Blog Edmar Lyra

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Postado por Edmar Lyra às 0:29 am do dia 27 de maio de 2012 109 Comentários

Saudades.

Por Arthur Virgílio*

Lisboa – É o ultimo artigo que escrevo desta doce cidade. Foi um ano inteiro de “exílio” e, como era “exílio”, claro que ele me ofertou momentos de angústia, sofrimento, dor.

Afinal, fui arrancado da minha vida, da minha vocação, do meu trabalho pelo Amazonas e pelo Brasil. Senti, ao longo do processo eleitoral, o peso abusivo do poder econômico e das fraudes mais grosseiras, tudo isso bem comprovado pelo Ministério Público Eleitoral e pela Polícia Federal.

Senti na pele, diretamente, um pouco do que padeceu meu pai, Arthur Virgílio Filho, que foi arrancado da tribuna do Senado pela violência do Ato Institucional número 5, o AI-5 da ditadura. Ele não fez concessão nenhuma aos seus algozes. Permaneceu impávido na sua dignidade e no seu compromisso com a democracia, com as liberdades.

Sentirei saudades de Lisboa, de Portugal como um todo, dos colegas tão queridos da embaixada, de cada cidade que visitei, de cada aldeia, da gente simples e brava que experimenta momentos difíceis no econômico e no social. Saudades antecipadas, sobretudo, de Lisboa. Passei a vê-la não com os olhos apressados do turista, mas com a sensação deliciosa de que amanhã, depois e depois, poderia revisitar os sítios que minha alma pedisse.

Portugal haverá de vencer as imensas dificuldades atuais. Sua história determina que seja assim. Terá de praticar dura austeridade, cortar na carne, investir em inovação, preparar-se para ganhar fôlego exportador. Haverá de conquistar a tranquilidade que seu povo exige e merece.

Esta é a civilização que descobriu o caminho marítimo para as Índias, que descobriu o Brasil. E que nos legou dois imperadores sábios, responsáveis pela unidade linguística e territorial do nosso país.

Os portugueses sofreram a dominação romana por três séculos. Diferentemente dos países que giravam em torno da Rússia na antiga União Soviética (apenas 71 anos de domínio russo e todos eles passaram a falar a língua do império), aqui se falou português o tempo inteiro.

Sofreram dominação moura por oito séculos, em parte do seu território. Decerto que incorporaram palavras árabes ao seu vocabulário, como o vice deve ter sido versa, porém nunca abriram mão de falar o seu próprio idioma. O nome disso é bravura, resistência, caráter indomável.

Volto para o meu país e para o meu Amazonas. Isso me deixa com o coração pulsando de muita alegria. Minhas lutas estão lá. Minha história também.

Acrescentei esta experiência aos meus afetos. Mas está na hora de voltar e exercitar a forma que conheço de amar o Brasil, o Amazonas, os brasileiros, os amazonenses: lutando por uma sociedade justa e digna. Produtiva, redistributiva e limpa.

Momentos de dor, sim. De amargura, também. De rancor, jamais. O ódio, dizem pessoas sábias, é como água salgada. Quanto mais se bebe, mais sede se tem.

Ele não cabe no meu coração.

*Diplomata, foi líder do PSDB no Senado.

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Postado por Edmar Lyra às 1:24 am do dia 17 de março de 2012 103 Comentários

Vai mal.

Por Arthur Virgílio*

Lisboa – O governo Dilma Rousseff está paralisado. Não realiza as obras dos PACs por inapetência administrativa e/ou por restrições naturais que o TCU opõe a superfaturamentos e corrupção. Montou base “aliada” fisiológica, exageradamente numerosa, disforme, sem identidade, sem programa de país que supostamente pudesse uni-la.

Em apenas 14 meses, Dilma perdeu 14 Ministros, a maioria deles sob pesadas acusações de corrupção. Falta expelir a extensa lista dos incompetentes.

Inexiste a articulação política. Dilma entende pouco do assunto e as peças-chave do seu esquema são neófitas, conhecem pouco Brasília, desconhecem os meandros de cada partido, parecem matutos deslumbrados com os arranha-céus da cidade grande.

