Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 22:06 pm do dia 12 de agosto de 2015

Artigo: Eduardo Campos e a profissionalização da gestão pública em Pernambuco       

Em meio a tantos insucessos nas administrações estaduais Brasil afora, de que tomamos conhecimento pelos jornais diariamente, Pernambuco vem se destacando nos últimos oito anos justamente por ser um estado onde as coisas acontecem. Aqui, os problemas e os gargalos são enfrentados de frente, com uma visão profissional de um governo que bate metas nas mais diversas áreas, resultando em ações concretas que têm melhorado a vida do povo. 

Nosso grande diferencial foi o processo de profissionalização da gestão, iniciado nos governos de Eduardo Campos, que nos deixou precocemente há um ano, após ser vítima de um acidente aéreo na campanha presidencial. Um pleito, aliás, que a sua eficiência como gestor em Pernambuco o credenciou a disputar.

Muito atento às questões gerenciais, uma de suas principais qualidades, Eduardo Campos tomou a decisão correta ao criar, via concurso público, a carreira de Gestor Governamental. O gesto do ex-governador merece destaque diante da até então deficiência histórica da máquina pública pernambucana no tocante à implementação das melhores práticas de gestão e aplicação dos recursos públicos. Com a consolidação da carreira, um ciclo foi fechado na administração pública. Já com os Auditores Fiscais (arrecadação) e os Auditores de Contas (controle), passamos a dispor dos Gestores Governamentais (aplicação dos recursos). Para melhor exercer essa última atribuição, a categoria dos Gestores Governamentais foi dividida em três especialidades: Administração, Controle Interno e Planejamento, Orçamento e Gestão.       

Como presidente da Associação dos Gestores Governamentais de Planejamento, Orçamento e Gestão (AGPOG), quero enaltecer a visão de estadista de Eduardo Campos, que, para além dos seus governos, preocupou-se com o desenvolvimento da administração pública no Estado. Diante da crescente – e mais do que justa! – exigência da sociedade por serviços públicos de qualidade, o ex-governador entendeu que essa finalidade só seria, de fato, alcançada com o investimento em gestão, sobretudo na aplicação dos recursos, historicamente colocada em segundo plano, se comparada às funções de arrecadação e controle.         

Dentro da nossa atuação, ressalto o Modelo de Gestão Todos por Pernambuco, em funcionamento desde março de 2008, que fundou, na administração pública estadual, um conjunto de novas rotinas e práticas que elevam a eficiência, a eficácia e a efetividade da ação governamental. A partir de sua implantação, ainda no início do segundo ano do Governo Eduardo, o modelo inseriu novos conceitos para o processo de Planejamento Estratégico do Estado.    

Como ideia fundamental, saliento o paradigma da estratégia como precedente à ação. Foi-se estabelecido um conjunto de objetivos a serem perseguidos ao longo do mandato, fato para o qual convergiram sinergicamente os esforços de todas as secretarias. O governo, em consequência, adquiriu uma identidade e, ao mesmo tempo, um propósito comum. Esse comportamento transformado em ação inverteu a lógica tão batida pelo próprio Eduardo de que “a máquina pública só moía para os graúdos”, passando a ter como ponto final das políticas públicas a parcela da população que mais precisa do Estado. 

Dentre os vários legados deixados pelo ex-governador Eduardo Campos, institucionalizar uma gestão profissional da máquina pública foi o mais representativo. Legado que aquele fatídico acidente em Santos nunca vai conseguir apagar.        

Newton Cerezini     

Presidente da Associação dos Gestores Governamentais de Planejamento, Orçamento e Gestão

Arquivado em: destaque, Pernambuco, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 12 de agosto de 2015

Coluna do blog desta quarta-feira

Geraldo Julio dá pontapé inicial visando a reeleição 

Nas eleições de 2008 uma proposta chamou atenção do então candidato a prefeito Raul Henry que lhe fez crescer nas pesquisas consideravelmente e por muito pouco não surpreendeu e foi ao segundo turno. Foi o Compaz, o Centro Comunitário da Paz, que é um espaço de entretenimento e educação para jovens da periferia da cidade, visando reduzir a criminalidade na capital pernambucana.

