Fies: estudante paga a conta
Por Terezinha Nunes
Em seu livro “O Mito do Governo Gratis”, um dos mais vendidos no Brasil atualmente, Paulo Rabello de Castro insere neste contexto administrações governamentais que, sem responsabilidade com o equilíbrio das contas públicas e apostando no populismo, passam a distribuir vantagens e ganhos para todos, sem aparente custo para ninguém.
Apontando a América Latina como useira e vezeira desse expediente, incluindo o Brasil, Venezuela e outros mais, o autor cita outros exemplos pelo mundo, inclusive na Europa – o caso da Grécia, Espanha e Itália. Vaticina, porém, que mais dia menos dia a população acaba pagando a conta do “Governo Grátis” pois o país vai acumulando déficits difíceis de contornar.
Embora não seja de hoje o Governo Grátis brasileiro – há muito as políticas populistas têm encantado governantes em busca do elogio fácil – foi na era PT que mais se acentuou esta prática. Para se manter no poder, os governos petistas foram criando despesas que enchiam os olhos da população mais pobre e até dos banqueiros – nunca eles tiveram tanto lucro como nos últimos 10 anos – como se as finanças públicas pudessem suportar a orgia de gastos.
As consequências vieram em dose dupla. Além da corrupção que está tendo que enfrentar – primeiro com o mensalão e agora com o petrolão – o PT, via Governo Dilma, vê, com a crise econômica, cair sobre a sua cabeça a fúria da população que anda indignada por se descobrir, de uma hora para outra, sócia de uma administração que escondeu da maioria que um dia esta conta teria que ser paga por todos.
Talvez venha daí o maior desgaste da presidente Dilma. Além do bolsa família distribuído em profusão e que ajudou a eleger a ela própria e a Lula, a presidente cansou de citar na campanha programas como o Fies – o financiamento estudantil que garantiu a abertura das universidades privadas aos alunos advindos de escolas públicas – prometendo mantê-los e até ampliá-los depois de eleita.
Não deu outra. Embora todos concordem que é bom criar instrumentos para que todos os estudantes que assim desejem possam estudar, Dilma “esqueceu” de explicar que este dinheiro não estava caindo do céu e que os 1 milhão e 900 mil estudantes e as 1.600 instituições de ensino beneficiadas com o programa estavam conseguindo mantê-lo porque o estado vinha custeando tudo.
Agora que a conta não fecha mais, a presidente foi obrigada a deixar os estudantes em busca de renovação ou de inscrição nova nos Feis à beira de um ataque de nervos. Apesar do Governo ter garantido que quem já tem bolsa continua no programa, tem aluno passando dias e noites na frente do computador sem conseguir se conectar com o site oficial. E para os que estão entrando na universidade este ano houve um limite. Só 200 mil podem ser beneficiados no primeiro semestre e no segundo não há previsão.
Só depois da grande farra com o dinheiro público que agora minguou veio átona algo que poucos sabiam. Em tempo de vacas gordas, o Governo permitiu que até estudantes que tiraram zero em redação no vestibular fossem inscritos em Universidades, sem que tivessem as mínimas condições para conseguir uma formatura adequada.
Sem caixa, o MEC, de uma hora para outra, estipulou que só quem conseguir nota 450 no ENEM pode receber o Fies. Com isso metade dos alunos que buscam o financiamento estão automaticamente fora do programa. A qualidade do ensino, antes deixada de lado, agora virou regra num verdadeiro salve-se quem puder.
Terezinha Nunes é presidente da Junta Comercial de Pernambuco e membro da Executiva Nacional do PSDB
Filho de Alckmin morre em acidente aéreo
A empresa Helipark confirmou na noite desta quinta-feira (2) que um dos cinco mortos na queda da aeronave em Carapicuíba, na Grande São Paulo, é Thomaz Rodrigues Alckmin, de 31 anos, filho mais novo do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
O helicóptero da empresa Seripatri caiu sobre uma casa em Carapicuíba, nesta tarde, sem deixar sobreviventes. Morreram cinco pessoas. O acidente ocorreu por volta das 17h20, segundo os bombeiros. A empresa diz que um piloto e três mecânicos faziam um voo de teste depois de uma manutenção preventiva.
