Blog Edmar Lyra

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Postado por Edmar Lyra às 3:36 am do dia 4 de março de 2012 96 Comentários

Mediocridade.

Por Arthur Virgílio*

Lisboa – O Ministro Mantega, no começo de 2011, “profetizava” crescimento de 4,5%. Depois, oscilou para entre 4% e 4,5%. No final do ano, dava meio braço a torcer e insistia em 3,5%. Resultado: 2,79% apenas, contra inflação maquiada (corte na CIDE e adiamento da entrada em vigor do imposto sobre o cigarro) de 6,5%.

Repito: a inflação real beirou 7%; a dos mais pobres foi bem maior e a taxa de desemprego, felizmente baixa, para os jovens é bem alta, quase 15%. Mas sigamos em frente.

Para 2012, o mesmo Mantega, enrolado e diminuído com a nomeação e demissão, obscuras, do Presidente da Casa da Moeda, prevê, de novo, algo em torno de 4,5%, quando o próprio Banco Central fala em 3,5% e o mercado calcula 3%… se nada de catastrófico acontecer na Europa.

A inflação, novamente maquiada (diminuição do peso da educação, dos empregados domésticos e dos cigarros na construção do índice) ficará pouco abaixo de 6%. Sempre acima do centro da meta (4,5%, elevado demais, com tolerância de 2% para cima ou para baixo (!!!). Dilma, aliás, corre o risco de passar quatro anos lidando com inflação acima do centro da meta e crescimento medíocre.

Veremos, no fim do ano, quem terá falado sinceramente para a sociedade: os analistas que se dão ao respeito ou o Ministro da Fazenda que abre mão da sobriedade e vira propagandista de panacéias. A capacidade de rebaixar as taxas básicas de juros está, a meu ver, tecnicamente esgotada. Insistir nessa política pode dar ganhos de popularidade no curto prazo, a custo de terem de aumentar as taxas em algum momento do futuro próximo. Isso ou deixar a inflação desembestar. Escolha dolorosa.

A leviandade é tamanha que a Fazenda, até agora, não prognosticou nada para 2013 e tem o desplante de arriscar que, em 2014 (ano da eleição; lembremo-nos das sandices praticadas por Lula para forjar crescimento acima de 7%, com consequências que nos estão sendo cobradas já hoje), o PIB evoluirá 6%. Para 2013, silêncio; para 2014, PIB de 6%? Estão liquidando com a credibilidade do Ministério mais relevante da República.

Digamos que o mercado esteja certo e o Brasil cresça 3% neste ano. No biênio, teremos a média anual de 2,89% apenas, contra inflação também media – e maquiada – de mais ou menos 6,1%. Quem perde mais com isso? Os setores mais pobres da população, claro!

E os principais vetores do desenvolvimento vão muito mal: educação, saúde, segurança pública e infraestrutura. Crescimento pífio, os serviços essenciais falidos, investimento público declinante, priorização equivocada, inapetência administrativa e um nível de corrupção que corrói as entranhas do país.

A herança que Fernando Henrique legou a Lula foi mais do que bendita. Maldita é a que ele, Lula, construiu com sua sucessora e a ela repassou.

*Diplomata, foi líder do PSDB no Senado.  

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: arthur virgílio, dilma rousseff, governo, oposição, psdb, pt

Postado por Edmar Lyra às 4:44 am do dia 29 de fevereiro de 2012 103 Comentários

A visita de Dilma e a opção por João da Costa.

A presidente Dilma Rousseff esteve na segunda e na terça-feira para entregar 480 unidades habitacionais aos moradores do entorno da Via Mangue.

Projeto iniciado por João Paulo, quem colheu os louros foi o prefeito João da Costa. O ex-aliado do prefeito sequer estava aqui em Recife para saudar a presidente. Um grande equívoco para quem ainda nutre a esperança de ser o candidato a prefeito pelo PT e a Frente Popular.

Líder isolado em todas as pesquisas de opinião, todos nós sabemos que João Paulo seria pule de dez nesta eleição de outubro. Mas o deputado nem tem respaldo da presidente, nem do ex-presidente, nem do governador e nem do PT.

Todos o veem como uma ameaça e não como um aliado. Isso é muito ruim pra quem tem projetos políticos.

Voltando ao tema João da Costa, fica mais do que claro que ele será mesmo o candidato de Lula, Dilma e Eduardo para as eleições de outubro. Pesa a favor dele o apoio de uma presidente com 93% de aprovação, um governador com 94% e um ex-presidente que é quase uma unanimidade em Pernambuco.

Além do mais, o prefeito terá ao seu favor três máquinas administrativas para a disputa. Como se não bastasse isso, ainda terá o maior tempo de televisão, recursos financeiros abundantes, etc.

Apenas quem é ingênuo minimiza esses fatores no que diz respeito a uma eleição.

Se João da Costa não tem a avaliação ideal para uma disputa, a oposição também não assusta. Ainda sem uma estratégia definida, sem haver uma unidade de fato, a oposição continua perdida feito cego em tiroteio.

Imagine o que é você ser candidato a prefeito e ter 500 candidatos a vereador lhe apoiando? É bem considerável, não?

Mudar um candidato com direito a disputar reeleição é dar um total tiro no pé. Seria dizer para o povo do Recife que o projeto da Frente Popular está equivocado e que merece de fato mudar.

