O governador reeleito da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), disse, ontem, que seu partido terá de fazer uma “imersão” antes de decidir que caminhos políticos tomar. A legenda, que teve Marina Silva como candidata à Presidência, uniu-se à coligação de Aécio Neves (PSDB) no segundo turno. Contrariando à Executiva Nacional, Coutinho aliou-se ao PT de Dilma Rousseff para vencer o adversário tucano, Cássio Cunha Lima, que tentava o terceiro mandato.
“Eu tenho uma visão que precisa ser considerada pelo partido e é a de que devemos trabalhar para ajudar a presidente Dilma a governar ou ficaremos quatro anos fazendo palanque. Isso seria ruim para o PSB e para o país”, disse Coutinho na noite de ontem a jornalistas.
Coutinho venceu Cunha Lima por apenas 110 mil votos de diferença, com 52,61% dos votos válidos contra 47,49% do rival em uma das disputas mais acirradas desta eleição. No primeiro turno, Cunha Lima teve os mesmos 47,4% contra 46% de Coutinho, que, com o apoio de Dilma no segundo turno, abarcou os indecisos.
“Eu comuniquei à direção do partido no próprio domingo do primeiro turno que apoiaria a candidatura de Dilma. Meu caminho não poderia ser outro”, disse. “Não fizemos uma aliança para vencer eleição, foi uma aliança pragmática com PMDB e PT, uma aliança de governabilidade.”
Deixe um comentário