Blog Edmar Lyra

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Postado por Edmar Lyra às 10:08 am do dia 22 de junho de 2020 1.572 Comentários

O Frei Caneca

Nascido em 1779, Joaquim da Silva Rabelo era filho de um tanoeiro português e ingressou no Convento Carmelita em 1795 e foi ordenado frei em 1801, passando a lecionar filosofia, retórica, poesia e geometria.

Ele passou a se chamar Joaquim do Amor Divino Rabelo, e ganhou o apelido de Caneca em homenagem ao seu pai, que fabricava barris de vinhos e também por vender canecas quando criança. O Frei Caneca tornou-se um dos principais intelectuais do Recife naquela época e teve papel fundamental na Revolução Pernambucana de 1817, atuando ao lado do Padre Roma e de outros líderes.

O contexto da Revolução Pernambucana, que também ficou conhecida como Revolta dos Padres, se deu no sentido de que havia uma insatisfação da população com os privilégios dos portugueses, incluindo monopólio e vultosas quantias auferidas com impostos.

Os líderes da revolução preparavam um levante para 4 de abril de 1817, mas o então governador Caetano Pinto de Miranda Montenegro tomou conhecimento da intenção dos líderes do movimento, e mandou prendê-los. Na tentativa de prisão, o capitão José de Barros Lima, mais conhecido como Leão Coroado, matou o oficial português que tentou prendê-lo. O que antecipou o movimento para 6 de março de 1817.

Os líderes tiveram êxito na empreitada, o que culminou na deposição de Caetano Pinto de Miranda Montenegro, que fugiu para o Rio de Janeiro. O movimento reverberou em outros estados nordestinos como Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. Pernambuco então tornou-se um país naquele momento, que durou 75 dias, tendo um governo provisório.

Até que Recife foi cercado pelo mar e pela terra, quando Frei Caneca e outros revoltosos foram presos e arrastados por correntes até o Porto do Recife. A coroa portuguesa fez questão de expor os prisioneiros para que todos vissem o destino de quem ousasse romper com a coroa. Ao chegar ao Porto do Recife, embarcaram no porão de um navio rumo a Salvador.

Em Pernambuco, alguns líderes da revolução como Domingos Teotônio e o Padre Miguelinho acabaram executados. O Frei Caneca, que escapou da execução, obteve o perdão da coroa quatro anos depois e voltou a Pernambuco em 1821.

Apesar da proclamação da Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822, a relação com a coroa portuguesa continuava muito ruim, o que acabou mantendo outros movimentos revolucionários, como a Confederação do Equador em 1824, o que foi considerada para alguns a continuação da Revolução Pernambucana.

O Frei Caneca fundou um jornal em 1823, o Tífis Pernambucano, que tinha um caráter libertário, cuja frase ficou imortalizada: “Quem bebe da minha caneca, tem sede de liberdade”. E teve como objetivo difundir as ideias de liberdade em Pernambuco.

No dia 2 de julho de 1824, os líderes lançaram um manifesto rompendo com o Rio de Janeiro, então capital federal, para a formação de uma república, que foi a Confederação do Equador, Frei Ceneca então começou a publicar as bases para a formação de um pacto social que era o início da constituição do novo estado.

Com influência em outros estados nordestinos, os mesmos que tiveram impacto da revolução pernambucana, a Confederação do Equador começa a sofrer algumas derrotas. Um grupo que disseminava as teses do movimento no interior de Pernambuco ganhou a participação do Frei Caneca, mas encontrou 150 cadáveres em Juazeiro do Norte, e em 29 de novembro de 1824 o grupo é cercado e rendido pelas tropas legalistas.

Frei Caneca, ao lado de outros seis integrantes do grupo revolucionário, é levado para a Casa de Detenção, no dia 25 de dezembro do mesmo ano ficou preso numa sala até 10 de janeiro de 1825 quando teve sua sentença: condenado à forca. Mesmo com vários pedidos de clemência, a corte não aceitou e manteve a sentença. Porém, ninguém quis ser o algoz do Frei Caneca. O comandante então desistiu, trocou a sentença para fuzilamento.

No dia 13 de janeiro de 1825, diante dos muros do Forte das Cinco Pontas, o Frei Caneca e mais onze confederados, dos quais três no Rio de Janeiro, foram executados. Aos 45 anos, Joaquim do Amor Divino Rabelo, o Frei Caneca, encerrou sua trajetória de defesa dos interesses de Pernambuco, entrando para a história como um dos homens mais importantes da existência do nosso estado.

