Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 12:28 pm do dia 15 de dezembro de 2015

Operação da PF evolve Eduardo Cunha e os pernambucanos Fernando Bezerra Coelho e Aldo Guedes

A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira (15) mandado de busca e apreensão na residência oficial do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em Brasília. A PF também cumpriu mandados na casa e no escritório do peemdebista no Rio de Janeiro e na Diretoria Geral da Câmara dos Deputados. A ação, batizada de Catilinárias, faz parte das investigações da Operação Lava Jato.

Ao menos 12 policiais e três viaturas foram deslocados para a casa de Cunha em Brasília, que fica na Península dos Ministros. Entre os itens que foram apreendidos pela PF está o celular de Eduardo Cunha.

Também foram alvos de mandados a chefe de gabinete de Cunha, Denise Santos, e o ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Fábio Ferreira Cleto, indicado por Cunha (PMDB-RJ) para o cargo. Cleto foi exonerado na última semana pela presidente Dilma Rousseff.
A polícia também cumpriu mandado de busca e apreensão em endereços relacionados aos deputados federais Aníbal Gomes (PMDB-CE), Eduardo da Fonte (PP-PE) e Aureo (SD-RJ); e dos ministros, Celso Pansera (PMDB-RJ), de Ciência e Tecnologia, e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), do Turismo. O prefeito de Nova Iguaçu e ex-deputado Nelson Bornier (PMDB), aliado de Cunha, também é alvo da ação.

Outro mandado foi cumprido na sede do PMDB em Alagoas, relacionado ao inquérito do senador Fernando Collor (PTB-AL).

Os senadores Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia, e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) também são alvos da operação desta terça.

Pansera foi nomeado ministro na última reforma ministerial promovida pela presidente Dilma Rousseff. Antes de ser deslocado para a pasta, o peemedebista cumpria mandato de deputado federal e era um dos principais aliados de Eduardo Cunha na Câmara.

Durante as investigações da Lava Jato, Pansera chegou a ser acusado pelo doleiro Alberto Yousseff de ser “pau mandado” do presidente da Câmara.

O ministro Henrique Eduardo Alves, ex-presidente da Câmara, também integra a ala mais próxima de Cunha no PMDB.

A Polícia Federal também confirmou que cumpriu mandados no Ceará e no Rio de Janeiro em endereços relacionados ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Em depoimento à Justiça do Paraná, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa citou Machado como responsável pelo pagamento de R$ 500 mil em propina oriunda de contratos da estatal supostamente superfaturados, entre 2009 e 2010. Machado nega os pagamentos.

Defesas
A assessoria do presidente da Câmara informou que ele está na residência oficial e que um de seus advogados acompanha o trabalho da PF. O advogado Marcelo Nobre informou, durante reunião do Conselho de Ética da Câmara, que as buscas nos endereços de Cunha “só reforçam” a defesa do peemdebista, já que, segundo o advogado, não existem provas contra ele.

A assessoria do Ministério da Ciência e Tecnologia se limitou a dizer que não vai comentar o assunto e que ainda não havia conseguido contato com Celso Pansera.

O G1 entrou em contato com o Ministério do Turismo, mas, até a última atualização desta reportagem, a pasta não havia se manifestado sobre as buscas na residência do ministro Henrique Alves.
O advogado do senador Edison Lobão, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse ter “tranquilidade” com a operação na casa de seu cliente. Segundo ele, o senador está de mudança e não estava em casa no momento da apreensão, mas os itens que estão sendo procurados estão na atual residência.

“Essa operação, a essa altura, é desnecessária. O senador estava contribuindo completamente com a investigação. Agora, é um direito do procurador pedir [o mandado de buscar e apreensão]. Vamos cumprir e obedecer, não temos nenhuma preocupação”, disse Kakay.

A operação
De acordo com a Polícia Federal, foram expedidos 53 mandados de busca e apreensão, referentes a sete processos da Lava Jato, todos relacionados a políticos com foro privilegiado no STF. O principal objetivo da PF é evitar que investigados destruam provas e apreender bens que, segundo as investigações, podem ter sido adquiridos pela prática criminosa.

A PF também informou que, além das residências de investigados, são realizadas em sedes de empresas, escritórios de advocacia e órgãos públicos.

Os mandados foram cumpridos no Distrito Federal (9), em São Paulo (15), Rio de Janeiro (14), Pará (6), Pernambuco (4), Alagoas (2), Ceará (2) e Rio Grande do Norte (1).
Veja abaixo o nome de quem foi alvo da operação desta terça:

Aníbal Gomes (PMDB-CE), deputado federal
Áureo Lídio (SD-RJ), deputado federal
Celso Pansera (PMDB-RJ), ministro de Ciência e Tecnologia
Denise Santos, chefe de gabinete do presidente da Câmara
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados
Eduardo da Fonte (PP-PE), deputado federral
Edison Lobão (PMDB-MA), senador e ex-ministro de Minas e Energia
Fábio Ferreira Cleto, ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, indicado por Eduardo Cunha para o cargo
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), senador
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ministro do Turismo
Nelson Bornier (PMDB-RJ), prefeito de Nova Iguaçu e ex-deputado
Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro indicado pelo PMDB para o cargo

Cunha
A busca na residência de Cunha foi autorizada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O objetivo da operação é coletar provas nos inquéritos que apuram se o presidente da Câmara cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Cunha já foi denunciado pela Procuradoria Geral da República ao STF por corrupção e lavagem de dinheiro, devido à suspeita de ter recebido pelo menos US$ 5 milhões por contratos de aluguel de navios-sonda pela Petrobras. O Supremo ainda não decidiu se aceita ou não a denúncia.