Na retomada da aliança entre PMDB e PSB em 2012 para o projeto de Geraldo Julio, Raul Henry abdicou de ser candidato a prefeito naquele ano, e Geraldo aproveitou o projeto de Raul em sua totalidade. Ontem, o governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Julio estiveram no ato que nomeou o equipamento, que será inaugurado no final do ano, de governador Eduardo Campos. O Compaz Governador Eduardo Campos fica no Alto Santa Terezinha e teve um investimento total de R$ 12 milhões, sendo R$ 8 milhões do FEM e R$ 4 milhões do tesouro municipal. 

O prefeito aposta não só na comoção ocorrida pela morte do ex-governador, como também na inauguração de promessas de campanha, como as creches-escola e as Upinhas 24 horas. Na UR-5 no Ibura, Geraldo entregará uma Creche-Escola que levará o nome do governador. Ela será a oitava a ser entregue pelo prefeito e teve um investimento de R$ 1,7 milhão.

Por fim a Upinha 24 horas, na Bomba do Hemetério, será o quinto equipamento do gênero entregue para a população. Também levará o nome do ex-governador de Pernambuco e custou R$ 1,7 milhão. Com esses equipamentos nas mãos da população, Geraldo espera pavimentar a sua reeleição em 2016. 

Apoio – Mesmo a contragosto da vice-prefeita Alcione Almeida, o PT de Itambé voltou a fazer parte da gestão de Bruno Ribeiro (PSB) ocupando secretarias importantes como Agricultura e Trânsito. Os petistas alegam que foram abandonados pela vice-prefeita após s eleicão de 2014 e voltam para a gestão com o aval da executiva estadual.

Ettore Labanca – A Comissão de Constituição e Justiça da Alepe aprovou por unanimidade ontem a indicação do prefeito de São Lourenço da Mata Ettore Labanca (PSB) para a presidência da Arpe. Ele será substituído pelo vice-prefeito Gino Albanez e será um articulador político do governador Paulo Câmara. 

Desistência – Numa conversa recente com um importante ator político, o deputado Jarbas Vasconcelos teria afirmado que não será candidato a prefeito do Recife, mas também não estaria disposto a subir no palanque de Geraldo Julio. O caminho poderia ser apoiar Daniel Coelho. 

Defesa – O senador Fernando Bezerra Coelho defendeu ontem na tribuna do Senado a vinda do HUB da TAM para Pernambuco. O empreendimento de US$ 1,5 bilhão faz parte de uma disputa com o Ceará e o Rio Grande do Norte. FBC afirmou que o Aeroporto dos Guararapes possui a melhor estrutura pra isso em relação aos concorrentes.

RÁPIDAS 

Reconduzido – O Procurador Geral da República Rodrigo Janot teve sua indicação para o cargo formalizada pela presidente Dilma Rousseff. Ele ficará no cargo por mais dois anos. 

Homenagem – A Câmara dos Deputados realizará sessão solene hoje em homenagem ao ex-governador Eduardo Campos a partir das 10 horas. O ato contará com a presença do governador Paulo Câmara e do prefeito Geraldo Julio.

Inocente quer saber – Jarbas estaria alimentando uma pré-candidatura a prefeito visando se cacifar para voltar ao Senado em 2018? 

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Política, Recife

Postado por Edmar Lyra às 1:36 am do dia 12 de agosto de 2015

Artigo: Se muito vale o já feito, mais vale o que será!

O Dia do Estudante é um dos principais marcos da luta da juventude brasileira por mais direitos. Por diversas vezes, a juventude foi às ruas exigir o fim da depredação das instituições de ensino, resistir às tentativas de privatização do Ensino Superior e para garantir o caráter eminentemente público da Educação como um direito e não um ramo de exploração do mercado.


Durante muito tempo a Educação foi tratada como privilégio de poucos, mas nos últimos anos, graças ao protagonismo da juventude e aos governos progressistas, muitas dificuldades foram combatidas. O acesso ao Ensino Superior nunca foi tão democrático quanto depois que o PT promoveu a interiorização e o fortalecimento das Universidades Federais. O investimento público no Ensino Técnico, atacado (e praticamente proibido) pelos tucanos, foi retomado e também houve sua ampliação para além dos grandes centros urbanos. O Ensino Básico hoje é financiado em todas as suas fases também pelo Governo Federal, acabando com aquela história de só ter alimentação escolar para os estudantes de Ensino Fundamental e de estudante do Ensino Médio ter que pagar pelos livros para estudar.


