Em um encontro na manhã desta segunda-feira, 4, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT) uma plataforma que contém as propostas elaboradas pela central para a valorização da classe trabalhadora. Em seu discurso, o ex-presidente falou do desmonte da estrutura do movimento sindical e da perda de direitos com as reformas que destruíram as leis trabalhistas nos governos Temer e Bolsonaro.

Lula também criticou a deterioração do mercado de trabalho, com atividades – como a de motoristas de aplicativos – em que os trabalhadores vivem situação de quase escravidão, sem nenhum direito. “Como vamos fazer para convencer o cara do Uber de que ele não é um microempreendedor, de que ele é quase um escravo nos tempos modernos porque não tem direito nenhum. Como vamos construir uma narrativa para acabar com trabalho intermitente?, questionou.

O ex-presidente reforçou que as entidades sindicais devem apresentar as demandas para construção do novo e enfrentamento de um contexto de mercado de trabalho cada vez mais complicado, com pessoas ganhando cada vez menos e com menos direitos. “Essa é a situação mais grave que o movimento sindical está vivendo”.

Lula lembrou que nos tempos dos governos petistas, 90% dos acordos salariais feitos por categorias organizados aconteceram com aumento real de salário, enquanto hoje apenas 7% dos acordos se dão nessas bases. A maioria dos reajustes, disse, está abaixo da inflação. “Eles impuseram na nossa cara o trabalho intermitente, inventaram uma carteira verde amarela, uma casa verde e amarela, uma série de coisas que conseguiu iludir uma parcela grande da população e nós não conseguimos construir narrativas para nos contrapor a isso”, afirmou.

O ex-presidente reclamou da pouca reação da sociedade à situação de desmonte e disse que a destruição das conquistas dos trabalhadores, feita por setores conservadores da sociedade, foi precedida por uma campanha forte de negação de tudo que era bom para os trabalhadores. “Pelo jeito que o povo está abandonado, era de se esperar que o povo estivesse com mais disposição de luta. Isso não acontece. A gente não está conseguindo fazer a mobilização que a gente acha que tem que fazer”.

Ele citou como exemplo de campanha de negação dos direitos a narrativa de que salário, férias e décimo terceiro representavam custo Brasil e atrapalhavam a competividade do Brasil no mercado internacional. “Nunca fizeram comparação do salário do trabalhador brasileiro com o trabalhador francês, alemão, sueco, inglês e o mais grave é que, nesse debate, numa levaram um trabalhador ou representante do trabalhador para dar sua versão. Eles constroem uma narrativa, e essa narrativa vai ganhando consciência das massas”.

Lula voltou a enfatizar a necessidade da formação de uma ampla bancada progressista na Câmara dos Deputados e no Senado, como forma de garantir a mudança das atuais políticas de governo.

“Aqui não tem ninguém inocente. Vocês sabem que qualquer coisa que a gente quiser fazer, a gente vai ter que passar pelo Congresso Nacional. E vocês sabem que a eleição de deputados e deputadas, senadores e senadoras passa a ter muita importância neste país porque se a gente não mudar o Congresso, é muito difícil imaginar que vamos fazer as contrarreformas que precisamos fazer. Não adianta chorar, se não tiver número, a gente não faz”, alertou.

Eleições e unidade sindical

Dirigentes da CUT também enfatizaram a necessidade de uma estratégia unificada para defender essas políticas perante o público brasileiro, especialmente no ambiente da internet. Na abertura do debate, o presidente da central, Sérgio Nobre, falou sobre a importância da eleição de outubro e a necessidade de uma estratégia das entidades sindicais para defender os trabalhadores durante e após a votação. Segundo ele, as principais centrais devem entregar uma plataforma em comum para Lula ainda neste mês.