Cunha também é alvo de inquérito que apura suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro em razão de quatro contas na Suíça atribuídas ao parlamentar. A existência das contas é apontada em documentação enviada à Procuradoria Geral da República pelo Ministério Público suíço.

Desde que surgiram as primeiras suspeitas contra Cunha, o parlamentar sempre negou participação no esquema de corrupção investigado pela Lava Jato. Sobre as contas no exterior, ele afirma não ser o titular, e sim “usufrutuário”, delas.

Catilinárias
A Polícia Federal batizou a operação de Catilinárias, que são discursos célebres do cônsul romano Cícero contra o senador Catilina, que planejava tomar o poder e derrubar o governo republicano. Veja abaixo um dos trechos mais famosos do discurso:

Até quando, Catilina, abusarás
da nossa paciência?
Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?
A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 15 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta terça-feira

Jarbas Vasconcelos ganha força para suceder Eduardo Cunha 

Prefeito do Recife por duas vezes, governador de Pernambuco por mais duas vezes e senador da República, Jarbas Vasconcelos ocupa hoje o mandato de deputado federal. Eleito em 2014 com 227.470 votos para a Câmara dos Deputados, Jarbas é uma reserva moral da política brasileira. Aos 73 anos, o pernambucano está cotado pela mídia nacional como o nome que unificaria a Câmara dos Deputados e poderia dar prosseguimento ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff sem qualquer mácula, como acontece com Eduardo Cunha.

O atual presidente da Câmara dos Deputados está sendo “convidado” a renunciar ao posto de presidente pelos colegas deputados com a contrapartida de salvar o seu mandato. Após ser um importante líder do PMDB e ocupar o cargo máximo da Casa, Cunha teria que se contentar com a ausência dos holofotes para não perder o foro privilegiado. A equação não é fácil, mas pode ser um caminho para melhorar a imagem da Câmara dos Deputados nesse processo tortuoso de impeachment que toma conta do Brasil.

Do mesmo jeito que a credibilidade e a seriedade de Jarbas Vasconcelos são pontos favoráveis para que ele venha a ocupar o posto de presidente da Câmara, vale salientar que o pernambucano tem pontos negativos que podem prejudicar essa construção. Isso se dá no que diz respeito ao deputado não ser muito afeito às grandes articulações e conversas de pé de ouvido tão apreciadas pelos políticos em geral. Essa é uma das características que, por exemplo, colocam a presidente Dilma Rousseff numa situação de dificuldade perante os parlamentares.

Além disso fica latente que o PT, o PCdoB, o PDT e o PR, aliados de Dilma de primeira hora, não aceitariam em hipótese alguma que Jarbas assumisse o posto. Assumidamente favorável ao impeachment, Jarbas teria a credibilidade que falta a Eduardo Cunha para conduzir o processo. E naturalmente os aliados de Dilma não querem que isso ande, a não ser que tenham certeza que ele será rejeitado, hipótese cada vez mais distante de acontecer.

O nome do ex-governador de Pernambuco está na pauta da Câmara e até mesmo de parte da sociedade, mas até que ele venha a se tornar um nome efetivamente capaz de presidir a Casa, será preciso vencer uma série de obstáculos, dentre eles o mais importante de todos: convencer Eduardo Cunha a largar o osso.

Fernando Monteiro – O deputado federal Fernando Monteiro (PP) reuniu a imprensa pernambucana ontem no restaurante Leite, no centro do Recife, para a sua confraternização de final de ano. Fernando, que exerce o primeiro mandato na Câmara dos Deputados, fez um balanço do seu primeiro ano representando Pernambuco em Brasília e falou sua opinião sobre o conturbado cenário político nacional.

Aline Mariano – A vereadora licenciada que ocupa a secretaria de enfrentamento ao crack e outras drogas Aline Mariano tem se movimentado no intuito de levar o PSDB a apoiar a reeleição do prefeito Geraldo Julio. Aline espera que com sua movimentação seja contemplada com o cargo de vice-prefeita no lugar de Luciano Siqueira.

Simplicidade – Tem chamado a atenção do meio político pernambucano a simplicidade do governador Paulo Câmara, que viaja em avião de carreira como qualquer cidadão comum e dispensa algumas formalidades peculiares do cargo. Com apenas um ano de governo e enfrentando uma série de dificuldades para conduzir os rumos de Pernambuco, não ter a característica da ostentação, peculiar em muitos políticos, é um grande diferencial para o governador.

Exemplo – Assim como o prefeito do Recife Geraldo Julio e o governador Paulo Câmara, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes (PSDB) decidiu não fazer a tradicional confraternização de final de ano com a imprensa. A prioridade do gestor é honrar a folha salarial do município que custa R$ 30 milhões, e qualquer economia, por menor que seja, contribui para que o prefeito consiga cumprir o compromisso com os servidores.

