Blog Edmar Lyra

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 6 de maio de 2015

Coluna do blog desta quarta-feira

Ausência de Dilma Rousseff no programa do PT demonstra fragilidade 

O PT teve direito ontem a dez minutos de propaganda partidária no rádio e televisão. Temendo a hostilidade da sociedade à figura da presidente Dilma Rousseff, o PT decidiu não veicular nenhuma fala da presidente, repetindo a postura adotada no 1º de maio, quando Dilma abdicou do direito de falar em cadeia nacional.

A postura da presidente Dilma Rousseff demonstra sua fragilidade que está acuada pela forte rejeição junto à sociedade. Em outubro os 54 milhões de brasileiros que optaram por Dilma certamente gostariam que a presidente tivesse a coragem que é esperada de um chefe de estado. Mas o que se tem visto é uma presidente no quinto mês do seu segundo governo, sem capacidade de governar. É como se o Brasil fosse um carro guiado por um motorista sem o preparo necessário para poder dirigir. 

O resultado não poderia ser outro. Mesmo sem Dilma Rousseff, a sociedade brasileira repudiou completamente a propaganda partidária do PT. Nas mais variadas capitais brasileiras o que se viu foi um clima de hostilidade. Fruto do estelionato eleitoral praticado pelo partido na campanha presidencial, quando prometeu uma coisa e tem feito sistematicamente outra. 

A grande novidade foi o fato do ex-presidente Lula, até então intocável mesmo depois do escândalo do mensalão ter sido deflagrado, desta vez ser vaiado e muitos durante o programa do PT entoaram um Fora Lula, situação que há dois ou três anos era algo impensável no Brasil, ou pelo menos em regiões como o Nordeste por exemplo. 

O PT perdeu lastro na sociedade graças aos seus quase treze anos de governo, que apesar de ter alcançado muitos avanços, também foi responsável por sucessivos escândalos de corrupção. Como hoje o cenário é de crise econômica e as pessoas estão sentindo diariamente seus reflexos, a paciência definitivamente acabou.

Ocupe Estelita – Os ativistas do movimento Ocupe Estelita perderam qualquer respaldo na sociedade quando ontem invadiram o Shopping RioMar causando tumulto e proporcionando terror para os clientes que estavam no momento nas dependências do shopping. O cenário foi de completo caos. Os vídeos tomaram as redes sociais. 

Bengala – Foi aprovado ontem no plenário da Câmara dos Deputados com 333 votos favoráveis o texto base da PEC da Bengala, que aumenta de 70 para 75 anos a idade limite para aposentadoria dos ministros dos STF, STJ, STM, TST e TCU. Com isso Dilma perde a prerrogativa de indicar cinco ministros do STF até o fim do seu mandato.

Candidato – O vocalista da banda de forró Garota Safada Wesley Oliveira, mais conhecido como Wesley Safadão, pode ser candidato a prefeito de Fortaleza pelo Solidariedade nas eleições do ano que vem. O presidente estadual da sigla deputado federal Genecias Noronha considera a hipótese como muito plausível. 

Aécio Neves – Logo após a veiculação do programa partidário do PT, o senador Aécio Neves (PSDB), segundo colocado nas eleições presidenciais de 2014 com 51 milhões de votos, divulgou nota oficial atacando fortemente o PT, inclusive questionando a ausência da presidente Dilma Rousseff no programa. 

RÁPIDAS

Rejeição – Os senadores estão impressionados com o volume de mensagens que têm recebido contra a indicação de Luiz Facchin para o Supremo Tribunal Federal. A sabatina com Facchin será hoje na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. 

Avaliação – Os petistas consideraram tiro no pé terem colocado Lula no programa do partido, isso porque ficaram estarrecidos com as vaias que o ex-presidente recebeu. Ficou evidenciado que a crise de representatividade não se restringe mais a Dilma Rousseff, sobrou pra Lula também. 

Inocente quer saber – Por quê o Consórcio Novo Recife ainda não começou a demolição dos galpões do Cais José Estelita? 

