
Estranho seria não se pronunciar. Ficar calado em um momento como este é corroborar com a naturalidade o cenário de violência que acomete a população e também atinge os agentes públicos de segurança que saem de casa para nos proteger sem saber se vão voltar para suas famílias.
Durante muitos anos o tema “Direitos Humanos” foi considerado antagônico ao de “Segurança Pública”. A Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS) tem como princípios o respeito aos direitos individuais e coletivos como também a proteção, valorização e reconhecimento dos profissionais de segurança pública.
É por isso que defendemos o desarme das “minas ideológicas” para que possamos construir uma ação estratégica e integrada do poder público – municipal, estadual ou federal – com atividades de inteligência e gerenciamento de crise para combater os índices de violência, com investimentos em diversas frentes, tanto na prevenção quanto no combate à criminalidade.
Em paralelo, é preciso a construção de uma verdadeira política de valorização dos agentes de segurança pública: policiais federais, policiais militares, bombeiros militares, policiais civis, policiais penais e guardas municipais nas suas carreiras, progressões, saúde mental e proteção.
Direitos Humanos, cada vez mais, também é coisa de polícia.
Marco Aurélio Filho
Vereador e Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara Municipal do Recife
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