O deputado federal Waldemar Oliveira (Avante-PE) tem mantido uma tradição que vem ganhando força em Brasília: o almoço das quartas-feiras com lideranças pernambucanas. O encontro, que já se tornou ponto de confraternização e troca de ideias, reúne semanalmente políticos, prefeitos, assessores e representantes da imprensa do estado.

Nesta quarta-feira, o anfitrião recebeu em sua mesa o senador Fernando Dueire, o secretário da Casa Civil de Pernambuco, Túlio Vilaça, o deputado estadual Jarbas Filho, os prefeitos Sandro Advogado (Chã Grande) e Ademir Alves (Bonito), além do radialista Alberes Xavier e de  Edmar Lyra.

O clima foi de descontração e amizade, mas, como não poderia deixar de ser, as conversas giraram em torno da política pernambucana e nacional, com trocas de avaliações sobre o cenário atual e as movimentações rumo às eleições de 2026. O tradicional almoço de Waldemar, além de fortalecer laços, tem se consolidado como um espaço de diálogo e articulação política entre os pernambucanos na capital federal.

Um integrante da bancada pernambucana avaliou que Marília Arraes tentou entrar em portas estreitas e cometeu equívocos de avaliação. Também teve acertos, mas ao final saiu no prejuízo.

Em 2014, Marília rompeu com Eduardo Campos porque queria que o primo lhe desse a estrutura para ser candidata a federal. Mas se tivesse ido a diante com o projeto dentro do PSB, o partido não negaria legenda. Com a morte de Eduardo naquele ano, ela teria obtido 400 mil votos sem sustos.

Em 2018 tentou ser candidata a governadora pelo PT após já ter sido reeleita vereadora pela legenda com expressiva votação, e com a legenda negada foi candidata a federal. Em 2020, teve sua primeira oportunidade majoritária e acabou derrotada pelo primo João Campos.

Em 2022 trocou de partido, abdicando de uma eleição líquida e certa para o Senado pela Frente Popular, e depois de liderar de ponta a ponta a eleição, acabou derrotada por Raquel Lyra. Ele utilizou esse histórico para sustentar que Marília não pode entrar em aventura em 2026, sendo candidata a avulsa ao Senado ou compondo com Raquel Lyra para ser candidata à Câmara Alta na chapa governista.

“Ela não pode entrar em nova bola dividida, precisa de um mandato e a opção segura é ser candidata a federal pelo Solidariedade ou pelo PSB”, finalizou o parlamentar.

O prefeito de Solidão, Mayco da Farmácia (PSB), e todo o seu grupo político declararam apoio ao pré-candidato a deputado estadual Bruno Marques. O acordo foi articulado e chancelado pelo prefeito do Recife e pré-candidato do PSB ao Governo de Pernambuco, João Campos, que tem intensificado sua agenda no interior para consolidar alianças regionais em torno de seu projeto político.

Filho do prefeito de Petrolândia, Fabiano Marques, Bruno tem ampliado suas bases no Sertão, fortalecendo seu nome junto a lideranças municipais e consolidando apoio em diferentes regiões do Estado. O gesto do grupo de Solidão reforça o avanço do PSB e o protagonismo de novas lideranças no interior pernambucano.

Na ânsia de angariar os chamados camurins para as chapas de deputados federais, os partidos estão realizando uma espécie de contabilidade criativa, que pode induzir candidatos ao erro. O quociente eleitoral está previsto para 200 mil, o que seriam necessários para eleger com segurança um deputado federal.

Para sonhar com duas vagas são necessários pelo menos 360 mil votos, para três, 540 mil, para quatro 720 mil, para cinco 900 mil, para seis 1,08 milhão de votos. Pode ser que entre com menos votos? Sim, mas dependerá das circunstâncias da eleição.

O que não será possível é um partido eleger dois deputados federais com 300 mil, quem acreditar nisso, está comprando gato por lebre.

A governadora Raquel Lyra solicitou à bancada federal R$ 50 milhões na Lei Orçamentária Anual para a requalificação do Hospital da Restauração. O pleito conta com a sensibilidade da bancada, que entende a importância de investir no HR, que é o principal equipamento de saúde de Pernambuco, que demanda cada vez mais investimentos.

União Progressista é oficializada e será homologada pelo TSE nos próximos dias

Depois de meses de negociações e ajustes internos, o Progressistas (PP) e o União Brasil oficializaram a criação da federação partidária que recebeu o nome de União Progressista. Os últimos detalhes do acordo foram assinados nesta semana pelos presidentes nacionais Ciro Nogueira (PP) e Antonio Rueda (União Brasil), e o processo de homologação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve ocorrer nos próximos dias. Com a formalização, as duas legendas passam a atuar sob uma mesma estrutura política e administrativa, unificando estratégias, bancadas e direções estaduais a partir das convenções previstas para o próximo ano.