A Presidente virou refém do mais deslavado “toma-lá-dá-cá” da história brasileira. O projeto montado por Lula funcionava porque ele, inegavelmente, é hábil político e porque tinha a protegê-lo as reformas do período Fernando Henrique, e a conjuntura internacional extremamente benigna. Agora, a margem de manobra é menor e, paradoxalmente, as demandas dos “aliados” são maiores, até porque o exército do rei Xerxes, flácido, frouxo, sem combatividade, era o maior do mundo.

A oposição precisa encontrar o seu viés, numa e noutra Casa. Vozes isoladas a representam e isso dá fôlego a um governo fraco, deficiente, incompetente e inseguro.

A corrupção grassa e o exemplo vem de cima. Não há tecido da máquina oficial que, espremido, não produza secreção purulenta. O aparelhamento político do Estado, com fins corruptos, chegou ao paroxismo. As agências reguladoras viraram apêndices dos Ministérios, perderam a independência, elas que nasceram para representar o Estado, que é permanente, e não os governos, que são transitórios, e que deveriam também proteger os interesses dos consumidores, hoje ignorados.

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, admite ter recebido R$50 mil do laboratório Hipolabor, quando dirigia a Anvisa. A Procuradoria–Geral da República afirma tratar-se de suborno. O acusado, “defende-se” dizendo tratar-se de “empréstimo” que fez a um lobista da União Química, outra indústria farmacêutica, e que esses R$50 mil seriam o ressarcimento do empréstimo.

Por que o lobista de uma empresa pagaria “empréstimo” através de uma concorrente? E é justo, legal, decente, legítimo, um dirigente de agência reguladora “emprestar” dinheiro a lobista de setor que ele deveria fiscalizar com rigor, isenção, sem promiscuidades?

O Brasil está virando um “clube dos cafajestes”. Os exemplos dados às novas gerações são os da amoralidade e da imoralidade.

Nesse rumo, não iremos a lugar nenhum. Sermos o 6o PIB do mundo, com renda cruelmente repartida e corrupção institucionalizada, nos define como uma grande republiqueta, jamais como uma grande nação.

*Diplomata, foi líder do PSDB no Senado.

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Postado por Edmar Lyra às 1:42 am do dia 11 de março de 2012 44 Comentários

Celso dos mil erros.

Por Arthur Virgílio*

Lisboa – O Embaixador Celso Amorim, Ministro da Defesa do governo Dilma Rousseff, errou redondamente ao anunciar que puniria, por indisciplina, os militares da reserva que, em manifesto, criticaram o governo. Antes de mais nada, deixo bem claro que sou terminantemente contrário à manifestação pública de militares da ativa. E, como democrata, obediente às leis do meu país, nada tenho contra a manifestação pública de militares da reserva.

No primeiro caso, sou contra porque feriria um princípio básico da disciplina militar: a crítica à Presidente, que é, por quatro anos, comandante-em-chefe das Forças Armadas. Já os da reserva, sem tropa, sem comando, sem armas, viram cidadãos comuns, aos quais não deve ser negado o direito de opinião política.

Não está em jogo aqui se concordo, ou não, com o que escreveram no manifesto, mas sim a inegável prerrogativa que a lei lhes assegura de dizer o que pensam abertamente. Criticaram Sarney, Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique, Lula. Por que não poderiam criticar Dilma?

Celso Amorim foi longe demais. O manifesto, que nasceu pequeno, já reúne milhares de assinaturas de militares e civis. Foi longe para, depois, recuar: “os chefes militares decidirão se deve haver punição”.

Está cansado de saber que não haverá punição nenhuma e que, se houvesse, ela seria derrubada nos tribunais. A única coisa que conseguiu com a “valentia” foi perder um naco de sua autoridade para os próprios chefes das três forças. E expôs faceta autoritária do governo que aí está.

Impressionante é que o Celso “esquerdista” de hoje serviu com desenvoltura à ditadura militar, presidindo a Embrafilme. Naquela época, quem falava grosso era o militar da ativa. Alguns, como eu próprio e tantos outros, íamos às ruas em luta pela redemocratização. Ele, exatamente como faz hoje com o petismo, limitava-se a aplaudir e obedecer.

Antes, curvava-se aos militares da ativa; hoje, gostaria de poder silenciar os da reserva, que têm amparo legal para falar livremente. A “competência” para servir ao poder é a mesma de sempre. Afinal, foi quem primeiro chamou o então Presidente Lula de “nosso guia”. Na Rússia stalinista, denominavam o ditador sanguinário de “guia genial dos povos”. Mas aí a culpa não é do Celso, que nem nascido era e, portanto, não conheceu Stálin e nem serviu ao seu governo.

