A Prefeitura de Gravatá, liderada pelo ex-padre Joselito Gomes, decidiu terceirizar completamente a festa de São João da cidade, que tem um orçamento de R$ 3,9 milhões, para uma empresa desconhecida no mercado de produção de eventos. Essas informações foram divulgadas pelo Blog do Ricardo Antunes nesta sexta-feira (9).
A empresa vencedora do processo de licitação foi a MRC Serviços e Empreendimentos, sediada em Ribeirão, na Zona da Mata Sul. O contrato licitado abrange desde a montagem de palcos até a exploração da venda de bebidas e a seleção dos artistas. A MRC, liderada pelo empresário Eduardo de Freitas Sales, conhecido como Cassapa, é uma empresa de pequeno porte, com até dez funcionários, e é registrada como uma empresa de construção civil, se apresentando como especializada em obras e montagens de estruturas metálicas.
No site oficial da Prefeitura de Gravatá, é informado que a MRC Empreendimentos e Serviços foi a empresa vencedora do Processo Licitatório nº 093/2023, através do Pregão Eletrônico nº 041/2023, e obteve permissão para “explorar os espaços públicos durante os festejos juninos”.
Como vencedora da licitação milionária, a empresa desconhecida no setor cultural atuará em diversos locais, incluindo o Pátio de Eventos Chucre Mussa Zarzar, Polo da Sanfona/Cidade Cenográfica, área central de cinco bairros da cidade, região central dos cinco distritos do município, além do Mercado Cultural.
De acordo com o contrato, a empresa também será responsável por fornecer a estrutura necessária para os eventos, como palcos, sistema de som, iluminação, banheiros químicos, tendas, grades de contenção, estruturas metálicas, geradores, elevadores, sinalização, segurança privada e equipe técnica de apoio.
A prefeitura informou que o São João deste ano estava orçado em R$ 4,7 milhões. Portanto, a empresa MCR apresentou uma proposta de valor significativamente inferior e conquistou o pacote completo, economizando quase R$ 2 milhões. Além disso, a empresa vencedora ficou com o comércio de cervejas, refrigerantes, destilados (como uísque, vodca, gin e aguardente), energéticos, refrigerantes e água, dentro do Pátio de Eventos Chucre Mussa Zarzar.
O pacote também inclui pontos de barracas, ambulantes ou outros pontos de venda que possam ser desenvolvidos dentro do Pátio de Eventos, bem como a comercialização de alimentos em áreas privadas de camarotes, frontstage e mesas.
Nesse processo, a empresa também obteve o direito de selecionar as atrações musicais. Segundo a programação oficial divulgada em 3 de junho, haverá shows entre os dias 16 e 24 deste mês, com artistas como Gustavo Mioto, Irah Caldeira, Geraldinho Lins e muitos outros. A festa de Gravatá deste ano recebe o nome de “São João da Felicidade”. Essa festa será um dos principais eventos do calendário junino da cidade, atraindo moradores e visitantes.
No entanto, a terceirização completa da festa para uma empresa desconhecida no ramo de eventos levanta algumas questões e desperta críticas. Muitos questionam a falta de transparência no processo de licitação e a escolha de uma empresa sem histórico comprovado no setor cultural. Além disso, há preocupações sobre a qualidade e o profissionalismo da empresa para garantir uma festa de São João de alto nível.
Essa decisão da Prefeitura de Gravatá mostra a importância de uma gestão pública responsável e criteriosa ao realizar licitações e contratos, especialmente quando se trata de eventos culturais de grande magnitude. A transparência, a escolha baseada em critérios técnicos e a valorização de empresas experientes no ramo são aspectos fundamentais para o sucesso e a credibilidade dessas festividades.
Resta esperar para ver como será a realização do “São João da Felicidade” em Gravatá e como a empresa MRC Serviços e Empreendimentos irá desempenhar seu papel na organização do evento. A população e os participantes esperam que a festa seja bem-sucedida e proporcione momentos de alegria e celebração, mantendo viva a tradição do São João na região.
Jailma Paiva. diz
É importante frizar que se há transparência na dotação, ok!!
Cabe aos Vereadores da cidade fiscalizarem contas, prazos, contratações e etc, tudo com o acompanhamento do MPPE. Afinal de Contas, o que fazem as Câmaras Municipais de Estado??