Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

  • Início
  • Sobre
  • Pernambuco
  • Brasil
  • Contato

Postado por Edmar Lyra às 2:51 am do dia 9 de março de 2013 Deixe um comentário

Eduardo e o dilema de Hamlet.

Por Terezinha Nunes

Conversando com alguns amigos, recentemente, o governador Eduardo Campos manifestou o dilema de Hamlet. O famoso “ser ou não ser”. Se mostrou preocupando com a definição do momento em que proclamaria  sua decisão de ser candidato a presidente ou de excluir-se do cenário presidencial no próximo ano.

Esta semana, porém, vendo o cerco que lhe faz o ex-presidente Lula para antecipar uma decisão em relação a 2014, o governador viu cair por terra sua trajetória inicial de ajudar Dilma a vencer 2013 para, só em 2014, dependendo do panorama econômico, decidir fazer uma carreira solo ou apoiar a continuidade do PT a nível nacional.

Macaco velho de guerra, Lula entendeu que Eduardo estava ganhando tempo e poderia surpreender com uma candidatura em 2014 quando as forças governistas já poderiam estar esgarçadas. Foi aí que resolveu antecipar o debate sucessório.

A nova estratégia, que está levando Eduardo a se expor mais cedo do que deseja, não só estava fora dos planos do governador pernambucano como pode empurrá-lo para o canto do ringue e precipitar sua entrada firme na campanha correndo o risco natural de quem vai para a chuva para se molhar.

A ofensiva de Lula apenas reduziu o dilema de Hamlet na cabeça do governador, mas é uma jogada arriscada e intempestiva.

Antecipando não só os debates como suas viagens pelo País, o governador deixa de lado o discurso administrativamente coerente que vinha fazendo, dizendo que não interessa a quem está no governo precipitar o debate sucessório.

Como o PT não está nem aí para esses rompantes de ética pública, fará a campanha de Dilma assim mesmo e já deixa claro que vai usar o poder a todo custo para evitar que o palanque socialista se fortaleça.

Quanto ao governador, passará a correr o risco de ser cobrado por estar em campanha para presidente quando ainda faltam quase dois anos para encerrar o seu mandato e quando Pernambuco enfrenta a maior seca dos últimos 50 anos.

Na verdade, há muito tempo que o governador tem se dedicado mais à pauta nacional do que estadual. Sua agenda só contempla questões pernambucanas em atos públicos, como aconteceu recentemente com o encontro dos prefeitos em Gravatá.

Os deputados estaduais da base governistas se queixam diariamente na Assembleia de que não conseguem uma agenda com o governador.

Nem o secretário Tadeu Alencar, dono de uma paciência franciscana, tem conseguido suprir a ausência do chefe: recentemente depois que muito esperou um retorno do secretário a um pedido de audiência, o deputado Adalberto Cavalcanti (PHS) teve um gesto irônico quando Tadeu finalmente lhe atendeu ao telefone. Ao invés do tradicional alô ou, um obrigado pela atenção, Cavalcanti irrompeu ao celular um sonoro “aleluia, aleluia, aleluia”.

Por mais que apregoe que sua equipe trabalha monitorada e Geraldo Júlio, como qualquer outra pessoa, não seja insubstituível, é difícil manter o ritmo quando o comandante não tem mais tanto tempo para se dedicar à equipe.

Eduardo pode, com isso, provocar uma redução de ritmo na máquina pública suficiente para prejudicar sua aura de grande administrador.

CURTAS

Armando em ação – No Palácio do Campo das Princesas há um convencimento de que quando o deputado Silvio Costa (pai) fala é porque o senador Armando Monteiro pensa da mesma forma. Por isso entendeu-se que se Silvio defende a MP dos Portos – ao contrário do que faz o governador Eduardo Campos – é porque o senador pensa do mesmo jeito.

Outros tempos – Ao contrário do momento em que indicou para o TCE o conselheiro Marcos Loreto, na vaga da Assembleia, sem ouvir ninguém, o governador Eduardo Campos, que deseja ocupar outra vaga da Alepe com outro auxiliar seu, o ex-deputado Ranilson Ramos, aconselhou Ranilson a fazer um périplo pela casa para buscar consenso. Deixou claro que não vai partir para o tudo ou nada.

Vantagem
– Ranilson Ramos, portanto, parte com uma vantagem em relação a Loreto. Chegou humildemente na casa pedindo apoio e, conforme tem argumentado, é um ex-deputado não sendo nenhum estranho no ninho. Seu discurso tem agradado.

WhatsApp
Compartilhar
Twittar
Compartilhar

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: eduardo campos, terezinha nunes

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Siga-me nas redes sociais

  • Facebook
  • Instagram
  • LinkedIn
  • Twitter

 

Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

Saiba mais

Posts Populares

TCE aprova as contas da gestão Paulo Câmara do ano de 2022
Mirella conhece central de videomonitoramento da Prefeitura de São Paulo
Coluna desta segunda-feira
Atriz igarassuense estreia em novela original do Globoplay
Getúlio Belém propõe lei para execução dos hinos Nacional, de Pernambuco e de Jaboatão nas escolas públicas municipais
Governo de Pernambuco determina ponto facultativo na véspera do São João
Com presença da Sudene, Grupo Moura inaugura unidade de reciclagem com foco em sustentabilidade
Jecana do Capim reúne multidão e celebra 52 anos de tradição
CBA abre inscrições para o Programa de Estágio 2025 com vagas para Pernambuco
Joel da Harpa quer restrições à propaganda de bets para crianças e adolescentes

Siga-me nas redes sociais

  • Facebook
  • Instagram
  • LinkedIn
  • Twitter

Lista de Links

  • Celebridades
  • Minha Saúde
  • Nocaute
  • Radar dos Concursos
  • Torcida

Copyright © 2025 · Atlas Escolar On Genesis Framework · WordPress · Login

WhatsApp
Compartilhar
Twittar
Compartilhar