O deputado Alfredo Nascimento (AM), presidente nacional do PR, que já foi ministro dos Transportes de Lula e Dilma Rousseff, decidiu votar a favor do impeachment. O PR era um partido que o governo contava na sua tropa de choque para barrar o impeachment, mas o posicionamento de Nascimento joga a pá de cal.
Eduardo Cunha inicia sessão de votação do impeachment
O presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB/RJ) deu início a sessão que votará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O deputado Jovair Arantes (PTB/GO), relator do processo começa a discursar na tribuna. Enquanto isso socos e empurrões ocorrem no plenário.
Lula agora quer perder de pouco
O ex-presidente Lula voltou pra São Paulo ontem à noite após intensivas negociações visando barrar o impeachment que não surtiram nenhum efeito prático. A saída de Lula foi uma evidência clara que o jogo já estava perdido. Como o dia começou com nova tendência de goleada, Lula decidiu voltar pra Brasilia hoje pela manhã.
Lula ligou pessoalmente para os governadores visando convencer as bancadas nos estados a modificar de dois a três votos que são a favor do impeachment. Ciente de que a fatura já está liquidada, Lula quer agora perder de pouco para evitar uma desmoralização ainda maior. Creio que novamente não surtirá efeito. O nosso palpite é que serão 374 votos pelo impedimento de Dilma Rousseff.
URGENTE: Os números do grupo de Temer
Nas contas do grupo do ainda vice-presidente Michel Temer, liderados por Eliseu Padilha, serão no mínimo 365 votos e no máximo 375 a favor do impeachment. Os principais membros da tropa de choque do vice-presidente como Lucio Vieira Lima e Carlos Marun participaram de um jantar no Piantella em Brasília com Padilha e saíram todos extremamente confiantes.
Eduardo da Fonte muda de ideia e vota pelo impeachment
O deputado Eduardo da Fonte estava como indeciso nos sites que mensuram os votos dos deputados em relação ao impeachment até conversar com Lula e decidir pelo governo e consequentemente contra o impeachment. Além disso tentou liderar um processo de dissidência dentro do próprio PP para levar um grupo de deputados a votar contra o impedimento da presidente Dilma.
O posicionamento de Dudu da Fonte só foi mantido até ontem à noite, quando foi ameaçado pelo diretório nacional do seu partido a perder o comando estadual para o deputado Fernando Monteiro. Numa conversa com o presidente nacional da sigla senador Ciro Nogueira, Dudu mudou de ideia e divulgou em seu Instagram que votará a favor do impeachment.
URGENTE: Os votos pelo impeachment neste momento
Acabo de falar com um deputado da bancada pernambucana que me garantiu 370 votos pró-impeachment com forte tendência de parte significativa dos cerca de 20 indecisos migrarem para os votos que pedem a saída de Dilma Rousseff.
O ex-presidente Lula decidiu arrumar as malas e voltar para São Paulo, num claro sinal que suas ações e ofertas financeiras não surtiram efeito, portanto já dá como certa a derrota no plenário da Câmara dos Deputados.
Daqui a pouco estarei entrando ao vivo na Rádio Jornal para repercutir as movimentações deste sábado. Fiquem ligados!
‘Impeachment não deve dividir ainda mais o Brasil, mas tirá-lo da crise’, defende Elias Gomes
Vice-presidente do PSDB de Pernambuco, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, lamentou que o Brasil tenha chegado a “total ingovernabilidade sob o comando da presidente Dilma Rousseff, ao ponto de depender do impeachment da presidente para superar a grave crise em que se encontra mergulhado”.
O tucano disse que “não há motivos para comemorar”, quando o País se encontra nas mãos de uma presidente que perdeu as condições efetivas para continuar governando.
“Não desejamos que o Brasil chegasse a esse ponto de ingovernabilidade e a esse impasse. Mas na impossibilidade e inabilidade da atual governante não restou outra alternativa a parlamentares não apenas de oposição, mas também em grande parte governistas, se não a de manifestar o voto pelo impedimento”, avaliou Elias Gomes.
Para ele, o impeachment de Dilma, embora necessário, não “deve servir para dividir ainda mais o Brasil”, mas para tirá-lo da crise. E, um eventual governo Michel Temer (PMDB), deve ser consciente de suas “limitações” e ter a clareza de tratar-se de “um governo de transição”.
“O vice-presidente precisa reconhecer suas limitações e dificuldades, caso venha a assumir o cargo, e simplificar esse processo, restabelecendo a governabilidade com ética. Até porque, ele também vem sendo questionado nesse campo. Seu governo deve ser amplo e com clara definição de objetivos, ou seja, um governo de transição para tirar o país da crise”, defendeu o vice-presidente do PSDB-PE.
Silvio Costa diz estar com ‘nojo’ de Temer em seu discurso na Câmara
Estadão Conteúdo – O vice-líder do governo na Câmara, o deputado federal Silvio Costa (PTdoB-PE) afirmou neste sábado (16) que está com “nojo” do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB). Em discurso no plenário da Casa, o parlamentar acusou o peemedebista de estar conspirando contra Dilma há dois anos.