RÁPIDAS

Equívoco – Circulam nas redes sociais que em caso de impeachment de Dilma Rousseff e impossibilidade do vice-presidente Michel Temer, do presidente da Câmara Eduardo Cunha e do presidente do Senado Renan Calheiros assumirem o mandato de presidente, o deputado Tiririca (PR/SP) herdaria o cargo, o que é um equívoco. Depois de Renan quem assume é o presidente do STF Ricardo Lewandowski.

Impugnação – O vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara Eduardo Cunha, ambos filiados ao PMDB, que por sinal é presidido por Temer, decidiram impugnar qualquer filiação de deputados federais que venha a acontecer no intuito de recolocar Leonardo Picciani no posto de líder do partido. A movimentação arquitetada pelo Planalto não foi bem recebida pelos peemedebistas.

Inocente quer saber – Se emitir decretos para liberar gastos não previstos no orçamento aprovado pelo congresso nacional não é crime de responsabilidade, o que mais seria para fundamentar um pedido de impeachment?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 14 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta segunda-feira

Os maiores adversários de Dilma e do PT 

Os acontecimentos da semana passada mostraram ao Palácio do Planalto que os maiores adversários de Dilma Rousseff e consequentemente seus algozes num eventual impeachment não são a oposição capitaneada por Aécio Neves e composta por DEM, PPS, PSDB e Solidariedade, mas sim o PMDB de Michel Temer, Eduardo Cunha e Renan Calheiros e principalmente a nata do PIB nacional que vê os tempos áureos de crescimento econômico se esvaírem por causa da presidente.

A economia tem papel fundamental num processo político, e ganha mais relevância num momento de impeachment porque a economia e a política andam juntas, se a economia vai mal dificilmente a política consegue se sustentar. Hoje o país vive numa retração econômica que pode ser considerada uma estagflação, quando a economia está estagnada e a inflação segue alta. A inflação atingiu dois dígitos, algo que não acontecia desde 2003, o desemprego está em alta como nunca esteve nos doze anos dos governos do PT e isso tem mexido com a mentalidade do povo brasileiro, do mais pobre ao mais rico.

Até meados de 1994 o brasileiro estava acostumado com inflação elevada, moeda desvalorizada, quebradeira geral de empresas, etc. Com o Plano Real tudo isso era coisa do passado, foram vinte anos de um ciclo virtuoso, com pequenas alterações de ordem econômica que não implicaram numa crise no país. Até mesmo na crise global de 2008 o Brasil saiu praticamente ileso. Isso só foi possível porque na cadeira de presidente havia alguém que se comunicava bem com a população e tinha jogo de cintura para lidar com as intempéries como poucos que era o então presidente Lula.

Hoje temos na figura da presidente Dilma Rousseff uma pessoa incapaz de construir um raciocínio, de formular uma frase sem gaguejar, de apontar um caminho e até mesmo liderar o país para a saída da crise. Quanto mais tempo Dilma continuar, mais prejudicada estará a economia brasileira e naturalmente o país. O PIB nacional, Michel Temer e o PMDB já se deram conta disso e têm se movimentado em torno da “saída Temer”, que seria o impeachment ou a renúncia de Dilma, e o vice assumiria o governo por quase três anos com o objetivo de garantir a credibilidade do governo perdida no período de Dilma Rousseff.

Michel Temer hoje é um adversário muito mais perigoso pra Dilma Rousseff e para o PT do que Aécio Neves e a oposição, isso porque Temer é político profissional na essência, e o PMDB é ávido por poder. Em muitos anos o partido não teve tanta chance de chegar ao Planalto quanto agora. Por mais que Dilma ofereça ministérios e cargos para se manter na presidência, o PMDB profissional não vai querer mais porque esse cenário de deterioração da economia e do governo não interessa a ninguém, muito menos aos caciques do “partido do Brasil”. O PMDB não vai querer continuar sendo sócio minoritário de um empreendimento falido que é o governo Dilma podendo ser proprietário de um governo de união nacional liderado por Michel Temer.

Esvaziado – Talvez por erro de cálculo da organização, que poderia ter esperado um pouco mais para fazer uma manifestação, os movimentos realizados ontem foram um fiasco de público de norte a sul do país. Quando comparados aos de março, abril e julho, os movimentos deste domingo pareceram uma reunião de amigos em determinados locais de tão pouca gente nas ruas.

Jarbas Vasconcelos – Os bastidores de Brasília fervilham com a possível renúncia do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha do cargo e uma aclamação do pernambucano Jarbas Vasconcelos para o posto. Jarbas é um político pautado pela ética e pela probidade administrativa. Teria melhores condições políticas para conduzir o impeachment de Dilma Rousseff nos próximos meses.

Renan Calheiros – Um parlamentar pernambucano acredita que o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB/AL) está jogando com a hipótese de não acolher o impeachment caso a Câmara dos Deputados aprove. É que uma vez colocando obstáculos ao impeachment, em caso dele acontecer Renan será fiador do governo Temer, caso ele não ocorra o alagoano será um fiador ainda mais representativo do governo Dilma.