Mas nem por isso, paramos de lutar! Se antes o desafio era chegar até os mais altos níveis de conhecimento, hoje o desafio é manter e ampliar as políticas que garantem a assistência e a permanência a quem chega à Universidade. A Extensão, como ferramenta de transposição dos conhecimentos construídos na academia para o seio da sociedade, precisa ser o caminho natural do processo educativo, contribuindo para a superação das desigualdades seculares que maculam nossa História e persistem. A pesquisa precisa se fortalecer enquanto ferramenta indispensável para a construção de nossa soberania científica. A infraestrutura de nossas instituições precisa acompanhar o ritmo de crescimento, oferecendo ambientes saudáveis e capazes de nos proporcionar as melhores condições de produção científica.

Para isso, é essencial barrar na agenda do Legislativo projetos que atentem contra os investimentos, como o projeto de autoria do Senador José Serra, do PSDB de São Paulo, que visa oferecer o pré-sal à exploração pela iniciativa privada. A ironia poderia passar batida por quem não estuda história, mas não para quem busque nela os argumentos para atuar politicamente: José Serra foi presidente da UNE, a mesma entidade responsável pela campanha “O petróleo é nosso”, que conquistou a sociedade brasileira e levou Getúlio a construir a Petrobras. A sanha dos tucanos em atacar a Educação e a Petrobras, vem de longe (basta conhecer um pouco do que foi o governo FHC, pra saber). Houve um tempo em que Universidades Federais sofreram ameaças de privatização, assim como a Petrobras, que quase passou a se chamar Petrobrax, para agradar a ouvidos gringos.


É preciso afirmar a necessidade dessas lutas para que não se confunda governo avançado e fim das movimentações sociais. Nunca tivemos essa ilusão. Governo é governo, sua legitimidade precisa ser respeitada e a Democracia precisa ser compreendida como meio e finalidade da política. Movimento é movimento, precisa ter a consciência de que governos respondem a estímulos diversos, vindos dos mais amplos setores da sociedade e que a imobilidade social provoca retrocessos nos direitos já conquistados, pois na política, “espaço vazio se ocupa”.


Já disse Milton Nascimento: “Se muito vale o já feito, mais vale o que será!”. Estamos na luta e dela, não vamos arredar o pé.


Américo Rodrigo – Militante do MAIS PT – Caruaru, estudante e militante da Juventude do PT.


Marcelo Serra Diniz – Coordenador de Organização do MAIS PT – Caruaru, estudante de Comunicação Social da UFPE, ex-Diretor de Relações Internacionais da Ubes e da União dos Estudantes de Pernambuco.

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Postado por Edmar Lyra às 1:18 am do dia 12 de agosto de 2015

IDEPE aponta crescimento no desempenho das escolas públicas pernambucanas 

Incremento de 6% foi divulgado nesta terça, na cerimônia de certificação dos melhores colocados  

A divulgação do ranking de 2014 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de Pernambuco (IDEPE), nesta terça-feira (11), ratificou o comprometimento dos gestores e do Executivo com o futuro dos jovens. Os dados apontaram um crescimento de 6% nos indicadores, saindo de 3.54 para 3.75. O resultado é fruto do trabalho desenvolvido nas escolas e do investimento que o Governo vem realizando desde 2007, no início da gestão de Eduardo Campos. Para avaliar as unidades, o IDEPE considera a proficiência e o fluxo escolar; a mesma base de cálculos do índice nacional, o IDEB, onde Pernambuco figura como 4º melhor do Ensino Médio em todo o País.

Em reconhecimento à elevação do desempenho da educação pública do Estado, o governador Paulo Câmara premiou, em ato no Palácio do Campo das Princesas, os melhores colocados no IDEPE de 2014. Na cerimônia, que aconteceu no Dia do Estudante, foram certificados seis municípios, seis escolas e três gerências regionais. O chefe do Executivo entregou certificados para os que mais se destacaram no período. 