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Postado por Edmar Lyra às 10:59 am do dia 19 de junho de 2020 1.486 Comentários

O Padre Carapuceiro

Nascido no Recife em 1793, Miguel do Sacramento Lopes Gama dedicou-se a vida religiosa, entrando para o Mosteiro de São Bento em 1805, em Olinda. Logo depois seguiu para o Mosteiro de São Bento na Bahia, onde foi ordenado padre. Após sua ordenação, recolheu-se em Pernambuco.

Em 1817, ano da Revolução Pernambucana que tornou Pernambuco um país e como consequência o estado perdeu diversos territórios para Alagoas e Paraíba, Miguel foi nomeado pelo então governador Luiz do Rego Barreto como professor de retórica do Seminário de Olinda, em 1823 foi nomeado redator do Diário do Governo e no ano seguinte diretor da Topografia Nacional. Miguel acompanhou de perto aquela que seria também conhecida como Revolta dos Padres, com nomes conhecidos como Frei Caneca e Frei Miguelinho.

Miguel fundou um jornal de muito sucesso na época, com crítica social e que gerou muita repercussão, chamado de O Carapuceiro, sendo o único redator do jornal. Ele também criou, no Rio de Janeiro, o jornal O Carapuceiro na Corte e foi colaborador do jornal O Constitucional, onde defendeu a monarquia constitucional representativa.

Dois jornais receberam sua contribuição, o Diário de Pernambuco e o Marmota Fluminense, este último com contribuições poéticas. Em 1835 foi deputado da Assembleia Provincial de Pernambuco e em 1852 representou Alagoas no parlamento nacional.

Ele ainda foi cônego e pregador da capela imperial e veio a óbito em 9 de dezembro de 1852, no exercício como deputado federal por Alagoas. Sendo seu corpo sepultado no Cemitério de Santo Amaro.

A vida do Padre Carapuceiro teve importante peso na época, na condição de jornalista, noticiou a abdicação do trono de D. Pedro I em 7 de abril de 1831, com análises sobre os momentos que o Brasil enfrentava naquele período. Sua vida foi marcada pela atuação em diversas vertentes, como o jornalismo, a religiosidade e a política, tendo grande contribuição para um período histórico que Pernambuco e o Brasil vivenciaram.

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Postado por Edmar Lyra às 23:59 pm do dia 29 de agosto de 2012 103 Comentários

Rádio Frei Caneca é prioridade de Geraldo.

O candidato Geraldo Julio (PSB) reuniu-se na tarde desta quarta-feira (29/08) com um grupo de quase 40 artistas e produtores culturais do Recife. Na ocasião, Geraldo recebeu um documento com propostas do segmento, entre elas, a instalação da Rádio Frei Caneca, o fortalecimento de políticas públicas para o setor e a valorização da classe artística local.

Durante a reunião, Geraldo destacou o privilégio de poder ouvir a classe e apoiou as demandas colocadas no encontro. “É inadmissível que um artista não possa viver e viver bem de seus talentos”, disse o socialista, após ouvir os reclamos da categoria. “Vamos juntar o sentimento de esperança com a indignação, trabalhar e transformar isso tudo em um orgulho da nossa cidade. Eu acredito que é possível a gente fazer isso sim. Essa é minha disposição”, pontuou Geraldo.

Para o produtor Roger de Renor, a operação da Rádio Frei Caneca é fundamental para colocar o Recife na vanguarda da comunicação. “Precisamos da garantia da nova prefeitura. Há uma falta de estratégia política atualmente”, analisou o produtor. Geraldo se comprometeu a analisar o assunto e coloca-lo como prioritário a partir de 2013.

 

Participaram do encontro ainda o candidato a vice, Luciano Siqueira (PCdoB), a poeta e candidata a vereadora Cida Pedrosa (PCdoB), os escritores Raimundo Carrero e Cyl Galindo, a produtora Edivânia Batista, e o músico Sérgio de Andrade. Além deles, o produtor cultural Paulo André Pires, o empreendedor Rogério Robalinho, a diretora e poeta, Tarciana Portela, o artista plástico Félix Farfan, entre outros.  

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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