivo de Romário é ser candidato no lugar do filho, deputado Leonardo Dias (PSB), pois entende que há dificuldades eleitorais e políticas para os dois serem eleitos. Porém, Leonardo não quer abdicar de mais um mandato na Casa Joaquim Nabuco e estaria costurando com Eduardo da Fonte a possibilidade de disputar um mandato por outro partido.

Romário Dias recentemente foi ao interior e disse aos quatro ventos que Leonardo havia desistido da candidatura e o nome da sua família para a Alepe seria ele. Leonardo ainda não se pronunciou por respeito ao pai.

Em breve Eduardo da Fonte, Leonardo Dias e Cleiton Collins buscarão um entendimento para que Leonardo seja candidato pelo PP, novo partido de Cleiton, onde teria plenas condições de ser eleito com 35 mil votos.

Romário além de buscar mais um mandato na Assembleia Legislativa, tentará mais uma vez ser o presidente da Casa Joaquim Nabuco no biênio 2015-2016.

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Postado por Edmar Lyra às 1:56 am do dia 11 de setembro de 2013 Deixe um comentário

André Campos sai do PT e entra no PSB.

Conforme havíamos antecipado aqui no blog, o deputado André Campos saiu do PT e se filiou ao PSB. A mudança traz à tona mais uma discussão sobre fidelidade partidária. Alguns alegam que o mandato é do partido mas isso só seria aceitável se o partido não se coligasse na disputa. O que não foi o caso do PT nas eleições de 2010 para deputado estadual.

O PT se coligou ao PSB, PRB, PP, PDT, PTB, PSC, PR e PCdoB, conquistando 298.967 votos de legenda e 2.473.553 votos, conseguindo eleger 30 deputados pelo quociente partidário e 3 pela média, totalizando 33 parlamentares para a Casa Joaquim Nabuco.

Naquele pleito, o PT obteve 77.664 votos de legenda e 331.693 votos nominais, totalizando 409.357 votos. Se tivesse disputado em faixa própria em vez de entrar no chapão, o partido elegeria apenas 4 deputados estaduais porque o quociente foi de 91.824 votos.

Como se aliou ao PSB e os demais partidos do chapão, o partido conseguiu emplacar mais um deputado que foi exatamente André Campos. Vale ressaltar que Odacy Amorim foi eleito pelo PSB, mas no chapão da Frente Popular e migrou para o PT para disputar a prefeitura de Petrolina no ano passado.

Portanto, André Campos não se enquadra na infidelidade partidária, haja vista que sem os votos do PSB, partido que ele foi, o PT não emplacaria cinco deputados estaduais como conseguiu em 2010.

Haveria ressalvas se André estivesse migrando para um partido de fora da coligação que o elegeu e mesmo assim quem teria direito de questionar seu mandato na justiça era o primeiro suplente da coligação e não o primeiro suplente do PT.

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Postado por Edmar Lyra às 2:34 am do dia 30 de agosto de 2013 Deixe um comentário

É candidato.

Eduardo Campos, o candidato do PSB a presidente da República.

O governador Eduardo Campos já enfrentou diversos obstáculos na vida pública. Tem couro de elefante e voo de águia para lidar com as idas e vindas da política. Demonstrou isso quando conseguiu reverter uma eleição que parecia sem chances em 2006 para governador e posteriormente quando eleito no decorrer do seu governo.

Antes de virar governador, Eduardo fez do limão uma doce limonada, pegando o modesto Ministério da Ciência e Tecnologia e iniciou as pesquisas com Células-Tronco que revolucionaram a saúde brasileira. Fazendo um comparativo com Humberto Costa, então ministro da Saúde, uma pasta muito mais vistosa e importante, Eduardo acabou se saindo melhor que o hoje senador.

Em meados de 2012 chegou a declarar que o jogo de 2014 para presidente já estava jogado, dando a entender que apoiaria a reeleição da presidente Dilma Rousseff, naquele momento muito bem-avaliada. Porém, uma retomada na relação com o senador Jarbas Vasconcelos, afastado durante vinte anos, fez com que o governador optasse por lançar um projeto próprio para o Recife, onde acabou vitorioso no primeiro turno.

Com a força acumulada nas eleições de 2012, tanto em Pernambuco como fora do estado com o seu PSB, o governador se viu capaz de disputar a presidência da República em 2014. As manifestações de rua potencializaram a sua postulação. O país clama por alguém que seja novo e não esteja atrelado ao passado.

Mesmo sendo político tarimbado, o pernambucano consegue representar o novo, primeiro porque Dilma Rousseff é a continuidade dos 12 anos do PT na presidência, Aécio Neves representa a volta ao PSDB, partido que teve papel importante na reestruturação da economia brasileira, mas que possui uma certa rejeição da sociedade. Restam Marina e o socialista.

Marina Silva significa a negação política. Política é do confronto de ideias, da discussão de projetos e a mesma não consegue se inserir neste grupo. Ela atinge uma parcela da sociedade que não gosta de política e não acredita nos políticos, que vota apenas para protestar.

Mas existe o flanco da sociedade que visualiza a capacidade de gestão como algo importante para conduzir os rumos da nação, que acredita no novo político que faz uma nova política e não aquele que nega a política.  Talvez Eduardo se enquadre neste último grupo e possa crescer durante o ano de 2013 e em 2014 consolidar o seu projeto.

