A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (SPE/MF) revisou de 2,5% para 3,2% a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023. A nova projeção foi anunciada na tarde desta segunda-feira (18/9), quando a SPE divulgou a edição de setembro do Boletim Macrofiscal e a versão atualizada do Panorama Macroeconômico. Contribuíram para elevar a estimativa de crescimento no ano o bom resultado do segundo trimestre deste ano, o aumento na safra projetada para 2023, resultados positivos observados para alguns indicadores antecedentes no terceiro trimestre e expectativas de recuperação da economia chinesa no quarto trimestre do ano.
Conforme explicou a equipe da SPE, a revisão do crescimento do PIB reflete os resultados do segundo trimestre, que deixou um carregamento estatístico de 3,1% para o ano. O crescimento do PIB do ano será impulsionado não apenas pelo carregamento estatístico, mas também por bons resultados da economia projetados especialmente para o último trimestre, quando as melhorias na renda disponível e as condições de acesso ao crédito das famílias devem impulsionar a demanda doméstica.. Os dados foram apresentados pelo secretário de Política Econômica, Guilherme Mello; pela subsecretária de Política Macroeconômica, Raquel Nadal; e pela subsecretária de Política Fiscal, Débora Freire. “Temos um conjunto de indicadores, no quadro doméstico e internacional, que consideramos razoavelmente positivo para as nossas perspectivas de crescimento para este ano e para o próximo ano”, declarou Guilherme Mello.
As projeções de crescimento relativos a 2023 melhoraram para todos os setores, apontou a SPE. Para o setor agropecuário, a projeção foi revisada de 13,2% para 14,0%. Para a indústria, o crescimento esperado avançou de 0,8% para 1,5%. Já a estimativa para serviços cresceu de 1,7% para 2,5%. Guilherme Mello comentou o cenário econômico recente, destacando fatores como a queda da inflação (em especial, na redução dos preços dos alimentos), a retomada do mercado de crédito, a recuperação dos níveis de emprego e da massa salarial.
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