Thomaz Alckmin trabalhava como piloto. Ele era casado desde 2011 com a arquiteta Thais Fantato. Ele deixa duas filhas, uma de 10 anos e outra recém-nascida, com aproximadamente um mês.
A mãe de Thomaz, Lu Alckmin, estava em Campos do Jordão e chegou por volta das 21h50 ao Palácio dos Bandeirantes. Alckmin estava em viagem pelo interior do estado e voltou para contar pessoalmente a ela sobre a morte do filho.
Em fevereiro do ano passado, Thomaz e a filha dele ficaram no meio de um tiroteio após serem abordados por criminosos na região do Morumbi. Eles estavam em um carro sem blindagem quando outro veículo parou na frente, impedindo a passagem, e quatro homens saíram armados. O filho do governador estava acompanhado por um carro de escolta. Os policiais militares reagiram e houve troca de tiros com os criminosos.
Thomaz e a filha foram retirados do local em segurança, sem ferimentos. Os criminosos fugiram em seguida. Em 2002, ele já havia sido alvo de criminosos. Um PM que fazia a segurança de Thomaz foi baleado e morreu após trocar tiros com bandidos na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo.
Queda sobre casa
De acordo com a Associação de Moradores do condomínio Fazendinha (AMAF), em Carapicuíba, a queda aconteceu dentro do condomínio, e atingiu o telhado de uma casa em reforma. Segundo a AMAF, os moradores não estavam no local.
A cauda da aeronave ficou sobre a residência e a maior parte do helicóptero caiu no chão, entre as árvores. Não há relato de feridos entre as pessoas que estavam nas imediações. O condomínio fica na altura do km 26 da Rodovia Castello Branco.
A aeronave estava com a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) em dia e com o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) válido. O modelo do helicóptero é EC 155 e a matrícula PPLLS.
Em fóruns especializados em aviação, pilotos repercutiram o acidente e relataram que o filho do governador estava como co-piloto do helicóptero. A aeronave fazia um voo teste de balanceamento após a troca de uma pá de hélice. A peça estava em manutenção, segundo a troca de mensagens.
Coluna do blog desta sexta-feira
PT banca perfil no Twitter para disseminar o ódio
Jefferson Monteiro teve a ideia de criar um perfil satirizando a presidente Dilma Rousseff no Twitter. O perfil se chama Dilma Bolada. O apelido deve fazer jus à “bolada” que o rapaz leva por mês do Partido dos Trabalhadores para denegrir adversários. Dizem que Jefferson recebe R$ 200 mil por mês para fazer isso.
Durante a eleição este rapaz fez várias piadas contra adversários, chegando a denegrir alguns, tendo como ápice a brincadeira com a queda do avião do ex-governador Eduardo Campos, dizendo: “Pra descer todo Santos ajuda”, uma referência clara ao fato do avião ter caído em Santos. Quando um tigre atacou uma criança num zoológico, Jefferson chegou a dizer que o pai do menino deveria ter levado Aecio Neves para fazer carinho no tigre.
Pra completar, ontem, após a morte do filho do governador Geraldo Alckmin num acidente de helicóptero, Jefferson Monteiro se superou, corrigindo uma matéria do Twitter de O Globo, que dizia que Thomás Alckmin é piloto, ele respondeu com um “era”.
Depois quis minimizar a morte do filho do governador comparando-a com a morte de uma criança numa favela. Mostrando que Jefferson Monteiro é um sujeito sem caráter e sem qualquer escrúpulo, sendo capaz de tripudiar de tragédias envolvendo adversários da presidente Dilma Rousseff.