“Essa eleição vai definir o que vai ser o Brasil nos próximos 10, 20 anos. Vamos ter uma batalha muito dura nas ruas e nas redes sociais. Temos que conversar com o nosso povo, o Brasil chegou até aqui por causa do individualismo exacerbado e do ódio. Por isso nos desafiamos a criar 6 mil comitês de luta, a hora é de apoiar as comunidades. Também sabemos que vai ser uma batalha nas redes sociais, vai ser baixaria porque eles são assim. Nosso desafio é organizar 50 mil brigadistas digitais que vão fazer o trabalho na rede, desmanchar fake news, levar a verdade para o povo. Temos que dar um salto em comunicação e dar um salto em organização que a gente nunca teve”, afirmou Nobre.

A secretária-geral da CUT, Carmen Foro, lamentou a situação em que os governos Temer e Bolsonaro colocaram o Brasil e defendeu a participação popular como alternativa para mudar esse panorama. “Nos últimos anos, voltamos ao mapa da fome, temos uma desindustrialização muito grande, além da insegurança alimentar, uma violência contra as mulheres absurda. Estamos montando estratégias para que estas diretrizes sejam debatidas nas bases, para colocar o povo no centro do nosso debate. Esse é o nosso desafio, estamos todos envolvidos com essa ideia de transformar o Brasil”.

A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffman, destacou a importância de uma estratégia em comum das principais entidades sindicais. “Mostra a unidade do movimento sindical. Nunca foi tão importante a gente construir essa unidade, se a gente não se unir agora a gente não vai conseguir vencer essa onda de retrocessos que nós temos no país, o desmonte do Estado, destruição dos direitos e interesses da classe trabalhadora”, ressaltou.

Sob os olhares de dezenas de famílias residentes no Engenho Porto Seguro, na cidade de Xexéu, o deputado estadual Antonio Coelho participou junto com o prefeito Thiago de Miel, nesta segunda-feira (4), da assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre a Prefeitura e o Incra. O convênio é um passo importante para assegurar os direitos dos assentados no município, a exemplo do acesso ao pagamento de créditos de instalação. As boas notícias ainda ganharam um reforço com o anúncio da construção de 35 casas nos Engenhos Curupaiti e Canto Flor, totalizando R$ 1,1 milhão de investimento, bem como a instalação da Sala da Cidadania, um equipamento que permitirá à gestão municipal viabilizar serviços de competência da autarquia federal aos moradores do Assentamento Miguel Arraes.

Articulador dessa parceria, o deputado destacou que a dobradinha Prefeitura-Incra só tem a fortalecer os assentamentos da Mata Sul. “O Incra tem muito a contribuir com o desenvolvimento de Xexéu”, pontuou Antonio Coelho. Em seguida, ressaltou que o desafio é grande, mas garantiu que “nenhum assentado pernambucano será esquecido”.

“É um novo tempo que está se instalando no município, particularmente para as famílias aqui assentadas. O futuro que estamos trabalhando para construir será próspero para o homem do campo de Xexéu. Queremos alavancar o potencial agrícola da município”, frisou o líder da Oposição na Assembleia Legislativa.

O prefeito Thiago de Miel também ressaltou a importância do trabalho em conjunto com o Incra no fortalecimento das comunidades rurais. “Nossa luta é diária para atender com efetividade as demandas dos nossos agricultores. A assinatura dessa cooperação técnica é um ato de responsabilidade com as necessidades da nossa zona rural. Graças à atuação do grupo político do deputado Antonio Coelho, que tem olhado de forma diferente para a Mata Sul, para Xexéu, estou certo de que vamos fortalecer essas ações em prol do agricultor, melhorando a qualidade de vida dessas famílias”, celebrou o gestor.

Superintendente do Incra em Pernambuco, Thiago Angelus reforçou a importância de se investir na valorização do agricultor familiar bem como na facilitação do acesso a serviços. “A chegada da Sala da Cidadania vai encurtar caminhos e distâncias. O homem do campo poderá resolver suas pendências aqui mesmo na cidade. E a assinatura desse acordo vai permitir aos assentados direitos que lhe são garantidos como o acesso ao crédito e ao título definitivo de suas propriedades”, destacou Angelus.

