Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 19:59 pm do dia 8 de fevereiro de 2021

João Campos reforça compromisso de criação do Escritório de Gestão do Centro em encontro na CDL-Recife

O prefeito do Recife João Campos visitou a sede da Câmara dos Dirigentes Logistas do Recife (CDL-Recife), na Boa Vista, na tarde desta segunda-feira (8). Recebido pelo presidente da instituição Frederico Leal, ex-presidentes e diretores do CDL, o prefeito reforçou, durante a reunião, o compromisso em implementar um escritório de gestão específico para tratar dos desafios e das potencialidades do centro do Recife, inclusive a situação do comércio local.

“A gente já tinha o compromisso e vamos fazer agora: a gente está desenhando para fazer a implementação do escritório do centro do Recife. O único tema que foi colocado em todas as reuniões que eu participei quando candidato foi o centro do Recife. Na minha concepção a gente tem que olhar o centro como um conjunto único. A gente tem a primeira ilha, o Bairro do Recife, com uma vocação econômica mais ligada a pauta da tecnologia e é um polo de serviços também, e tem a Ilha de Antônio Vaz, com os bairros de São José e Santo Antônio, com área de comércio mais forte da cidade, e é uma área que a gente precisa ter uma atenção especial pelo momento de transição que existe. Eu acredito que nunca vai deixar de existir o poder do comércio presencial e dos centros urbanos como espaço de vida de uma cidade, mas naturalmente tivemos uma pandemia que mudou a forma de convívio, então precisamos discutir coletivamente”, destacou João Campos durante o encontro.

O gestor municipal também esclareceu que o escritório vai fazer a gestão, mas também continuarão existindo os atores responsáveis pela limpeza urbana e pela manutenção, então a gestão vai ocorrer de forma transversal. Por fim, comentou que será solicitado um estudo econômico do corredor do comércio, como pode ser estimulado, estudar o movimento nos centros históricos, o movimento de fortalecimento da moradia no centro, sobretudo em São José e Santo Antônio.

O encontro também contou com uma apresentação do consultor da TGI Consultoria e Gestão e membro do Observatório do Recife, Francisco Cunha sobre as potencialidades e medidas que podem tornar o centro do Recife mais atraente para os munícipes.

O presidente da CDL-Recife Frederico Leal se colocou a disposição para contribuir com as políticas impulsionadoras do centro da cidade. “A CDL está aqui à disposição, sempre esteve, a gente está aqui 24 horas por dia. Sempre estivemos aqui juntos. Estamos sempre abertos a discutir, focando no centro do Recife. O centro do Recife foi o lugar onde cresci e vivi”, comentou ele. Além do presidente, estiveram presentes, Eduardo Catão, presidente da FCDL-PE, o vice-presidente da CDL, Cid Lôbo, Hugo Philippsen, Diretor Executivo , Paulo Monteiro, Assessor Institucional e Ivson Santos, Diretor da CDL Recife e lojista do bairro de São José.

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Postado por Edmar Lyra às 19:38 pm do dia 8 de fevereiro de 2021

Governo de Pernambuco firma parceria com a Uber e garante transporte gratuito aos postos de vacinação

Foto: Aluísio Moreira

O Governo de Pernambuco firmou parceria com a Uber para conceder 10 mil viagens gratuitas à população, garantindo a ida e volta de casa até os pontos de vacinação. A ideia é ajudar no processo de imunização dos grupos prioritários, principalmente idosos, que têm mais dificuldades de mobilidade. A parceria entra em vigor a partir desta quarta-feira (10.02), contemplando pessoas a partir dos 85 anos de idade residentes no Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista e Camaragibe. Trata-se do primeiro acordo firmado no Brasil entre a Uber e um governo estadual sem custos para os cofres públicos.

“Essa parceria é mais uma forma de garantirmos que os mais idosos possam se deslocar com segurança até os locais de imunização. Pernambuco está entre os Estados brasileiros com maior índice de vacinação da população, inclusive com uma taxa maior do que a média nacional”, destacou Paulo Câmara.