É vergonhoso para o partido que está à frente do governo federal financiar um perfil como o Dilma Bolada, sobretudo quando a gente sabe que os partidos são bancados com dinheiro público através do fundo partidário. Consequentemente estamos pagando dos nossos impostos indiretamente via PT para que Jefferson Monteiro dissemine o ódio pelas redes sociais.
Como diz Boris Casoy: Isso é uma vergonha!
Adson Dantas – O advogado Adson Dantas pode ser candidato a vereador do Recife nas próximas eleições pelo PSD. Filho do ex-prefeito de Petrolândia José Dantas, Adson é ligado ao secretário das Cidades André de Paula, sendo uma figura muito querida e respeitada no meio político.
Eduardo Campos – No seu programa partidário, o PSB veiculou ontem uma homenagem ao ex-governador de Pernambuco, candidato a presidente da república e presidente da sigla, falecido em agosto do ano passado vítima de um acidente aéreo. Além disso fez inúmeras críticas ao governo Dilma Rousseff.
Digitais – Foi divulgado pela Istoé ontem que há documentos e testemunha que a presidente Dilma Rousseff avalizou o contrato de montagem do Estaleiro Rio Grande, responsável por esquemas fraudulentos que escoaram R$ 100 milhões para os cofres do PT.
Líder – Depois de acatar o pedido do vereador Ricardo Liberato, que deixou a liderança do governo, o prefeito José Queiroz anunciou o novo líder: o vereador José Aílton. Ele, inclusive, já ocupou a liderança do governo municipal em 2009. Zé Ailton está no quinto mandato como vereador de Caruaru e foi líder do Governo Queiroz entre os anos de 2009 e 2010.
RÁPIDAS
Escuridão – A gestão do prefeito Geraldo Julio abandonou mesmo a Via Mangue, que continua na completa escuridão, colocando em risco a vida dos motoristas que precisam da via para se deslocar no sentido centro/zona sul.
Yves Ribeiro – O ex-prefeito de Paulista Yves Ribeiro, que tentou sem sucesso uma cadeira na Casa Joaquim Nabuco, decidiu disputar a prefeitura de Igarassu. Yves já governou o município, bem como Itapissuma. É um prefeito itinerante profissional.
Inocente quer saber – A presidente Dilma Rousseff vai permitir que o PT continue bancando Jefferson Monteiro, do perfil Dilma Bolada?
Coluna do blog desta quinta-feira
Popularidade de Dilma Rousseff despenca
O Ibope divulgou ontem mais uma sondagem sobre a avaliação do governo Dilma Rousseff, e mostrou um cenário desolador para o Palácio do Planalto. De acordo com a pesquisa, que foi encomendada pela CNI, apenas 12% dos entrevistados consideram o governo da presidente ótimo/bom. Regular apenas 23% e ruim/péssimo compreende 64% dos entrevistados.
A rejeição elevada da presidente é fruto de uma convergência de fatores, dentre eles a falta de traquejo da presidente para com a sociedade, ela quando fala na televisão não convence ninguém, bem como a situação econômica que remete aos tortuosos períodos de hiperinflação e recessão econômica das décadas de oitenta e noventa. Por fim a corrupção que é a marca registrada do governo Dilma. Os escândalos da Petrobras e agora o Carf vão continuar mantendo por muito tempo a agenda negativa do governo em evidência.
A presidente precisa criar uma agenda positiva para o seu governo, não se sabe onde ela tirará o coelho da cartola, mas daqui a dez dias teremos uma nova onda de protestos contra ela que pode ser fatal para as condições políticas de governabilidade da presidente, que já estão pra lá de saturadas.
Vai ser preciso muita ousadia e criatividade do Planalto para reverter esta curva de rejeição. Se continuar assim é capaz da presidente chegar a um dígito de aprovação nas pesquisas. E chegando neste patamar de rejeição, só tem dois caminhos: renunciar ou levar o Brasil à bancarrota.
Contradição – O deputado Jean Willys (PSOL/RJ) acha que com doze anos uma criança tem discernimento suficiente para fazer uma cirurgia de mudança de sexo, porém acha que um adolescente de 16 anos não pode responder pelos crimes que vier a cometer. Meio contraditório, não?
