Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 19:22 pm do dia 29 de maio de 2015

Anderson põe dúvida na reforma política

O deputado federal Anderson Ferreira (PR-PE) admite a possibilidade de o Congresso Nacional não aprovar a reforma política a tempo de vigorar para as eleições municipais de 2016. Na sua opinião, a ideia que passa é que os comandos da Câmara Federal e do Senado estão fazendo um jogo combinado apenas para dar uma resposta à sociedade, só que dificilmente tudo será votado até o final do mês de setembro. O erro, na visão de Anderson, foi se criar duas comissões – uma em cada casa legislativa – e fatiar as propostas na apreciação no plenário.

Um exemplo é sobre as coligações proporcionais, já que os deputados aprovaram a manutenção e os senadores aprovaram a proibição. “Como pode haver uma reforma política, se a Câmara e o Senado criam as suas próprias comissões sobre o assunto? Depois, o relator da comissão da Câmara é destituído e um novo relator altera o texto. Além disso, tudo teria de ser votado no bojo de um só projeto, e não dividido como está sendo. Vai terminar não saindo reforma nenhuma porque tem muita coisa e não vai ter prazo”, alerta Anderson.

No seu desabafo, após a primeira semana de votações na Câmara, Anderson Ferreira diz que “há uma estratégia para dar uma resposta à sociedade e fazer o prazo não ser cumprido”. “Estou percebendo que, desde do início, já estava tudo combinado, com a Câmara juntando um quebra-cabeça para mandar para o Senado. E aí ficamos votando até a madrugada para a população ver nos telejornais”,ressalta.

Anderson considera que o plenário está sendo usado politicamente para que nada seja mudado no sistema político brasileiro. “O resumo da ópera é o seguinte: os deputados estão sendo feitos de palhaços, mas a população não vai achar graça nenhum dessa palhaçada”, dispara o republicano.

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 29 de maio de 2015

Coluna do blog desta sexta-feira

Reforma politica virou “puxadinho oportunista”

Havia forte expectativa para que fosse modificado o atual sistema político após as manifestações de junho de 2013. Com uma série de alternativas, os políticos discutiram o sexo do anjos ao falar de voto distrital, distrital misto ou até mesmo o distritão, três alternativas ao atual sistema proporcional que elege vereadores, deputados estaduais e deputados federais. No fim, nenhuma mudança. Continuaremos com o mesmo sistema de antes.

No tocante ao financiamento de campanha, uma grande discussão sobre a modalidade, que poderia ser mista, privada ou pública. Na prática há um financiamento público indireto, quando os partidos políticos possuem direito a fundo partidário e tempo de rádio e televisão para expor suas ideias ao longo dos anos e mais especificamente durante as eleições. Terminou que prevaleceu o financiamento privado, legalizando o que já existe. As empresas poderão doar aos partidos, que por sua vez, repassarão aos seus candidatos. Muita gente queria o financiamento público, mas como mensurar o custo do voto através do dinheiro público? Qual garantia que o postulante a um cargo eletivo não irá receber dinheiro privado pra fazer sua campanha? Ou seja, não tinha como fechar essa equação, muito menos fiscalizar esta modalidade.

Havia forte expectativa para o fim das coligações proporcionais. Na prática um amontoado de partidos de inúmeras ideologias distintas se unem em torno de uma chapa proporcional para deputado estadual e deputado federal, prevalecendo exclusivamente a variável eleição, sem se preocupar com a discussão programática que defende cada partido. É possível que numa mesma coligação os votos do representante LGBT ajudem a eleger o representante dos Evangélicos, um candidato do PCdoB ajudar a puxar o do DEM, e assim por diante. A Câmara dos Deputados achou isso absolutamente normal e prevaleceu a manutenção do status-quo. As coligações proporcionais estarão mantidas.

Na prática a única mudança do puxadinho oportunista, digo, reforma política, foi o fim da reeleição, que existe seus prós e seus contras. Sobretudo quando acabaram com a reeleição mas não prorrogaram o mandato para pelo menos cinco anos. Pelo lado positivo o prefeito, governador ou presidente estará fazendo um mandato com ações exclusivas visando a governabilidade e o êxito da sua administração. Ele não precisará se preocupar em tomar medidas impopulares com medo das eleições seguintes. Também há como fato positivo a diminuição das chances de perpetuação de poder de determinados grupos políticos. No âmbito negativo se entende que quatro anos é muito pouco para um governante fazer mudanças estruturais, caso ele tenha intenção de fazer uma administração exitosa.