Câmara lembrou a importância do ex-governador Eduardo Campos para a educação em Pernambuco e o significado da cerimônia. “Nós combinamos esse ato para hoje, justamente na semana em que comemoramos a vida do ex-governador, pois essas transformações na educação do Estado começaram faz um tempo. É só olhar o que foi apresentado para sabermos o quanto Eduardo fez bem para Pernambuco”, pontuou Paulo. 

Ao citar o atual momento de desafios enfrentado pelo Brasil, o governador salientou que a educação é a única estratégia para garantir um futuro mais estável. “Temos que manter a educação com o estratégia permanente para enfrentar os desafios econômicos e políticos impostos. As crises vêm e vão. Já a educação, só pode seguir em frente”, avaliou Paulo.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de Pernambuco (IDEPE) considera a proficiência, que nada mais é do que a aptidão do estudante nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática; e o fluxo escolar nos três últimos anos do Ensino Fundamental e no último ano do Ensino Médio.  

O secretário de Educação, Fred Amancio, destacou que Pernambuco “acumula resultados positivos”, pois foi o Estado que mais cresceu no IDEB de 2013 no Ensino Médio, com uma média de 3.6; considerando que a maior nota das escolas públicas foi 3.8. “Esses números refletem o trabalho realizado por todos. Esses avanços nós temos que comemorar e compartilhar com os pernambucanos”, pontuou.

MELHORES COLOCADOS – Na certificação dos anos iniciais do Ensino Fundamental, foram contemplados os municípios do Pajeú: Quixaba, Triunfo e Tuparetama, respectivamente, em 1º, 2º e 3º lugares. Na categoria dos anos finais do Ensino Médio, foram destacados os municípios de Triunfo, Belém de Maria, esse na Mata Sul, e Santa Cruz da Baixa Verde, também no Pajeú, 1°, 2° e 3° lugares, respectivamente.

Já o ranking de escolas estaduais, na categoria anos finais do Fundamental, foi encabeçado pela Escola Cícero Gomes, de Ibimirim, seguida da Sofia Feijó de Sampaio, de Catende; e da Júlia Gomes de Araújo, de Tacaratu. Na categoria Ensino Médio, a melhor avaliação foi da EREM Costa Azevedo, de Olinda; seguida pela EREM Artur Barros Cavalcanti, de Bodocó; e pela Escola Técnica Estadual Cícero Dias, no Recife. 

Na oportunidade, o chefe do Executivo pernambucano ressaltou a importância de manter a educação como prioridade e disse, ainda, que os investimentos em educação devem ser permanentes. “Não medirei esforços como governador para buscar mais parcerias que valorizem a educação. O futuro do Estado depende das próximas gerações. Para isso, temos que oferecer uma educação cada vez mais forte”, cravou Paulo. 

GRE – Além das unidades de ensino do Estado e do município, o governador certificou o bom desempenho das Gerências Regionais. Com uma pontuação de 4.27, a GRE do Vale do Capibaribe arrematou o primeiro lugar; seguida pelas gerências do Sertão do Alto Pajeú e Central, 2ª e 3ª, respectivamente. 

“Os resultados provam que estamos no caminho certo. Nós sabemos que ainda temos muito o que fazer, mas, com trabalho e determinação, é possível melhorar mais para obter resultados ainda mais satisfatórios”, encerrou Paulo Câmara. 

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Postado por Edmar Lyra às 1:14 am do dia 12 de agosto de 2015

Alexandre Arraes homenageia Eduardo Campos 

De Alexandre Arraes para Eduardo Campos
Hoje homenageamos Eduardo Campos pelos seus 50 anos, que completaria no último segunda, 10 de agosto. Nesta ocasião, os sentimentos são os mais diversos. A saudade, sempre latente, pulsa mais forte. A gratidão, por outro lado, nos impulsiona a fazer desta marca um dia não de tristeza, mas de celebrar a oportunidade de poder ter construído com Eduardo uma amizade sincera, leal e pautada pelo mais profundo respeito. 

A ausência de Eduardo, no âmbito político, sobretudo neste período que atravessa o país, torna o cenário ainda mais nebuloso. Ele sabia animar, motivar e, acima de tudo, trabalhar incessantemente. No entanto, mesmo sem a sua presença física, precisamos, todos nós, nos guiar para enfrentar a crise com o arrojo que o caracterizava.