Paulo Skaf – Aliado do vice-presidente Michel Temer, o presidente da FIESP Paulo Skaf defendeu abertamente o impeachment de Dilma Rousseff. Além disso, Skaf deixou claro que não concorda com a política econômica patrocinada pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy, quando deixou nas entrelinhas que num governo Temer, Levy não seria aproveitado no cargo.

RÁPIDAS

Vereador – O ex-prefeito do Recife João da Costa, que já foi deputado estadual, está cotado para disputar um mandato de vereador nas eleições do ano que vem pelo PT. Em 2014 João da Costa tentou, sem sucesso, um mandato na Câmara dos Deputados.

Incoerência – Durante os governos Sarney, Collor, Itamar e FHC o PT pediu o impeachment de todos os presidentes, e era um mecanismo democrático. Agora que o governo é de Dilma Rousseff é vidraça e corre risco de ser impichada, o PT chama o mecanismo de golpe. Haja incoerência.

Inocente quer saber – Mozart Sales, envolvido na operação da Polícia Federal sobre a Hemobras, ainda será candidato do PT a prefeito do Recife?

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Postado por Edmar Lyra às 1:11 am do dia 14 de dezembro de 2015

Delcídio Amaral deve fazer uma delação premiada e pode envolver Dilma no escândalo de Pasadena

Na terça-feira 8, Brasília ainda ardia com os detalhes da carta que Michel Temer enviara à presidente Dilma Rousseff na noite anterior, quando o advogado Antonio Bastos cruzou os portões da sede da Polícia Federal na capital da República. Defensor de personagens chaves do maior escândalo de corrupção que já veio à tona no País, como o doleiro Alberto Youssef e o empresário Ricardo Pessoa, Bastos foi à PF visitar o mais novo e ilustre encarcerado da Operação Lava Jato. Por mais de uma hora o advogado teve uma conversa dura e franca com o ainda senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, acusado de tentar sabotar a Lava Jato com um mirabolante plano para tirar do País o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. Preso há três semanas em uma sala improvisada na sede da PF, Delcídio capitulou. Decidiu fazer uma delação premiada e escolheu Antônio Bastos como seu estrategista para convencer o Supremo Tribunal Federal a aceitar uma redução de pena com base no que ele tem a contar.

A informação de que Delcídio decidiu jogar a toalha causou calafrios em gente graúda no Planalto. E a razão disso não é exatamente porque se trata de um ex-líder do governo no Senado, com trânsito livre com Dilma Rousseff e a cúpula do governo. Os temores, bastante justificáveis, encontram lastro na vasta experiência que Delcídio acumulou na própria Petrobras e seu papel protagonista em alguns dos negócios mais cabeludos envolvendo a estatal nas últimas décadas. Delcídio tem muito a contar.

Em seu extenso currículo de negócios agora suspeitos, o senador do Mato Grosso do Sul, por exemplo, é apontado como um dos padrinhos da indicação de Nestor Cerveró para o cargo de Diretor Internacional da Petrobras. De acordo com investigações da força tarefa da Lava Jato, Delcídio seria um dos beneficiários das gordas propinas distribuídas após a compra da Refinaria Pasadena, nos Estados Unidos, e poderia descrever uma suposta participação da presidente Dilma no negócio. Apenas ele teria recebido algo como US$ 1,5 milhão. Delcídio do Amaral também é apontado como um dos destinatários de valores desviados de contratos de locação de navios-sonda, uma negociata que também envolveria o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o senador Jader Barbalho (PMDB-PA). Delcídio é, ainda, o cupido que aproximou o pecuarista José Carlos Bumlai, outro preso pela Lava Jato, do ex-presidente Lula.

Antes mesmo de fechar o acordo de delação, Delcídio já começou a falar. Em depoimentos dados à Polícia Federal, o senador citou a presidente Dilma Rousseff algumas vezes. Afirmou, por exemplo, que Dilma conhecia Cerveró de longa data, desde os tempos em que era secretária de Energia do Rio Grande do Sul, na gestão de Olívio Dutra. Ex-tucano, o senador também teria citado casos de corrupção ocorridos na Petrobras durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando ele comandou a diretoria de Gás e Energia na estatal. De acordo com o próprio Cerveró, Delcídio também tem detalhes da distribuição de propina pela Alstom nos governos tucanos. Como se vê, se Delcídio falar o que sabe não terá muitos problemas em conseguir ir para casa com uma tornozeleira eletrônica.

IstoÉ

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Postado por Edmar Lyra às 16:13 pm do dia 13 de dezembro de 2015

Lula você foi meu herói, hoje é o meu bandido!

Por Francisco Eduardo Cavalcanti 

Para que possamos querer mudar uma Nação, a primeira mudança deverá ocorrer em nós mesmos.

Uma de minhas grandes frustrações era a de nunca ter votado em Lula, compensando-o com o voto a Dilma, em sua primeira candidatura, como gesto de agradecimento pela revolução social que o mesmo havia realizado em seus dois mandatos.