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Postado por Edmar Lyra às 1:16 am do dia 4 de maio de 2015

PT vai levar troco da base aliada

A maioria da base aliada na Câmara se prepara para dar o troco nos petistas nas votações das MPs 664 e 665. Ela não engoliu ser apontada como adversária dos trabalhadores no debate da terceirização. Nem gostou da hostilidade da CUT. Agora, quando estará em jogo o ajuste fiscal (que muda a pensão por morte, o seguro-desemprego, o auxílio-doença e o abono salarial), ela pretende carimbar no PT a pecha de quem tira direitos dos trabalhadores. 

E, para garantir a plateia para ouvir esse discurso, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), anunciou que abrirá as galerias do plenário para os militantes das centrais sindicais.

Os petistas voltaram a repetir na semana passada, depois do piti do presidente do Senado, Renan Calheiros, que o governo cometeu um erro na montagem do Ministério. Menosprezou o PMDB. E valorizou demais o PROS, o PSD, o PP e o PR.  (Ilimar Franco – O Globo)

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Postado por Edmar Lyra às 1:39 am do dia 3 de maio de 2015

PF investiga Santana, marqueteiro do PT

Da Folha de S.Paulo – Natuza Nery e Mário Cesar Carvalho

Principal estrela do marketing político brasileiro, o jornalista João Santana virou alvo de um inquérito da Polícia Federal que apura a suspeita de que duas empresas dele trouxeram de Angola para o Brasil US$ 16 milhões em 2012 numa operação de lavagem de dinheiro para beneficiar o Partido dos Trabalhadores.

O valor equivale a cerca de R$ 33 milhões, de acordo com o câmbio da época. Naquele ano, Santana, 62, trabalhou em duas campanhas vitoriosas, a do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e a do presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.

Uma das suspeitas dos policiais é que os recursos de Angola tenham sido pagos ao marqueteiro por empreiteiras brasileiras que atuam no país africano. Segundo essa hipótese, seria uma forma indireta de o PT quitar débitos que tinha com o marqueteiro.

Santana ganhou R$ 36 milhões pela campanha de Haddad, em valores corrigidos pela inflação, mas ele só recebeu a maior parte do dinheiro depois da eleição.

A campanha acabou com uma dívida de R$ 20 milhões com a empresa de Santana. O débito foi transferido para a direção nacional do PT, que negociou um parcelamento da dívida com o marqueteiro: o valor foi pago em 20 parcelas mensais de R$ 1 milhão.

Santana nega que tenha praticado irregularidade e diz que a suspeita de operação de lavagem de dinheiro para o PT não tem sentido. “Trata-se de uma operação legal e totalmente transparente”, disse à Folha.

Ele elegeu o ex-presidente Lula em 2006 e Dilma Rousseff nas últimas duas disputas presidenciais.

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Postado por Edmar Lyra às 2:23 am do dia 10 de outubro de 2013 Deixe um comentário

PT começa a engrossar a oposição na Alepe.

Aos poucos, o afastamento do PT em relação ao governo do Estado parece ficar mais evidente também na postura de parlamentares da legenda na Assembleia Legislativa. Nesta quarta-feira, enquanto o líder da oposição, Daniel Coelho, cobrava do governo estadual a contratação de mais de 2400 agentes penitenciários concursados em 2009, os petistas Sérgio Leite e Odacy Amorim endossaram o discurso do tucano e também cobraram a contratação dos aprovados no concurso.

“O Estado possui uma preocupante estatística, que é aproximadamente 30 mil presos para 1.467 agentes penitenciários. Segundo o Conselho Nacional de Política Penitenciária, o ideal para o padrão de segurança é de um agente para cada cinco presos. Pernambuco possui um agente para cada 22 presos”, afirmou Daniel Coelho. Na Paraíba, a título de comparação, são cerca de 10 mil presos para 2.500 agentes, o que atende a proporção ideal.