A falta de Eduardo, do ponto de vista pessoal, é ainda mais dura. A nossa amizade com o ex-governador iniciou-se muito antes do ingresso na vida pública. Esta foi a consequência – e não a causa – da relação que desenvolvemos. Nos conhecemos muito jovens, na faculdade. Dividimos sonhos e partilhamos de uma convivência leve e harmoniosa. A lacuna ficará sempre aberta. É impreenchível. Incompreensível. 

Parabéns, Eduardo! Carregaremos teu nome, teu legado, nossa amizade. Aqui, você marcou. Impactou positivamente na vida de tanta gente. Deu esperança e novas possibilidades para aqueles que estavam renegados à miséria, à falta de condições mínimas.

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 11 de agosto de 2015

Coluna do blog desta terça-feira

Eduardo Campos era um ladrão…

Caro leitor, diferentemente do que você imaginou, não estamos falando nesta coluna no sentido literal da palavra, haja vista que Eduardo era um ladrão sim, mas de corações. Se estivesse vivo, ontem ele estaria completando 50 anos. Os 49 anteriores foram bem vividos. 

Não estamos falando aqui dos políticos tradicionais, de feição sisuda, que sentam na cadeira de governador e se acham donos da verdade, mas sim daquele que soube exercer como poucos a arte de unir pessoas em torno de projetos comuns. 

Lembro do já longínquo ano de 2005, quando no sepultamento do ex-governador Miguel Arraes, juntamente com os então pré-candidatos ao governo de Pernambuco Mendonça Filho e Humberto Costa, Eduardo era o mais simpático e mais atencioso com todas as pessoas, mesmo estando vivendo naquela época um momento difícil como a perda de um ente querido. 

Foi a partir dali que comecei a observar melhor a figura de Eduardo Campos. Candidato ao governo de Pernambuco, começou com apenas um dígito na pesquisas. De cima de um caixote falou por diversas vezes para o vento. Chegou um dado momento da campanha em 2006 que cogitaram a hipótese dele desistir por falta de recursos. Veio a operação dos Vampiros e Sanguessugas que feriu de morte a candidatura de Humberto Costa, cujo episódio colocou Eduardo no segundo turno.

A promessa dos três hospitais era algo distante para a realidade de Pernambuco. Mendonça e Humberto, que havia sido ministro da Saúde, rechaçaram a hipótese de construção de três hospitais por absoluta falta de recursos na ótica deles. A promessa de reduzir a conta de luz, o número de homicídios e a passagem de ônibus, pareciam utopias de um maluco candidato a governador.

Mas aquela campanha foi especial e igualmente histórica. Ela mudaria para sempre a história de Pernambuco. Já quando as coisas estavam caminhando para a vitória de Eduardo Campos, veio o tiro de misericórdia na campanha de Mendonça Filho. Ariano Suassuna, num comício, puxa um dos frevos mais tradicionais do nosso estado: Madeira do Rosarinho. A militância foi à loucura entoando junto com Ariano aquela que viria a ser a marca registrada de Eduardo. Foi caixão e vela-preta. Eduardo foi eleito governador de Pernambuco. 

Pouco a pouco, após receber, justiça seja feita, um estado saneado por Jarbas Vasconcelos, Eduardo foi imprimindo sua marca. E os 65% dos votos válidos que ele recebeu no segundo turno contra Mendonça Filho foram aumentando em índices de popularidade. As coisas deram tão certo que na sua reeleição em 2010 Eduardo derrotou seu adversário Jarbas Vasconcelos com quase 84% dos votos válidos. Foi a maior vitória do país. 

Sem a concorrência de Aécio Neves, que já não era mais governador de Minas Gerais, Eduardo Campos liderou tipo Ayrton Senna, de ponta a ponta. Todas as pesquisas entre janeiro de 2011 e março de 2014 colocavam Eduardo como o melhor governador do Brasil. Mas por quê essa aprovação?

Porque as utopias de Eduardo foram se tornando realidade. Para a segurança criou o Pacto Pela Vida que reduziu drasticamente o número de homicídios no estado. Para o transporte público criou os Terminais Integrados de Passageiros. Para a saúde, não só construiu os três hospitais como havia prometido em campanha, como também construiu várias UPAs, permitindo um desafogamento do sistema público de saúde no estado.

