“É a economia, estúpido!”
O marqueteiro James Carville, responsável pela campanha de Bill Clinton em 1992 contra George Bush, que buscava a reeleição nos Estados Unidos, justificou a possibilidade de vitória de Clinton com a célebre frase: “É a economia, estúpido!”.
Sua tese serve para qualquer eleição em qualquer país. No Brasil não poderia ser diferente. Foi a economia que elegeu Fernando Henrique em 1994 graças ao sucesso do plano real. A mesma economia possibilitou a reeleição de FHC em 1998. No ano de 2002, após inúmeras crises mundiais que travaram o segundo mandato de FHC, Lula foi eleito igualmente graças a economia.
Em 2006, mesmo no ápice do mensalão, Lula conseguiu a reeleição porque o Brasil crescia, a inflação era baixa e o nível de emprego muito bom. Essa mesma onda possibilitou a vitória de Dilma Rousseff em 2010, porque o país havia superado muito bem a crise de 2008 e conseguiu crescer acima da média mundial.
As eleições deste ano voltam a trazer um papel econômico fundamental para a disputa presidencial. O Brasil de Dilma Rousseff cresce abaixo da média mundial e possui uma inflação acima do que vinha sendo praticado antes do seu governo.
O brasileiro percebe quando vai ao supermercado que os preços aumentam consideravelmente. O combustível também está alto. A energia também não para de aumentar. Isso naturalmente cria um ambiente de instabilidade econômica e consequentemente política.
A economia volta a ter papel preponderante. O Brasil reeleger Dilma será subscrever um crescimento de 1% e uma inflação de 7%, que tende a aumentar se a política econômica não for modificada. Dar mais quatro anos a este governo será concordar com a infra-estrutura precária que o país possui que acaba trazendo gargalos para o desenvolvimento econômico.
Se hoje Aécio Neves está em vias de ganhar a eleição, tenha certeza que não é por causa dos escândalos de corrupção do governo Dilma, muito menos pela sua capacidade de se expressar bem na televisão. Uma eventual vitória de Aécio se dará por conta da economia, que vai mal e se não houver mudanças significativas pode piorar.
Portanto, é a economia, amigo!
Minas Gerais – O candidato do PSDB a presidente da República abriu dez pontos sobre Dilma Rousseff em Minas Gerais. Além de possuir o segundo maior eleitorado do Brasil, Minas é fundamental pelo fato de Aécio ter ficado cinco pontos atrás de Dilma no primeiro turno.
Lula – O ex-presidente Lula ciente do risco de perder a eleição decidiu fazer um périplo pelo Nordeste. Ele estará em Pernambuco nos próximos dias a fim de neutralizar o impacto do apoio do PSB à candidatura de Aécio Neves.
Distrito Federal – Pesquisas no DF apontam vitória de Rodrigo Rollemberg para o governo distrital. Além disso mostram Aécio Neves com 70% dos votos válidos.
Clássico – Um dos maiores clássicos deste segundo turno será a disputa pelo governo da Paraíba. Disputam Cássio Cunha Lima e Ricardo Coutinho, que em 2010 foram eleitos na mesma chapa. Cássio para o Senado e Coutinho para o governo.
RÁPIDAS
Ceará – A disputa pelo governo do Ceará também promete ser acirradíssima. Lá Camilo Santana e Eunicio Oliveira fazem uma campanha sangrenta. A situação é tão crítica que já foi solicitado o envio de tropas federais.
Rio de Janeiro – No Rio de Janeiro a situação não é diferente. Marcelo Crivella e Luiz Fernando Pezão chegaram a ter um debate cancelado por conta do acirramento entre as duas campanhas.
Inocente quer saber – Os ataques do PT a Aécio Neves surtirão efeito no Ibope e Datafolha de amanhã?
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