Sempre considerei Lula um líder, carismático, envolvente, extremamente inteligente e que fazia a leitura do sentimento popular como poucos.

Não acho que errei. Todos os atributos acima citados realmente são inerente ao mesmo.

Infelizmente a revolução social realizada pelo mesmo, que impressionou não só a mim, mas a várias pessoas de meu convívio e de diversos segmentos da sociedade, estava diretamente atrelada a uma rede de corrupção nunca vista na história desse País. Dispensável citar os escândalos, haja vista que amanhã surgirá outro…

A corrupção sempre esteve integrada e enraizada nas Instituições Públicas, evidentemente não foi criação de Lula, mas jamais tivemos uma cadeia produtiva de subtração de recursos públicos como a montada nos últimos 13 anos.

Coincidentemente 13 é PT, hoje é 13 e estamos há 13 anos convivendo com o contexto exposto. Foram 10 anos de forma silenciosa e os últimos 3 onde passamos a ter um pequeno conhecimento de como lesar um País em todas as áreas, em todas as ações, em todos os momentos.

Não discuto impedimento ou golpe, abordo governabilidade e credibilidade. E hoje não tenho a menor dúvida que a atual Presidente não possui a menor condição de continuar a decidir os rumos de nossa Nação.

Que se apure os fatos delituosos, que se puna os culpados, mas acima de tudo que o Brasil reencontre o caminho do crescimento social e econômico.

Brasil: um filho teu não foge a luta. Estou aqui para lutar por dias melhores, mais justos, dignos e honrosos para todos nós.

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 12 de dezembro de 2015

Coluna do blog deste sábado

Manifestações deste domingo ditarão o ritmo do impeachment 

Desde as manifestações de junho de 2013, quando naquele momento a popularidade da presidente Dilma Rousseff e de quase todos os governadores despencou, que a periodicidade de manifestações foi se tornando cada vez mais latente. Só em 2015 foram três grandes manifestações em 15 de março, 12 de abril e 16 de agosto, que juntas levaram, segundo os organizadores, mais de seis milhões de pessoas às ruas contra Dilma Rousseff.

Apesar de representativas, as três grandes manifestações realizadas em 2015, ainda não tinham muita consistência por conta do processo de impeachment ser apenas uma tese defendida por algumas pessoas, mas que no momento em que aconteceram as manifestações, ele era uma realidade muito distante. Tanto que os protestos levaram 3 milhões de pessoas em março, 1,5 milhão em abril e 2 milhões em agosto, ou seja, em vez de haver um crescimento, houve uma oscilação negativa em torno da quantidade de pessoas nas ruas.

Para amanhã são esperadas em todo o Brasil manifestações contra Dilma Rousseff, sendo que elas trazem um fato novo e um contexto diferenciado em relação aos meses anteriores. Primeiro que o impeachment saiu da fantasia de alguns para se tornar uma realidade latente, depois a crise política e econômica não foi estancada por Dilma, pelo contrário, tem se agravado com o decorrer dos meses com novos escândalos de corrupção, aumento do desemprego, da inflação, dos juros, etc.

A confluência de fatores, que ganhou força com a abertura do impeachment na Câmara dos Deputados, pode ser fulminante para o projeto de Dilma Rousseff e do PT em continuarem no Palácio do Planalto. A votação da comissão que analisará o impeachment na Câmara dos Deputados mostrou que a presidente não tem sequer 200 votos para barrar o impeachment.

Apesar de serem necessários apenas 171 votos para que o impeachment seja sepultado, a margem de 199 votos recebidos pela chapa indicada pelo Planalto para comandar o impeachment é muito pequena, sobretudo quando consideramos que na sessão que apreciará o impeachment os votos serão nominais e abertos, ou seja, cada deputado terá que declarar em rede nacional, um por um, se vota a favor ou contra o impeachment.

As pesquisas apontam que 70% da população brasileira apoia o impeachment, e apenas 9% dos entrevistados consideram o governo Dilma Rousseff bom/ótimo, vale frisar que é o mesmo percentual obtido por Fernando Collor na época em que o ex-presidente sofreu o processo de impeachment. Então as manifestações deste domingo terão um componente fundamental para implodir qualquer tentativa do governo de barrar o impeachment, até porque o político só é fiel ao governo quando o dele não está na reta, muitos deputados que almejam continuar na política sabem que votar contra o impeachment e contra a vontade da maioria da opinião pública é assinar o atestado de óbito da sua carreira política, então como se diz aqui no Nordeste, os deputados partirão para a máxima de que, quando a farinha é pouca primeiro vem o pirão deles, e naturalmente eles devem abandonar Dilma no meio do caminho. Tudo depende de amanhã.

Pressa – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse ontem que a decisão sobre a tramitação do pedido de impeachment no Congresso Nacional deve ser rápida. “Acho que o tribunal está consciente do momento delicado pelo qual estamos passando. Não acredito que haverá pedido de vistas. Porque todos percebem que há uma necessidade que esse tema seja encaminhado em um ou outro sentido”.