Em aparte, o deputado Odacy Amorim (PT) lembrou que, devido a algumas ações, como o aumento do número de viaturas nas ruas, há também um aumento de prisões. “Com isso, há uma demanda ainda maior de vagas no sistema penitenciário e também de agentes. Reforço aqui o apelo ao governador para que ele possa contratar essas pessoas que foram concursadas”, enfatizou.

Também petista, Sérgio Leite endossou o líder da oposição e o correligionário, lembrando que, para que o programa Pacto pela Vida funcione bem, é necessário que o sistema penitenciário também esteja bem. “O sistema penitenciário faz parte do sistema de segurança pública de Pernambuco e para que o Pacto pela Vida funcione bem, é necessário que o sistema penitenciário funcione. A Casa tem que continuar fazendo um apelo ao governo e fazer uma agenda de chamamento dos concursados, porque o número de agentes hoje ainda é insuficiente”.

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Postado por Edmar Lyra às 22:46 pm do dia 20 de setembro de 2013 Deixe um comentário

PT e PSB prontos para o embate.

Por Terezinha Nunes, deputada estadual pelo PSDB

Embora o governador Eduardo Campos não tenha ainda assumido a candidatura a presidente da República apesar da entrega de cargos desta semana, nove entre dez socialistas afirmam que, confirmando-se a candidatura da presidente Dilma à reeleição, Eduardo entra na disputa.

Interlocutores mais próximos do governador e da presidente chegam a adiantar, a boca pequena, que até os adjetivos que cada um deles usa em privado referindo-se ao outro denotam a inviabilidade de uma aliança futura.

Isto se confirmando, e há grandes evidências de que pode acontecer, Pernambuco tende a ter uma das campanhas mais acirradas de sua história, servindo para dar o tom do que vai ocorrer a nível nacional entre dois aliados históricos: o PT e o PSB.

Há mais de 10 anos juntos no estado e demonstrando, de forma pública, que a união das duas siglas seria fundamental para a população – o que explica as vitórias seguidas que tiveram quase esmagando a oposição – petistas e socialistas tendem a medir forças querendo, cada um, tirar proveito do bom momento econômico vivido pelo estado nos últimos anos.

A seu modo, o PT já começou a cutucar o leão com vara curta. Está no ar uma propaganda do Governo Federal referindo-se às obras de mobilidade na Região Metropolitana que o estado toca mas que são realizadas com quase 90% de recursos federais.

Em outros tempos, o PT engoliu a esperteza do PSB que apresentou todas as obras em parceria como se fossem feitas com o dinheiro exclusivamente estadual. Era tempo de cortejar Eduardo e ninguém reclamou.

Bastaram as primeiras escaramuças e gestos de independência do governador e o caldo entornou.

Daqui pra frente novas propagandas deverão surgir com o mesmo objetivo.

Nessa guerra pela paternidade, a balança tende a favorecer momentaneamente um ou outro partido mas, no frigir dos ovos, os dois tendem a sair arranhados.

O PT querendo demonstrar, como já andou ensaiando algumas vezes o senador Humberto Costa, que Pernambuco só cresceu por conta dos recursos e investimentos produzidos via ministérios e órgãos federais e o PSB fortalecendo a sua tese de que Eduardo é um gestor e que foi ele o real condutor de tudo que acontece por aqui.

O embate promete e pode regredir, como já estimam alguns petistas, ao governo do pemedebista Jarbas Vasconcelos que foi governador já com Lula presidente durante cujo mandato foram consolidados os dois maiores investimentos que o estado tem hoje: a Refinaria e o Estaleiro Atlântico Sul.

Mesmo outro grande investimentos – a fábrica da Fiat – este garantido no governo Eduardo Campos, o próprio Humberto já se apressou a esclarecer que ele próprio se empenhou pelo projeto e que foi o Governo Federal o real condutor das negociações para que o grupo italiano se estabelecesse em Pernambuco.

Por enquanto, a guerra de bastidores tem chegado de forma tímida ao grande público mas tende a se aguçar, apesar dos panos mornos que alguns petistas nacionais e pernambucanos têm usado para abrandar a fervura, acreditando que o governador ainda pode desistir do embate e subir no palanque de Dilma no primeiro turno.

