O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu na noite desta quarta-feira (18) ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para um churrasco na Granja do Torto, casa de campo da Presidência da República, em Brasília.
O jantar foi marcado por um clima ameno, defesa da democracia e críticas de Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e à baixa presença de mulheres e negros na composição do tribunal.
O encontro durou três horas e foi descrito por ministros como “institucional”, “cordial” e “descontraído”. O evento contou com discursos de Lula e de Herman Benjamin, presidente do STJ.
Dos 31 ministros do tribunal, 23 estiveram presentes no jantar, em que foi servido costela e, de sobremesa, picolé. Todos tiveram de deixar os celulares longe da mesa de jantar. Os aparelhos ficaram desligados em um envelope lacrado.
Até mesmo Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública, deixou o celular na porta, conta um ministro. Outro magistrado brinca com a situação: “eu gostaria que fosse sempre assim. Ficar algumas horas sem celular”.
Falta de diversidade
Lula iniciou sua fala criticando a baixa representatividade feminina e de negros no tribunal. O presidente reclamou que só há três ministras no STJ. Herman Benjamin corrigiu Lula e disse que ao todo são cinco – duas não estavam presentes no jantar.
O presidente afirmou que é preciso refletir a respeito da quantidade reduzida de ministras na comparação com ministros e melhorar o número de mulheres e ministros pretos e pardos no tribunal.
No início da semana, o presidente se referiu à composição dos tribunais superiores como “supremacia branca”. Lula não nomeou, mas se referia justamente ao STJ.
CNN Brasil.
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