Independência – O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB/AL) defendeu ontem a independência do Banco Central, fazendo com que o mandato dos dirigentes da instituição não coincidam com o mandato do presidente da República. Essa foi a mesma proposta que Marina Silva apresentou e o PT só faltou comer o fígado dela no guia eleitoral.
União pelo Nordeste – Os deputados Rodrigo Novaes, Claudiano Filho, Miguel Coelho e Joaquim Lira foram recebidos ontem pelo governador de Alagoas Renan Filho. Eles levaram a pauta da discussão da estiagem na região e receberam apoio integral do governador alagoano para a causa.
Homicídios – A segurança pública voltou a entrar na pauta das discussões da Alepe. O líder da oposição deputado Sílvio Costa Filho (PTB) afirmou que nos três primeiros meses de 2015 ocorreram mil homicídios em Pernambuco, dando a entender que o Pacto Pela Vida degringolou de vez.
RÁPIDAS
João Fernando – O deputado João Fernando Coutinho (PSB) apresentou duas emendas à Medida Provisória que trata do Salário Mínimo, na emenda 107, João quer garantir um aumento de pelo menos 2% ao salário mínimo. Já na emenda 108, o pernambucano propõe que a política de valorização vigore até 2021 em vez de 2019.
Passira – O governador Paulo Câmara estará hoje em Passira para vistoriar a recuperação da PE-095 em Passira. A estrada liga Limoeiro a Caruaru e tem 80km de extensão. O investimento está orçado em R$ 62 milhões e está previsto pra ser entregue em maio.
Inocente quer saber – O ex-presidente Lula acha que estamos vivenciando uma marolinha como em 2008?
Queiroz Galvão demite 70; 500 sob aviso prévio
Folha de S.Paulo – Renata Agostini e Lucas Vetttorazo
A construtora Queiroz Galvão ameaça paralisar as obras do Complexo Esportivo de Deodoro, na zona oeste do Rio de Janeiro, um dos principais centros de competição dos Jogos Olímpicos. A empresa, responsável pelas obras juntamente com a construtora OAS, demitiu 70 funcionários nesta quarta-feira (1) e colocou outros 500 operários em aviso prévio, segundo apurou a Folha. O canteiro reúne 1.000 trabalhadores no total. Os demais funcionários podem ser demitidos já na semana que vem. Eles possuem contrato de experiência e não necessitam de aviso prévio.
A empresa alegou aos empregados que não tem condições financeiras de mantê-los diante de atrasos nos pagamentos pela Prefeitura do Rio. A construtora iniciou as obras em agosto de 2014, mas só recebeu o primeiro pagamento em janeiro deste ano. Na ocasião, foram pagos cerca de R$ 60 milhões, referentes aos trabalhos executados até novembro. Desde então, não foram feitos novos pagamentos.
O contrato total é de R$ 650 milhões e prevê remuneração mensal pelas obras. A situação é preocupante diante do prazo apertado para o início dos Jogos Olímpicos, que serão realizados em agosto de 2016.
.A Queiroz Galvão é uma das empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção revelado pela Operação Lava Jato, justamente com a OAS, sua parceira no empreendimento. Ambas são acusadas de participar de um esquema de pagamento de propina a funcionários da Petrobras em troca de vantagens em licitações e contratos na estatal.
A OAS protocolou seu recuperação judicial nesta terça-feira (31). Com R$ 8 bilhões em dívidas, a empresa avaliou que corria o risco de quebrar sem a proteção da Justiça. A Queiroz Galvão, que toca cerca de 30 canteiros de obras no país e emprega 22 mil funcionários, tem situação financeira mais confortável e não corre o risco de ficar insolvente no momento.
Os atrasos nos pagamentos de obras públicas, contudo, preocupam à administração da companhia, apurou a Folha
Renan: independência do BC é ajuste dos ajustes
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou a defender a formalização da independência do Banco Central. Após a ida do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ao Senado, ontem, o peemedebista classificou a medida como o “ajuste dos ajustes”.
