Situação de Geraldo Julio na Lava-Jato vira unanimidade 

Um assunto recorrente nas rodas de conversa dos bastidores da política pernambucana, como não poderia ser diferente, é a operação Lava-Jato e mais precisamente a situação de Geraldo Julio com as investigações da Fair Play e da Turbulência, que são desdobramentos da Lava-Jato que investigam superfaturamento na Arena Pernambuco e a compra do jatinho de Eduardo Campos, respectivamente.

Há quem afirme que o prefeito tem perdido o sono com a bomba que pode ser devastadora na sua meteórica carreira política, e que o motivo do seu mergulho desde que foi reeleito foi o medo de com uma exposição maior ser “lembrado” pela Força Tarefa da Lava-Jato. Além das investigações que por si só já trazem grande desgaste, os rumores dão conta de que o processo é devastador para Geraldo Julio, porque supostamente ele teria sido o principal operador de Eduardo Campos.

As pessoas questionam o fato de Geraldo Julio ter mais de 60% dos votos, ser reeleito contra João Paulo que até então era considerado um fenômeno na política recifense e em vez de comemorar o reconhecimento das urnas e pegar no serviço para retribuir a confiança, o prefeito simplesmente sumiu das ruas e desistiu de fazer política, como se tivesse perdido o gosto pelo cargo.

Definitivamente não é normal o comportamento do gestor recifense. Diante de tudo que tem ocorrido, as pessoas mesmo sem ter acesso aos autos do processo, subentendem que Geraldo Julio será dragado politicamente pela Lava-Jato. Para quem se tornou a maior revelação do PSB, o prefeito caminha a passos largos para um fim melancólico.

WhatsApp – Convidado pelo senador Fernando Bezerra Coelho para uma agenda em Petrolina na semana passada, o governador Paulo Câmara não respondeu ao senador o convite, realizando a resposta ao prefeito Miguel Coelho por uma mensagem de WhatsApp. Não é a primeira vez que o governador utiliza o WhatsApp para se comunicar com os Coelho, em 2014 comunicou pelo aplicativo de mensagens que o secretário de Desenvolvimento Econômico seria Thiago Norões e não o indicado de Fernando, Jenner Guimarães.

Cassado – O vereador do Recife Romero Albuquerque (PP) teve o mandato cassado nesta quinta-feira  pela juíza da 1ª Zona Eleitoral do Recife, Maria Thereza Paes de Sá Machado. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), o parlamentar foi acusado de “alavancar sua candidatura maximizando o alcance da propaganda de internet a eleitores com os perfis por ele escolhidos”. A ação foi ajuizada pelo suplente Wilton Brito.

Estadual – A prefeita de Caruaru Raquel Lyra deverá lançar o seu marido, o empresário Fernando Lucena, para deputado estadual em 2018. Muito se comentou que a prefeita poderia apoiar Luciano Vásquez nas próximas eleiçōes mas a tese perdeu força para que a situação fique em família mesmo. Além de Fernando, Raquel deve apoiar João Lyra Neto, seu pai, para a Câmara Federal.

Cortês – O deputado federal Fernando Monteiro (PP) participou de reunião do governador Paulo Câmara (PSB) com o prefeito e o vice-prefeito de Cortês, Reginaldo Morais (PSB) e Eduardo Farias (PSB). Na pauta do encontro, realizado no Palácio do Campo das Princesas, o trabalho do Estado no município com a Operação Prontidão.

RÁPIDAS

Essência – Comenta-se nos bastidores o escanteio que foi dado ao poeta Antonio Marinho por parte do Palácio do Campo das Princesas. Os eventos com a presença do governador, que na época de Eduardo geralmente tinham as sacadas inteligentes de Antonio Marinho, perderam toda a essência no governo Paulo Câmara. Um gesto que não foi bem assimilado por muita gente.

Inquérito – O promotor do MPPE João Alves de Araújo abriu inquérito para investigar o prefeito de Gravatá Joaquim Neto (PSDB) pelo cachê de R$ 280 mil pago a banda Aviões do Forró, que em Caruaru realizou um show pela metade do preço.

Inocente quer saber – Quando for candidato a governador, Fernando Bezerra Coelho fará strike no sertão?