Na educação viabilizou a gratuidade da UPE, pleito antigo de estaduantes, e ampliou o número de Escolas em Tempo Integral. Além disso construiu várias Escolas Técnicas Estaduais por todas as regiões do estado. Eduardo era um defensor ardoroso da educação e do conhecimento. 

Além de tudo isso, foi capaz de maximizar as potencialidades econômicas do estado. Teve a visão de inverter prioridades. Quando todo mundo olhava pra Suape como sinônimo de desenvolvimento e atração de indústrias, Eduardo olhou mais pra frente. Viu que o Sul do estado já estava saturando, e decidiu levar a fábrica da FIAT para Goiana, no lado Norte do estado, que nunca imaginou a possibilidade de receber indústrias de porte como recebeu. 

Após fazer o melhor governo da história de Pernambuco, poderia se acomodar no Senado Federal. Uma disputa para a Câmara Alta seria pule de dez. Muito provavelmente elegeria o sucessor e ficaria na tribuna do Senado defendendo os interesses do seu estado. Mas ele queria algo mais, Pernambuco já estava pequeno demais para Eduardo.

Ele tentou, contrariando alguns prognósticos, a presidência da República. Se preparou para a disputa. Construiu as condições mínimas para não fazer feio na eleição presidencial. No dia 12 de agosto de 2014 concedeu uma entrevista épica à bancada do Jornal Nacional. Seguro, inteligente e preparado, dava ali o pontapé inicial para buscar o Palácio do Planalto.

Mas quis o destino que naquele fatídico 13 de agosto de 2014 o sonho de Eduardo e de milhares de pernambucanos e até mesmo brasileiros fossem ao chão junto com aquele avião. Naquele avião o ladrão de corações saía de cena para acabar uma das mais belas carreiras políticas de Pernambuco.

Assim como Ayrton Senna, Eduardo morreu fazendo o que gostava. Sonhando um sonho de um Brasil melhor. Igualmente como Ayrton Senna deixou o Brasil perplexo, desolado, e órfão da incerteza de como seriam as coisas se aquele acidente não tivesse acontecido. Num mar de mediocridade e falta de líderes, Eduardo teria condições de apontar caminhos, seja no Palácio do Planalto como presidente, seja liderando a oposição. Sua voz e suas utopias fazem falta ao Brasil mas em Pernambuco todo o seu legado está presente nos quatro cantos do estado. 

OBS.: Excepcionalmente não escreveremos as habituais notas da nossa coluna. 

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Postado por Edmar Lyra às 20:27 pm do dia 10 de agosto de 2015

Paulo: “Vamos realizar o sonho deEduardo e fazer um Brasil melhor”

Câmara participou, nesta sexta, de ato suprapartidário em homenagem aos 50 anos de nascimento do ex-governador 

O governador Paulo Câmara conclamou, nesta segunda-feira (10), o País a realizar o “sonho de Eduardo Campos”. “Vamos fazer um Brasil melhor. O Brasil depende de nós. Nós podemos, sim, ajudar o Brasil nesse momento tão difícil; transformá-lo em um País cada vez mais igual. Transformar esse País no que ele é: uma força estrondosa, um povo bonito, leal, do bem, que quer, cada vez mais, simplesmente, nascer, estudar, viver e ser feliz no seu País. Viva o Brasil, viva Pernambuco, viva Eduardo”, cravou o gestor, no ato suprapartidário em homenagem aos 50 anos de nascimento do ex-governador, no Arcádia Paço Alfândega.

De acordo com Paulo, “Eduardo está mais vivo do que nunca”. “Eduardo teve, com seu desaparecimento, a proeza de nos unir mais, de nos fazer ficarmos mais juntos, mais solidários. Isso tem feito a diferença para continuarmos com a cabeça erguida, com vontade de ver, viver e fazer aquilo que ele queria que nós fizéssemos”, pontuou.