O que ficou evidenciado por parte da Câmara dos Deputados é que eles legislaram em causa própria ao não fazer nenhuma modificação no sistema que mandou-lhes pra Brasília e continuaram legislando em causa própria quando puseram um fim na reeleição para cargos executivos, isso porque a maioria deles almeja ocupar cargos executivos para sentir o “sabor do poder da caneta”,  e com o fim da reeleição aumenta a rotatividade de ocupantes de cargos executivos.

Ficou mais evidente do que nunca com o lamentável episódio do puxadinho oportunista que os políticos não pensam na nação mas sim na próxima eleição. 

Vem – O governador Paulo Câmara enviou um projeto para a Alepe no intuito de expirar os créditos não utilizados em até 180 dias. Na prática isso já existe desde o ano passado. Muitos estudantes e trabalhadores foram pegos de surpresa pelo Grande Recife ao terem seus créditos sumariamente cancelados ainda em 2014.

Saída – O senador Paulo Paim (RS) após ter votado contra as Medidas Provisórias do Ajuste Fiscal proposto pelo governo Dilma Rousseff está sem clima para continuar no PT. Como o STF entendeu que o cargo majoritário é do titular e não do partido, Paim deverá oficializar sua saída do PT em breve.

Ellen Gracie – Ex-ministra do STF, Ellen Gracie esta integrando uma comissão especial da Petrobras que acompanha as investigações internas sobre os desvios de recursos da estatal. Ellen e o deputado Hugo Mota (PMDB/PB), presidente da CPI da Petrobras, firmaram um acordo de compartilhamento de informações para dar mais efetividade às investigações. 

Perda – Mesmo com todos os esforços do prefeito Geraldo Julio, do governador Paulo Câmara e do secretário Felipe Carreras, Recife deverá perder a disputa pelo posto de “porta de entrada” do Nordeste para Fortaleza. O posto de “hub” seria excelente pra capital pernambucana porque receberia uma série de voos da Europa. 

RÁPIDAS 

Pedro Taques – O governador do Mato Grosso Pedro Taques deve sair do PDT por divergências com o comando nacional da sigla. Até recentemente sua ida para o PSB era dada como certa. Porém, há quem considere a hipótese do governador mato-grossense virar tucano como extremamente plausível. 

Partidos – Outra boa mudança pode ocorrer com a reforma política. Trata-se do fim do direito ao fundo partidário e ao tempo de televisão para os partidos que não possuem representação na Câmara dos Deputados. A medida, se for aprovada, será um golpe mortal ao PCB, PPL, PSTU e PCO, bem como a possíveis novas legendas.

Inocente quer saber – Por quê o governo de Pernambuco só repassou recursos para o São João em Caruaru, Arcoverde e Gravatá e deixou de fora festas tradicionais como Petrolina e Araripina? 

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Postado por Edmar Lyra às 22:54 pm do dia 28 de maio de 2015

Pernambuco participa da primeira edição da Mostra Viajar em São Paulo

A Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco (Seturel-PE), por meio da Empresa de Turismo de Pernambuco – Governador Eduardo Campos (Empetur), participa entre os dias 29 e 31 de maio da  primeira edição da Mostra Viajar, em São Paulo. A Mostra Viajar tem como objetivo promover os destinos de forma leve, trazendo o consumidor final para vivenciar um pouco dos atrativos existentes.

Pernambuco participará com um estande com 60 m² com três espaços dos destinos indutores (Fernando de Noronha, Porto de Galinhas e Recife). Primeiro espaço será o de Noronha, onde o público presente poderá assistir a um vídeo dos atrativos locais, o outro espaço fica com Porto de Galinhas que levará uma réplica das famosas jangadas e, por fim, o espaço Recife contará com um jogo sobre o frevo projetado em uma tela, onde o público disputará quem sabe dançar melhor com ambientação similar ao Paço do Frevo, e também haverá atendimento e distribuição de material promocional dos destinos e atrativos. 

