Por 9 votos a 3, o deputado Daniel Coelho foi absolvido nesta sexta-feira (28) pelo Pleno do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) da acusação de uso de notas fiscais falsas nos anos de 2006 e 2007, quando era vereador do Recife. A decisão da Corte máxima do Estado começou a ser tomada na última segunda-feira (24), quando iniciou-se o julgamento, que foi concluído apenas nesta sexta devido a um pedido de vistas por parte do desembargador Leopoldo Raposo. Na ocasião, a sessão tinha sido paralisada quando a votação já marcava 8 a 3 em favor da absolvição do deputado.
A maioria dos desembargadores acompanhou a decisão do Ministério Público de Pernambuco e do Tribunal de Contas do Estado, que já tinham dado pareceres favoráveis a Daniel Coelho. A conclusão das investigações por parte do MPPE, inocentando Daniel, foram decisivas no convencimento da Corte, que também inocentou o parlamentar.
A maior parte dos magistrados também seguiu o voto do revisor do processo, José Fernandes de Lemos. De acordo com o desembargador, a Corte não poderia ter posicionamentos diferentes em casos semelhantes, numa referência ao julgamento do deputado estadual Sílvio Costa Filho, que também era acusado de uso notas fiscais falsas, e que foi inocentado pelo TJPE no primeiro semestre.
Em 2012, durante a campanha para prefeito do Recife, o caso foi largamente utilizado pela propaganda do atual gestor da capital, Geraldo Júlio, que inúmeras vezes acusou Daniel Coelho de ter usado notas frias quando vereador. As acusações agressivas, iniciadas em um momento de crescimento da candidatura de Daniel, terminou influenciando resultado final, mas não impediu Geraldo Júlio de escalar para seu secretariado, uma vez eleito, o ex-vereador Fred Oliveira, que também era acusado de envolvimento no caso das notas frias. Geraldo também deu suporte a outro envolvido no escândalo, o vereador Vicente André Gomes, apoiado pelo prefeito para assumir a presidência da Casa de José Mariano.
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