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A partir do próximo dia 1 de janeiro o candidato eleito, Paulo Câmara assumirá o cargo de governador de Pernambuco pelos próximos quatro anos, o que sem dúvidas será um desafio e tanto para o jovem governador que nunca havia ocupado um cargo executivo, mesmo tendo participação direto durante boa parte da gestão Campos no Estado. No entanto, é inevitável não se fazer o seguinte questionamento. Paulo Câmara ficará a sombra de Eduardo ou terá uma nova logística de governabilidade?
Muito se especula sobre quais medidas e ações serão tomadas por Câmara diante do único estado do país que continua em crescimento e possui o Produto Interno Bruto (PIB) maior até do que o próprio Brasil. Na última semana foi anunciado oficialmente os secretários e as secretarias que surgiram ou foram extintas, e uma boa parcela dos ocupantes das pastas fizeram parte dos oito anos de governo da gestão anterior, o que para o jornalista político, Edmar Lyra, justifica o aspecto de continuidade.
“O governador eleito Paulo Câmara ao convidar nomes como Antônio Figueira, Milton Coelho, José Francisco Neto, Danilo Cabral e muitos outros que integraram a equipe do governador Eduardo Campos sinaliza que vai fazer um governo de continuidade ao que foi apresentado nos últimos oito anos, afinal a equipe é praticamente a mesma” destaca.
O jornalista relata que não devemos acreditar que mesmo com forte influência dos secretários e dos ensinamentos políticos de Eduardo, o novo governador começará a criar sua própria maneira de governar para não ficar a margem da sombra do ex-governador mais bem colocado na história política do país. “No tocante a Paulo Câmara especificamente é natural que ele queira implementar sua marca. Não se sabe efetivamente qual será, já que o governador não é político de carreira. Ele terá que liderar este processo político e fazer jus a isso mostrando competência e articulação”.
O novo governador terá o desafio ainda maior de trabalhar com o estado que mais se destacou nas eleições presidenciais deste ano, não pelo acidente com o ex-governador Eduardo Campos, e sim pela inclinação dos políticos liderados pelo partido socialista em apoio ao oposicionista a candidatura da presidenta Dilma Rousseff, o senador mineiro e tucano Aécio Neves, o que pode gerar impactos e uma ruptura inédita entre o Governo de Pernambuco e o Governo Federal, porém esse efeito negativo pode não sair do imaginário dos pernambucanos como explica Edmar.
“O resultado eleitoral de Paulo Câmara no primeiro turno e o de Dilma Rousseff no segundo turno não permite que haja incompatibilidade administrativa. Eles precisarão fazer parcerias para que as obras no estado não parem e novos investimentos cheguem para acelerar nossa economia. O próprio governador Paulo Câmara já deu mostras que não fará oposição a presidente Dilma Rousseff. Afinal, governador precisa governar. Não pode entrar em rota de colisão com o governo federal por ser de um partido que estará na oposição em 2015″, explica.
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