“Eu até gostava dele, cheguei a beber vinho com ele, mas agora não tenho outra palavra para esse cara a não ser nojo”, afirmou Costa. Segundo ele, Temer começou a conspirar contra Dilma quando assumiu a articulação política e, em seguida, quando indicou Eliseu Padilha, seu aliado, para o cargo.
O vice-líder acusou Temer e seus aliados de usarem a lista de cargos que conseguiram quando ainda estavam na articulação política para negociar apoio de parlamentares ao impeachment da presidente. “Esse cara (Temer) está querendo arrancar o mandato da presidente Dilma sem ela ter cometido crime”, disse.
PSB divulga nota sobre apoio ao impeachment de Dilma Rousseff
NOTA OFICIAL DO DIRETÓRIO ESTADUAL DO PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO –PSB
1. Como é de conhecimento público, na noite de ontem a Frente Brasil Popular de Pernambuco divulgou documento intitulado “Carta ao Governador Paulo Câmara”, na qual faz longa digressão sobre o processo do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
2. Em mais de um trecho da carta são alinhados elogios a Miguel Arraes. Os signatários invocam, corretamente, mas infelizmente, tão tardiamente “a memória inesquecível das atitudes altivas e das palavras dignas do ex-governador, com as quais ele conquistou uma posição invulgar na história brasileira, tornando-se merecedor de grande respeito por todos os pernambucanos”. Antes, alguns destes signatários gritavam “Arraes caduco, Pinochet de Pernambuco”.
3. Informando que acompanha, pela imprensa, os debates travados no PSB sobre o processo do impeachment, questiona a Frente Brasil Popular de Pernambuco, dirigindo-se ao governador Paulo Câmara: “Que escolha V. Excia. fará até o próximo domingo?”
4. O questionamento permite a dedução que o “acompanhamento pela imprensa” acima referido é precário. Jornais divulgaram amplamente que, em reunião da Comissão Executiva Nacional do PSB, em Brasília, no dia 11 passado, colegiado do qual o governador Paulo Câmara é vice-presidente, o PSB aprovou duas importantes resoluções: votar pelo impeachment da presidente e a realização, com a brevidade possível, de eleições diretas para presidente e vice-presidente da República, em substituição dos atuais ocupantes desses cargos.
5. As duas resoluções resultam da conclusão, amplamente majoritária, entre as lideranças, parlamentares e militâncias do PSB, de que o quadro que penaliza o País – consequência da crise econômica, social, política e ética sem precedentes – não será solucionada por uma presidente que se deslegitimou por efeito de seus atos.
6. O Diretório Estadual do PSB refuta enfaticamente a ilação da carta de que os pernambucanos são devedores do PT pelos grandes investimentos que o Estado viabilizou no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando era governador Eduardo Campos. O suposto débito obrigaria os parlamentares do PSB a votarem contra o impeachment neste domingo. Trata-se de um equívoco. Os chamados empreendimentos estruturadores, a exemplo da refinaria de petróleo e da fábrica de veículos, vieram para Pernambuco porque o Estado – em meio a uma intensa disputa regional – assegurou as condições financeiras e de infraestrutura para que tais projetos fossem implantados e se desenvolvessem.
7. O PSB esteve presente com Luiz Inácio Lula da Silva em sucessivas eleições presidenciais e apoiou Dilma Rousseff em 2010. Nunca o partido trocou este apoio por cargos no Governo Federal do PT e nunca recusou apoio aos governos do PT no Congresso Nacional, quando estavam em votação projetos compatíveis com programas socialistas.
8. É lastreado nessa coerência de posições, e em memória dos compromissos de Pelópidas Silveira, Miguel Arraes e Eduardo Campos, que o PSB exerce agora o direito democrático de escolher entre duas alternativas: dar sustentação a um Governo que se exaure, contaminado por denúncias, ou engajar-se na busca de uma saída constitucional que permita a Nação vencer o desemprego, a recessão e a desesperança, em que foi irresponsavelmente mergulhada pelas decisões de Dilma Rousseff e sua equipe.
9. Por fim, pelo futuro de Pernambuco, do Nordeste e do Brasil, o PSB, consciente e sem dúvidas, votará pelo impeachment na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
Recife, 16 de abril de 2016
Sileno Guedes
Presidente do Diretório Estadual do Partido Socialista Brasileiro
Coluna do blog deste sábado
A reta final do impeachment
Faltando menos de 48 horas para a votação que definirá o futuro de Dilma Rousseff, as negociações seguem a todo vapor em Brasília. A oposição diz ter pelo menos 370 votos pelo afastamento da presidente, enquanto o Planalto diz ter os números suficientes para barrar o impeachment, porém não aponta números. A guerra dos números era esperada nesta reta final, e a essa altura do campeonato ninguém dará o braço a torcer.