Muro – O PSB pode adiar mais uma vez a reunião da executiva nacional marcada para o próximo dia 17 que vai deliberar sobre a posição do partido sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Enquanto a bancada de deputados e senadores é majoritariamente a favor do impeachment da presidente, os três governadores do partido – Paulo Câmara (PE), Ricardo Coutinho (PB) e Rodrigo Rollemberg (DF) – são contrários. A posição dos governadores podem colocar a sigla socialista em cima do muro.

Briga – Filiados ao PSB e pré-candidatos a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, o deputado federal João Fernando Coutinho e o vice-prefeito Heraldo Selva não conseguem se entender no que diz respeito a agenda 40. O deputado divulgou nota dizendo que acha inoportuna a realização das agendas do partido organizadas pelo vice-prefeito no município diante da grave crise que assola o país, tanto na economia e na política quanto na necessidade de combater o Aedes aegypt.

Cortes – O relator-geral do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), confirmou nesta sexta-feira que está mantendo no parecer final um corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família, ou seja, corte de 35% no programa. Além disso, Barros anunciou cortes de R$ 320 milhões no auxílio-reclusão (50%), de R$ 80 milhões no auxílio-moradia (20%) e de R$ 1,84 bilhões (10%) de compensação no RGPS (Repasse a Previdência por Desoneração da Folha). De acordo com o relator, essas medidas são necessárias para cumprir a meta do governo de superávit (receitas menos despesas) de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2016.

RÁPIDAS

União – Em visita ontem a Pernambuco onde proferiu palestra no Palácio do Campo das Princesas sobre democracia, o senador José Serra (PSDB/SP) defendeu o apoio do seu partido ao governo de união nacional capitaneado por Michel Temer em caso de saída de Dilma Rousseff. O tucano pode assumir o ministério da Fazenda num eventual governo Temer.

Comentários – Assim como fizemos nas eleições de 2014, a partir de amanhã realizaremos comentários periódicos sobre o cenário político nacional. Os vídeos, que terão duração média de 3 a 5 minutos, serão publicados no blog e no Facebook. Conto com a audiência de vocês na estréia quando estaremos repercutindo as manifestações deste domingo.

Inocente quer saber – Quantas pessoas irão às manifestações pelo impeachment no Marco Zero amanhã?

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Postado por Edmar Lyra às 20:33 pm do dia 11 de dezembro de 2015

Armando Monteiro destaca importância de desoneração de insumos na nova política industrial

Durante discurso na Abertura do 20º Encontro Anual da Indústria Química (ENAIQ 2015), em São Paulo, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, destacou a importância da desoneração de insumos como forma de ampliar a competitividade da indústria brasileira.

“Considero que qualquer política industrial de caráter mais estruturante tem que levar em conta a necessidade de se promover uma desoneração naquilo que forma os preços básicos do setor industrial, ou seja, nós precisamos desonerar os insumos, que formam na base, a competitividade da economia brasileira”, afirmou.

Monteiro destacou ainda que a volta do crescimento da economia brasileira passa, invariavelmente, pelo fortalecimento do setor industrial. “Qualquer que seja o caminho, ele não prescinde de uma indústria forte. Crescer pela indústria é sempre a melhor forma de crescer. Não há um país importante que não tenha uma indústria forte”, avaliou.

O ministro disse que as expectativas da indústria em um ambiente de dólar mais valorizado em relação ao real são positivas. Segundo ele, entretanto, o realinhamento cambial, por si só, não é suficiente para garantir a competitividade da indústria no médio e longo prazo.

“Com o realinhamento cambial que ocorreu, abre-se, para a indústria brasileira, uma perspectiva nova. Atribuo ao câmbio grande parte das dificuldades que a indústria de transformação experimentou ao longo dos últimos anos”, disse.

Ajuste – O ministro pediu ainda agilidade do Congresso Nacional para que sejam aprovadas, o quanto antes, medidas fundamentais para o reequilíbrio econômico do país. “O Brasil precisa completar este processo de ajuste no prazo mais curto possível. Isto é condição fundamental para a retomada dos investimentos e para que os agentes econômicos possam ter uma clara percepção de que a economia brasileira vai se reequilibrar”.

Monteiro afirmou também que o Brasil precisa ir além do processo de ajuste de curto prazo, criando as bases para um novo regime fiscal que possa garantir a sustentabilidade das contas públicas no futuro. “O Brasil precisa quebrar a rigidez do orçamento público, que torna a gestão fiscal absolutamente impossível e também rever mecanismos de indexação que estão aí presentes pressionando extraordinariamente algumas despesas”, disse.

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 11 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta sexta-feira

A história se repete e o Brasil precisa novamente do PSDB 

O PSDB foi fundado em 1988 por dissidentes do PMDB e contou com a filiação de políticos como Mário Covas, José Serra, Franco Montoro, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso. Naquele momento o país passava pelo processo de redemocratização iniciado em 1985 com a vitória no colégio eleitoral de Tancredo Neves, e posteriormente com sua morte antes de assumir o mandato do vice José Sarney.

Um dos grandes problemas do país era a estagnação econômica e a hiperinflação. Com um cenário nebuloso para o Brasil, o PSDB lançou em 1989 Mário Covas, que ficou de fora da polarização entre Lula, candidato do PT, e Fernando Collor, candidato do PRN, este último sendo o vitorioso ao lado do vice Itamar Franco.