A dinâmica funcionará da seguinte forma: o acompanhante do idoso com vacinação agendada em um posto na sua cidade poderá solicitar o Uber inserindo o cupom VACINAPE. O código só permite rotas com destino aos locais de vacinação autorizados pela empresa, e as viagens de ida e volta devem ser realizadas no mesmo dia. As prefeituras precisarão enviar ao Governo do Estado a lista de pontos físicos de vacinação, com exceção de shopping centers.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio, a ideia é acrescentar mais uma forma ativa do Governo de Pernambuco no processo de vacinação. “A nossa iniciativa em buscar essa parceria partiu do fato de entender que há a dificuldade na mobilidade desse grupo prioritário. Além disso, os relatórios de vacinação da Secretaria de Saúde mostram que existem lacunas no agendamento da imunização dessa faixa de idade. O acordo tem validade até o dia 4 de junho, mas pode ser renovado”, ressaltou Geraldo Julio.

A parceria com a Uber garante desconto de até R$ 25 por trecho. A recomendação, portanto, é buscar locais de vacinação próximos à residência do idoso, dentro dessa margem de valor. Vale ressaltar que a ação dá direito apenas ao transporte, mas responsabilidade da própria pessoa realizar o agendamento da vacina.

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Postado por Edmar Lyra às 18:36 pm do dia 8 de fevereiro de 2021

Marco Aurélio Filho elogia convocação de novos policiais e defende parceria com a Guarda Municipal

Durante reunião Ordinária realizada nesta segunda-feira (8) o vereador Marco Aurélio Filho (PRTB) parabenizou o governador Paulo Câmara e o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, pelo anúncio da convocação de 1.925 aprovados em concursos para a área de segurança pública em todo o Estado, além de defender uma parceria com a Guarda Municipal do Recife.

“Sei que este efetivo contempla todo o Estado, mas quero ressaltar a parte que diz respeito ao Recife. Com mais policiais na rua, ganha a população, ganha a nossa cidade e a Segurança Pública como um todo”, afirmou Marco Aurélio Filho.

De acordo com o anúncio feito na semana passada, serão 1.510 novos policiais militares, 100 delegados da Polícia Civil, 220 bombeiros militares e 95 profissionais da Polícia Científica. “Eu sempre estive ao lado dos concursados da área de segurança, que estavam sem conseguir colocação desde o ano passado. Eu acompanho o movimento deles através da página Informe PMPE, onde os concursados colocavam suas reivindicações. A turma de formação e habilitação já começa em abril. É um sonho que se realiza e esse sonho não tem preço”, afirmou o vereador.

Marco Aurélio Filho fez uma homenagem a um dos aprovados que durante o tempo em que estava esperando ser convocado, foi vítima do próprio sistema. “Lamento muito que isso tenha ocorrido enquanto ele esperava ser chamado para a função”, afirmou. O parlamentar disse, ainda, que espera muitos outros serem convocados para reforçar as equipes de segurança. “Outra coisa que aspiro é que o pessoal da Guarda Municipal do Recife seja integrado ao novo modelo de segurança. Se isso um dia ocorrer, o povo do Recife é quem sairá ganhando”, afirmou.

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Postado por Edmar Lyra às 18:33 pm do dia 8 de fevereiro de 2021

Secretário Nacional do PRTB está em Pernambuco com olho em 2022

Chico Fidelix conversou com vereadores, empresários e politicos de outras legendas que pensam em fazer a travessia.

O partido de Levi Fidelix e do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, acelera as filiações em Pernambuco com foco em preencher todos espaços politicos, acompanhado do Presidente Estadual Edinazio Silva e de Cleber Teixeira do Diretorio Nacional, Chico Fidelix fez reunião com o deputado Marco Aurélio e visitou a Paraiba.

O secretário Nacional junto com o Edinazio estiveram com o deputado Paraibano Eduardo Carneiro e Fábio Carneiro, Secretário de Desenvolvimeto Urbano em João Pessoa.

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Postado por Edmar Lyra às 17:09 pm do dia 8 de fevereiro de 2021

Nos 200 anos do TJPE, presidente da Alepe destaca importância da cooperação entre os poderes na promoção da cidadania

O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado estadual Eriberto Medeiros (PP), participou da solenidade em comemoração aos 200 anos do Tribunal de Justiça de Pernambuco, nesta segunda-feira (8) e destacou a importância da parceria entre os três poderes na garantia dos direitos e conquistas da população.

“Tivemos a oportunidade de fazer algumas parcerias como os projetos ‘Alepe Acolhe’ e ‘Alepe Cuida’, voltados para os adolescentes em estado de vulnerabilidade. Vamos continuar a fazer essas parcerias durante todo esse ano. Representamos poderes que são essenciais para a garantia de direitos das pessoas”, argumento o chefe do Poder Legislativo, reiterando a importância da cooperação entre as instituições.

