
Raquel Lyra joga luz no realismo fiscal e mostra a responsabilidade no orçamento
A governadora Raquel Lyra voltou a colocar o tema das finanças estaduais no centro da política pernambucana — e não por acaso. Ao defender a aprovação da nova operação de crédito de R$ 1,7 bilhão, Raquel assumiu uma postura que mescla pragmatismo e cobrança direta ao Legislativo: Pernambuco precisa investir, mas não tem caixa para isso. É um diagnóstico incômodo, porém necessário e que a governadora tem usado para consolidar uma gestão responsável. Raquel faz questão de ressaltar que obras estruturantes só saem do papel porque o governo recuperou credibilidade e capacidade de endividamento junto a instituições financeiras. Ou seja, não é discurso, é engenharia fiscal e responsabilidade.
Raquel afirma que sua gestão paga quase 100% das emendas, um avanço diante dos apenas 30% que recebia quando era parlamentar, e que trata base e oposição de forma igual. Destaca que o valor destinado a cada deputado subiu para R$ 5 milhões em 2024 e irá para R$ 8 milhões em 2025, enquanto alguns tentam elevar para R$ 16 milhões. Ela reforça que o orçamento é enxuto e não permite gastos sem lastro, sob risco de comprometer obras, maternidades, hospitais e a segurança pública.
Esse discurso revela uma estratégia política evidente. Raquel tenta deslocar a disputa entre governo e oposição para um patamar técnico, indo além da política, onde a defesa da estabilidade fiscal se torna argumento moral e administrativo. Ao repetir que “não é sobre Raquel, é sobre Pernambuco”, a governadora busca neutralizar resistências e empurrar o debate para o campo do dever institucional. Em um ambiente legislativo historicamente marcado por pressões e negociações duras, ela se firma como gestora responsável, que paga emendas, dialoga e entrega, mas que não abre mão do equilíbrio das contas.
Ao final, a fala de Raquel Lyra é menos sobre o empréstimo em si e mais sobre o modelo de governança que ela tem consolidado em Pernambuco. Um modelo que depende de crédito externo, mas que promete rigor; que paga emendas, mas demanda contenção; e que tenta apresentar a recuperação fiscal não como narrativa, mas como pilar de futuro. O objetivo de Raquel é simples e notório: a preocupação com a preservação do orçamento público, em viabilizar obras e com a entrega de mudança na vida da população, mantendo a estabilidade das finanças.
Em busca de investidores – Durante a missão no Oriente Médio, nesta semana, o ministro de Lula, Silvio Costa Filho terá encontros com autoridades da aviação civil da Arábia Saudita, o CEO da Embraer, além de lideranças como o ministro da Economia dos Emirados, Abdulla bin Touq Al Marri, e executivos de grandes players globais, como Etihad, Fly Dubai e DP World. A viagem reforça o esforço do governo Lula em inserir o Brasil em um novo ciclo de desenvolvimento, ampliando a presença brasileira no mercado do Golfo e fortalecendo a aviação civil e o setor portuário.
Fundos – Os partidos políticos brasileiros terão em 2026 cerca de R$ 6,4 bilhões à disposição, somando Fundo Partidário, Fundo Eleitoral e rendimentos de aplicações financeiras, segundo o TSE; até agosto, já haviam recebido R$ 3,2 bilhões para manutenção das siglas, aos quais se somarão R$ 3,2 bilhões estimados para as campanhas, com maior fatia destinada a PT, PL, PSD, MDB, PP e União Brasil, seguindo critérios legais que consideram tamanho das bancadas, desempenho eleitoral e percentuais fixos de distribuição.
Candidaturas avulsas – O Supremo Tribunal Federal iniciou, pelo plenário virtual, o julgamento que discute a possibilidade de candidaturas avulsas em eleições majoritárias, analisando recurso que contesta a exigência constitucional de filiação partidária; até agora, o placar está em 2 a 0 contra o pedido, com votos de Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, em um caso originado no Rio de Janeiro após a tentativa frustrada de dois cidadãos registrarem candidaturas independentes em 2016, e cujo resultado, previsto até 25 de novembro, poderá impactar as regras eleitorais de 2026.
Emendas – O presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), rebateu declarações do Governo do Estado sobre as emendas parlamentares, afirmando que o debate em curso na Casa não diz respeito ao ano eleitoral de 2026, mas ao orçamento de 2027, que será executado por outra gestão, e ressaltou que a discussão busca ampliar a transparência desse instrumento constitucional, acusando a governadora de distorcer informações para inflamar a opinião pública, ao destacar ainda que nenhum governante é eterno no cargo e que cabe aos deputados fiscalizar o Executivo.
Equipamentos – Os deputados federais Eduardo da Fonte e Lula da Fonte (PP) visitaram o Hospital da Restauração para acompanhar a chegada de novos equipamentos adquiridos por emendas parlamentares que somam mais de R$ 6,5 milhões, incluindo uma ressonância magnética de última geração de R$ 4,86 milhões, já em operação e capaz de atender até 2 mil pacientes por mês, além de um microscópio cirúrgico e dois aparelhos de colonoscopia, modernizações que, segundo a direção do HR, reforçam a precisão dos diagnósticos e a qualidade do atendimento, enquanto Eduardo da Fonte ressaltou que a bancada do Progressistas já destinou mais de R$ 11 milhões ao hospital.
Inocente quer saber – O que fez João Campos endurecer o tom em relação a Raquel Lyra?

















