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Postado por Edmar Lyra às 11:42 am do dia 7 de junho de 2019 Deixe um comentário

O caso Neymar e a interpretação da Lei Maria da Penha

Por Bruno Lins de Albuquerque*

O caso Neymar traz à baila importante debate que não deve permanecer adormecido na hermenêutica jurídica, qual seja, a interpretação da lei Maria da Penha, considerada um marco no combate à violência doméstica, porém muitas vezes mal interpretada face à discriminação masculina.

A referida questão deve ser tratada com imparcialidade de gêneros, não concerne em machismo, ou qualquer outro arquétipo de preconceito, e sim na fragilidade da interpretação da lei, bem como na desigualdade da aplicação das sanções impostas pela referida Lei em face do gênero -homem.

A constituição federal em seu Artigo 5 dispõe que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, diz ainda que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. A discussão não visa beneficiar o homem e sim aclarar a perspectiva de igualdade defendida na Carta Magna, respeitando o direito à dignidade da pessoa humana e o direito à diversidade, que vem sendo cada vez mais respaldado e ampliado na jurisprudência brasileira.

O caso Neymar em comento, aflora e aquece essa controvérsia, que já foi objeto de debate aqui em Pernambuco através do lançamento do livro ‘’ A Discriminação do Gênero-Homem no Brasil em Face à Lei Maria da Penha’’ do experiente juiz e amigo Gilvan Macedo dos Santos, que foi titular da vara de violência doméstica da Capital/PE. O referido exemplar foi alvo de polêmica em Pernambuco, onde Gilvan narra a quantidade de casos em que o homem é mal interpretado em ações que possuem como objeto a violência doméstica, pontuando a desproporção das sanções sofridas por eles, fazendo comparativo da mesma ação sendo realizada por uma mulher, que recebem sanções mais brandas por condutas idênticas.

Nós advogados, assim como o nobre jurista mencionado, provavelmente já nos deparamos com demandas em que o gênero feminino provoca, muitas vezes se auto agride, no intuito de criminalizar e responsabilizar seu companheiro, onde na maioria das vezes tais práticas envolvem o uso de álcool, ciúmes, drogas, entre outros.

Ante o exposto, mister se faz provocar com mais reiteração a tese interpelada, em casos que seja possível vislumbrar qualquer discriminação que vá de encontro ao princípio da igualdade elencado em nossa Constituição Federal.

Importante frisar que tal debate não objetiva questionar a importância da Lei Maria da Penha em nosso ordenamento jurídico, tampouco tomar partido de qualquer gênero, nem mesmo no caso Neymar, onde todas as investigações deverão exaurir-se de forma imparcial, e sim defender a igualdade dos gêneros, de forma que a Lei seja aplicada e interpretada de forma diligente e imparcial, impedindo o desnivelamento de determinada sanção imposta, relativa à conduta praticada por homem ou mulher de maneira idêntica, a fim de que à justiça prevaleça.

*Bruno Lins de Albuquerque é advogado

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Postado por Edmar Lyra às 2:28 am do dia 28 de agosto de 2013 Deixe um comentário

Violência contra a Mulher: Armando elogia relatório entregue à presidente Dilma.

Brasília – Membro da CPMI da Violência Contra a Mulher, o senador Armando Monteiro (PTB) participou da sessão solene do Congresso que homenageou os sete anos da Lei Maria da Penha e entregou à presidenta Dilma Rousseff o relatório final da Comissão. Armando votou favorável a esse relatório, quando foi aprovado na Comissão, e defendeu, na oportunidade, que o Brasil precisa mudar o atual quadro de extrema violência contra a mulher:

“Sei do sério trabalho realizado quando a comissão percorreu diferentes estados do País para, ao final, produzir um relatório extremamente sintetizado com as exigências do Brasil, para mudar este quadro de extrema violência contra a mulher”, disse o senador.

Os sete projetos apresentados com o relatório final da CPI da Violência contra a Mulher podem ser votados nesta semana pelo Plenário do Senado. Entre as propostas, o que define o crime de feminicídio como uma “forma extrema de violência de gênero que resulta na morte da mulher”. De acordo com o texto, o crime pode ocorrer em três situações: quando há relação íntima (de afeto ou parentesco) entre vítima e agressor, quando há qualquer tipo de violência sexual e quando há mutilação ou desfiguração da vítima. A tipificação do feminicídio no Código Penal é importante porque reconhece, sob a forma da lei, que mulheres estão sendo mortas pela razão de serem mulheres, “expondo a desigualdade de gênero que persiste em nossa sociedade”.

Além desta questão, há a classificação da violência doméstica como crime de tortura; o artigo que prevê atendimento especializado no SUS; o que permite às vítimas receber da Previdência uma ajuda temporária; o que cria o Fundo Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres; o que destina parte dos recursos do Fundo Penitenciário Nacional à manutenção de casas de abrigo que acolham vítimas de violência doméstica; e o que exige rapidez na análise da prisão preventiva para os agressores.

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Postado por Edmar Lyra às 2:16 am do dia 14 de março de 2012 111 Comentários

Cartilha sobre Lei Maria da Penha é lançada amanhã em Jaboatão.

Jaboatão dos Guararapes, 13 de março de 2012 – As comemorações relacionadas ao Dia Internacional da Mulher ainda não acabaram. Amanhã (14), a partir das 14h, a Faculdade dos Guararapes (FG) – integrante da rede internacional de universidades Laureate – vai sediar, no município, o lançamento da cartilha sobre “O Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher: uma Construção Coletiva Nacional”. A publicação trata sobre a Lei Maria da Penha, que busca coibir e punir a violência contra a mulher. O evento – que é realizado pela Compesa, em parceria com o Ministério Público de Pernambuco – é aberto ao público e acontece no Auditório da FG, na Rua Comendador José Didier, N° 27, Piedade, Jaboatão dos Guararapes.

A iniciativa também conta ainda com duas palestras sobre essa lei. Uma delas é sobre “Políticas Públicas e a Lei Maria da Penha”, que será ministrada pela Secretária Executiva da Mulher do município do Cabo de Santo Agostinho, Lucidalva Nascimento. A outra terá como tema “Aplicação da Lei Maria da Penha” e será proferida pelo promotor de Justiça do Ministério Público de Pernambuco, João Maria Rodrigues Filho.

Peça – A programação conta ainda com encenação da peça teatral “Veja você…Margarida”. Com pitada de humor, a peça conta com a história de Margarida, uma dona de casa que é agredida constantemente pelo marido e, que depois de muito sofrer, recupera a autoestima e faz valer seus direitos, amparada pela Lei Maria da Penha.

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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