A cerimônia ocorreu na Sala de Sessões do Pleno Desembargador Antônio de Brito Alves, no Palácio da Justiça, no Recife. Na ocasião, a Corte concedeu uma Medalha Comemorativa do Mérito Judiciário 200 Anos, pela qual o presidente da Assembleia Legislativa foi um dos agraciados.

“Ao longo dos 200 anos de sua existência, o TJPE testemunhou mudanças políticas, econômicas, sociais, mantendo o vigor institucional, a busca constante por aprimoramento, consciente do papel de instrumento de pacificação social e afirmação da cidadania”, disse o presidente do TJPE, desembargador Fernando Cerqueira.

Participaram da cerimônia os integrantes do TJPE e de diversas cortes do País, o governador Paulo Câmara, o secretário da Fazenda, Décio Padilha; o procurador-geral do Estado, Ernani Médicis; o procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Paulo Augusto de Freitas Oliveira; e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Pernambuco (OAB-PE), Bruno Baptista.

HISTÓRIA – Criado em seis de fevereiro de 1821, o TJPE celebrou pela primeira vez essa data que remonta à assinatura do alvará régio, concebendo o Tribunal da Relação, instituição que aproximou a Justiça do povo pernambucano. O TJPE foi o quarto tribunal a ser criado no Brasil e o último do período colonial.

Originado antes da Independência do Brasil, assim como os anteriores, o Tribunal de Relação de Pernambuco era subordinado ao governo do Reino e tinha entre suas principais competências tratar das leis da administração da Justiça e de questões referentes à segurança pessoal e aos direitos de propriedade.

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Postado por Edmar Lyra às 14:32 pm do dia 8 de fevereiro de 2021

Em Escada, Deputado Romero Sales Filho participa de audiência pública para discutir transporte público

O deputado Romero Sales Filho (PTB) participou de audiência pública na Câmara Municipal de Escada, nesta segunda-feira (05), para debater a questão do transporte público. Promovida pelo vereador Paulinho (PSDB), a reunião foi pautada a partir de pleitos da população, que tem sofrido com a redução de frotas e o aumento dos custos da passagens.

Em seu discurso, o parlamentar ressaltou que os temas em discursão refletem a realidade não só de Escada, mas de Ipojuca, do Cabo, do Recife, entre outros municípios. “O desprezo é a nível estadual. A pandemia provocada pela covid-19 evidenciou ainda mais o descaso do Governo do Estado com o transporte público de passageiros”, enfatizou Sales Filho.
“Não bastasse as incertezas diante da pandemia, a população ainda precisa lidar com o desrespeito das empresas de ônibus e a omissão da gestão estadual. O cidadão escadense tem um custo diário de vinte e quatro reais para usar o transporte público. E um transporte que atrasa e em condições precárias, vale ressaltar. Qual o trabalhador ou empregador que consegue sustentar esse custo diante de uma crise econômica como a que estamos vivendo?”, questionou.

Além da má qualidade dos transportes, o deputado levantou a questão econômica, tendo em vista que, segundo dados do CAGED, em 2020, foram fechados 5163 postos de trabalho em Pernambuco, deixando o estado entre os nove do País que registraram mais desligamentos no ano passado.

“Aumentar o custo para trabalhadores e empregadores significa acentuar a questão do desemprego”, pontuou ainda o parlamentar.
Também estiveram presentes na audiência representante da empresa Borborema, Luiz Henrique de Albuquerque, da EPTI, o Diretor de Planejamento, Moura Luiz Vieira, e o Coordenador de fiscalização Major Edson da Silva, a presidente da Câmara de Vereadores de Escada, Bete da Alvorada (PSC), as vereadoras Cátia da Farmácia (MDB), Edite do Postinho (PL), Tia Jane (PMN), os vereadores Josias (PTC), Irmão Luciano (PMN), Pedro Jorge (MDB), além de representantes da sociedade civil.

Lei – Sempre atento às pautas relacionadas ao transporte público – Romero Sales Filho ganhou destaque quando, ainda em seu primeiro ano de mandato, tentou chegar à Assembleia Legislativa utilizando o transporte público, vivenciando na prática o que o trabalhador sofre diariamente – é autor da Lei 17.038. A norma obriga os delegatários do serviço de transporte coletivo a fornecer a Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipal (EPTI), informações sobre os custos que formam a tarifa cobrada. Para Sales Filho, tornar processos públicos transparentes e acessíveis à população facilita a cobrança por melhorias nas entregas dos serviços.