O fato é que o Planalto pode ter conseguido, haja vista que existem rumores que estaria oferecendo R$ 2 milhões em dinheiro vivo para o deputado votar contra o impedimento de Dilma, quebrar uma tendência que caminhava para os votos pró-impeachment beirar os 400. Mas dificilmente conseguiria reverter trinta votos para dar uma margem segura e inviabilizar o impedimento. Numa conta rápida seriam por baixo R$ 60 milhões em espécie para reverter o impeachment. É uma logística complexa de ser feita e bastante arriscada nos dias de hoje, porque qualquer vídeo feito por um celular poderia implodir o Planalto e a carreira do deputado que se submetesse a esse tipo de expediente.
Há uma guerra psicológica dos números, sobretudo após as fragorosas derrotas que o Planalto sofreu na última quinta-feira no Supremo Tribunal Federal na tentativa inócua de modificar a ordem de votação do impeachment ou pior, tentar barrar a votação. Isso fez com que o Advogado Geral da União José Eduardo Cardozo saísse desmoralizado do plenário do STF.
Lula, por sua vez, sabe que a situação é preta, primeiro porque a sua liberdade depende exclusivamente da continuidade de Dilma no governo. Ele sabe que as chances de virar presa fácil nas mãos de Sérgio Moro são gigantes com a provável saída de Dilma. Além disso existe o jogo futuro da imagem do próprio Lula e do PT. Com Dilma sofrendo o impeachment a falácia de golpe cairá por terra e a situação de Lula se agravará ainda mais, pois a sua criatura teria fracassado no governo de tal modo que foi capaz de sofrer o impeachment. Isso será letal para Lula, que ainda sonhava com a hipótese de dar a volta por cima e chegar ao Planalto em 2018.
Por fim o jogo contrário. A oposição capitaneada por Michel Temer já precisa trabalhar com o day after, ou seja, a construção do eventual governo que deverá ser efetivado apenas em 12 de maio, quando deverá ser votado no Senado o impeachment de Dilma Rousseff. Isso já é feito nos bastidores, mas com a vitória na Câmara será intensificado para o governo Temer já começar pronto do ponto de vista da estrutura ministerial e dos nomes que ocuparão os postos. Além disso já será possível elaborar os eixos do governo a fim de ganhar o mercado, o congresso e a sociedade nos primeiros meses.
Chegamos na véspera da votação com uma forte tendência de impeachment, que precisa ser confirmada no plenário, mas não podemos menosprezar o poder do dinheiro. Amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada. Veremos as cenas deste capítulo importante da nossa história, falta pouco.
Gilberto Kassab – Presidente de um dos maiores partidos do Brasil, o PSD, Gilberto Kassab ocupava o ministério das Cidades, pasta importante da Esplanada que tem ligação direta com os municípios através de obras estruturantes e de mobilidade. Ontem anunciou a saída do cargo, o que pode ter um sinal claro de que o governo não tem chances de reverter o quadro. Fora do governo Kassab agora pode trabalhar irrestritamente pelo impeachment e pela construção do governo Temer.
Aliança – Insatisfeito com o tratamento dispensado pelo Palácio do Campo das Princesas, o presidente nacional do PSL e primeiro suplente de deputado federal Luciano Bivar decidiu levar o seu partido para a coligação capitaneada por Daniel Coelho na disputa pela prefeitura do Recife. O vice na chapa será Sergio Bivar, filho do ex-presidente do Sport Recife.
Negociação – Além de negociar com o PSB para a convocação de Kaio Maniçoba em troca de Bivar assumir o mandato e dar o apoio do PSL a Geraldo Julio, Bivar também negociou com Priscila Krause, porém como a democrata não aceitou que o PSL indicasse o vice na sua chapa, acabou perdendo um importante apoio ao seu projeto para Daniel Coelho.
Eduardo da Fonte – Conhecedor do jogo de Brasília, o deputado Eduardo da Fonte (PP) se mantém ao lado de Dilma Rousseff com o objetivo de garantir pleitos solicitados ao Planalto, mas principalmente para valorizar o seu passe no governo Michel Temer. Isso porque Dudu seria melhor cortejado depois do que dando seu apoio agora. Essa é a leitura de um deputado da Alepe.
RÁPIDAS
Segurança – Há quem defenda o “impeachment” do secretário de Defesa Social Alessandro Carvalho. Na visão de um deputado da bancada governista na Alepe, Carvalho está com o prazo de validade vencido e sua saída do cargo seria o melhor caminho para tentar recuperar o Pacto Pela Vida, pois a segurança pública do governo Paulo Câmara ganharia sobrevida a partir de então.
Anderson Ferreira – O deputado Anderson Ferreira, que não decolou nas pesquisas para prefeito de Jaboatão, está em vias de retirar a sua candidatura para apoiar um nome de consenso da Frente Popular. Anderson teria avaliado que não valeria a pena entrar numa disputa onde não tem sequer dois dígitos nas pesquisas e nem o apoio de estruturas de governo para viabilizar o projeto.
Inocente quer saber – Evandro Avelar será o candidato do PSB a prefeito de Jaboatão dos Guararapes?