Curtas

Felicidade – É patente o semblante de alegria dos petebistas na Assembléia Legislativa depois que o PSB entregou os cargos à presidente Dilma. Dá-se como certa uma aliança do PT com o PTB no estado em torno da candidatura a governador do senador Armando Monteiro Neto.

Chapinhas
– Dá-se como certo nos meios políticos que os pequenos partidos não vão reunir condições para formar chapas próprias nessas eleições. Na eleição passada eles abocanharam mais de seis vagas na Assembléia, em detrimento das grandes legendas.

Dança
– O pastor Cleiton Collins, recordista de votos na Alepe, decidiu – depois de muita especulação – se filiar ao PP. Mas garante que não aceita entrar em chapinha. Teria recebido garantia de que o PP vai para um chapão. Tudo indica que será o chapão do PT e PTB. Antes Cleiton dizia quem iria para uma legenda que ficasse no chapão do governador Eduardo Campos.

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Postado por Edmar Lyra às 4:17 am do dia 31 de julho de 2013 Deixe um comentário

É possível o fim do petismo em 2014?

Por *Adriano Oliveira

Desde 2002, o PT está à frente da presidência da República. Em junho de 2005, em razão do escândalo do mensalão, o ciclo petista foi ameaçado. Nesta época, variados atores políticos prognosticaram a interrupção da era Lula e o retorno do PSDB ao poder. Porém, Lula conseguiu criar estratégias discursivas que possibilitaram a manutenção do PT na presidência da República. Lula é reeleito em 2006 e deixa o governo em 2010 com recorde de popularidade.

Dilma é eleita presidenta da República com o apoio de Lula em 2010. Por cerca de dois anos manteve a popularidade em alta num contexto de crescimento econômico baixo e ameaça inflacionária. Em junho de 2013, manifestações ocorridas em variadas capitais do Brasil possibilitaram, junto com outros fatores, a redução da popularidade de Dilma. Pesquisas recentes mostram que o governo Dilma tem em torno de 30% de aprovação.

Neste momento, a indagação que surge é: é possível o fim do petismo em 2014? O fim do petismo pressupõe o fim da era petista à frente da presidência da República. Tal evento poderá ocorrer caso um dos cinco fenômenos venham a acontecer, quais sejam: 1) Não recuperação da popularidade de Dilma; 2) Ressaca (cansaço) eleitoral para com o PT; 3) Recuperação da popularidade de Dilma, mas ressaca com o PT; 4) E não recuperação da popularidade de Dilma e ausência de ressaca para com o PT; 5) Não recuperação da popularidade de Dilma e eleitores com ressaca do PT.

Observem que distingo os fenômenos. O eleitor poderá realizar escolhas desconsiderando o partido ou desconsiderando o competidor. Noutros casos, o eleitor realizará a sua escolha, considerando o partido e o competidor. Tais eventos surgem em virtude da seguinte hipótese: o petismo existe em parte do eleitorado brasileiro e foi fortalecido em dadas regiões, como o Nordeste, em virtude do lulismo. Sendo assim, o partido PT importa para explicar, em parte, o comportamento do eleitor.

Caso o primeiro fenômeno ocorra, não existirão espaços para novos candidatos. A maioria dos eleitores optará pelo suposto porto seguro. Com isto, Dilma será reeleita. Se o segundo fenômeno vier a acontecer, Dilma sofrerá as consequências. Com isto, três outros eventos surgem, os quais mostram relações interdependentes entre o desempenho de Dilma e o petismo.

A recuperação da popularidade de Dilma poderá ocorrer, mas pesquisas podem revelar ressaca para com o PT. Diante deste cenário, tenho a hipótese de que os candidatos da oposição adquirem chances de vencer a disputa. Se não ocorrer a recuperação da popularidade de Dilma, mas a ressaca para com o PT não existir, surge contexto propício para o PT ofertar um novo candidato aos eleitores brasileiros. E se a ressaca com o PT existir junto com a não recuperação da popularidade de Dilma, algum candidato da oposição tende a vencer a disputa eleitoral.

