Blog Edmar Lyra

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Postado por Edmar Lyra às 3:48 am do dia 8 de março de 2013 Deixe um comentário

Coluna Gazeta Nossa edição 156.

A candidatura de Eduardo parece ser irreversível.

Não é a primeira vez que Pernambuco possui governador ventilado para compor uma chapa presidencial. Já ocorreu isso com Roberto Magalhães, com Jarbas Vasconcelos e agora com Eduardo Campos. Diferentemente de Jarbas e Magalhães que foram ventilados para ocupar o posto de vice-presidente, Eduardo é visto pela mídia nacional como um competitivo candidato a presidente. O governador de Pernambuco sabe que se for para o Senado, tem um mandato garantido, porém, chegaria aos 49 anos numa Casa que é nitidamente envelhecida e pouco representativa para a sociedade. Uma vez disputando a presidência, o socialista sabe que estará numa grande vitrine para continuar ascendendo politicamente. Mesmo que numa disputa presidencial ele não consiga desbancar Dilma Rousseff, terá percorrido um caminho considerável para virar presidente em 2018, considerando que naquele ano completará 24 anos da dobradinha PT/PSDB na presidência da República, consequentemente gerando uma fadiga material de ambos e facilitando a sua vida no projeto nacional. Eduardo já esticou muito a corda, teria hoje o apoio formal do PSB, PPS, PTB e DEM, podendo dobrar a quantidade de partidos para a eleição. A depender do cenário político em 2014, ele tem plenas chances de chegar a um segundo turno com Dilma e poderá surpreender, tal como fez em Pernambuco na disputa pelo Governo em 2006. Portanto, não há mais condições de voltar atrás, o governador é candidato a presidente.

Aécio Neves – Tem tucano desconfiado da candidatura do senador mineiro a presidente. Já há quem defenda a aliança com o PSB para apoiar Eduardo Campos e uma disputa pelo governo de Minas Gerais, que seria pule de dez.

Coordenadores – A equipe de campanha de Eduardo Campos já está praticamente montada. Evaldo Costa (comunicação), Antonio Lavareda e Duda Mendonça (marketing), Diego Brandy (pesquisas eleitorais) e Jarbas Vasconcelos e Beto Albuquerque (política).

Jarbas Vasconcelos – Assumindo a coordenação política de Eduardo Campos, Jarbas não disputaria a reeleição. Utilizaria a tribuna do Senado para ser o porta-voz do socialista para o grande público e articularia nos bastidores. Caso viesse a obter êxito, viraria ministro.

André de Paula – Presidente do PSD em Pernambuco, o ex-deputado federal está aguardando uma convocação para integrar o primeiro escalão de Eduardo Campos. Comenta-se que com a nomeação de Ranilson Ramos para o TCE, André será o novo secretário de Agricultura. Ficaria na pasta um ano, para se candidatar novamente a deputado federal.

Tony Gel – Quem está cada vez mais próximo do governador Eduardo Campos é o deputado Tony Gel (DEM). O caruaruense não quer mais continuar no DEM e pretende ingressar em um novo partido. Seu destino tende a ser o PMDB. Sua esposa, Miriam Lacerda, pode ser candidata a federal.

Raul Jungmann – Mais uma vez, Jungmann continua roubando a cena na Câmara Municipal. Político tarimbado, o vereador está dando um banho nos colegas. Ele será candidato a deputado federal ano que vem.

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Postado por Edmar Lyra às 21:44 pm do dia 1 de junho de 2012 19 Comentários

Coluna Gazeta Nossa primeira dezena de junho.

Falta foco e unidade à oposição.

Mesmo diante de um cenário favorável a oposição recifense não se move corretamente e não existe uma unidade de fato buscando vencer uma eleição na capital depois de três derrotas consecutivas. O primeiro ponto é observar que bons números nas pesquisas neste momento não significam absolutamente nada. Sobretudo quando candidatos que começaram com bons números perderam eleições majoritárias. No caso do deputado Mendonça Filho (DEM) fica latente que sua candidatura não agrega e não tem condições de crescimento. Em 2006, mesmo com o cargo de governador, não conseguiu superar os 40 pontos em votos válidos, ficando no primeiro turno com 39% e no segundo com 35%. Já em 2008, Mendonça se mostrou incapaz de agregar partidos, tendo ficado sozinho na disputa e, de 30% em intenções de voto, que significaria algo em torno de 40% de votos válidos, terminou o primeiro turno com menos de 25% dos votos válidos, perdendo a sua segunda disputa majoritária. Já o ex-deputado Raul Jungmann (PPS) se mostrou incapaz de crescer, tanto em 2004 quando foi candidato a prefeito do Recife, perdendo para João Paulo, Cadoca e Joaquim Francisco, obtendo menos de 4% dos votos válidos, quanto em 2010 quando disputou o Senado, obtendo apenas 7% dos votos válidos. Mas nem tudo são espinhos para a oposição. O deputado Raul Henry (PMDB) em 2008 se mostrou um político de forte apelo majoritário, quando começou com 2% de intenções de voto e acabou com 17%, crescendo 15 pontos numa campanha sem recall e sem estrutura governamental. O deputado Daniel Coelho (PSDB) que já foi vereador do Recife por dois mandatos e bem votado na capital em 2010 para o cargo que ocupa atualmente, também surge com bons percentuais. Sem nunca ter disputado uma eleição majoritária, aparece com 8% em intenções de voto, quando transformado em válidos, surge com 13% a 15% a depender do cenário. Fica evidente que a oposição sem as máquinas deve afunilar seu projeto em apenas duas candidaturas, sendo Daniel Coelho e Raul Henry os melhores candidatos para enfrentarem todo o poderio do PT e da Frente Popular. Eles são os únicos capazes de derrotar o favoritismo governista da capital, que já venceu três eleições consecutivas. Campanhas bem organizadas, com bom discurso e leveza tendem a ajudar a oposição que tem a sua maior chance de voltar a governar a cidade com novos nomes e novas ideias. Apostar em nomes rejeitados nas urnas em eleições anteriores beira o suicídio. Se unir, focar e inovar é preciso. Senão ela estará fadada ao fracasso novamente.

