A Frente Popular do Recife ganhou, na Justiça Eleitoral, 13 processos por divulgação de Fake News contra a candidatura da chapa majoritária. As ações envolvem a divulgação de diversas informações falsas envolvendo o candidato João Campos, a Frente Popular e o PSB. A Justiça concedeu liminares para a retirada das informações das redes sociais e também direito de resposta em cinco das ações. “A gente não pode tolerar a produção de informação falsa. E isso não é só na política. Isso é na vida. Temos uma excelente oportunidade, na eleição, de mostrar que não compactuamos com isso e que combatemos a divulgação de inverdades”, afirmou o prefeiturável, que lançou em setembro uma ação de campanha contra as fake news.
Atos que se relacionem com criação, divulgação e disseminação de informações falsas se enquadram em oito artigos do Código Penal e um do Código Eleitoral, com penas que, em casos mais graves, vão desde a aplicação de multas até a prisão e a perda de direitos políticos.
Três dos processos julgados são referentes à divulgação de que João Campos teria realizado uma festa de convenção que teria gerado aglomeração. No entanto, a convenção da Frente Popular foi realizada de forma remota, transmitida pelo Youtube, respeitando todas as regras de distanciamento social indicadas pelas autoridades sanitárias. Duas ações foram contra o Facebook e uma envolveu o Twitter. Todas foram julgadas procedentes.
Em relação às redes sociais, João Campos já vem apoiando ações de combate em meios com circulação internacional e que chegaram também ao Brasil, como ocorre com o Sleeping Giants. O grupo não governamental começou uma ação nos Estados Unidos contra a disseminação de informações falsas, financiamento do discurso de ódio e desinformação, tendo chegado ao Brasil neste ano. Ainda no primeiro semestre, em suas próprias redes, Campos divulgou o apoio ao grupo em publicações específicas. No segundo semestre, cinco dias após lançar a própria campanha contra fake news, João foi ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) para reforçar junto à instituição o compromisso com a verdade e com a guerra contra os crimes praticados pelos produtores e disseminadores de fake news.
RECIFE NÃO TÁ PRA FAKE
A candidatura de João Campos, que tomou a iniciativa de um movimento contra o envio de falsas informações na cidade, lançou a ação “o Recife não tá pra Fake”, que disponibiliza um número de Whatsapp para denúncias. O canal é o 81 99164-1000. A ação gerou um engajamento entre figuras públicas recifenses, que se manifestaram, a exemplo da medalhista olímpica Yane Marques, das ex-atletas olímpicas Joanna Maranhão e Cisiane Dutra, da artista Michelle Melo e dos ex-jogadores de futebol e ídolos de clubes pernambucanos, Carlinhos Bala e Kuki.




A Polícia Federal, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, realiza na manhã desta quarta-feira nova operação, desta vez para investigar a disseminação de fake news. A busca se dá no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.
A cada semana, textos leves, atuais e capazes de aprofundar os temas presentes no noticiário político. Essa proposta do Blog Edmar Lyra com os seus articulistas da área jurídica – os advogados Antonio Ribeiro Junior e Yuri Herculano – tem tido permanente aprovação dos nossos leitores. E nesta quarta-feira (30.10), um tema que deverá ocupar as manchetes na corrida eleitoral para o pleito municipal de 2020, é pauta para o artigo de Antonio Ribeiro: mais uma vez, as “Fake News” devem marcar presença e causar estragos nas eleições do próximo ano. Mas o Tribunal Superior Eleitoral – TSE vai usar os antídotos necessários para neutralizar as malfadas notícias falsas.
O presidente estadual do Democratas, José Fernando Uchôa, entrou no Tribunal Regional Eleitoral com uma representação eleitoral contra a propaganda irregular por fake News, pedindo a imediata remoção de postagens inverídicas e ofensivas contra o deputado federal e pré-candidato a senador pelo Democratas, Mendonça Filho, publicadas nas páginas do facebook pelos advogados André Luiz Barreto Canuto e José Maria da Silva, professor de direito da Universidade Católica de Pernambuco. “A fake news tem mobilizado instituições como o Tribunal Superior Eleitoral no combate a essa prática danosa à democracia. É inaceitável que advogados, dirigentes da OAB e professor do direito reproduzam essa prática, quando deviam combatê-la como cidadãos e profissionais da lei”, afirmou José Fernando Uchôa.