“Nossa participação será bastante intensa. Queremos que as pessoas se sintam em Pernambuco. Contaremos com uma passista de frevo que animará o público e distribuiremos o famoso bolo de rolo. Ações em São Paulo são sempre de impotância para nós, visto que o Estado é o nosso maior emissor de turista”, comenta Felipe Carreras, secretário de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco.

A ação de Pernambuco na Mostra Viajar, conta com a parceria da Secretaria de Turismo e Lazer do Recife e do Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau (PGCVB). 


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Postado por Edmar Lyra às 22:48 pm do dia 28 de maio de 2015

Paulo defende ampliação do debate sobre as potencialidades do Nordeste

O governador Paulo Câmara defendeu, nesta quinta-feira (28), a ampliação do debate sobre as potencialidades do Nordeste, além da criação de uma agenda positiva para a região. De acordo com o chefe do Executivo estadual, o atual cenário é desafiador e exige muito mais preparação por parte dos Estados e da União. O assunto foi tema de uma reunião do governador e de secretários estaduais com o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, no Palácio do Campo das Princesas.

“Já me prontifiquei junto ao ministro e aos colegas governadores para identificarmos estratégias que façam a região avançar em alguns pontos. Pensar o Nordeste do futuro diante dessa realidade que estamos vivendo. Uma agenda em favor do desenvolvimento de longo prazo, que exige muitas mudanças importantes de atitude, principalmente no cenário desafiador onde se exige mais preparação dos Estados”, argumentou Paulo Câmara.

O chefe do Executivo pernambucano também aproveitou a ocasião para destacar que o Estado está se preparando para o futuro com importantes ações de médio e longo prazos. “Pernambuco tem um plano para 2035, que visa preparar o Estado para os próximos 20 anos. Temos que planejar uma qualidade de vida para os pernambucanos, com uma educação e uma saúde melhores, mais empreendedorismo. E também garantir a proteção do meio ambiente para as futuras gerações”, explicou Câmara.

Já Mangabeira Unger reforçou a necessidade da construção de uma estratégia própria de desenvolvimento para a região. “O começo de uma grande solução para o Nordeste será organizar, dentro da região, uma estratégia de desenvolvimento econômico e social. Inclusive, estabelecer instituições controladas pelos governos da região. Hoje, as organizações que tratam do desenvolvimento do Nordeste são todas federais. O Nordeste precisa ter as suas instituições próprias para orquestrar a sua estratégia de desenvolvimento e combinar com a ação política que levante as travas que hoje pesam sobre o Nordeste”, pontuou o ministro.

Também participaram da reunião o vice-governador Raul Henry; os secretários Antônio Figueira (Casa Civil), Fred Amâncio (Educação), Nilton Mota (Agricultura e Reforma Agrária), Sérgio Xavier (Meio Ambiente e Sustentabilidade), Márcio Stefanni (Fazenda), Thiago Norões (Desenvolvimento Econômico), Milton Coelho (Administração), Rodrigo Amaro (Controladoria), Evandro Avelar (Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação), César Caúla (Procuradoria do Estado), José Neto (Assessoria Especial) e Ruy Bezerra (Chefia de Gabinete); além dos deputados estaduais Waldemar Borges, Tony Gel e Lucas Ramos. 
        

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Postado por Edmar Lyra às 3:09 am do dia 28 de maio de 2015

Coluna do blog desta quinta-feira

Futebol brasileiro também é corrupto

Dizer que o futebol brasileiro também é corrupto parece meio clichê, sobretudo após a prisão do ex-presidente da CBF José Maria Marin, envolvido num esquema de corrupção milionário da FIFA. Mas a bem da verdade é que o nosso futebol sempre foi um antro de corrupção e de negociatas escusas em prol de uma pequena parcela de clubes e dirigentes em detrimento do futebol pentacampeão mundial.

Um exemplo claro foi a derrota de 7×1 para a Alemanha na Copa do Mundo do ano passado. Ficou evidente que ali houve algum acontecimento de bastidor que influenciou diretamente no rendimento dos “nossos” já milionários atletas. Por mais preparada que fosse a seleção da Alemanha, não havia futebol suficiente para aquele resultado.