A União Progressista nasce como uma das maiores forças políticas do país, somando mais de 100 deputados federais e 15 senadores, além de centenas de prefeitos e milhares de vereadores espalhados por todo o território nacional. O movimento representa uma consolidação do campo de centro-direita, com foco em uma agenda liberal, de responsabilidade fiscal e voltada para resultados práticos na gestão pública. A federação funcionará, na prática, como um só partido pelos próximos quatro anos, compartilhando tempo de TV, fundo partidário e decisões estratégicas em nível nacional e regional.

A costura do acordo envolveu longas tratativas entre lideranças dos dois partidos, que enxergam na federação uma oportunidade de ampliar a competitividade eleitoral e garantir maior peso político nas articulações futuras. Em Pernambuco e em outros estados do Nordeste, a expectativa é de que a nova estrutura fortaleça alianças locais e influencie diretamente as convenções estaduais de 2026, quando serão definidas as chapas proporcionais e eventuais apoios às disputas majoritárias. [Ler mais …]

O médico Dr. Marcos Ortopedista, com 25 anos de atuação na área de traumatologia, filiou-se ao Podemos e chega ao partido como uma das principais apostas de renovação na política pernambucana. Reconhecido pelo serviço prestado em diversas regiões do Estado, ele construiu uma trajetória marcada pela credibilidade e pelo compromisso com a população. Na última eleição, obteve 15.942 votos, mesmo sem realizar campanha nas ruas — resultado conquistado apenas com o reconhecimento de quem conhece sua história e sua dedicação profissional.

O presidente estadual do Podemos, Marcelo Gouveia, comemorou a chegada de Dr. Marcos Ortopedista, que tentará vaga na Câmara dos Deputados, e destacou a importância de seu ingresso na legenda. “Dr. Marcos Ortopedista representa exatamente o perfil que o Podemos valoriza: pessoas com trajetória sólida, respeito da sociedade e disposição para fazer a boa política. Sua chegada reforça o nosso projeto de renovação e aproxima ainda mais o partido das pessoas”, afirmou Gouveia.

A montagem das chapas de deputado federal tem causado preocupação de muitos deputados. Mas alguns estão lembrando do efeito Solidariedade em 2022. De olho nos votos de Maria Arraes, cuja irmã era candidata a governadora, Fabíola Cabral fez a parte dela e teve mais de 40 mil votos, mas com a abertura das urnas foram menos de 200 mil na chapa completa. Ou seja, em vez de puxadora, Maria usou os votos de Fabíola pra se eleger. Se Maria tivesse atingido os 200 mil votos, as duas vagas estariam garantidas.

Pra garantir com segurança as duas vagas são 400 mil votos, o Republicanos teve um pouco mais do que isso e não elegeu a terceira vaga. Então pra começar a sonhar em duas vagas, será entre 340 e 360 mil votos, pra sonhar com a terceira, será entre 450 e 500 mil votos.

Tem muito partido prometendo duas vagas, mas com sérias dificuldades de efetivamente garantir a quantidade de vagas que pretende eleger. Quem bem souber, procura legendas que tenham puxadores de votos e que tenham também uma cauda eleitoral segura. Se for confiar nas projeções, pode acabar sem mandato.

Um deputado estadual da base da governadora Raquel Lyra queixou-se do fato de o governo investir milhões de reais em alguns municípios e os prefeitos votarem em deputados estaduais da oposição.

“Tem município que recebeu mais de R$ 50 milhões do governo em investimentos e está com o estadual e o federal da oposição. Como pode um negócio desses?”, reclamou.

Para ele, o Palácio tem que começar pra já um movimento de tomar prefeituras de deputados da oposição e repassar a quem é fiel ao governo. “Não dá pra ficar com um pé em cada canoa, se está com Raquel e sendo beneficiado por isso, o prefeito tem que votar pelo menos num deputado da base, sobretudo o estadual que não tem o mesmo volume de emenda do federal”, finalizou.

Pré-candidato ao governo de Pernambuco, o prefeito do Recife, João Campos, demonstrou sensibilidade e capacidade de articulação na construção que levou Adelmo Moura a apoiar a pré-candidatura de Romerinho Jatobá a deputado estadual. Adelmo será o coordenador de João Campos no Pajeú. O movimento pode garantir a Romerinho entre 5 e 10 mil votos na região.