Com ou sem adiamento, processo eleitoral será diferente
Prestes a ter que tomar uma decisão, o Congresso Nacional ainda está dividido quanto ao adiamento ou manutenção do calendário eleitoral, mas para qualquer mudança será necessária uma maioria qualificada, enquanto a manutenção basta seguir o calendário preestabelecido, marcado para os dias 4 e 25 de outubro.
O processo eleitoral sendo mantido para a data prevista exigirá apenas medidas administrativas no tocante ao processo de votação, como a higienização das urnas e das seções e o distanciamento social, que já é visto em diversos estabelecimentos comerciais, o que não seria nada muito diferente do que já estamos acostumados neste momento de pandemia.
O grande diferencial, em qualquer que seja a data, será a forma de conquistar o voto. Em vez de comícios e caminhadas com aglomerações, as tecnologias tomarão grande proporção para que o candidato possa garantir o apoio do eleitor. Serão necessários criatividade e profissionalismo por parte dos postulantes e de suas respectivas equipes.
Outro ponto positivo é que a conquista do voto, já bastante restrita pelas mudanças na legislação, deverá representar em 2020 a campanha mais barata de toda a história, uma vez que sem as grandes estruturas de apoio político para disseminar suas ideias, os candidatos terão que reduzir seus custos.
Se em 2018 tivemos mudanças significativas no comportamento do eleitorado em todo o Brasil, em 2020 a conquista do voto exigirá bastante jogo de cintura dos candidatos, em especial os detentores de mandato.
Aprovadas – As contas de Bolsonaro em 2019 foram aprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). “A partir dos fundamentos apresentados, a minuta de Parecer Prévio que submeto à consideração do Plenário é no sentido de que as contas atinentes ao ano de 2019 estão em condições de serem aprovadas, com ressalvas, pelo Congresso Nacional”, disse o relator, ministro Bruno Dantas. O parecer do TCU será submetido ao Congresso Nacional, que tem a decisão final, mas costuma seguir a orientação técnica do TCU.
Licitações – O Ministério Público de Contas (MPCO) continua vigilante sobre os gastos durante a pandemia. A pedido da procuradora geral Germana Laureano, apenas nesta terça (9), o TCE suspendeu três licitações em Sanharó, Angelim e Timbaúba, por serem adiáveis ou adotarem modalidades presenciais de disputa, com possibilidade de aglomeração de pessoas nas prefeituras.
Convenções – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) instituiu um grupo de trabalho que vai definir as regras para as convenções partidárias pela Internet que escolherão os candidatos das eleições de 2020. O grupo será presidido pelo ministro Luis Felipe Salomão, do TSE. O objetivo é evitar aglomerações com a pandemia.
Paudalho – Na cidade de Paudalho, na Mata Norte, o prefeito Marcello Gouveia (Podemos) encontrou uma adversária de peso. Ângela Coutinho (Avante) vem crescendo muito na cidade e com o desgaste da Covid-19 entre os prefeitos, ela pode ameaçar o favoritismo de Marcello.
Live – O nosso convidado desta quinta-feira é o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), na live do nosso Instagram. Será no mesmo horário de sempre, às 19:30 horas. Vale a pena conferir no @edmarlyra.
Inocente quer saber – Por qual motivo o PP não confirmou apoio à reeleição de Anderson Ferreira?
William Pontes diz
Um processo eleitoral atípico, de fato. Todos os prefeitos que disputarão a reeleição saem na frente, estejam ou não fazendo boa administração. A campanha será curta e nos grandes municípios prevalecerá o recall. Tal fato, também, atingirá os vereadores.