A parceria firmada hoje vai beneficiar mais de 350 famílias residentes nos engenhos Canto Flor, Curupaiti, Fernandes Vieira, Porto Seguro e Veneza. Todos eles pertencentes ao Assentamento Miguel Arraes, que abrange seis municípios da Mata Sul pernambucana.

A Câmara dos Deputados pode votar, nesta semana, a Medida Provisória que institui um benefício extraordinário para complementar o valor do Auxílio Brasil até chegar a R$400 por família. Inicialmente editada para o mês de dezembro de 2021, a MP dependia da aprovação pelo Congresso da PEC dos Precatórios para que o pagamento desse adicional pudesse ser estendido durante o ano de 2022.

Com a mudança da PEC na Emenda Constitucional 114, o Decreto 10.919/21 prorrogou o pagamento do benefício de janeiro a dezembro de 2022.

Para 2023 não há previsão de pagamento do benefício extraordinário junto com o recebido por meio do programa Auxílio Brasil, cuja média está em torno de R$224. Segundo o governo federal, o total gasto em dezembro de 2021 foi de cerca de R$2,67 bilhões e o estimado para 2022 será proporcional a esse mês, resultando em cerca de R$32,04 bilhões para os doze meses.

O benefício extraordinário será calculado a partir da soma dos benefícios financeiros do Auxílio Brasil para famílias em situação de pobreza ou de extrema pobreza, terá caráter provisório e não se integrará ao conjunto de benefícios criados pela Lei 14.284/21.

O deputado estadual Clóvis Paiva (PP) cumpriu uma extensa agenda neste final de semana em suas bases políticas. A primeira para foi em São Caetano, onde ao lado do prefeito Josafá Almeida e de vereados aliados participou da entrega de uma perfuratriz.

A segunda parada foi em Altinho, onde também conta com o apoio do prefeito Orlando José. Por lá participou do evento de entrega de certificados profissionalizantes ao lado do secretário de Trabalho, Emprego e Qualificação de Pernambuco. Ainda em Altinho o deputado esteve prestigiando a tradicional corrida de cavalo, evento que ao lado de outros esportes equestres tem defendido no Legislativo Estadual.

Empenhado em ajudar os municípios pernambucanos, o deputado federal André Ferreira entregou a Sairé e São Joaquim do Monte máquinas que ajudarão a melhorar a infraestrutura nas cidades. Atendendo aos pedidos dos prefeitos Gildo Dias (Sairé) e Duguinha Lins (São Joaquim do Monte), o parlamentar conseguiu, junto ao Governo Federal, uma pá carregadeira para cada um dos municípios.

Na primeira parada de um giro pelo Agreste, André Ferreira já entrou na cidade na máquina, solicitada pelo prefeito Gildo para obras tanto na zona rural. Em seu discurso, o deputado historiou o que já conseguiu para a cidade desde durante a atual gestão.

“Agradeço a confiança em mim depositada, amigo Gildo. Tenho me empenhado em obter recursos para saúde, educação e infraestrutura. Também estamos conseguindo veículos, como trator e ambulância. Sei as dificuldades que os municípios enfrentam, e isso me estimula ainda mais a trabalhar para ajudar”, destacou André Ferreira.

O deputado também esteve em São Joaquim do Monte, ao lado do prefeito Duguinha Lins, onde entregou uma pá carregadeira. “Sempre que sou procurado por Duguinha, me esforço para atender às demandas. São Joaquim tem uma gestão voltada para ajudar a população e isso podemos ver todas as vezes que estamos por aqui”, avaliou André Ferreira, que foi elogiado pelo trabalho que vem executando em Brasília.