Os argumentos apresentados foram construídos com base na dinâmica da última eleição para prefeito do Recife. Pesquisas realizadas mostraram, inicialmente, o então prefeito João da Costa (PT) mal avaliado. Porém, os eleitores desejavam que o PT continuasse à frente da prefeitura. No decorrer da campanha, pesquisas detectaram considerável diminuição dos eleitores que desejavam a continuidade do PT. E o prefeito manteve alta rejeição. Conclusão: o PT perdeu a eleição na cidade do Recife.

Adriano Oliveira é professor universitário, consultor e cientista político.

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Postado por Edmar Lyra às 17:43 pm do dia 21 de junho de 2013 Deixe um comentário

Movimentos Sociais perderam aderência.

O Movimento Sem Terra, a Central Única dos Trabalhadores, a União Nacional dos Estudantes e muitos outros de menor expressão tiveram papel fundamental no desgaste de presidentes como José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.

Consequentemente tais movimentos tiveram responsabilidade na ascensão do PT ao governo federal, sobretudo na vitória de Lula em 2002. Esses braços da sociedade atacaram governantes e trouxeram imensos desgastes para os respectivos.

Já no governo Lula tivemos diversos escândalos e o que se viu foi um silêncio irrestrito por parte dos mesmos nos momentos mais complexos do Brasil como o mensalão.

Esse silêncio tinha preço: os inúmeros repasses federais, muitos deles milionários para a UNE, a CUT e o MST, mas isso também tinha um custo elevadíssimo para os movimentos: a perda de representatividade.

No decorrer dos tempos qualquer cidadão com o mínimo de discernimento percebeu que tais movimentos queriam apenas o poder.

As bravatas desses idealistas de mentirinha foram caindo uma a uma. Hoje diante do clamor geral do brasileiro eles não têm lastro social algum.

O governo do PT se juntou a quase tudo o que ele um dia combateu, como Paulo Maluf, José Sarney, Fernando Collor, Renan Calheiros, dentre outros em nome da “governabilidade”. Mas isso também tinha um preço.

O governo Dilma hoje tem uma base irrestrita no Congresso Nacional mas para aprovar qualquer coisa do seu interesse precisa liberar emendas parlamentares, ou seja, uma compra indireta de votos.

O Brasil nos anos do PT virou um balcão de negócios nunca visto na história desse país. Agora nesse final do governo Dilma observamos as nomeações em troca de apoio partidário e político nas eleições do ano que vem.

O aparelhamento do Estado nunca foi tão latente. Não há precedentes de algo parecido. A Copa do Mundo foi um verdadeiro carnaval com o dinheiro público. A célebre frase de que o Brasil poderia até não faturar a Copa, mas muita gente iria superfaturar, nunca foi tão verdadeira.

Gastaram bilhões de reais com estádios e esqueceram do principal: a infra-estrutura necessária para o país dar um salto desenvolvimentista. Isso sim iria fazer com que a Copa deixasse um legado para o Brasil.

O que observamos ao longo da Copa das Confederações? Transporte caro e sem qualidade, infra-estrutura precária, hotéis e funcionários despreparados.

E ainda queriam que o povo ficasse calado? Para cada 1 real pagamos 40 centavos de impostos. Temos carga tributária de Reino Unido e serviços de Etiópia. Como ficar feliz com isso?

O PT e seus cupinchas perderam aderência porque apesar de acharem que o povo não pensa, o povo pensa!

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Postado por Edmar Lyra às 5:43 am do dia 6 de junho de 2013 1 comentário

Armando cogita se aliar ao PT para disputar governo.

Cotado para disputar o governo de Pernambuco em 2014 com o apoio de Eduardo Campos (PSB), o senador Armando Monteiro Neto (PTB) admite concorrer por uma outra coligação, da qual participaria também o PT, e coloca em xeque a aliança mantida pelo presidenciável do PSB.