Candidato – Sileno Guedes, presidente estadual do PSB, em conversa com este colunista, desmentiu os boatos que João Fernando Coutinho havia desistido de disputar a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes.

Xico de Assis Filho – O jovem advogado de 27 anos Xico de Assis Filho disputará pela primeira vez um mandato de vereador do Recife nas eleições de outubro pelo PTC. Ele conta com o apoio dos deputados Eriberto Medeiros e Ricardo Costa, seus correligionários.

DEM – Em conversa com vereadores do Recife, esta coluna obteve acesso a informação de que o DEM elegerá apenas um vereador. Priscila Krause está correndo sérios riscos de não ser reeleita. 

Mais votados – A aposta dos próprios colegas de Câmara é que Antônio Luiz Neto (PTB), Augusto Carreras (PV), Aline Mariano (PSDB) e André Ferreira (PMDB) já estão com o mandato garantido por serem os campeões de votos dos seus respectivos partidos.

Cláudio Carraly – Alegando problemas de saúde, o ex-secretário de Elias Gomes anunciou que não disputará mais mandato de vereador em Jaboatão dos Guararapes pelo PCdoB.

Betinho Gomes – Líder nas pesquisas para prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Betinho, que é jeitoso na política, já contabiliza diversos apoios de partidos da Frente Popular. O tucano tem grandes chances de virar prefeito nesta eleição.

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Postado por Edmar Lyra às 7:30 am do dia 18 de março de 2012 91 Comentários

Os números da pesquisa Maurício de Nassau sobre o Recife.

Hoje o instituto Maurício de Nassau em parceria com o Jornal do Commercio, divulgou sua terceira rodada de pesquisas sobre as eleições municipais de outubro no Recife.

No cenário 1, o prefeito João da Costa detém 20%, o deputado Mendonça Filho 13%, o deputado Raul Henry 6%, o deputado Daniel Coelho 5%, Raul Jungmann 3%, demais candidatos 11%, brancos e nulos 27%,  Não sabe/Não respondeu 14%. Considerando os votos válidos, o prefeito João da Costa aparece neste cenário com 34%, Mendonça Filho 22%, Raul Henry 10%, Daniel Coelho 9%, Raul Jungmann 5% e demais candidatos 20%.

No cenário 2, João da Costa aparece com 22%, Raul Henry 10%, Daniel Coelho 7%, Raul Jungmann 5%, Silvio Costa Filho 3%, Branco e Nulo 35%, Não sabe/Não respondeu 18%. Nos votos válidos, João da Costa aparece com 47%, Raul Henry 21%,  Daniel Coelho 15%, Raul Jungmann 11%, Silvio Costa Filho 6%.

No cenário 3, João da Costa surge com 21%, Mendonça Filho 17%, Daniel Coelho 6%, Raul Jungmann 4%, Silvio Costa Filho 3%, Branco/Nulo 33%, Não sabe/Não respondeu 16%. Votos válidos: João da Costa 41%, Mendonça Filho 33%, Daniel Coelho 12%, Raul Jungmann 8%, Silvio Costa Filho 6%.

No cenário 4,  João da Costa 21%, Mendonça Filho 16%, Daniel Coelho 6%, Raul Jungmann 5%, Silvio Costa Filho 3%, André de Paula 1%, Branco/Nulo 32%, Não sabe/Não respondeu 16%. Nos válidos: João da Costa 40%, Mendonça Filho 31%, Daniel Coelho 12%, Raul Jungmann 10%, Silvio Costa Filho 6%, André de Paula 2%.

No último cenário, João Paulo que substitui João da Costa, surge com 41%, Mendonça Filho 15%, Daniel Coelho 5%, Fernando Bezerra Coelho 3%, Branco/Nulo 21%, Não sabe/Não respondeu 13%. Válidos: João Paulo 62%, Mendonça Filho 23%, Daniel Coelho 9%, Fernando Bezerra Coelho 6%.

