Além de cobrar ações da Compesa quanto à falta de água enfrentada por moradores de vários bairros da Região Metropolitana do Recife, o deputado Daniel Coelho convocou os parlamentares da Casa à debaterem a proposta de privatização de serviços de saneamento prestados pelo órgão. Ele solicitou a formação de uma Comissão Parlamentar Suprapartidária para acompanhar o tema e a realização de uma audiência pública pela Comissão de Cidadania.
Informações do Sindicato dos Urbanitários do Estado são de que o Governo encaminhará projeto de Parceria Público Privada à Assembleia Legislativa no próximo dia 27. Até então, o conteúdo da proposta é desconhecido. “Nossa preocupação é que seja privatizado apenas o serviço altamente rentável e a população venha a ter aumento nas taxas de esgoto, como aconteceu com a Celpe”, ponderou Daniel.
O parlamentar deixou claro que, embora seja contrário à privatização de serviços básicos, pode até votar favoravelmente ao projeto, caso entenda que ele é bom para os pernambucanos. “Mas é necessário que esta Casa tome pé da situação, procure se informar e discutir com a sociedade, não correndo o risco de ser surpreendida por um projeto em regime de urgência”, registrou. “Que formemos uma comissão não com viés político, mas como Poder Legislativo”.
Os deputados Maviael Cavalcanti, Antônio de Moraes, Aluísio Lessa, Betinho Gomes, Tony Gel e Ângelo Ferreira entraram na discussão. Todos eles concordaram com a necessidade de aprofundar o tema e reforçaram a preocupação em garantir que o valor das taxas pagas hoje não sejam elevados, mas a maioria se mostrou aberta à PPP. Betinho Gomes – que se comprometeu a marcar audiência pública para discutir o assunto – colocou outra questão: “É importante que fique claro qual o retorno que os municípios terão com essa proposta”.
FALTA DE ÁGUA – Moradores e lideranças do Totó, Imbiribeira, Afogados, Olinda, e Rua 21 de Abril – que enfrentam problema de abastecimento – acompanharam o debate da arquibancada, com cartazes nas mãos. “Sabemos dos esforços do Governo para concluir Pirapama, mas construíram a casa sem o telhado. As tubulações da Compesa são antigas, não suportam a pressão. Cheguei a visitar comunidades que passam três, quatro meses sem abastecimento, o problema precisa de atenção”, defendeu Daniel.
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