O ato suprapartidário foi prestigiado por lideranças de todo o Brasil. Estavam presentes a ex-primeira-dama, Renata Campos, seus cinco filhos; a mãe e o irmão de Eduardo, Ana Arraes e Antônio Campos; os governadores Ricardo Coutinho (Paraíba), Geraldo Alckmin (São Paulo) e Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal); os ex-candidatos à Presidência da República Aécio Neves e Marina Silva; o prefeito do Recife, Geraldo Julio; o ministro Jaques Wagner (Defesa); além de senadores, deputados, secretários, prefeitos, militantes e admiradores do ex-governador, falecido há quase um ano.

A ocasião também marcou o lançamento de o livro “Eduardo Campos – Os discursos do governador  de Pernambuco de 2007 a 2014”, organizado pelo jornalista Evaldo Costa e produzido pela Fundação João Mangabeira; bem como outras homenagens.

O chefe do Executivo estadual aproveitou a ocasião para pedir às lideranças políticas,correligionários e admiradores do ex-governador que continuem “mais unidos, juntos e coesos para levar o ideal de Eduardo e seus compromissos com Pernambuco; trabalhando por aqueles que mais precisam, por um Pernambuco cada vez igual”. Diante dos presentes, o governadorpernambucano ressaltou a responsabilidade de todos em “seguir o exemplo” de Eduardo. 

Ao lado dos cinco filhos, a esposa do ex-governador, Renata Campos, emocionou a todos os presentes ao agradecer o apoio recebido ao longo desse último ano. “Foram muitas asdemonstrações que tivemos de que não estávamos e não estamos sós. Demonstrações dos amigos, dos pernambucanos, dos brasileiros e também de estrangeiros. Se não fosse assim, teria sido insuportável viver esse ano. Meu carinhoso muito obrigado a todos”, disse. 

Ao confessar o quão “doído” foi viver o primeiro Dia dos Pais e o cinquentenário de Eduardo sem a sua presença física, Renata Campos, destacou o valor do legado do marido e ex-governador. “Saber que sua vida, ideias, bandeiras e história nos trazem até aqui, nos mantêm unidos e vivos, é confortante. É um sinal da presença dele e da certeza que ele permanecerá vivo entre nós. Celebrar, junto com os amigos, a vida de Dudu, com tantas histórias e feitos para contar, nos anima e dá força para seguir adiante”.

Arquivado em: destaque, Pernambuco, Política

Postado por Edmar Lyra às 18:45 pm do dia 10 de agosto de 2015

As manifestações 

Por Adriano Oliveira – Doutor em Ciência Política. Professor da UFPE. Cientista Político. www.cenariointeligencia.com.br 

Desde junho de 2013, manifestações ocorrem no Brasil e incentivam diversas interpretações quanto às razões e consequências delas. As manifestações de junho de 2013 foram motivadas pelo aumento do valor das passagens de ônibus na cidade de São Paulo. A repercussão delas através das redes sociais possibilitou manifestações em diversas cidades.

De acordo com institutos de pesquisas, os manifestantes de junho de 2013 tinham, majoritariamente, nível superior e pertenciam às classes A e B. As reclamações dessas manifestações foram variadas, dentre as quais: melhoria do transporte público e combate à corrupção. Após junho de 2013, novas manifestações ocorreram. Porém, as práticas de violência contidas nelas as esvaziaram e permitiram que elas não fossem aprovadas majoritariamente pela opinião pública. Black blocs lideraram estas manifestações.

A Copa do Mundo, os ativistas Black bloc e a eleição presidencial de 2014 impediram o surgimento de novas manifestações. Após a eleição presidencial, novas manifestações ocorreram no ano de 2015. O perfil socioeconômico delas foi semelhante às de junho de 2013. Porém, os reclamantes mudaram a pauta. Corrupção e a defesa do impedimento da presidente Dilma Rousseff foram as pautas principais. Destaco que em 2013, os manifestantes não reclamavam intensamente de um ator político específico. As manifestações de 2015 reclamam.

Em todas as manifestações ocorridas desde 2013, os participantes não escolheram líderes. Em particular, líderes membros da classe política. A ausência de líderes compromete a efetividade das manifestações entre as instituições e enfraquece a possibilidade do impedimento da presidente Dilma Rousseff. Quando não existem líderes, os objetivos das manifestações tendem a não ser exequíveis, porque nenhum ator político com expressão e respeitabilidade dar continuidade a eles.

