A Petrobras vai aplicar um reajuste superior a 30% na molécula de gás natural. Realizado trimestralmente, o reajuste representa, na média acumulada de seis meses, um aumento real de 2,6% no preço da molécula. O reajuste entra em vigor no dia 1º de novembro.
O reajuste, na avaliação de especialistas, é um reflexo de um mercado em que o fornecimento ainda é concentrado em uma empresa, sem que outros players tenham acesso à infraestrutura existente para dar vazão e transportar o gás produzido offshore e onshore. A insuficiência de gasodutos, abrindo novos mercados, seria outro motivo que reduz o interesse pelo aumento de produção que poderia baratear o gás, dizem essas fontes.
Enquanto isso, o nível de reinjeção em agosto, de acordo com a ANP, superou o volume de gás disponibilizado ao mercado. Foram 59,586 milhões de metros cúbicos por dia enquanto o gás nacional que efetivamente chegou ao mercado foi de 55, 647 milhões de metros cúbicos por dia.