A Copa do Mundo no Brasil foi outro descalabro. Investimentos bilionários através do BNDES, lucros exorbitantes para a FIFA sem qualquer contrapartida social, dentre outras coisas que mostram que nosso país é o país da roubalheira e do desrespeito com as instituições.

É inaceitável que um grupo ligado a João Havelange seja “dono” do futebol brasileiro, representado por Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero. Eles são a escória do futebol. Mas quem permite toda essa patifaria são os dirigentes dos maiores clubes do Brasil.

Uma das moedas de troca são as gordas verbas publicitárias que concentram boa parte dos valores para uma pequena parcela de clubes, que se revezam nos títulos importantes como Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro a nível nacional, Taça Libertadores a nível continental e Mundial de Clubes e nível internacional.

O senador Romário (PSB) se tornou um crítico desta quadrilha que comanda o nosso futebol e vem apontando os malfeitos da turma de Ricardo Teixeira. Diante deste fato novo é possível que de uma vez por todas a CPI da CBF saia do papel e passe o nosso futebol a limpo no intuito de se tornar um esporte decente, coisa que, pelo menos no Brasil, nunca foi.

Reeleição – A Câmara dos Deputados aprovou em primeiro turno ontem o fim da reeleição para prefeitos, governadores e presidente da República por 452 votos a favor e apenas 19 contra. A medida não atinge prefeitos eleitos em 2012 e governadores em 2018, portanto só valerá a partir de 2022.

MP 664 – Com 50 votos a favor e apenas 18 contra, o Senado Federal aprovou ontem a MP 664 que restringe o acesso a pensão por morte. Agora o cônjuge terá que comprovar pelo menos dois anos de união estável e o segurado terá que contribuir pelo menos 1 ano e meio. Agora o pensionista só terá direito ao benefício vitalício se tiver 44 anos, caso não receberá apenas por um período.

Fernando Monteiro – O deputado federal Fernando Monteiro (PP) garantiu para o município de Ipubi, no sertão, um repasse através do FNDE de R$ 1 milhão para a construção de uma creche no município com capacidade para atender 200 crianças. Além disso serão construídas 4 unidades básicas de saúde através do Ministério da Saúde. O prefeito João Marcos é só alegria. 

Mandato – O Supremo Tribunal Federal decidiu ontem que os votos dados a um presidente da República, a um senador, a um governador ou a um prefeito são deles e não dos partidos. Portanto, o mandato é do político e não das legendas. Com isso a senadora Marta Suplicy está livre de perder o mandato por ter saído do PT.

RÁPIDAS

Reunião – O deputado estadual Miguel Coelho (PSB) se reuniu ontem com o presidente do TJPE desembargador Frederico Neves. O encontro teve como pauta principal uma proposta para obrigar os cartórios do estado a informarem ao detran a venda ou transferência de propriedade dos veículos. 

Conselhos – O deputado federal Jorge Côrte Real está articulando junto à secretaria nacional de direitos humanos a construção de novas sedes de conselhos tutelares. Cada sede tem um custo de R$ 600 mil. Na solicitação Côrte Real pediu que fossem beneficiados os municípios de Glória do Goitá, Igarassu, Garanhuns, Goiana, João Alfredo, São Caetano e Surubim.

Inocente quer saber – O ajuste fiscal resolverá a recessão econômica que o Brasil se afundou? 

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Postado por Edmar Lyra às 0:54 am do dia 28 de maio de 2015

Comissão Mista de Orçamento (CMO) recebe o Ministro Nelson Barbosa

A Comissão Mista de Orçamentos da Câmara Federal, relatada pelo deputado pernambucano Ricardo Teobaldo (PTB), recebeu na tarde de hoje (27), em audiência pública, Nelson Barbosa, Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão. O encontro, que durou quase quatro horas, esclareceu sobre o Projeto de Lei nº 01/2015, que aborda as diretrizes para a elaboração e execução da Lei Orçamentária de 2016. A proposta foi enviada pelo governo ao Congresso Nacional em abril.

Durante o encontro Ricardo Teobaldo reconheceu a importância da LDO como instrumento de disciplina fiscal. “É grande a nossa preocupação e da sociedade em relação as dificuldades do país. A LDO tem papel fundamental nisso. Através dela temos metas estabelecidas para fechar o ano com superavit. Esse é um momento importante onde vamos ter em detalhes o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias que encontra-se em análise aqui na comissão”, pontuou.