Acho muito difícil que João da Costa não seja o candidato. E vou mais além, apesar dos pesares, ele tem grandes chances de liquidar a fatura no primeiro turno, desde que não haja nenhum tsunami durante a campanha.

Mantidas as condições normais de temperatura e pressão da eleição para a eleição de outubro, o petista já pode encomendar a beca da posse.

No caso de João Paulo, este morreu. Virou um cadáver político. Não será ministro, nem governador, nem prefeito nem nada. Tem que se contentar em ser deputado federal e pronto.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: dilma rousseff, eduardo campos, eleições 2012, frente popular, joão da costa, joão paulo

Postado por Edmar Lyra às 3:37 am do dia 4 de fevereiro de 2012 1.292 Comentários

As damas de ferro Dilma e Thatcher.

Por Terezinha Nunes

Agindo com desenvoltura mas também com pulso forte, a ex-primeira ministra da Inglaterra, Margaret Thatcher, cuja história de vida inspirou o enredo do filme “A Dama de Ferro”, um dos concorrentes ao Oscar deste ano, foi protagonista de um novo estereótipo feminino: o da mulher que, num mundo de homens, age como se um deles fosse, deixando de lado a vida sentimental e a capacidade de agir com doçura, como fazem, em geral, as mulheres.

Até Margaret Thatcher se firmar diante do mundo, costumava-se explorar um outro estereótipo feminino que ganhou as manchetes nos anos 60 através de outra figura pública, a atriz Marilyn Monroe. Dizia-se que Marilyn era a chamada “loura burra”, ou seja, a mulher que usa a beleza para subir na vida, tentando suprir com atributos físicos uma notória pobreza intelectual.

Entre a “loura burra” e a “dama de ferro” escondem-se maneiras diferentes de discriminação ao papel das mulheres no mundo contemporâneo onde elas ganham, cada vez mais, espaço e visibilidade.

No caso da primeira ministra, porém, como ela sempre foi uma conservadora política britânica se associou sua imagem de intransigência ao seu partido e à direita, tanto que Margaret até hoje não tem o relevante papel que exerceu na história do seu país reconhecido pelas feministas. Razão: o movimento feminista surgiu no meio de grupos intelectuais de esquerda e um esquerdista morre mas não reconhece algo bom do outro lado da cerca.

Agora, porém, pelo que se diz e escreve, a esquerda passou a ter sua Margaret Thatcher: a presidente Dilma Rousseff. Não há um só dia – e isso vem crescendo cada vez mais – que uma história atribuída a um deputado, senador, governador ou mesmo ministro e outros auxiliares não seja contada ou escrita, mostrando o pavio curto da presidente. Algumas, se verdadeiras, passariam do simples puxão de orelhas para o perigoso terreno da ignorância ou da má educação, ambas condenáveis, quer praticadas por homens ou por mulheres.

Se Dilma tem ou não tem, como Margaret Thatcher, a capacidade de se revelar uma grande administradora é coisa que só tempo poderá mostrar, mas a pura exploração de suas descomposturas pode se mostrar prejudicial à sua imagem e à das mulheres em geral, sobretudo no campo da política.

Há muito mais a se dizer contra ou a favor da presidente que simplesmente relatar seu lado “dama de ferro”.

O mais importante seria cobrar uma preocupação maior com a educação – em pandarecos – a saúde – que claudica – a segurança – que amedronta – e o combate ao tráfico de drogas, que tira a perspectiva de futuro para os nossos jovens. Não há uma mulher, sobretudo mãe, que não se preocupe com as crianças e a juventude e a presidente está deixando a desejar neste campo.

Também se poderia cobrar da presidente que usasse a mão firme para, de uma vez por todas, acabar com o uso da máquina pública para benefício próprio de políticos e de partidos.

Seria difícil imaginar uma Margaret Thatcher convivendo com isso. Tudo bem que Inglaterra e Brasil são países muito diferentes, inclusive em nível de vida e história, mas Thatcher ganhou fama por ter ido muito mais além do que uma característica masculina que parecesse ter.

CURTAS

Fogo amigo

O senador Armando Monteiro trabalha dia e noite para rifar a candidatura à reeleição do prefeito João da Costa. É estranho, porém, que seu trabalho tenha ganho reforço exatamente depois que outro político governista abandonou o mesmo papel: o ministro Fernando Bezerra. A troca foi bem feita. Armando pode agir com muito mais desenvoltura que FBC pois não é nem tem ministro no governo Dilma. Também não depende do PT.

Segurança

Embora os atuais policiais não sejam suficientes para garantir tranqüilidade nas ruas, o Governo do Estado fez concurso em 2009 para a PM, 3812 candidatos foram aprovados e treinados e somente 2.200 foram até agora convocados para exercer a função de soldado. O pior é que os 1.612 que faltam pediram demissão de empregos anteriores ou gastaram tudo que tinham para cumprir o treinamento. Estão a ver navios.

Vereadores

Embora as Câmaras Municipais possam ampliar o número de vereadores para fazer jus à legislação que estabelece um número “x” de vereadores para cada grupo de habitantes de um município, algumas câmaras estão se recusando a fazer isso para não ter que dividir o butim. É que a ampliação não significa a elevação das verbas para o legislativo. O orçamento continua o mesmo. Candidatos a vereador ensaiam reação em algumas cidades pois consideram que os atuais vereadores estão legislando em causa própria.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: armando monteiro, câmaras municipais, dilma rousseff, margaret tatcher, terezinha nunes

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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