Além da ausência de lideres, é estranho não observamos a presença maciça de indivíduos pertencentes às classes C e D nas manifestações. Por que tais indivíduos não se transformam em manifestantes? Esta indagação, entretanto, não retira de modo algum a importância das manifestações. Como não sugere que são apenas os eleitores das classes A e B que estão insatisfeitos com a presidente Dilma Rousseff.

Como serão as manifestações do dia 16 de agosto? Certamente, manterá o perfil socioeconômico das anteriores. Porém, existe uma pergunta fundamental: em razão da reprovação majoritária da presidente Dilma Rousseff e do aumento dos índices de inflação e desemprego, as manifestações de domingo atrairão fortemente indivíduos das classes C e D? Em virtude do desgaste da classe política, desconfio que não surja nenhum novo líder político nessas novas manifestações. Portanto, Eduardo Cunha e TCU são os atores principais e estratégicos que podem conduzir o impedimento da presidente Dilma. 


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Postado por Edmar Lyra às 18:42 pm do dia 10 de agosto de 2015

Rodrigo Novaes realizará audiência pública para tratar a proibição de agrotóxicos em Pernambuco

O deputado Rodrigo Novaes (PSD) realizará na próxima quarta-feira, (12), uma audiência pública na Alepe, para tratar a proibição do uso e comercialização de alguns  agrotóxicos no estado de Pernambuco, em especial o Glifosato.Novaes disse não aceitar que agrotóxicos que são proibidos a comercialização em seu país de origem, possam ser comercializados em Pernambuco.            

Segundo o parlamentar, algumas dessas substâncias causam infertilidade, aborto, impotência, desregulação hormonal, entre outros problemas graves na saúde humana, como o câncer. “Estaremos ajudando não só os agricultores que trabalham diretamente com os produtos químicos, como também a sociedade, que acaba indiretamente comprando em supermercado bombas de veneno”, pontuou Novaes.

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Postado por Edmar Lyra às 18:41 pm do dia 10 de agosto de 2015

Ricardo Teobaldo fala no Cidade em Foco

O deputado federal Ricardo Teobaldo (PTB) concedeu mais uma entrevista ao radialista Alberes Xavier, apresentador do programa Cidade em Foco, transmitido pelas Rádios Farol FM e Filadélfia FM. Durante a sabatina o Parlamentar fez um balanço do primeiro semestre desse ano na Câmara dos Deputados.


 “O primeiro semestre de 2015, foi uma coisa pra mim, apesar de já ter sido deputado estadual por dois mandatos, mas na Câmara Federal é algo diferente e evidentemente teria que ser diferente”, avaliou.


 Ainda segundo Teobaldo, houve uma intensificação nos trabalhos da Câmara dos Deputados no primeiro semestre, onde foi votado mais projetos e muitas sessões se estenderam até meia noite.


 “Eu conseguir chegar até a relatoria da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentária) que é uma das comissões mais importantes da Casa, trabalhamos muito, mas tudo isso foi gratificante”, garantiu.


 Ricardo ainda considerou que a crise política no país ainda é maior do que a crise econômica e se torna segundo ele, ainda mais grave, já que a crise política interfere também nas questões econômicas do Brasil.


 “Começa-se a colocar dificuldades para o governo piorar e se o governo não estiver bem, se ele venha a piorar, é pior para todos os brasileiros”, declarou.


 Estimulado a avaliar o governo da presidente da república, Dilma Rousseff (PT), o deputado Ricardo Teobaldo falou que a Petista estar encontrando dificuldades econômicas e política, mas colocou que tem apoiado o governo em Brasílio-DF.


 “Nós estamos apoiando o governo lá em Brasília, pois acreditamos que esse é o melhor caminho, apoiar o governo. Ninguém quer tomar medidas duras, mas tem hora que temos que tomar essas medidas pra que a gente consiga em curto e médio prazo restabelecer o crescimento da economia”.


 Sobre a política da cidade de Toritama, o Petebista falou que teve o apoio do ex-prefeito da Capital do Jeans, Flávio Lima (PSD), afirmando que estar sintonizado com o grupo liderado pelo Ex-Prefeito para decidir quem de fato será o candidato da oposição em 2016.

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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