Ricardo Teobaldo também questionou o Ministro Nelson Barbosa sobre as emendas dos deputados e senadores ao orçamento deste ano. Barbosa destacou que, à medida que a situação fiscal do País melhorar, a execução das emendas vai aumentar e que esse ajuste será feito progressivamente.

Nelson Barbosa destacou também que o governo deve editar uma portaria prevendo metas de gastos com custeio para os orgãos do Executivo. Isso inclui despesas com aluguel, luz, telefone, segurança, entre outros. Barbosa disse ainda que que a economia não será alta, mas considera a medida importante para segurar os gastos do governo. As metas de custeio fazem parte do esforço para fechar o ano com o superavit primário previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) em vigor, que é de R$ 55,3 bilhões para o governo federal.

AGENDA – Essa é a segunda audiência pública realizada essa semana pela Comissão. Na última quarta-feira (26) foi a vez de Alexandre Tombini, Presidente do Banco Central, que que apresentou as  metas das políticas monetária, creditícia e cambial.

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Postado por Edmar Lyra às 0:52 am do dia 28 de maio de 2015

Daniel Coelho: “Enterraram a reforma política”

O deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE) criticou, nesta quarta-feira, a condução dos próprios parlamentares no que se refere à votação da reforma política. Na sua opinião, faltou aos deputados mais diálogo para que acordos fossem feitos e a reforma pudesse de fato ocorrer. “Meu sentimento é de que ontem esse plenário fez o velório de uma reforma política tão aguardada pela sociedade brasileira. E a continuação desse velório vai ser o enterro dessa reforma”, afirmou, demonstrando frustração com o andamento dos trabalhos.

Segundo Daniel, a falta de uma predisposição ao entendimento por parte de deputados e partidos terminou matando a reforma política. “Uma reforma que buscava aperfeiçoar o nosso sistema eleitoral, que busca aperfeiçoar o sistema de financiamento de campanha, que busca aproximar o eleitor de seu representante terminou sendo perdida. Não há possibilidade, com uma regra que nos obriga a ter 308 votos, três quintos dos deputados, de cada um fazer a sua reforma, com as suas ideias, sem a predisposição ao diálogo, da conversa, do entendimento, da busca pelo consenso”, destacou.

Daniel lembrou o temor que ele já havia demonstrado anteriormente, de que fosse feita “não a reforma política, mas a reforma dos políticos” e teme que nada mude. “No fim das contas, o que a gente está vendo é que nada vai acontecer. Se não houver a compreensão por parte dos deputados, dos partidos, das lideranças de que nós precisamos buscar consenso. O atual sistema é perverso, o atual sistema é que fez a pulverização com mais de 30 partidos no país, que criou essa coisa do toma lá dá cá. Nós precisamos ter coragem até para abrir mão de alguns pontos para poder avançar. O que o Brasil não aguenta mais é a manutenção desse sistema que aí está”, finalizou.

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Postado por Edmar Lyra às 0:44 am do dia 28 de maio de 2015

Fernando Bezerra Coelho insiste na revisão do ICMS durante Marcha dos Prefeitos

Relator da Comissão Especial do Pacto Federativo, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) reforçou nesta quarta-feira (27), durante a Marcha dos Prefeitos, em Brasília, a urgência de uma ampla reforma do sistema tributário brasileiro: “para que ele possa, de fato, ser mais justo, sobretudo com as regiões mais pobres”. Defensor do que ele classifica de “reforma definitiva do ICMS”, Bezerra insistiu na necessidade da definição das alíquotas interestaduais do tributo.

 

“O ICMS precisa deixar de ser um imposto de produção para ser um imposto de consumo. É na ponta, no consumo, que se deve pagar a maior parte deste imposto”, destacou o senador. “Esta é a grande mudança tributária pela qual o setor produtivo, os municípios e todo o país clamam desde a Constituição de 1988”, acrescentou.

 

Além da reforma do ICMS, o senador defendeu a criação do Fundo de Desenvolvimento Regional para auxílio financeiro às regiões mais carentes do país. “É importante que o Brasil tenha instrumentos para poder retirar dos mais ricos e oferecer aos mais pobres maiores oportunidades de educação, saúde e infraestrutura”, afirmou.

