Do Blog da Folha
Referência para a imprensa nacional e cobertura política, o jornalista Carlos Garcia morreu, aos 87 anos, nesta terça-feira (27), após ser diagnosticado com Covid-19. Ele estava internado no Hospital Português.
Chefe da sucursal do jornal Estadão no Recife, ele chegou a ser preso e torturado pela ditadura em 1974. Sua trajetória foi retratada no livro “Carlos Garcia: um mestre em meio ao redemoinho” da editora Cepe.
O ex-secretário de Imprensa de Pernambuco Evaldo Costa afirmou que a memória de Carlos Garcia deve ser reverenciada pelo País por sua luta na construção da democracia. “Se eu pudesse escolher um jornalista que queria ser, eu escolheria ser Carlos Garcia. Tenho uma dívida de gratidão muito grande com ele. O meu segundo emprego na sucursal do Estadão foi ele quem me deu. Uma parte grande do pouco que eu sei aprendi com ele, vendo ele trabalhar e recebendo suas orientações”, afirmou Evaldo.
O governador Paulo Câmara lamentou o ocorrido e enviou a seguinte declaração:
O jornalista Carlos Garcia foi um dos grandes nomes da profissão em Pernambuco. Ético e competente, esteve à frente de importantes veículos de comunicação e das Secretarias Estaduais de Imprensa e de Cultura, sempre primando pela informação verdadeira e de interesse público. Garcia também se incorporou à luta democrática contra a ditadura, foi preso e torturado, mas jamais abriu mão das suas convicções. Sua partida deixa uma imensa lacuna na história do jornalismo pernambucano e brasileiro. Quero me solidarizar com seus familiares e amigos neste momento de profunda tristeza.
Paulo Câmara
Governador de Pernambuco
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