“A independência do Banco Central é o ajuste dos ajustes. É isso que vai sinalizar no sentido da previsibilidade, da segurança jurídica, da política monetária. Essa é uma discussão que não podemos sonegá-la, de forma nenhuma, no Parlamento”, disse o presidente do Senado.
Na segunda-feira, Renan avisou ao ministro que o PMDB iria apresentar um projeto de lei para regulamentar a independência do Banco Central. A ideia é que os diretores do órgão tenham mandatos de cinco anos e não coincidentes com o do presidente da República.
Durante a campanha eleitoral de 2014, o tema foi usado pela então candidata à reeleição, Dilma Rousseff, para criticar a adversária Marina Silva (PSB). Em uma peça publicitária, a campanha da petista insinuava que a medida, proposta por Marina, iria tirar a comida do prato dos brasileiros.
O PMDB, no entanto, já tentou em outros momentos aprovar a medida. Em 2013, Renan tentou colocar em votação um projeto semelhante. A proposta, no entanto, não prosperou.
Betinho Gomes questiona atraso nos repasses a programas socioassistenciais
Informações recentes disponibilizadas pela Confederação Nacional de Municípios revelam atrasos do governo federal no repasse de recursos referentes ao cofinanciamento dos programas e serviços socioassistenciais. De acordo com a CNM, há atrasos na verba destinada à proteção social básica e à proteção social especial de média e alta complexidade. O governo, através do Fundo Nacional de Assistência Social, credita essa situação à demora da aprovação do Orçamento para o ano de 2015, mas, apesar de já aprovado o OGU, informa que não há previsão para regularizar as transferências.
Diante de mais essa situação em que o cidadão paga a conta dos erros cometidos pela presidente Dilma Rousseff, o deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE) vai encaminhar um pedido de informação ao Ministério do Desenvolvimento Social, questionando o atraso desses repasses e solicitando explicações a respeito da atual situação.
“O governo do PT que aumentou impostos, energia elétrica, preço da gasolina e descontrolou a inflação, agora, atinge, em cheio, os municípios brasileiros, especialmente os mais pobres ao não cumprir o dever de fazer os repasses para garantir políticas sociais importantes. O desajuste da economia chega ainda mais próximo da população mais vulnerável”, critica o tucano, que endossa a postura da CNM em chamar a atenção para a importância de investimentos sólidos e regulares na Política de Assistência Social, uma vez que são ações de caráter continuado e atendem desde crianças, a idosos e jovens em situação de vulnerabilidade.
Com base em dados do IBGE, o CNM informa que 99% das cidades brasileiros oferecem algum tipo de serviço ou programa da Política de Assistência Social. E, além do cofinanciamento federal, os municípios também investem recursos próprios, além de assumir as despesas com pessoal. Agora, sem o repasse do governo, as prefeituras têm suas despesas dobradas.
A CNM também critica a decisão da FNAS de priorizar o repasse às cidades que ainda possuem recursos em caixa sob o argumento da necessidade de se continuar a oferta dos serviços socioassistenciais. O órgão ressalta que a prioridade deveria ser dos municípios que estão com suas contas zeradas desde novembro do ano passado, sendo obrigados a manter os programas e serviços com recursos próprios.
João Fernando apresenta emendas à MP do mínimo
Vice-líder do PSB na Câmara, o deputado federal João Fernando Coutinho apresentou, na última terça-feira (31), duas emendas à Medida Provisória (MP) Nº 672/2015, que trata da política de valorização do salário mínimo. A MP, editada pela Presidência da República, mantém até 2019 a atual política de reajuste, cuja vigência encerra este ano.