 

Ao lembrar que foi prefeito de Petrolina (PE) por três vezes, Fernando Bezerra Coelho se solidarizou com os prefeitos que, segundo o senador, “estão passando por um momento de crise e profunda dificuldade financeira e precisam equilibrar as contas, manter o custeio (como o pagamento de salários e benefícios trabalhistas) e realizar o mínimo de investimento”. Neste contexto, Fernando Bezerra afirmou que o Congresso Nacional deve atuar como defensor da “causa municipalista” e se colocar como um “instrumento de resistência” (à crise).

 

AGENDA MUNICIPALISTA – Como relator da Comissão Especial do Pacto Federativo, o senador disse que defenderá, no Congresso Nacional, o estabelecimento de uma Agenda Municipalista para atender “aos reclames e às necessidades” dos prefeitos. “A comissão irá criar o consenso, aprofundar o debate e contribuir para um novo clima que possa resgatar a esperança e a confiança daqueles que governam os municípios brasileiros”, ressaltou.

 

Fernando Bezerra informou, ainda, que a Comissão Especial do Pacto Federativo – instalada oficialmente hoje – deverá concluir, até o próximo dia 17 de julho, a identificação de projetos de interesse dos governadores e prefeitos para que eles tramitem e sejam votados em regime de urgência. Uma destas matérias deverá ser a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 172/12), proposta pelo deputado Mendonça Filho (DEM-PE). Conhecida como PEC do Pacto Federativo, ela proíbe o governo federal de criar encargos aos Estados e Municípios sem a devida previsão de recursos financeiros.

 

Também presentes à Marcha dos Prefeitos, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), destacaram a importância da Comissão Especial para o fortalecimento da Federação.

 

CONSÓRCIOS PÚBLICOS – Um dos principais destaques da fala do presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, foi a defesa dos consórcios públicos municipais. Esta semana, o senador Fernando Bezerra Coelho apresentou projeto de lei para corrigir exigências do Cadastro Único de Convênio (CAUC) que impedem a transferência de recursos federais para os consórcios públicos. Atualmente, os repasses financeiros pela União ficam impedidos se algum ente consorciado tiver restrições no CAUC.

 

“A ideia é que essa exigibilidade extrema seja revista para que os governos municipais ou estaduais não fiquem impossibilitados de executar ações por meios dos consórcios”, defende o senador. O projeto altera o artigo 39 do Decreto-Lei 6.017/07, permitindo que as transferências financeiras sejam feitas pela União mesmo em caso de restrições de um ou mais consorciados junto ao Cadastro Único de Convênio.

 

“Com esta flexibilização, os consórcios deixam de ser prejudicados e os investimentos podem chegar, de forma mais equilibrada, principalmente às prefeituras”, destaca Fernando Bezerra. Os consórcios públicos são um instrumento intergovernamental de cooperação entre entes federativos, que se associem com o objetivo de contratarem serviços ou realizarem empreendimentos que demandam a participação de mais de um município ou estado.

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Postado por Edmar Lyra às 0:37 am do dia 28 de maio de 2015

Visita ao México abre nova fase nas relações comerciais, afirma Armando Monteiro

Cidade do México – Ao fim do primeiro dia da visita oficial ao México, nesta quarta-feira (27), o ministro Armando Monteiro participou do seminário empresarial Brasil-México e fez um balanço dos avanços alcançados na relação comercial entre os dois países. 

Para Monteiro, “é importante reconhecer que temos o desafio de ampliar nossos fluxos de investimentos e, principalmente, de comércio – já que nosso intercâmbio representa menos de 2% do total da corrente de cada país”. O ministro destacou que passos importantes foram dados com a visita da presidente Dilma, que permitirão abrir uma nova fase nas relações comerciais entre os dois países.

Durante a visita, os presidentes acertaram a celebração de um acordo de comércio expandido, que incluirá setores como o de serviços, comércio eletrônico, compras governamentais, facilitação de comércio, medidas sanitárias e fitossanitárias, obstáculos técnicos ao comércio, propriedade intelectual, coerência regulatória, entre outros. A primeira reunião entre as equipes governamentais para detalhar os termos do acordo será no início de julho. Segundo o ministro, “o impacto desse acordo ultrapassa a dimensão bilateral e demonstra as possibilidades reais de aproximação efetiva com os países da Aliança do Pacífico”.