Lembro-me do “King Kong” internacional que fez Lula passar, induzindo-o, junto com a Turquia e à revelia das grandes potências, a “negociar” limites para o programa nuclear iraniano. Não houve quem levasse a sério a “armação”. Nem o próprio Irã, que queria, a todo custo, sair do isolamento e encontrou incautos, dizendo acreditar em suas intenções “pacíficas”.

Celso dos mil erros. Como Ministro da Defesa, já levou o primeiro puxão de orelha dos militares da reserva. Tomara que seja o último.

 *Diplomata, foi líder do PSDB no Senado.

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Postado por Edmar Lyra às 3:36 am do dia 4 de março de 2012 98 Comentários

Mediocridade.

Por Arthur Virgílio*

Lisboa – O Ministro Mantega, no começo de 2011, “profetizava” crescimento de 4,5%. Depois, oscilou para entre 4% e 4,5%. No final do ano, dava meio braço a torcer e insistia em 3,5%. Resultado: 2,79% apenas, contra inflação maquiada (corte na CIDE e adiamento da entrada em vigor do imposto sobre o cigarro) de 6,5%.

Repito: a inflação real beirou 7%; a dos mais pobres foi bem maior e a taxa de desemprego, felizmente baixa, para os jovens é bem alta, quase 15%. Mas sigamos em frente.

Para 2012, o mesmo Mantega, enrolado e diminuído com a nomeação e demissão, obscuras, do Presidente da Casa da Moeda, prevê, de novo, algo em torno de 4,5%, quando o próprio Banco Central fala em 3,5% e o mercado calcula 3%… se nada de catastrófico acontecer na Europa.

A inflação, novamente maquiada (diminuição do peso da educação, dos empregados domésticos e dos cigarros na construção do índice) ficará pouco abaixo de 6%. Sempre acima do centro da meta (4,5%, elevado demais, com tolerância de 2% para cima ou para baixo (!!!). Dilma, aliás, corre o risco de passar quatro anos lidando com inflação acima do centro da meta e crescimento medíocre.

Veremos, no fim do ano, quem terá falado sinceramente para a sociedade: os analistas que se dão ao respeito ou o Ministro da Fazenda que abre mão da sobriedade e vira propagandista de panacéias. A capacidade de rebaixar as taxas básicas de juros está, a meu ver, tecnicamente esgotada. Insistir nessa política pode dar ganhos de popularidade no curto prazo, a custo de terem de aumentar as taxas em algum momento do futuro próximo. Isso ou deixar a inflação desembestar. Escolha dolorosa.

A leviandade é tamanha que a Fazenda, até agora, não prognosticou nada para 2013 e tem o desplante de arriscar que, em 2014 (ano da eleição; lembremo-nos das sandices praticadas por Lula para forjar crescimento acima de 7%, com consequências que nos estão sendo cobradas já hoje), o PIB evoluirá 6%. Para 2013, silêncio; para 2014, PIB de 6%? Estão liquidando com a credibilidade do Ministério mais relevante da República.

Digamos que o mercado esteja certo e o Brasil cresça 3% neste ano. No biênio, teremos a média anual de 2,89% apenas, contra inflação também media – e maquiada – de mais ou menos 6,1%. Quem perde mais com isso? Os setores mais pobres da população, claro!

E os principais vetores do desenvolvimento vão muito mal: educação, saúde, segurança pública e infraestrutura. Crescimento pífio, os serviços essenciais falidos, investimento público declinante, priorização equivocada, inapetência administrativa e um nível de corrupção que corrói as entranhas do país.

A herança que Fernando Henrique legou a Lula foi mais do que bendita. Maldita é a que ele, Lula, construiu com sua sucessora e a ela repassou.

*Diplomata, foi líder do PSDB no Senado.  

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Postado por Edmar Lyra às 4:23 am do dia 18 de fevereiro de 2012 105 Comentários

Imoralidade.