Uma das propostas de João Fernando é garantir um mínimo de 2% para o cálculo do aumento real do salário. De acordo com a MP 672, para se chegar ao valor do salário mínimo do ano, é levado em conta o percentual equivalente à taxa do crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Ou seja, para calcular o aumento de 2016, será analisado o PIB de 2014. Na Emenda Nº 107, o deputado propõe que seja aplicado esse mesmo cálculo, porém, “garantindo um percentual mínimo de 2%”.
Já a Emenda Nº 108 prevê a ampliação da vigência da MP 672 e, consequentemente, da política de valorização do salário mínimo. A proposta altera de 2019 para 2021 o prazo para a medida deixar de vigorar. Na justificativa do texto, o deputado argumenta que o objetivo da emenda é “manter esta importante conquista dos trabalhadores brasileiros”.
Dilma tem apenas 12% de aprovação no Ibope
Do G1
Pesquisa Ibope divulgada, hoje, mostra que a administração da presidente Dilma Rousseff tem a aprovação de apenas 12% dos entrevistados, no percentual que reúne os que avaliam o governo como “ótimo” ou “bom”. Em dezembro, no último levantamento do Ibope, 40% aprovavam a gestão da petista.
A pesquisa, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi realizada entre os dias 21 e 25 de março e ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Os que julgam o governo “ruim” ou “péssimo”, segundo o Ibope, são 64%. Para 23%, o governo é “regular”.
O resultado da pesquisa de avaliação do governo Dilma foi o seguinte:
– Ótimo/bom: 12%
– Regular: 23%
– Ruim/péssimo: 64%
– Não sabe/não respondeu: 1%
Na pesquisa de dezembro, 27% consideravam dos entrevistados avaliaram a administração Dilma “ruim” ou “péssima”. Já 32% consideraram a gestão “regular”.
O nível de confiança da pesquisa é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%.
Confiança
Segundo a pesquisa divulgada nesta quarta pela CNI, 24% dos entrevistados disseram ter confiança na presidente Dilma Rousseff; 74% afirmaram não confiar na petista; e 3% não souberam ou não opinaram.
Maneira de governar
O percentual dos eleitores que aprovam a maneira de governar de Dilma também caiu no levantamento do Ibope: passou de 52% para 19%.
Outros 78% dos entrevistados desaprovam a maneira de governar, e 4% não quiseram ou não souberam responder. Conforme a pesquisa, para 76% dos entrevistados, o segundo governo Dilma está sendo pior que o primeiro, enquanto para 18% está sendo igual. Outros 4% consideram a administração no segundo mandato melhor.
O levantamento mostra ainda que 14% da população acredita que o restante do segundo governo será ótimo ou bom. Outros 55% consideram que será ruim ou péssimo, 25% acham que será regular e 5% não quiseram ou não souberam responder.
A CNI também divulgou dados referentes à aprovação do governo por área. Em todos os nove setores avaliados na pesquisa, o percentual de desaprovação é superior a 60% dos entrevistados:
Impostos
Aprova: 7%
Desaprova: 90%
Não sabe/não respondeu: 3%
Taxa de juros
Aprova: 7%
Desaprova: 89%
Não sabe/não respondeu: 4%
Combate ao desemprego
Aprova: 19%
Desaprova: 79%
Não sabe/não respondeu: 3%
Segurança pública
Aprova: 16%
Desaprova: 81%
Não sabe/não respondeu: 3%
Combate à inflação
Aprova: 13%
Desaprova: 84%
Não sabe/não respondeu: 3%
Combate à fome e à pobreza
Aprova: 33%
Desaprova: 64%
Não sabe/Não respondeu: 3%
Meio ambiente
Aprova: 25%
Desaprova: 66%
Não sabe/não respondeu: 9%
Saúde
Aprova: 13%
Desaprova: 85%
Não sabe/não respondeu: 2%
Educação
Aprova: 25%
Desaprova: 73%
Não sabe/não respondeu: 3%
Percepção do noticiário sobre o governo
Mais favoráveis: 9%
Nem favoráveis nem desfavoráveis: 13%
Mais desfavoráveis: 72%
Não sabe/não respondeu: 6%