Foi assinado também, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ministério das Relações Exteriores e Secretaria de Economia do México, um Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos, o primeiro desse tipo na América Latina (já foram assinados acordos com os países africanos Moçambique e Angola). Na opinião de Monteiro, “o modelo desse acordo contribui para a melhoria do ambiente de negócios, por meio de medidas que fomentam a segurança jurídica e a prevenção de controvérsias, em benefício das empresas investidoras dos dois países”.

O secretário de Economia mexicana, Ildefonso Villarreal Guajardo, lembrou que México e Brasil representam 63% do Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina. “Por isso, não há futuro de integração latino-americana sem uma sintonia desses dois países. Até julho, vamos desenvolver uma agenda de facilitação de comércio e trabalho conjunto entre Mercosul e Aliança do Pacífico”, afirmou.

Cooperação

Durante o encontro empresarial, foram assinados ainda instrumentos de cooperação entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e sua contraparte mexicana, o Conselho Empresarial Mexicano de Comércio Exterior (COMCE); entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a ProMexico, para atividades conjuntas de promoção de exportações e investimentos; e entre o BNDES e o BancoMext, para prestar apoio a internacionalização de empresas brasileiras e mexicanas, por meio de financiamento e garantias a investimentos produtivos. 

De acordo com o presidente da Apex-Brasil,  David Barioni, as duas entidades de promoção comercial passam a trabalhar em conjunto no compartilhamento de informações estratégicas. “Apex-Brasil e ProMexico vão identificar setores de oportunidades e compartilhar informações sobre estatísticas, requisitos de acesso, regulamentos e incentivos”, explicou. Barioni também destacou que, no campo dos investimentos, o acordo estabelece a elaboração conjunta de estudos para fomentar os investimentos bilaterais e identificar barreiras que travam esse fluxo. 

Ao todo, durante a visita da presidente Dilma, os governos firmaram oito acordos e memorandos de entendimento em diversas áreas – pesca e aquicultura, serviços aéreos e turismo. 

Encontro empresarial

Promovido pela CNI, COMCE, Apex-Brasil e ProMexico, o Seminário Empresarial Brasil-México reuniu mais de 50 empresários brasileiros de cinco setores: automotivo, cosméticos, alimentos, eletroeletrônicos e tecnologia da informação. O evento lançou as bases para o estabelecimento de uma relação mais estreita entre empresários, que trocaram experiências e apresentaram oportunidades de negócios e investimentos bilaterais.

Durante o discurso de encerramento do encontro, a presidenta Dilma Rousseff disse que os acordos assinados entre os dois países, nessa terça-feira (26/05), conferem equilíbrio, previsibilidade e transparência ao comércio bilateral e estimulam a integração produtiva na região. “Há, por parte do governo brasileiro e mexicano, vontade política de garantir e assegurar um ambiente amigável aos negócios, aos investimentos e para resolver conflitos”, afirmou. 

De acordo com Monteiro, a comitiva empresarial presente no encontro “se distingue pela qualidade, diversidade setorial e firme disposição para ampliar as oportunidades de negócios entre os dois países”. O ministro ressaltou ainda que os governos brasileiro e mexicano estão empenhados na construção de uma agenda de fortalecimento das relações econômico-comerciais.

Para o presidente da CNI, Robson Andrade, os resultados da visita presidencial e do encontro de empresários são positivos: “A visita da presidente Dilma é um passo importante para que possamos ampliar as negociações e  incluir mais produtos no acordo comercial com o México. É ótima notícia também o Brasil facilitar investimentos no México, que é um importante parceiro brasileiro”.