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Postado por Edmar Lyra às 13:25 pm do dia 8 de fevereiro de 2021

“Bancos precisam ter maior participação no processo de distribuição de renda”, defende Eduardo da Fonte

O deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) voltou a defender que instituições financeiras aumentem sua contribuição social para promover a distribuição de renda no País. O parlamentar é autor do PL 6429/19, que propõe o aumento da taxa de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos.

“O recurso extra será destinado ao pagamento do 13º para aposentados de baixa renda que recebem o Benefício de Prestação Continuada. Precisamos distribuir a renda que se acumula entre os mais ricos, como instituições financeiras, e promover a busca por maior igualdade social”, defende Eduardo da Fonte.

O parlamentar analisa que esta é uma maneira de obter recursos sem aumentar impostos para o cidadão. O BPC é um benefício que garante o pagamento de um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção, nem de tê-la provida por sua família.

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Postado por Edmar Lyra às 12:33 pm do dia 8 de fevereiro de 2021

Rodrigo Maia anuncia saída do Democratas

Valor Econômico

A vida do deputado Rodrigo Maia (RJ) passa por profundas mudanças. O fim de seu mandato na presidência da Câmara não o fez trocar apenas de lar, a ampla residência oficial por um apartamento funcional como o de outros parlamentares, mas também de partido. A disputa pelo comando da Casa provocou um racha no DEM, sigla da qual ele promete sair para fazer oposição ao presidente Jair Bolsonaro.

Em sua primeira entrevista exclusiva desde que deixou o cargo, Maia não poupou críticas ao presidente do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto. Disse ter demorado a perceber que fora traído por um amigo de 20 anos, que levou o partido à neutralidade, em vez de fechar apoio a Baleia Rossi (MDB-SP), o que favoreceu o candidato governista e vencedor da disputa, Arthur Lira (PP-AL). “Mesmo a gente tendo feito o movimento que interessava ao candidato dele no Senado, ele entregou a nossa cabeça numa bandeja para o Palácio do Planalto”, desabafou ao Valor.

Para Maia, o movimento conduzido pelo presidente do DEM, de aproximar o partido ao governo Bolsonaro, faz com que a legenda retome sua origem de direita ou extrema- direita e afastará o apresentador Luciano Huck. “Foi um processo muito feio do Neto e do Caiado. Ficar contra é legítimo, falar uma coisa e fazer outra não. Falta caráter, né”, diz.

O deputado esquivou-se quando perguntado para qual partido irá e disse que pedirá sua desfiliação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sem pressa ou briga. “Estarei num partido que será de oposição ao presidente Bolsonaro”, assegurou. Leia a seguir os principais trechos da entrevista:

Valor: Quais são seus próximos passos após a derrota? Irá mesmo deixar o DEM? Para qual sigla irá?

Rodrigo Maia: Não adianta falar primeiro o que eu vou fazer. As pessoas que me acompanham têm que entender por que eu vou fazer. Trabalhamos a mudança de posicionamento do então PFL até virar DEM e todo o posicionamento para se tornar um partido nacional. Isso começa em 1995, quando convidam meu pai, Cesar Maia, e o Jaime Lerner, para ingressar no partido, políticos que vinham de uma origem de centro- esquerda, e tiram o partido da Internacional Liberal, uma aliança internacional dos partidos de direita e extrema-direita, para aderir à Internacional Democrática. A intenção na época era exatamente tirar a pecha do DNA originário da Arena para se transformar num partido de fato de centro, centro-direita no máximo, que pudesse ter força em mais segmentos da sociedade e tivesse condições de vencer.

Valor: A eleição da Câmara mudou isso de que forma?

Maia: O grande problema é que o partido voltou ao que era na década de 1980, para antes da redemocratização, quando o presidente do partido aceita inclusive apoiar o Bolsonaro. Isso por decisão da direção partidária. Não é relevante, do ponto de vista do processo político, como cada deputado vota numa eleição para presidente da Câmara. Mas a movimentação da cúpula do partido, principalmente do seu presidente e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, deixou claro que há a intenção de aproximação maior com o governo Bolsonaro, que não será apenas uma relação parlamentar com a agenda econômica, mas mais ampla.

Valor: E quais as consequências?