Com o processo de impeachment de Collor, o PSDB ofereceu um dos seus quadros, o então senador por São Paulo Fernando Henrique Cardoso para ocupar o ministério da Fazenda. Num plano conduzido pelo economista Edmar Bacha, o Brasil conseguiu vencer a hiperinflação e FHC, na condição de ministro da Fazenda, se tornou candidato natural à presidência da República e venceu a disputa em 1994.

A história se repete 23 anos depois com a eminente queda de Dilma Rousseff por infringir a Lei cometendo crime de responsabilidade através das pedaladas fiscais. O vice-presidente Michel Temer a cada dia que se passa fica mais próximo de repetir a história escrita por Itamar Franco, que assumiu o país em frangalhos e conseguiu, com o apoio do PSDB, recuperar a economia e colocar o país num ciclo virtuoso que durou mais de vinte anos.

No governo Temer, caso venha a se consumar a saída de Dilma, é de fundamental importância a participação do PSDB, haja vista que o partido possui quadros extraordinários como os senadores Aécio Neves e José Serra, os deputados Bruno Araújo e Antonio Imbassahy e muitos outros quadros técnicos que podem servir ao país como ministros de um governo de reconstrução nacional, assim como foi o governo de Itamar.

Alguns filiados ao PSDB defendem um distanciamento político do governo Temer no pós-Dilma com o único objetivo do partido ser o favorito a chegar ao Planalto em 2018. Mas até lá são quase três anos e o país precisa de uma vez por todas quebrar esse ciclo negativo que foi imposto ao Brasil pelo governo Dilma. E naturalmente o caminho mais óbvio para o PSDB é, assim como em 1992, pensar nas próximas gerações e não nas próximas eleições, sob pena de pagar um alto preço caso dê as costas ao momento delicado que o país vive, assim como fez o PT na redemocratização, no governo Itamar, no Plano Real e na Lei de Responsabilidade Fiscal, que em momentos importantes da história brasileira, o PT pensou no seu próprio umbigo e ficou contra todos esses episódios que contribuíram significativamente para o Brasil sair do caos que se encontrava.

Transporte – O prefeito de Bodocó Danilo Rodrigues (PSB) substituiu 125 veículos estilo pau de arara por 30 ônibus escolares, reduzindo pela metade o custo com o transporte escolar. A frota, que é terceirizada, possui a menor idade média de Pernambuco e todos os veículos são equipados com GPS.

Agenda 40 – O deputado estadual e presidente da executiva do PSB em Goiana, Aluisio Lessa está a frente da organização da Agenda 40 que irá acontecer hoje no município às 19 horas na Casa Paroquial. Este é um momento que a executiva irá irá escutar integrantes socialistas e lideranças locais para colher sugestões e definir a sua atuação para o ano de 2016.

Conferência – A prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, em parceria com a ABLOGPE, realiza a primeira Conferência de Comunicação Social do Município hoje a partir das 8 horas da manhã na Faculdade Guararapes em Piedade. O evento, que contará com palestras e debates, também elegerá o Conselho Municipal de Comunicação que contará com representantes de veículos, da prefeitura e de membros da sociedade sociedade civil organizada.

Urnas – O TSE informou ontem que o corte de gastos feito pelo governo federal diminuiu de tamanho, o que vai garantir a realização da votação com urnas eletrônicas nas eleições de 2016. A diferença no corte de gastos na Justiça Eleitoral de agora e o anterior é de R$ 267 milhões. No último dia 30, uma portaria dos tribunais superiores informava que o corte de gastos feito para equilibrar o Orçamento do governo no próximo ano ameaçava a votação eletrônica. Se isso acontecesse, a votação seria novamente em cédulas de papel. A aquisição das urnas custa cerca de R$ 200 milhões.

RÁPIDAS

Contas – A Comissão de Finanças e Tributação da Alepe aprovou, por unanimidade, na última quarta-feira as contas de 2013 do governo Eduardo Campos. A decisão, que teve como base um relatório do Tribunal de Contas do Estado, foi publicada ontem no Diário Oficial e deverá ir ao plenário da Casa Joaquim Nabuco na próxima semana para serem apreciadas pelos deputados.

Recursos – O prefeito de Camaragibe Jorge Alexandre (PSDB) foi recebido anteontem em Brasília pelo ministro das Cidades Gilberto Kassab (PSD). Na pauta, a liberação de recursos do Ministério para Camaragibe, com investimentos que margeiam R$10 milhões para a pavimentação de ruas do município.

Inocente quer saber – O cerco está se fechando para a presidente Dilma Rousseff?

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Postado por Edmar Lyra às 13:52 pm do dia 10 de dezembro de 2015

Sessão no Conselho de Ética é suspensa após briga entre deputados

Agência O Globo – A sessão no Conselho de Ética na manhã desta quinta-feira, em que será apresentado projeto defendendo o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo até o julgamento do seu caso, foi suspensa após deputados discutirem e trocarem empurrões. Wellington Roberto (PR) e Zé Geraldo (PT) tiveram que ser segurados para não partirem para tapas.