Ex-presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Monteiro Neto critica a tese do “hegemonismo partidário” do PSB, segundo a qual a sigla presidida por Campos buscaria o nome para a sucessão pernambucana apenas dentro do próprio partido.

“Quero saber até que ponto nessa aliança existem parceiros ou partidos de duas classes”, disse. “Se existem aqueles que andam no banco da frente e outros que estão condenados a andar no banco de trás.”

Uma nova aliança de partidos em Pernambuco interessa ao governo federal, que precisa montar um palanque forte no Estado para a presidente Dilma Rousseff, caso Campos confirme sua candidatura à Presidência.

Aliado de Campos, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), também é cotado para mudar de partido e participar dessa chapa aliada ao governo federal.

Em entrevista à Folha nesta segunda-feira (3), Monteiro Neto disse que não faz parte de “nenhum entendimento” e afirmou que sua candidatura ao governo do Estado independe de uma decisão do PTB em relação a coligações nacionais.

Folha- Quem o PTB tende a apoiar para presidente da República?

Armando Monteiro Neto –O PTB é um partido que vive uma situação curiosa. As bancadas no Congresso estão muito alinhadas com o governo, e a executiva, por conta da força e da liderança do presidente [licenciado] Roberto Jefferson, que tem uma ligação diferente com o governo, não tem esse mesmo alinhamento. Mas muitos atuam no partido para que se busque uma posição convergente.

Hoje a executiva tende a apoiar quem?

O Roberto Jefferson está afastado, e o presidente interino, Benito Gama, é uma pessoa ligada a ele e, pelo que se fala, há uma perspectiva de que venha a participar de uma posição no governo. Seria sintomático ele vir a participar de algum espaço no governo.

O PTB com Dilma fecharia uma janela para o senhor na disputa pelo governo de Pernambuco?

Eu não diria isso. Do mesmo modo que o governador tem o grau de liberdade dele para poder decidir seu processo sucessório, eu também tenho um grau de liberdade, na medida em que não sou parte de nenhum entendimento que passe por apoio nacional. Há entendimentos e conversas que o governador manteve com o partido que nem foram intermediados por mim. O governador tem seus canais também.

Então o sr. se sente à vontade para trabalhar sua candidatura a governador independentemente de uma decisão a nível nacional do PTB?

Eu acho que sim. A minha candidatura não está condicionada a esse processo do partido a nível nacional. É claro que um alinhamento seria desejável, mas não é algo que condicione essa posição. O PTB tem uma condição de mobilidade natural. Estamos inseridos num campo em que coerentemente estivemos ligados ao PT e ao PSB. Dialogamos bem com os dois partidos.

Um alinhamento com a presidente Dilma facilitaria uma reaproximação com o PT no Estado?

É uma outra hipótese. No Congresso eu integro a base do governo federal. Fui eleito em 2010 em um palanque com o PSB e o PT.

O sr. considera sair em uma chapa com o PT e o ministro da Integração Nacional?

Isso não está posto porque ainda não temos definições claras no processo. O governador não assume sua candidatura à Presidência. O PT está no governo dele [Campos], e o PSB está no governo Dilma. E o PTB está no governo dele aqui. Não há ainda algo que indique que essas figuras estarão separadas. Mas vai haver um momento em que ele terá de explicitar as posições. E aí veremos se isso corresponderá a um distanciamento, a um rompimento.

A sua candidatura ao governo independe de um acerto com o governo do Estado?

Eu estou numa aliança cujo condutor natural do processo é o governador. Nós estamos aguardando o encaminhamento desse processo, que poderá se dar de forma a termos um único palanque em Pernambuco ou termos dois palanques. Isso vai depender de uma decisão do governador, se ele é ou não candidato a Presidência. E com relação ao encaminhamento da sucessão [estadual], a partir daí, também da explicitação de critérios políticos que vão orientar isso.

O governador parece querer um candidato do próprio partido.