Maia: A frase do presidente do partido terá preço grande a pagar por muitos anos. É um partido sem posição. “Posso ir do Bolsonaro ao Ciro Gomes.” Eu não posso ir do Bolsonaro ao Ciro Gomes. Ninguém que queira fazer política de forma orgânica pode. Isso não é um projeto de país. Isso é projeto de partido voltando a ser exclusivamente parlamentar e anexado a um governo. Esse movimento que desfaz tudo que construímos desde a década de 90 e que faz ter clareza de que não teremos nenhuma condição de construir um partido forte de centro-direita, que possa ter inclusive uma candidatura presidencial. Deste partido eu não tenho mais como participar porque não acredito que esse governo tenha um projeto, primeiro, democrático e, segundo, de país. Continuo dizendo que o governo é um deserto de ideias. O DEM decidiu majoritariamente por um caminho, voltando a ser de direita ou extrema-direita, que é ser um aliado do Bolsonaro.

“O projeto do DEM acabou. O Luciano Huck estava 90% resolvido a se filiar ao DEM, se decidisse ser candidato”.

Valor: O senhor acha que o presidente do DEM fez isso para ter apoio na disputa pelo governo da Bahia?

Maia: Não sei por quê. Não conversei mais com o Neto. Diferentemente do que ele imagina, na verdade o que o Bolsonaro conseguiu foi quebrar a nossa coluna, que era toda acordada, de que nunca estaríamos no governo Bolsonaro e nunca apoiaríamos o Bolsonaro. Isso eu ouvi do presidente ACM Neto centenas de vezes.

Valor: O senhor vai para o Cidadania, o PSDB ou o PSL?

Maia: Isso é tudo especulação. Ainda não estou decidindo para qual partido eu vou. Apenas quero deixar claro para os que me acompanham e acompanharam meus quatro anos e sete meses à frente da Câmara que não sou um vendido, que tenho caráter, que [não] construí um bloco com partidos de direita e esquerda para enganar essas pessoas. Estarei num partido que será de oposição ao presidente Bolsonaro. O partido a que vou me filiar será de oposição, diferentemente do ACM Neto, que fala uma coisa em “off” e em “on” fala outra, que diz que não apoia de jeito nenhum e ao mesmo tempo dá entrevista dizendo que pode ir do Ciro ao Bolsonaro. Mostra que não tem ou perdeu a coluna vertebral.

Valor: Na sua opinião, por que ele fez esse movimento então?

Maia: Porque está no DNA dele, né? A direita está no DNA dele, mas sem o talento do avô e do tio, que nunca teriam feito o que ele fez, de participar de um acordo, ratificar esse acordo e depois comandar o caminho para uma neutralidade que era exatamente o que interessava ao governo. É óbvio que o avô e o tio nunca fariam isso de falar uma coisa e construir outra.

Valor: Quando o senhor percebeu que ele estava traindo?

Maia: Pela relação de muitos anos, só percebi depois da reunião que foi feita comigo e com os líderes partidários antes da reunião do DEM, no domingo à noite (dia 31 de janeiro). Do Caiado eu percebi antes. Ele dizia que não podia ficar contra mim de jeito nenhum… e nenhum voto dele vinha. A participação do Neto eu de fato só consegui acreditar no domingo. Ele veio na quarta-feira, para uma reunião comigo, o Caiado, o Rodrigo Garcia, e a gente fazendo parte daquele papelão. Não podia imaginar que um amigo de 20 anos ia fazer um negócio desses. Todo mundo dizia que ele tinha feito acordo. O Palácio dizia que ele tinha feito acordo, [o presidente do PP] Ciro Nogueira dizia que o DEM ia ficar neutro e eu falava que não, que o Neto tinha me dito que não.

Valor: Nessa reunião com ACM Neto e Caiado, depois dos cinco deputados do DEM da Bahia declararem apoio ao Lira, eles se mostraram alinhados ao Baleia ali?

Maia: O Caiado foi mais pessimista. Ali já era a consequência de tudo que foi construído. Depois que você deixa o deputado solto para ele tomar a decisão que ele quiser, não orienta que há um acordo, não passa a informação correta pra ele… Combinei tudo com o presidente e o líder do partido. Até meu discurso de formação do bloco, um discurso duro, enviei para o Neto e ele concordou, disse que estava espetacular. Trabalhei no DEM por 20 anos para transformá-lo num partido de centro, centro-direita, e o partido decidiu não apenas pelos seus deputados, mas pela sua direção, que é um partido que tende a ser de direita, extrema-direita, apoiando o Bolsonaro.

