A proposta de privatização da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), apresentada pelo Governo Federal, foi tema da 6º edição do Prosa Política, evento realizado pelo PSB de Pernambuco com o intuito de debater com a militância e representantes da sociedade civil pautas de interesse público. Durante a atividade, realizada na noite desta segunda-feira (27), os deputados Danilo Cabral e Lucas Ramos, ambos do PSB, falaram sobre o impacto da proposta para o Brasil e, sobretudo, para o Nordeste.
Idealizador da proposta que prevê um referendo para o caso de aprovação da venda da Eletrobras, o deputado federal Danilo Cabral destacou que a venda da entidade poderá gerar um aumento de 17%, segundo estimativa da entidade, e que a militância alertar a sociedade dos estragos que a privatização vai trazer para a população brasileira.
De acordo com o parlamentar, a Eletrobras tem investimentos de quase R$ 400 bilhões, enquanto a sua venda está estimada em R$ 12 bilhões. “Estamos falando do patrimônio do povo brasileiro, que foi construído durante anos e anos, fruto do esforço da sociedade brasileira. A raiz do problema não está nesse processo. O que o Brasil paga de juros da dívida pública é muito alto. O PSB defende que seja feito processo de auditoria da dívida pública”, afirmou o parlamentar.
Durante o debate, o parlamentar apresentou dados sobre a Chesf. A companhia abrange 18% do território brasileiro, atendendo cerca de 54 milhões de habitantes. Atualmente, atende 10% da capacidade de energia instalada no País. A Chesf é responsável por mais de 4.500 empregos, sendo 2.200 somente em Pernambuco. Segundo Danilo, a privatização do setor energético inevitavelmente atingirá o Rio São Francisco.
O discurso foi endossado pelo deputado Lucas Ramos, que preside a Frente Parlamentar em Defesa da Chesf em Pernambuco. Ele falou do impacto que a privatização poderá causar aos que mais precisam. “A quem interessa à venda da Chesf senão aos empresários? Que sorte a nossa termos condições de pagar a energia mais cara e quem não pode?”, questionou.
O parlamentar frisou que durante as atividades realizadas pela Frente estadual não houve, em nenhum momento, a defesa da privatização por parte do Governo Federal. “Fomos a vários estados e não vimos um representante do governo federal dizer porque é bom privatizar. Como disse Danilo Cabral, um investimento como este não pode ser colocado na prateleira por R$ 12 bi para cobrir um rombo da má administração e incompetência”, afirmou. Além das 11 audiências públicas, a Frente fez três visitas técnicas, duas visitas institucionais e uma reunião com o governador Paulo Câmara.
O debate da privatização da Chesf atraiu diversos militantes para a sede do PSB de Pernambuco. Mais de 150 pessoas acompanharam a edição do Prosa Política. Após as apresentações de Danilo Cabral e Lucas Ramos, os militantes se colocaram contra a privatização e também falaram da importância de levar as informações repassadas durante o evento para a sociedade civil.


A privatização da Arena Pernambuco 
Privatização da Eletrobras é sinônimo de um novo tempo para o Brasil

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