É preciso dar um freio na criação de partidos
O Brasil é um país com dimensões continentais, mesmo assim as últimas seis eleições presidenciais foram polarizadas por apenas dois partidos: o PT e o PSDB. Nos 26 estados e no Distrito Federal também há uma hegemonia de partidos como PSDB, PT e PMDB, com raras exceções para siglas menores como o PSB, o PSD, o PDT, etc.
As siglas citadas possuem uma certa ideologia, os grandes partidos têm diretrizes bem fundamentadas e detêm quadros de relevância não só para o parlamento quanto para o executivo. Mesmo assim, é inadmissível que tenhamos 32 partidos, com grandes chances deste número subir para 40 siglas até o final de 2015.
A criação de um partido não deveria ser proibida, mas o acesso a benesses sim. Hoje um partido político tem direito a fundo partidário e tempo de televisão gratuito, mesmo que não tenha representação no Congresso Nacional.
Na democracia americana existem uma série de partidos, mas a maioria deles não é legalizada e muito menos têm direito a dinheiro público para se manter como é feito no Brasil. Hoje o Congresso Nacional possui na Câmara dos Deputados nada menos que 28 legendas representadas por deputados federais.
Agora imagine como é para um presidente da República ter que aprovar uma matéria de interesse do País na Câmara dos Deputados tendo que dialogar com nada menos que 28 partidos? Muitos deles sem qualquer ideologia, servindo apenas como balcões de negócios, fazendo com que o parlamento brasileiro vire uma feira livre onde quem tiver mais dinheiro leva o partido ou o deputado para aprovar matéria do seu interesse.
Enquanto não houver uma medida séria que barre essa aberração que é a criação de siglas sem o menor respaldo político e sem qualquer conteúdo, nossa democracia estará fadada ao fracasso e será assentada sempre na base da corrupção e do fisiologismo como temos acompanhado diariamente no noticiário nacional.
Petrobras – Em 2008 no auge da descoberta do pré-sal a Petrobras chegou a valer R$ 510 bilhões no governo Lula. Hoje, cercada de escândalos de corrupção, a maior estatal brasileira está valendo apenas R$ 116 bilhões, com uma dívida líquida de R$ 261 bilhões, sendo a maior dívida corporativa do mundo.
Lula Cabral – Crescem as especulações de que o deputado Lula Cabral possa assumir a secretaria de Desenvolvimento Econômico no lugar de Thiago Norões. O Palácio segue em dívida com Lula e pode tentar resolver o problema levando o ex-prefeito do Cabo para a pasta e deixar Norões apenas no comando de Suape.
Abandono – As praças do Lions e Rotary, que ficam próximas à Barão de Souza Leão em Boa Viagem, estão completamente abandonadas pela gestão do prefeito Geraldo Julio. Além de possuir uma iluminação precária, pouca limpeza e nenhuma manutenção, estão servindo de abrigo para inúmeros moradores de rua.
Caruaru – Estão em disputa pela prefeitura de Caruaru em 2016 Tony Gel (PMDB), Raquel Lyra e Laura Gomes (PSB), e Douglas Cintra (PTB), este último provável candidato do prefeito Zé Queiroz que faz uma gestão bastante aquém do esperado e só conseguiu ser reeleito graças ao prestígio de Eduardo Campos.
RÁPIDAS
Câmara do Recife – Pelo visto Vicente André Gomes (PSB) ficou só nas promessas de que iria modernizar a Casa José Mariano. O atual presidente, um autêntico falastrão, em mais de dois anos não conseguiu mostrar uma ação efetiva que mostrasse ser diferente dos que lhe antecederam.
Chacina – O governador Paulo Câmara em menos de dois meses de governo já conseguiu imprimir uma marca. É o governador da volta das chacinas em Pernambuco.
Inocente quer saber – Até quando o governador Paulo Câmara vai tratar a Segurança Pública de Pernambuco como algo secundário?