Valor: Se o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) fosse o candidato do bloco, o desfecho seria outro?

Maia: O Elmar nunca foi o candidato do Neto. O Neto nunca trabalhou para um candidato do DEM na Câmara. Ele decidiu trabalhar para um candidato do DEM no Senado. A partir daí, tive que trabalhar para candidato de fora do DEM porque nunca poderia disputar as duas Casas. Quando consolidou a candidatura do Rodrigo Pacheco [DEM-MG] no Senado, foi impossível nome do DEM na Câmara, até porque a candidatura do Baleia foi vital para inviabilizar a Simone Tebet [do MDB, no Senado]. Fizemos todo o movimento alinhado com o Neto. Tudo foi ouvindo as posições e preocupações dele.

Valor: O senhor espera uma saída cordial ou que no DEM queiram tirar o seu mandato?

Maia: Não espero nada. Vou pedir minha saída no TSE, não tenho dez anos. Não vou brigar com ninguém. Estou fazendo crítica política. Hoje posso dizer que sou oposição ao presidente Bolsonaro. Quando era presidente da Câmara, não podia dizer. Mas agora quero um partido que eu possa dormir tranquilo de que não apoiará [o presidente]. Não estou criticando aqueles que defendem. Estou dizendo que nesse projeto não há espaço para mim. Não quero participar de um projeto que respalda todos os atos antidemocráticos.

Valor: Quantos correligionários o senhor pretende levar para o novo partido com a saída do DEM?

Maia: Não estou preocupado com quem vai comigo. Estou preocupado que eu não posso ficar. A questão para onde vou eu terei tempo para construir, conversando com os partidos sobre um projeto para 2022. Agora, a minha necessidade de informar que não estou mais no DEM para mim é muito importante. As pessoas ficam me dizendo para esfriar a cabeça. Minha cabeça está muito fria. Depois de quatro anos e sete meses pelo que eu passei, isso é muito tranquilo, não deixo de dormir por nada disso. Foi um processo muito feio do Neto e do Caiado. Ficar contra é legítimo, falar uma coisa e fazer outra não é legítimo. Não posso, depois de ter construído relação de confiança com muita gente, parecer que sou parte desse processo não da bancada, mas da direção, de não cumprir sua palavra. Falta caráter, né? Você falar uma coisa na frente e operar de outra forma, falta caráter.

Valor: O papel desempenhado pelo presidente do DEM foi fundamental para o resultado da eleição?

Maia: Ganhar ou perder é da democracia. Ninguém entrou numa eleição dessa, com o governo jogando do jeito que jogou, achando que era uma eleição fácil. Mas não tenho duvida nenhuma que a decisão do Neto foi decisiva para desidratar a candidatura do Baleia. Podia ganhar, podia perder. Era mais provável que perdesse, mas a minha conta era que, até o movimento do DEM acontecer, o Arthur ganharia ou perderia por pouco no primeiro turno. O movimento do DEM fez com que a própria bancada do DEM votasse mais lá, o PSDB também, a gente sabe disso, ficaram no bloco por causa da vaga na Mesa. Os do PSL que estava aqui votaram lá e os deles que iam votar aqui votaram lá. Se não tivesse esse movimento, ele teria de 240 a 260 votos. Era outra eleição, com ele favorito, claro. Mesmo a gente tendo feito o movimento que interessava ao candidato do Neto no Senado, ele entregou a nossa cabeça numa bandeja para o Palácio do Planalto.

Valor: Faltou articulação sua com os deputados do DEM? Reclamaram muito que não foi conversado com eles, foi decisão sua.

Maia: Não. O líder do partido e o presidente do partido participaram de todo o processo. O papel de articular com a bancada e levar as informações do que a gente estava fazendo era do partido e do líder. Se eu soubesse que o Neto tinha feito acordo com o Palácio do Planalto, eu poderia ter conversando… Não estou reclamando dos deputados que votaram com o Arthur Lira. O Neto está querendo misturar as duas coisas. Uma coisa é a eleição, o Arthur é presidente da Câmara, ganhou a eleição, parabéns. Espero que faça ótimo trabalho. Outra coisa é o posicionamento do partido, do ponto de vista de ser um partido de centro-direita que tenha expectativa de projeto nacional, que acabou. O projeto do DEM acabou.