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Postado por Edmar Lyra às 3:01 am do dia 27 de maio de 2015

Coluna do blog desta quarta-feira

Ficou tudo como estava, mas Cunha saiu vitorioso

Havia forte expectativa para a aprovação de uma reforma política que melhorasse a representatividade dos nossos parlamentares, dentre os pontos havia a possibilidade de mudança do atual sistema proporcional para o distrital, distrital misto ou o chamado distritão. Trazendo para o exemplo de Pernambuco, onde estão em jogo 49 vagas de deputado estadual e 25 vagas de deputado federal, no chamado voto distrital, o eleitoral de Pernambuco seria dividido em distritos e os mais votados seriam os eleitos para representar o povo nas casas legislativas.

Já no distrital misto, metade das vagas em disputa seriam preenchidas pelo sistema de votos pelos distritos e a outra metade seriam preenchidas por deputados indicados por uma lista partidária, onde os partidos que tivessem mais votos indicariam os políticos para exercer o mandato. Por fim, o distritão, que também é chamado de verdade eleitoral, onde os 25 mais votados para deputado federal e os 49 para deputado estadual seriam os eleitos, independendo dos votos de legenda, de coligações proporcionais, etc. 

As três propostas foram rejeitadas pelos deputados federais. O que não causa nenhum espanto porque eles chegaram ao Congresso Nacional por um sistema já conhecido de todos que fazem parte da política. Era surreal que  legislassem contra seus próprios próprios interesses. 

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha teve uma vitória política mesmo não mudando nada no atual sistema de eleição. Ele poderá dizer para o povo brasileiro que foi o único capaz de colocar a reforma política na pauta da Câmara, mas os deputados federais não quiseram mudar o sistema. Além disso ele se valerá de mais dois argumentos. O primeiro é que como presidente da Casa não pode votar, exceto em caso de empate possui o voto de minerva.

O outro é que mesmo não podendo votar, se posicionou a favor do chamado distritão, ou verdade eleitoral, mas seus pares não quiseram mudar as regras do jogo. Enfim, a situação de Eduardo Cunha ficou muito cômoda, porque quando quiser pode jogar pra platéia. 

Quanto aos deputados, ficou claro que eles querem manter tudo como está e seguem sem interesse de agir em sintonia com a pauta da sociedade brasileira. 

Organizadas – Causou perplexidade nas redes sociais a possibilidade de um membro da Torcida Jovem do Sport, conhecido pela alcunha de Márcio Puxador, ser candidato a vereador do Recife nas próximas eleições. Se conseguirem canalizar bem os votos ele pode mesmo se eleger e a Câmara Municipal do Recife ganhar um representante dos perturbadores da ordem pública. O que será extremamente perigoso. 

Traição – Na votação do chamado distritão, o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB orientou a bancada do partido a votar contra o distritão. Dos 49 tucanos presentes, dois se abstiveram de votar e 21 optaram pelo sistema que transformaria a eleição para deputado em majoritária. Dentre os “traidores” estava o deputado Bruno Araújo, de Pernambuco. 

Ajuste Fiscal – O Senado aprovou ontem em votação apertada a Medida Provisória 665 que restringe o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial e ao seguro-defeso. O placar foi 39 votos a favor e 32 contra. 11 senadores da base governista votaram contra a MP do Ajuste Fiscal. Agora a MP vai para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

Unanimidade – Os três senadores de Pernambuco votaram a favor do ajuste fiscal proposto por Dilma Rousseff. Fernando Bezerra Coelho (PSB), Humberto Costa (PT) e Douglas Cintra (PTB) demonstraram fidelidade canina ao que defendia o Palácio do Planalto, configurando uma unanimidade na bancada pernambucana do Senado. 

Prorrogação – O deputado Sarney Filho (PV/MA) defendeu na tribuna da Câmara dos Deputados ontem durante a votação da reforma política a prorrogação dos mandatos alcançados em 2012. Com isso os mandatos de prefeito e vereador seriam estendidos até 2018. 

RÁPIDAS 

Presente – Pré-candidata à prefeitura de Caruaru em 2016, a deputada estadual Raquel Lyra (PSB) esteve presente na assinatura do Projeto de Lei que institui o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais. O ato contou com a presença da ex-senadora Marina Silva.

Painel do Lyra – Próximo de completar 800 mil visualizações, o Painel do Lyra vai ao ar hoje com mais uma entrevista. O nosso convidado é o deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD). Você pode conferir acessando: www.tvguararapes.com 

Inocente quer saber – O presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha dá ponto sem nó? 

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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