Os avanços obtidos pelo socialista em Pernambuco são vistos em vários setores. Na saúde, na educação, na segurança, etc. Existem gargalos? Obviamente. Mas se existisse uma fórmula mágica para tudo dar certo não teria necessidade de eleições, não haveria motivos para debater o futuro da nação, etc.

A entrevista de Eduardo Campos nesta quinta-feira ao Programa do Ratinho deixou clara a postulação do socialista à presidência da República. Se fosse candidato ao Senado, à Câmara Federal ou pretendesse continuar no cargo de governador, ele não precisaria ir a programas nacionais. No fim do seu mandato, o objetivo seria apenas eleger o sucessor.

Agora resta ao governador, que já tem até data para isso, romper com o PT a nível federal, trata-se do dia 7 de outubro quando ele entregará todos os cargos no governo federal ocupados pelo PSB. Além do mais, ele precisa construir alianças partidárias para viabilizar um bom tempo de televisão e falar ao Brasil. Ele já tem negociações abertas com DEM, PPS e PDT, podendo angariar PSD, PTB e PR, além dos nanicos PTC, PSL, etc. Se dessas siglas o socialista atrair pelo menos quatro além do seu PSB, seu tempo de televisão será de aproximadamente 5 minutos e com isso ele terá plenas condições de falar o que pensa sobre o Brasil.

Eduardo é mais candidato a presidente do que nunca. Quem duvidar disso vai quebrar a cara.

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Postado por Edmar Lyra às 2:49 am do dia 26 de agosto de 2013 1.087 Comentários

A engenharia de André Campos em Jaboatão.

Crédito: Jornal do Commércio.
André Campos deve ir para o PSB de Eduardo e disputar a prefeitura de Jaboatão em 2016.

O deputado André Campos em 2002 tentou a reeleição para a Assembleia Legislativa e não obteve êxito naquele pleito. Foi exatamente no momento em que Carlos Wilson que era senador tentou a reeleição e acabou ficando em terceiro lugar na disputa que elegeu Sérgio Guerra e Marco Maciel.

Animal político, André disputou mandato de vereador em Jaboatão dos Guararapes e foi o mais votado da eleição de 2004 e de toda a história do município. No pleito de 2006 tentou e alcançou a volta para a Assembleia Legislativa. Como deputado estadual do PT, se tornou um candidato natural a prefeito de Jaboatão em 2008, naquela eleição o vitorioso foi Elias Gomes (PSDB).

Foi para a reeleição como deputado estadual e venceu, foi quando se juntou ao então prefeito do Recife João da Costa onde assumiu a secretaria de Turismo e se tornou um dos pontas-de-lança da gestão petista na PCR. Cotado para disputar a prefeitura de Jaboatão em 2012 optou por declinar da disputa pela total dificuldade de vitória contra Elias Gomes que disputou a reeleição e venceu.

Agora André vai buscar mais um mandato de deputado estadual, porém, dessa vez deve disputar pelo PSB, partido do governador Eduardo Campos visando construir uma vitória consistente no município de Jaboatão para sair com força para o pleito de 2016. No partido do governador André reúne as condições necessárias para se tornar um pré-candidato competitivo à prefeitura daquele município.

Dentro do PSB ele terá ainda as sombras de João Fernando Coutinho que será candidato a deputado federal e do vice-prefeito Heraldo Selva que também almejam a indicação do PSB para a disputa. O grande desafio de André Campos será sair do PT sem grandes rusgas, o que não será nada fácil em se tratando do PT. Mas é uma questão de sobrevivência política para 2014 e de aumentar a sua dimensão visando 2016.

O PT teve um processo extremamente desastroso em 2012 não só em Recife que não cabe comentar como em Jaboatão quando o partido teve a candidatura do vereador Robson Leite mantida até os 45 do segundo tempo e declinou para apoiar Paulo Varejão e o resultado foi uma derrota acachapante.

Mesmo assim, o PT hoje consegue uma inserção política em Jaboatão com Ricardo Valois, presidente da Câmara e o próprio André Campos, mas possui dificuldades para construir alianças competitivas para disputar com chances a prefeitura de Jaboatão.

No PSB André Campos e seu grupo político têm melhores chances para 2016.

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Postado por Edmar Lyra às 0:36 am do dia 22 de agosto de 2013 Deixe um comentário

Raimundo Pimentel pode conseguir consenso sobre PEC do voto aberto.

Socialista tenta conseguir acordo na Alepe.

Segundo os bastidores da Alepe, o deputado Raimundo Pimentel (PSB), nova liderança que vem surgindo entre os parlamentares da Casa Joaquim Nabuco, está costurando uma PEC que agrade os dois grupos referente à votação do voto aberto.

A articulação do socialista visa atender os anseios dos dois grupos e será um misto entre a PEC3 de autoria do deputado Silvio Costa Filho (PTB) e a PEC4 de autoria do deputado Maviael Cavalcanti (DEM).

A defesa de Pimentel em preservar o voto fechado para a mesa diretora tem como objetivo evitar interferências de outros poderes nas decisões sobre o tema na casa, pois, em caso de abrir toda a votação, os deputados ficariam muito vulneráveis em relação a pressões externas sobre a Casa Joaquim Nabuco.

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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