Valor: Por exemplo?

Maia: O Luciano Huck estava filiado no DEM. Se decidisse ser candidato [à Presidência], estava 90% resolvido que se filiaria ao DEM. O Neto tem mais relação [com Huck] que eu. Eu tenho, mas o Neto também tem. Não descarto nem a hipótese de o Bolsonaro acabar filiado ao DEM.

Valor: Poucos dias depois da sucessão, já se fala no Congresso e no governo em novo estado de calamidade e alguns setores da sociedade mostram uma preocupação com a responsabilidade fiscal…

Maia: Não sei, não quero tratar… Não vou ficar sendo fiscal do novo presidente da Câmara. Estou tratando de política nacional. Sou oposição ao presidente da República, não ao novo presidente da Câmara. Ele ganhou a eleição e vai coordenar os trabalhos da Casa. Tem o direito de ter a opinião dele, como eu tinha a minha.

Valor: O senhor vê o Huck como centro-direita ou centro-esquerda?

Maia: Para mim, é mais centro-direita… quem está no entorno dele, pelo que ele pensa, pelo que a gente conversa. Claro, pelo setor que ele trabalha, é mais de esquerda, artistas. Mas, na economia ele com certeza é um liberal, pensa em menos intervenção do Estado. E na área social, como diz – dizia – o ideário do DEM, é a prioridade por justiça social, redução das desigualdades. Acho que ele vai organizar isso de forma competente para um país que é pobre e o liberalismo puro não se adequa a um país como o nosso. Na economia, ele tende a ser mais liberal pelos economistas que ele ouve, o Arminio [Fraga], o Marcos Lisboa. O espaço político que tem para ele entrar é do centro para centro- direita. Na centro-esquerda está um pouco interditado pelo Ciro e pelo PT, que dependendo do candidato fica mais ao centro ou a esquerda.

Valor: O senhor já fez uma autocrítica sobre a eleição? Como a demora para definir o candidato.

Maia: Nunca fiquei esperando o Supremo [decidir sobre a reeleição]. Sempre disse que não seria candidato. Talvez tivesse sido melhor definir o candidato logo, mas o atraso acabou dando as condições de criar o bloco. Se candidato saísse antes, o PT não vinha. Olhando agora como o governo operou, as chances que tínhamos era exatamente esse bloco. Se o bloco tivesse ficado firme, acho que o Arthur era favorito, mas era uma outra eleição. Então, eu acho que de fato errei, mas o erro acabou gerando um acerto, que foi o bloco.

Valor: Outro candidato teria mais chances que o Baleia?

Maia: Pode ser que sim. Se eu tivesse apoiado o [presidente do Republicanos] Marcos Pereira, a probabilidade de desmontar o bloco era menor, porque seria de 330 deputados e não de 290. Mas no final alguns partidos da esquerda questionaram, para eles a candidatura dele transformaria o Arthur no candidato de centro. O candidato conservador e de direita seria o nosso. Para a gente não seria problema, mas para alguns partidos de esquerda seria.

Valor: O senhor contava com votos de aliados que acabaram apoiando o adversário. Se sentiu abandonado?

Maia: Vocês acham que está errado eles apoiarem o candidato do partido? Eu acho que está certo. Se todo mundo tivesse apoiado o candidato do seu partido, a eleição tinha sido outra. Não era ali que a gente tinha que ganhar a eleição. Se a gente tivesse 85% dos votos do nosso bloco, venceria a eleição. Perdemos no nosso bloco, no DEM, no PSDB, no PSL.

Valor: O PSDB rachou. O sr. os vê mais próximos de Bolsonaro?

Maia: Não. No final, todos os líderes entraram, inclusive o Aécio [Neves], para segurar o partido dentro do bloco. Essa é a diferença entre o DEM e o PSDB.

Valor: O senhor se arrependeu de não ter acolhido um dos pedidos de impeachment lá atrás?

Maia: O julgamento do impeachment é político e as condições políticas não estão colocadas. Querendo ou não, Bolsonaro tem 30% de ótimo/bom e 40% de ruim/péssimo. A abertura de um impeachment em um momento em que as condições políticas não estão colocadas só o fortaleceria. Tiraríamos da agenda a pandemia e colocaríamos o impeachment. Talvez seja tudo que o ele quer: tirar da frente as milhares de mortes pela pandemia. A gente ia jogar para segundo plano a responsabilidade do presidente e do seu ministro da Saúde por todo o desastre na administração dessa crise, por todas as mortes, e íamos ficar todos discutindo um processo que ele provavelmente sairia vencedor e fortalecido do ponto de vista político.