No que diz respeito a aprovação da gestão João da Costa, 7% consideram ótima, 18% boa, 29% regular, ruim 21%, péssima 24%. Dependendo do referencial, 54% aprovam e 45% desaprovam. Apenas 1% não sabe nem respondeu. O governador Eduardo Campos com 95% de aprovação e a presidente  Dilma Rousseff com 91% serão eleitores fundamentais no Recife.

O cenário mais plausível é aquele que apresenta João da Costa, Mendonça Filho e Daniel Coelho como candidatos. O mais próximo disso é o cenário 3, com a saída de Raul Jungmann e  Silvio Costa Filho e distribuindo proporcionalmente suas intenções de voto, João da Costa surge com 47%, Mendonça Filho 38% e Daniel Coelho 15%.

Nos quatro cenários onde seu nome é colocado, o prefeito João da Costa aparece entre 34% e 47% dos votos válidos. Quando o processo é afunilado, como provavelmente a Frente Popular trabalhará, o prefeito amplia suas intenções de voto, quando pulveriza, o prefeito naturalmente perde.

Fazendo um comparativo Frente Popular x Oposição, chegamos aos seguintes números: Cenário 1 (54% x 46%), Cenário 2 (53% x 47%), Cenário 3 (47% x 53%), Cenário 4 (48% x 52%), Cenário 5 (68% x 32%). Isso mostra que se as eleições fossem hoje, a oposição vencia em apenas dois cenários e perdia em três.

Vale considerar o peso dos cabos-eleitorais. Enquanto João da Costa tem João Paulo, Eduardo Campos, Dilma Rousseff, Humberto Costa, Armando Monteiro que somados influenciam 58% dos eleitores, a oposição só tem Jarbas Vasconcelos como cabo eleitoral com 8% apenas. 24% não vota em candidato apoiado por alguém.

Para João da Costa, a neutralidade de João Paulo já é uma senhora ajuda, afinal 20% dos eleitores do ex-prefeito migram para o atual. Isso influencia na decisão da Frente Popular em optar pela reeleição do prefeito.

Entendo que no campo governista a pesquisa apenas deixa claro que não há muito o que se fazer com outras candidaturas. Exceto a de João Paulo que seria uma nomeação, as demais precisariam ser construídas e, convenhamos, faltando menos de sete meses para o pleito, é algo muito difícil.

O que nos leva a entender que o melhor candidato para a Frente Popular é o próprio João da Costa, que já dá sinais de recuperação nas pesquisas. O próprio eleitorado já está começando a diminuir a visão negativa que tinha em relação ao prefeito.

No caso da oposição, fica cada vez mais claro que a indefinição dela por qual estratégia a ser adotada prejudica e muito os planos da mesma. Apesar do prefeito ter uma rejeição considerável, o eleitor recifense não vislumbra em nenhum candidato oposicionista uma alternativa de mudança. A grande prova disso é que o eleitor enxerga João Paulo como o maior opositor do prefeito.

Essa pesquisa apenas corrobora a tese que venho defendendo que o prefeito tem grandes chances de ser reeleito e de liquidar a fatura no primeiro turno, desde que tenha o apoio integral da Frente Popular e a oposição continue sem rumo.

Para a oposição vencer a eleição de outubro ela precisará apostar no imponderável. Ou seja, um caso que mude completamente o curso da eleição. Caso contrário, a tendência é amargar a sua quarta derrota consecutiva na capital pernambucana.

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Postado por Edmar Lyra às 20:30 pm do dia 25 de janeiro de 2012 89 Comentários

Coluna Gazeta Nossa primeira dezena de fevereiro.

A Frente Popular e a sucessão no Recife.

O senador Armando Monteiro tem sido um dos maiores entusiastas da tese de múltiplas candidaturas da Frente Popular para disputar a prefeitura do Recife esse ano. A decisão seria um verdadeiro equívoco visando as eleições. Qual seria o discurso de um campo político que decidiu se fragmentar para tentar se manter no poder? Sobretudo diante de um direito, legítimo diga-se de passagem, do prefeito de tentar a reeleição. Índices negativos nas pesquisas não significa que o prefeito João da Costa estaria inelegível, sobretudo quando observamos o cenário em que o atual prefeito sendo candidato pelo PT lidera as pesquisas com 18% de intenções de votos, tendo 35% dos votos válidos se as eleições fossem hoje. Impulsionado pela força do PT, da Frente Popular e da máquina pública, o prefeito teria plenas condições de reverter o quadro e liquidar a fatura no primeiro turno. Com elevados recursos, campanha bem organizada, apoio político e elevado tempo de televisão, João da Costa segue como favorito. É provável que as chances do prefeito passem pela vitória no primeiro turno, se ocorrer um segundo, dificilmente conquistará a reeleição, mas é um risco que a Frente Popular tem de correr se quiser continuar na prefeitura e chegar unida em 2014. A tese de múltiplas candidaturas é incoerente com o apoio dos recifenses ao projeto do grupo político dominante no estado e facilita a possibilidade de implosão do grupo de sustentação do governador Eduardo Campos e da presidente Dilma Rousseff. [Ler mais …]

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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