Blog Edmar Lyra

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Postado por Edmar Lyra às 1:02 am do dia 15 de setembro de 2013 Deixe um comentário

A PPP que não deu certo.

Por Terezinha Nunes

Pouco depois de tomar posse em 2007, o governador Eduardo Campos fez uma revelação festejada por todos os habitantes do litoral norte de Pernambuco e, mais especificamente, da Ilha de Itamaracá.

Na ocasião, ele afirmou que retiraria, em três anos, todos os presos de Itamaracá – cerca de 3 mil – para um presídio novo que iria construir no interior. Não demorou para que se escolhesse o local – o município de Itaquitinga – e a modalidade de construção e funcionanmento do novo presídio.

Seria construído e operado através de uma PPP – Parceria Público Privada. O próprio governador a batizou como “ a maior e mais completa PPP prisional do Brasil” e desde logo a nova unidade recebeu o nome pomposo de “Centro Integrado de Ressocialização de Itaquitinga”.

O início da construção, em outubro de 2009, foi recebido com festa no município, mobilizando centenas de trabalhadores. O Consórcio criado, o Reintegra Brasil, recebeu, de logo, a concessão para construir e depois operar o presídio por 33 anos mediante contrato cujo valor chegava aos R$ 1,9 bilhão.

A obra em si, inicialmente orçada em R$ 287 milhões já teve seu custo reajustado para R$ 350 milhões e até hoje nenhum presidiário habita a estrutura do centro, uma obra inacabada, abandonada pelo consórcio, sem que se saiba quando será concluída.

A previsão inicial era de que tudo ficasse pronto em 18 meses mas já estamos a quatro anos do início da construção e a PPP virou uma mera quimera.

Na obra abandonada, a Rede Globo mostrou, há poucos dias, que não há quase funcionários trabalhando no local, as paredes dos prédios já estão danificadas e um número sem fim de fornecedores andam reclamando a falta de pagamentos pelos serviços prestados.

Quem vai responder por isso?

Em fevereiro deste ano, quando uma blitz realizada pela bancada de oposição na Assembléia mostrou, pela primeira vez, que a obra se encontrava abandonada, o Governo se apressou a divulgar que as empresas baianas Advance Construções e Participações e Socializa Empreendimentos – participantes do Consórcio, tiveram o contrato rompido com o estado.

Anunciou também que a empresa DAG Construtora estava assumindo 95% do controle acionário do Consórcio Advance , quitaria todos os débitos com fornecedores e trabalhadores, reiniciaria a obra no final de março e a concluiria 90 dias depois, ou seja, em três meses. Mais precisamente, em agosto deste ano.

Estamos no final de setembro e não há qualquer perspectiva de solução para o problema. Além da possibilidade da PPP não ir para a frente o impasse tem gerado uma enorme frustração.

Turistas e moradores de Itamaracá não têm mais a mesma esperança de ver os presos saírem da ilha, resgatando o turismo, e os demais presídios estaduais estão cada vez mais abarrotados de detentos.

O promotor das Execuções Penais, Marcellus Ugiette, admite que a situação do sistema prisional pernambucano é grave e que a conclusão do presídio é imprescindível. Relata que há mais de 27 mil presos e apenas 8.500 vagas no sistema prisional. “Estamos represando presos” – admitiu, explicando que não tinha mas onde colocar tanta gente.

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Postado por Edmar Lyra às 1:53 am do dia 14 de março de 2012 109 Comentários

PPP do saneamento gera debate acirrado na Alepe.

O auditório da Assembleia Legislativa ficou pequeno para o número de participantes da audiência pública que discutiu a Parceria Público Privada (PPP) do Saneamento que vem sendo articulada pelo Governo do Estado. Enquanto representantes do Governo apresentaram o projeto como a saída para a situação caótica de esgotamento em Pernambuco, sindicalistas e funcionários da Compesa defenderam a manutenção dos serviços nas mãos do Estado, alegando que a PPP é pior do que privatização, vai levar o órgão à falência e trazer prejuízos à população.

Para o deputado Daniel Coelho, que solicitou a audiência juntamente com Luciano Siqueira, o importante do debate não é se o projeto se trata de PPP ou privatização, mas se é bom para Pernambuco. “Os dados apresentados não deixam claro se vai haver aumento de tarifa para a população e dão a entender que só a parte rentável será entregue à iniciativa privada”, observou.

Embora não tenha apresentado nenhuma simulação financeira, o presidente da Compesa, Roberto Tavares, assegurou: “Não vai haver aumento de tarifa por conta da PPP, nem demissão de funcionários”. Os urbanitários contestaram: “Nossos cálculos indicam que o impacto nas contas da Compesa será de R$ 86 milhões e será necessário um aumento de 14,47% para zerar o déficit. Por lei, essa simulação deveria ser feita pelo Estado”, disse José Barbosa, presidente do sindicato.

A maioria dos participantes que se pronunciou questionou por que a PPP não prevê gastos do ente privado, apenas do público, já que o Estado fica responsável pelas obras de saneamento a serem desenvolvidas nos próximos quatro anos, ao custo de R$ 1 bilhão, devendo entregá-las prontas à empresa privada. “Hoje o saneamento gera um lucro de R$ 74 milhões”, informou Barbosa, acrescentando e sendo bastante aplaudido: “Por que o Governo não deixa esses gastos que vai ter nas mãos da empresa privada e investe esse R$ 1 bilhão em saneamento no Sertão?”.

Vice-presidente da Federação Regional dos Urbanitários no Nordeste, André Ricardo lembrou que os governos mudam e nenhuma garantia pode ser dada eternamente; afirmou que a Celpe reajustou suas tarifas em mais de 100% em cinco anos e pediu uma ampliação do debate. “A equipe do Governo é muito boa. Mas nem tudo o que uma equipe boa faz está correto”, ponderou.

 Funcionários, ex-funcionários e até uma moradora do Ibura defenderam que se a Compesa tem competência para construir um sistema como Pirapama, também tem para resolver a questão do esgotamento sanitário, basta que o Estado lhes dê condições de trabalho e faça o investimento que já está previsto. 

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Postado por Edmar Lyra às 22:30 pm do dia 12 de março de 2012 105 Comentários

PPP do saneamento em discussão na Alepe.

A pedido dos deputados Daniel Coelho e Luciano Siqueira, as comissões de Cidadania e Meio Ambiente da Alepe realizam audiência pública sobre a PPP do saneamento da Compesa, amanhã, 13. O encontro acontece no auditório da Casa, a partir das 9h.

O secretário de Recursos Hídricos e Energéticos do Estado, José Almir Cirilo, já confirmou presença, bem como o presidente da Compesa, Roberto Tavares. Representantes do Sindicato dos Urbanitários – que questionam a proposta em andamento – também estarão no debate.

Para o deputado Daniel Coelho, é muito importante que os deputados e a sociedade procurem se informar sobre a PPP que vem sendo articulada. “Se for bom para o Estado, mesmo sendo contrário à privatização de serviços básicos, voto a favor”, afirma Daniel. “Mas fico preocupado que seja privatizado apenas o serviço altamente rentável e a população venha a ter aumento nas taxas de esgoto, como aconteceu com a Celpe. Isso não posso apoiar”.

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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