Valor: Além de oposição no Legislativo, qual é seu projeto?

Maia: Quero fazer parte de um projeto em que a gente possa construir uma agenda, um projeto de país que reduza concentração de renda na mão de poucos, que garanta a modernização dos serviços públicos, que garanta ao setor privado as condições para investir no Brasil com segurança. Não acredito que esse governo tenha esse projeto. O projeto do presidente Bolsonaro é completamente diferente. Essas agendas não são prioridade dele. Todas as vezes em que conversei com ele, a agenda prioritária dele era acabar com proteção ambiental de Angra, a questão de armas e do turismo de mergulho afundando navios na costa. Essa era a agenda prioritária dele comigo. As reformas tributária e administrativa não eram, a modernização do SUS não era, a melhoria do Fundeb não era. Então, eu não posso, tendo conhecido o que o presidente pensa, ser parte disso.

Valor: A vitória deu fôlego ao governo. Que cenário vê para 2022?

Maia: Olhando a pandemia e as soluções na parte fiscal, minha impressão é que o governo chegará mais fraco do que está hoje. Mostrou força ao ganhar as duas Casas no Legislativo, mas dependerá da capacidade de articulação em relação a temas de difícil aprovação, até porque o presidente já abriu mão deles. No final do ano, ele disse que não trataria da PEC Emergencial. Eu sempre disse que se não aprovasse, teria que ser algo fora do Orçamento.

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Postado por Edmar Lyra às 12:26 pm do dia 8 de fevereiro de 2021

Samuel Salazar propõe divulgação de lista de espera para usuário do SUS que aguarda consulta e procedimentos em saúde

Projeto de Lei 6/2021, do vereador Samuel Salazar (MDB) assegura a publicação de uma lista de espera relativa aos pacientes que aguardam consultas, exames, intervenções cirúrgicas ou qualquer outro procedimento em saúde. A relação deve conter: data de solicitação; posição em que o paciente se encontra na lista de espera; especificação do tipo de procedimento; e estimativa de prazo para que o atendimento seja realizado. A matéria está em trâmite na Câmara Municipal do Recife e aguarda parecer das comissões da Casa para poder ser votada em plenário.

“Um dos objetivos do projeto é coibir que a ordem de inscrição das filas seja desrespeitada por meio de interferência indevida de agentes públicos, visando benefícios próprios ou de terceiros”, enfatizou o líder do governo, Samuel Salazar. 

De acordo com o parlamentar, o Sistema Único de Saúde (SUS) em todas as esferas do município do Recife, deve publicar e atualizar, em seu site oficial na internet, a lista de espera, atualizada, dos pacientes que aguardam consultas, exames, intervenções cirúrgicas e quaisquer outros procedimentos na área.

As listagens disponibilizadas devem ser específicas para cada modalidade de consulta, exame, intervenção cirúrgica ou procedimentos e abranger todos os pacientes inscritos em quaisquer das unidades do SUS, incluindo as unidades conveniadas, além de outros prestadores de serviços em saúde que recebam recursos públicos.

Segundo a norma, a divulgação das informações deve observar o direito à privacidade do paciente, que só poderá ser identificado pelo número do Cartão Nacional de Saúde (CNS).

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Postado por Edmar Lyra às 9:48 am do dia 8 de fevereiro de 2021

Vereador Zé Neto que reforçar prevenção de acidentes no inverno

Com foco na prevenção de ocorrências no inverno do Recife, o vereador Zé Neto (PROS) se reuniu com o coronel Cássio Sinomar, secretário-executivo de Defesa Civil do Recife. Na pauta, a ampliação das ações de colocação de lonas e geomantas em barreiras ou locais com risco de desabamento, evitando tragédias.

“Esse trabalho tem sido realizado com sucesso e nosso objetivo é levá-lo para mais e mais comunidades”, explicou o vereador, que no encontro apresentou também propostas para o Programa Parceria.

Na iniciativa, a Prefeitura fornece o material para obras e a contrapartida da comunidade é a mão de obra, sendo fiscalizado pelo município. “Um excelente projeto que precisa ser estendido a mais locais, beneficiando um número ainda maior de localidades”, explicou.

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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