Blog Edmar Lyra

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Postado por Edmar Lyra às 4:16 am do dia 17 de maio de 2013 Deixe um comentário

Apenas rodízio não resolve a mobilidade urbana.

O caótico trânsito do Recife.

Hoje tive a ‘brilhante’ ideia de ir da minha casa ao Carrefour da Torre. Da minha casa, em Boa Viagem, pro Carrefour da Torre são aproximadamente 12 km. Peguei o TI Aeroporto na Barão de Souza Leão e desci na integração, lá peguei o metrô sentido centro. Saí de casa por volta das 16 horas.

Na estação Aeroporto eram aproximadamente 16:20 horas. Quando cheguei na estação Largo da Paz eram 17:00 horas. Fui andando até pegar o ônibus Estrada dos Remédios e chegar no Carrefour. Foram 20 minutos de caminhada até encontrar o ônibus. Cheguei ao meu destino final às 18:00 horas. Portanto, fiz em duas horas o percurso de 12 km. Na volta saí eram 19:00 horas e cheguei na minha casa às 20:45 horas. Um total de 3:45 minutos para fazer um percurso de apenas 24 km.

Na ida o metrô tinha ar-condicionado mas o condutor não ligou, parecia que estávamos numa sauna, como se não bastasse o metrô parecia uma lata de sardinha e pra completar um dos trens estava quebrado e ficou atrasando a viagem. Perguntei a algumas pessoas que têm a necessidade de utilizar este modal diariamente e eles me disseram que esta prática é corriqueira. Também fui informado por um funcionário do Metrorec que existem cinco trens novos que a empresa simplesmente não usa.

Após muita reclamação dos passageiros, o condutor ligou o ar-condicionado mas ele ficou tendo que parar para não bater no que estava na frente que apresentava problemas. Terminou que muitos passageiros foram obrigados a pegar a linha Cajueiro Seco/Recife, que já estava completamente lotada para completar o trajeto.

Na volta, um trânsito infernal, precisei pegar o Vasco da Gama/Afogados que estava lotado, dele desci na Igreja de Afogados pra pegar o Afogados/Aeroporto. Este pra minha sorte não estava lotado, mas quando cheguei no TI Aeroporto fui obrigado a ficar 20 minutos aguardando a linha TI Joana Bezerra pra descer na Av. Conselheiro Aguiar e voltar pra casa.

No mais, há uma nítida proibição para a entrada de bicicletas nas estações de metrô, onde deveria ter na realidade um bicletário para interligar modais. O lado positivo foi ver que na Linha Sul do Metrô temos um Recife que não vemos, podendo haver a implantação de estações navegáveis a partir do metrô interligando o transporte urbano.

O que acontece no trânsito do Recife, onde circulam cerca de 3 milhões de veículos da RMR, é que o trânsito é desorganizado. São 30% dos passageiros dentro dos veículos ocupando 70% das vias. Mas como o cidadão vai largar o conforto do seu carro para entrar nos enlatados humanos?

Além do mais, quem vai se arriscar a levar quase quatro horas para percorrer um trajeto de 25 km? Mesmo que o fulano perca 3 horas no trânsito com o carro dele todos os dias, pelo menos ele está no conforto do seu veículo.

Transporte público de qualidade passa pela interligação de modais, o conforto dos passageiros e a rapidez e eficiência do mesmo. O cidadão que possui seu veículo não irá trocá-lo nestas condições sob hipótese alguma.

O rodízio de veículos deve ser discutido. E tenho a opinião de que ele deve ser implantado, mas ele sozinho não resolve o problema, apenas agrava. Porém, não adianta apenas criticar os órgãos públicos, devemos propor soluções viáveis e aqui vão elas.

– Realizar incentivos fiscais para empresas que coloquem bicicletários e vestiários para seus funcionários.

– Que disponibilizem veículos grandes (ônibus) para levar e buscar os seus funcionários.

– Empresas que atribuam o aspecto home-office para muitos de seus funcionários.

– Com o home-office, poderia haver também uma escala de folga para os respectivos funcionários durante a semana. Em vez dos mesmos trabalharem cinco dias, tiverem trabalho em dias alternados, bem como os horários.

– A liberação do habite-se para os próximos empreendimentos comerciais ou residenciais deveriam conter a obrigatoriedade de colocar um bicicletário com uma vaga de bicicleta para cada apartamento nos residenciais e bicicletário e vestiário para os empreendimentos comerciais.

– Criar campanhas de conscientização para o uso do transporte público em detrimento ao individual.

– Cobrar do Grande Recife Consórcio de Transporte o aumento da frota de veículos para diminuir a fila, a quantidade de pessoas nos veículos e o tempo de espera entre uma viagem e outra.

– Nesta mesma linha, cobrar do Metrorec um maior contingente de trens e a utilização do ar-condicionado, gerando uma multa para a linha que não utilizá-lo.

Esta ação depende da sociedade, da prefeitura do Recife, do governo do Estado e das empresas de transporte público, caso contrário, o caos se estabelecerá na cidade do Recife e adjacências. Ou melhor, já se estabeleceu!

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: carros, metrô, mobilidade urbana, ônibus, veículos

Postado por Edmar Lyra às 5:01 am do dia 16 de março de 2013 Deixe um comentário

A mobilidade recifense passa pelo rodízio.

Com quase 700 mil veículos emplacados apenas no Recife e com mais de 1 milhão circulando pela cidade diariamente, a capital pernambucana, que é uma das menores do país em termos territoriais, está a beira de um colapso viário.

Ciente desta dificuldade, o prefeito Geraldo Julio acertadamente criou a secretaria de Mobilidade e Controle Urbano, comandada pelo engenheiro João Braga, profundo conhecedor do tema e técnico altamente competente e respeitado por todos.

No carnaval tive a oportunidade de conversar com Braga sobre a possibilidade de ser adotado o rodízio de veículos na cidade nos moldes implantados em São Paulo, porém, o secretário havia refutado a ideia sob a alegação de que naquela modalidade não haveria eficácia.

Agora o secretário decidiu implantar o rodízio, sendo que de uma forma diferente da que nós pensávamos. A PCR vai realizar a proposta de outra forma, os carros com terminação par não poderão circular das 6:30 às 8:30 hs e das 17:00 às 19:00 hs nos dias ímpares, enquanto os que tiverem terminação ímpar não poderão sair nos dias pares.

A lógica é inteligente porque retira os veículos na hora do rush no Recife, porém, ela não pode ser uma ação isolada. Além disso precisa-se de novas vias e novas modalidades de transporte. Além disso, precisa que o ônibus seja atrativo financeiramente em relação ao carro (isso já é.), mas principalmente que seja similar do ponto de vista do conforto. Uma solução seria retomar a colocação dos “geladões” em várias linhas.

Neste contexto, também se faz necessária uma campanha de conscientização para que os recifenses troquem o carro pelo ônibus. E o principal: proibir o estacionamento no centro da cidade. Diminuir as vagas de Zona Azul, não construir edifícios-garagem, etc.

A lógica do transporte indivual precisa ser combatida para que o coletivo prevaleça, porém, para isso as ações têm que ser efetivas e respeitosas com a sociedade. O rozídio é importante, mas ele sozinho não resolve.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: carros, joão braga, mobilidade urbana, Recife, rodízio, trânsito, transporte

 

Edmar Lyra

Jornalista político, colunista da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista da Rádio Folha e de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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