Fala-se em alguns círculos aqui num certo hegemonismo partidário, ou seja, que o candidato tem que ser do partido dele. Isso é uma condição para o processo? Na essência é uma certa negação do espírito de aliança. É como se houvesse na aliança partidos de duas classes. Eu quero saber até que ponto nessa aliança existem parceiros ou partidos de duas classes. Se existem aqueles que andam no banco da frente e outros que estão condenados a andar no banco de trás.

O sr. considera que a mudança de partido do vice-governador, João Lyra Neto, do PDT para o PSB, é um indicativo de que ele será o candidato da aliança?

Eu acho que um vice-governador tem credenciais para postular o cargo, mas para isso ele nem precisaria mudar de partido. Até que ponto isso foi uma exigência do PSB ou correspondeu a um ato do vice-governador eu não tenho essa resposta. Mas sei que ele já declarou um desconforto dele e do partido. Então posso entender que isso se deu muito mais por motivação pessoal do que por exigência externa.

O governador diz que só cuida de 2014 em 2014. O calendário de quem está no poder pode ser igual ao de quem espera uma decisão?

Alguém disse com propriedade que todos têm seu próprio relógio. O nosso está na sintonia da aliança. Mas eu tenho impressão que a definição não poderá ser no ano que vem. Não digo nem pela vontade do PTB, mas pela dinâmica do processo político. Essa definição da candidatura nacional vai esperar até o próximo ano? Me parece que não. E isso vai condicionar os outros movimentos. Estamos em junho e já há um caldo, tanta especulação, tantos movimentos identificados. Eu acho que até setembro essas coisas têm que estar mais ou menos definidas, encaminhadas.

O sr. também vai se definir até setembro?

Até lá nossa aliança no Estado tem que tomar um rumo. O que eu posso dizer é que o PTB tem legitimamente a aspiração de conduzir um projeto político-administrativo no Estado. Portanto nós temos a nossa autonomia, a nossa própria identidade, a nossa trajetória que nos autoriza a aspirar um projeto próprio.

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Postado por Edmar Lyra às 4:49 am do dia 23 de maio de 2013 Deixe um comentário

Coluna Gazeta Nossa edição 161.

A falta de rumo do PT pernambucano.

O Partido dos Trabalhadores governou a cidade do Recife por doze anos e está governando o Brasil há dez anos, mas nunca conseguiu eleger o governador de Pernambuco. De todas as eleições que o partido disputou visando o Palácio das Princesas a que chegou mais perto foi um terceiro lugar com Humberto Costa em 2006 quando houve segundo turno e Eduardo Campos foi eleito. Depois da briga de João Paulo e João da Costa que culminou numa derrota acachapante na disputa pela prefeitura, o PT tenta juntar os cacos visando as eleições 2014. Inexoravelmente o partido precisará lançar uma candidatura própria para dar palanque a Dilma Rousseff em Pernambuco caso Eduardo seja mesmo candidato a presidente, mas mesmo que não seja, o PT tomará papel de coadjuvante na cena política local. Muito pouco para quem já teve a faca e o queijo nas mãos para governar as três esferas de poder em 2006. Não há uma perspectiva de ganhar a disputa com um nome próprio, seus principais quadros, João Paulo e Humberto Costa, saíram altamente enfraquecidos do processo eleitoral do ano passado. A chapa pura que o PT apresentou obteve pouco mais de 150 mil votos, ficando num modesto terceiro lugar, perdendo inclusive para o neófito Daniel Coelho que é do PSDB que não tinha inserção política na capital pernambucana. Visando um projeto majoritário, o PT tem a possibilidade de receber para os seus quadros o socialista Fernando Bezerra Coelho que é ministro da Integração Nacional e consequentemente auxiliar de Dilma Rousseff, sendo um dos mais próximos auxiliares da presidenta. Caso se confirme a filiação do ministro ao PT, o partido teria uma saída plausível, mas mesmo assim estaria dependendo da importação de quadros porque os atuais envelheceram antes do tempo. Além do mais, é preciso mostrar a bancada estadual e a bancada federal, bem como aos auxiliares de Geraldo Julio e de Eduardo Campos a necessidade de se afastar do PSB a nível local. É um tremendo mato sem cachorro.