Por Arthur Virgílio*
 
O governo Dilma perdeu, em apenas treze meses, nove Ministros: sete sob pesadas suspeitas de corrupção; um, Nelson Jobim, por discordância da orientação oficial, e a Ministra das Mulheres, cujo nome não decorei, por incompetência. Recorde mundial, se falamos de país sério. Números “normais”, se nos referirmos a ditaduras ou a países sem nenhuma estabilidade política.
 
Diz o ingênuo: “Mas a Presidente demitiu quem errou”. Responde o realista: “ela fez tudo para não demitir nenhum dos acusados de malversar a coisa pública. Terminou, isto sim, capitulando diante da pressão da imprensa e da sociedade. E ainda insiste em manter os dois Fernandos: Bezerra, por temer o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e Pimentel, amigo que mantém desde os tempos da luta armada contra a ditadura de 1964.
 
Na verdade, o placar será bem mais elástico, quando ela não mais tiver condições de “segurar” Fernando Bezerra e Fernando Pimentel, o amigão do peito. Serão então nove os demitidos por corrupção.
[Ler mais …]

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Postado por Edmar Lyra às 22:41 pm do dia 4 de fevereiro de 2012 20 Comentários

Mágica

Por Arthur Virgílio*

Lisboa – O professor Maurício Dias David enviou-me excelente trabalho sobre o boom internacional das commodities. Que explica, aliás, parte do “êxito” econômico do governo Lula, que prossegue na gestão Dilma Rousseff. Digo parte, porque tal “êxito” também se deve ao país reformado e modernizado que Fernando Henrique legou ao sucessor.

          Em 2002, o café se cotava a US$964 a tonelada. Em 2011, foi a US$4.463, com a previsão para este exercício ficando em US$4.600. A soja, que em 2001 era vendida a US$173 a tonelada, atingiu US$495 no ano passado. O açúcar saiu de US$197 em 2001 para US$573 em 2011, devendo seguir para US$530 em 2012.

          A tonelada da carne bovina estava em US$2006, em 2001, subindo para US$5.077 dez anos após, podendo ficar em US$5.000 em 2012. O minério de ferro pulou de US18 em 2001 para, vejam só!, US$126 no ano recém-findo.

          Foi de fato uma explosão, capaz de garantir popularidade até mesmo a gestores incompetentes. A receita de exportação do café saltou de US$1,2 bilhão para US$8 bilhões, entre 2001 e 2011. A da soja ascendeu de US$2,7 bilhões em 2001, para US$16,3 bilhões em 2011. A do açúcar e do açúcar refinado foi de meros US$2,7 bilhões em 2001, para US$5,8 bilhões no ano que passou. A do minério de ferro, voou de apenas US$2,9 bilhões em 2001, para US$41,8 bilhões em 2011: 14 vezes mais.

          O “milagre” é a fome chinesa por commodities que, se minguar, acarretará sérios problemas para nossa economia de perfil basicamente agroexportador. Continuamos, tanto quanto em 1985, representando apenas 1,4% das exportações mundiais. Somos o 22º do mundo em exportação.

          Olhemos agora o futuro: a maior parte da exportação da Índia é de produtos industrializados. Conosco, à exceção honrosa de uma notável Embraer, mantemos, repito, o perfil agroexportador de sempre. Poderíamos ter mudado de patamar, nos anos da bonança, mas perdemos o trem lamentavelmente.

          Em 1970, a China era o 29º exportador.; passou para o primeiro lugar. A pequena Coréia (do Sul, claro) era o 49º; agora é o sexto. Na comparação com essas economias, o Brasil ficou marcando passo, com a nuance de a propaganda lulista ter alimentado em largos setores da população a ideia de que sua “política econômica” havia gerado um fogoso tigre.

          Essa mistificação não é “privilégio” do governo brasileiro. Na Argentina, país que igualmente se beneficiou por esse boom das commodities, há quem acredite que o populista Nestor Kirchner teria sabido mexer com competência as cordinhas da economia.

          Entre nós, Dilma se elegeu Presidente, sem nunca ter sido candidata a nenhum cargo eletivo anteriormente, porque a maioria dos eleitores embarcou no conto da competência de Lula, sua equipe econômica e sua “gerentona” de obras inconclusas ou superfaturadas.

          Está mais que na hora de sairmos do “berço esplêndido”.

 

          *Diplomata, foi líder do PSDB no Senado, colaborador do Blog de Edmar Lyra.

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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