O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, defendeu nesta segunda (09/02) a união de esforços de todos os Poderes e entidades civis em fortalecimento aos conselheiros tutelares, destacando a atuação dos mesmos como fundamental para a sociedade de um modo geral. Em nota, o prefeito prestou solidariedade aos conselheiros mortos na chacina de Poção, Agreste, no fim de semana, e às entidades que os representam, alertando que ninguém pode ficar omisso diante desse caso.
“A sociedade não pode silenciar diante de um crime desta natureza, atingindo em cheio a própria sociedade. Os conselheiros tutelares realizam um importante trabalho, são guardiões da infância. Atuam no fortalecimento do sistema de garantia de direitos das crianças e dos adolescentes”, disse Elias Gomes.
Na chacina de Poção, três conselheiros tutelares e uma idosa – avó de uma criança cuja guarda vem sendo disputada por familiares na Justiça – foram assassinados. O crime chocou o País e deixou estampada a situação de vulnerabilidade a que muitos desses profissionais são submetidos no exercício da função, cotidianamente.
Insistindo que essa é uma questão que atinge a todos, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes ressaltou que, mais do que nunca, os conselheiros tutelares merecem ter sua situação discutida. De sua parte, destacou que, desde que assumiu a Prefeitura, em 2009, procura reforçar os conselhos, consciente de sua “importante missão” para a sociedade. Jaboatão hoje conta com 7 conselhos tutelares, um em cada Regional administrativa do município, cada um com 5 membros. O município garante os direitos da categoria estabelecidos pela lei federal 12.696, desde 2009.
DESABAFO
A secretária executiva de Assistência Social de Jaboatão, Socorro Araújo, reforçou as palavras do prefeito e destacou que os profissionais do município estão perplexos com o caso de Poção. Todos planejam participar do ato ecumênico marcado para a quinta-feira (12/02), às 17h, na campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em protesto e de alerta ao risco que os profissionais enfrentam em sua atuação. A própria Socorro, dois dias antes da chacina no Agreste, fez um desabafo, através da rede social Facebook, sobre o caso de duas crianças que estavam sendo ameaçadas em Jaboatão. O caso foi mais um dos acompanhados de perto por conselheiros titulares da cidade.
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