“Aceito tudo, mas me tocar, não”, berrou o deputado petista. “Macho nenhum vai tocar em mim, não. O senhor é moleque”, respondeu Roberto. Vários parlamentares interferiram para que a briga não ficasse mais violenta.

O presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA), reclamou quando a confusão foi contida. “Jamais aqui poderá ser transformado num ringue, não é disputa corporal e ninguém vai ganhar no grito. Moderem-se e ajam como parlamentares do Conselho de Ética, respeitem essa Casa”, disse Araújo.

A estratégia dos aliados de Cunha continua sendo tentar adiar o andamento da sessão, com questionamentos e provocações ao presidente do Conselho, para ganhar mais prazo e evitar também a votação desse projeto que tenta afastar Cunha do cargo.

O comando do colegiado acusa o peemedebista de “impor manobras regimentais procrastinatórias” no processo que corre contra ele naquele órgão. A proposta, de quatro páginas, deve ser apresentada ainda na manhã desta quinta, na reunião que já acontece para tratar do caso Cunha. O presidente do conselho deve oficializar o novo relator do processo, deputado Marcos Rogério (PDT-RO).

O projeto cita os fatos de ontem, quando o relator Fausto Pinato foi afastado após manobra de Cunha com o vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA). Foi o vice quem determinou a troca do relator.

“Diante dos gravíssimos fatos ocorridos na reunião de ontem (quarta), cumpre determinar desde logo o afastamento cautelar do parlamentar até a conclusão do processo, a fim de que se possa retomar o regular processamento da votação da matéria neste colegiado”.

O comando do Conselho de Ética diz ainda que, após a decisão do órgão ontem, que, por 11 a 10, rejeitou o adiamento do julgamento de Cunha, “uma série de intercorrências passaram a macular todo o processo”.

No final, o texto acusa Cunha de “impor manobras regimentais procrastiniatórias” e defende seu afastamento.

Integrante do conselho, a deputada Eliziane Gama (Rede-MA) defende a saída de Cunha até o final do processo.

“O ideal é que ele se afaste mesmo. Já ultrapassou todos os limites. O presidente Eduardo Cunha instrumentalizou o conselho, que, com sua tropa de choque, faz todas ingerências para o processo não andar. Basta disso”, disse Eliziane.

Arquivado em: Brasil

Postado por Edmar Lyra às 17:41 pm do dia 9 de dezembro de 2015

Instituições estão funcionando e País vive normalidade democrática, diz Temer

Estadão Conteúdo – Em sua primeira declaração pública após a instalação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira, 9, que as instituições estão funcionando e que “o País vive uma normalidade democrática extraordinária”.

Ele evitou comentar a relação com a presidente, confirmou um encontro entre os dois hoje à noite e negou que o PMDB desembarcará do governo.

Ao comentar a derrota governista na formação da comissão que analisará o impeachment, Temer disse que a formação da comissão foi feita no exercício legítimo da competência da Câmara dos Deputados.

Ele afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) também atuou dentro das suas atribuições ao suspender a formação do grupo.

“Isso revela exatamente que nós vivemos num regime de uma normalidade democrática extraordinária. As instituições estão funcionando, devemos preservar aquilo que as instituições estão fazendo. E revelar com isso a democracia pela do País”, afirmou o peemedebista.

Temer fez uma breve declaração à imprensa e não comentou a respeito de sua relação com a presidente Dilma, arranhada após o envio de uma carta do vice, na qual ele se queixou de falta de confiança e de ter um papel decorativo no governo.

Ele apenas confirmou que haverá um encontro entre os dois na noite de hoje. Ao sair, Temer fez um gesto negativo ao ser questionado se o PMDB romperia com o governo.

Nessa terça-feira, o governo atribuiu a derrota no primeiro teste do impeachment à atuação do vice, que é presidente do PMDB Na avaliação do Palácio do Planalto, o clima de rebelião na Câmara piorou com o vazamento da carta escrita por Temer à presidente.

O gesto de Temer teria funcionado como um gatilho para que alas do PMDB e de outros partidos da base aliada se rebelassem contra Dilma.

Deputados elegeram na terça-feira a chapa organizada por partidos da oposição e dissidentes do PMDB para a comissão especial que vai elaborar parecer sobre o processo de impeachment da presidente Dilma na Casa.

Intitulada “Unindo o Brasil”, a chapa foi eleita por 272 votos a 199 votos, em uma votação marcada por confusão e tentativa de obstrução de governistas. A eleição representou uma derrota para o governo, que apoiava a chapa organizadas por governistas e terá minoria na comissão.

Logo depois, entretanto, o ministro Luiz Edson Fachin, do STF, suspendeu a instalação da comissão especial.

Com a decisão e o impedimento dos trabalhos do colegiado, o ministro do STF suspende todo o andamento do impeachment – incluindo prazos que estiverem correndo, como o da defesa da presidente.

A suspensão é mantida até análise do plenário do STF sobre o caso, que está marcada para ocorrer na próxima quarta-feira, dia 16. Na ocasião, caberá à Corte analisar se os atos que já foram praticados – como a votação da chapa – são ou não válidos. Até então, o que já foi feito continua preservado.

Arquivado em: Brasil

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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