Chapa federal – Por falar no PT, os únicos nomes com chances reais de conquistar mandato na Câmara dos Deputados são os ex-prefeitos do Recife João Paulo que já é deputado federal e busca a reeleição e João da Costa. Os demais terão grandes dificuldades.

Chapa estadual – Já para a Assembleia o cenário é menos conturbado mas também complicado. Buscam a reeleição André Campos, Isabel Cristina, Odacy Amorim, Teresa Leitão, Isaltino Nascimento, Manoel Santos e Sérgio Leite, dos quais devem dançar pelo menos dois.

Missão complicada – Nas eleições de 2010 quando tentou a reeleição, André de Paula (PSD) alcançou 63.055 votos, que lhe deixaram na primeira suplência da Coligação Pernambuco Pode Mais. Visando 2014 ele tentará novamente um mandato em Brasília, mas precisa ampliar o que conquistou na eleição passada.

O recuo – Diante de uma eleição a cada dia mais difícil para deputado federal, os deputados estaduais Silvio Costa Filho (PTB), Sebastião Oliveira (PR) e Isaltino Nascimento (PT) recuaram e irão tentar novamente um mandato na Casa Joaquim Nabuco.

O Senado – O deputado federal Eduardo da Fonte (PP) foi reeleito para a Câmara dos Deputados com 330.520 votos, praticamente triplicando a votação obtida em 2006. Agora o progressista deverá tentar a vaga em disputa pelo Senado na chapa que apoiará a reeleição de Dilma Rousseff.

Arena Pernambuco – A Itaipava Arena Pernambuco foi inaugurada na partida entre Náutico x Sporting (POR) com um público de quase 27 mil pessoas. Em relação ao estádio só elogios, mas no entorno e no acesso de Recife a São Lourenço só reclamação. Alguma coisa precisa ser feita.

Ingenuidade – Só um ingênuo acredita na possibilidade do prefeito Elias Gomes disputar o governo de Pernambuco pelo PSDB. Para isso ele precisaria renunciar a 2 anos e 8 meses do seu mandato em Jaboatão. Ele só faria isso se a disputa pelo Palácio fosse pule de dez, o que sabemos que não é.

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Postado por Edmar Lyra às 5:08 am do dia 16 de abril de 2013 Deixe um comentário

Fernando Bezerra Coelho com um pé no PT.

Apesar de negar publicamente, o ministro Fernando Bezerra Coelho já está praticamente nas fileiras do Partido dos Trabalhadores. O socialista é carta fora do baralho na Frente Popular por ter se aproximado muito de Dilma Rousseff em vez de ser solidário ao governador Eduardo Campos, pré-candidato não-declarado a presidente da República.

Fernando já está vetado da chapa majoritária porque nunca foi um aliado muito fiel de quem ele era liderado. Nos momentos em que precisou fazer a ruptura, fez sem qualquer cerimônia. Nem todas as vezes foi para aderir ao governo, mas como tem uma visão aguçada da política, soube romper no momento certo para estar ao lado do vencedor sem parecer oportunista.

O ministro é, sem dúvidas, uma das mentes mais brilhantes da política pernambucana. Lidera um grupo político em Petrolina que perdeu as duas últimas eleições mas com a alavancagem financeira e política que o PT vai fazer em sua candidatura a governador, ele se torna um candidato extremamente competitivo.

Para isso, o ministro precisa de novas rupturas na Frente Popular, seja para apoiá-lo ou seja para se lançar em faixa própria e forçar um segundo turno. Outro partido que o ministro está apostando alto numa candidatura própria é o PSDB, que ele sabe que não pode se aliar ao seu projeto, mas com uma candidatura que conquiste um bom percentual de votos pode forçar um segundo turno entre o ministro e o candidato do PSB.

A partir de agora serão anúncios e mais anúncios para fortalecer a imagem de Fernando Bezerra Coelho no Nordeste através da sua Integração Nacional, para que em Pernambuco no ano que vem ele seja um player de peso.

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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