O presidente nacional do União Brasil, deputado federal Luciano Bivar, e o presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi, vão se reunir, na próxima quarta-feira, 6, para definir a data em que anunciarão o maior acordo eleitoral entre os partidos já selado nesta eleição de 2022. As duas legendas vão se coligar para formar uma aliança de R$1,5 bilhão, juntando os fundos eleitoral e partidário dos dois partidos, 86 deputados federais e um tempo recorde de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV.

“Com esses recursos, e junto com o PSDB, o Cidadania e quem mais quiser se juntar a nós, indicaremos até junho um candidato único para representar o centro democrático”, afirmou Bivar para o UOL.

Para o parlamentar pernambucano, a aliança produzirá um “trator eleitoral” ao juntar os recursos de seu partido, que é dono do maior volume de fundos públicos, com a capilaridade do MDB nos estados. “Há mais representantes dos dois partidos espalhados pelo País do que agências do Bradesco”, enfatizou. “E todos esses representantes terão fotografias com o candidato ou candidata à Presidência que nós escolheremos por meio de um conjunto de critérios”, completou.

Entre os critérios, Bivar disse que “o primeiro passo é saber para onde aponta, e o que deseja, o inconsciente coletivo”. o dirigente nacional do União Brasil não comentou se o nome do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que trocou o Podemos pelo União Brasil nos 45 minutos do segundo tempo da janela partidária, também está sendo submetido às pesquisas para aferir a quantas anda o “inconsciente coletivo” do eleitorado. Além de Moro, os nomes de Eduardo Leite (PSDB), João Doria (PSDB) e Simone Tabet (MDB) estão no jogo para serem candidatos ao Palácio do Planalto.

Partido do pré-candidato a governador Danilo Cabral, o PSB terminou o período de filiações com um time bastante representativo para levar a mensagem da Frente Popular a todo o estado. A sigla recebeu reforços importantes de quadros da política. São deputados e pré-candidatos alinhados com o projeto dessa frente ampla que vai levar Danilo ao governo e Lula à presidência.

São nomes com uma densidade eleitoral como o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Eriberto Medeiros, além dos deputados estaduais Rodrigo Novaes, Tony Gel, Marco Aurélio Medeiros, Rogério Leão e Marcantônio Filho. Também engrossaram o time quadros jovens como Jarbas Filho, Cayo Albino, Eriberto Filho e Eriberto Vinícius. Além de um time feminino ligado ao PSB Mulher.

Ao fim da janela, o PSB terminou com 15 estaduais de mandato. Quando você amplia para toda a Frente Popular, são 31 deputados pró-Danilo, o equivalente a 63% da Casa.

“De forma objetiva, as lideranças políticas observam que o PSB e a Frente Popular são o caminho que aponta para para a renovação da esperança do povo de Pernambuco. Isso de um ponto de vista nacional também; já que recebemos pessoas importantes como Marcelo Freixo, Flávio Dino, Tábata Amaral e tanta gente que escolheu o PSB este ano. Aqui em Pernambuco, temos a presença dessas lideranças que vieram de todas as regiões do estado. Recebemos gente do Sertão, Zona da Mata e outras regiões”, destacou Danilo.

Um experiente parlamentar fez a seguinte avaliação sobre a sucessão de Paulo Câmara: “Uma chapa composta por Raquel Lyra, Priscila Krause e Marília Arraes, além de ser algo inédito na política pernambucana, teria um forte apelo político e eleitoral”. Na sua ótica, a chapa perfume de mulher seria considerada uma grande inovação na política pernambucana.

E ele defende que a composição tenha Raquel Lyra como candidata a governadora pelo fato de já ter tido uma experiência exitosa no executivo, com Marília Arraes disputando o Senado, uma vez que levaria a forte presença de Miguel Arraes para a Câmara Alta e completaria a chapa com a deputada estadual Priscila Krause, trazendo seu espírito combativo e de presença metropolitana.

O grande desafio desta composição seria convencer uma das duas a declinar de encabeçar a chapa, Raquel e Marília precisariam se entender para levar adiante a tese. Esse parlamentar afirmou que se essa chapa vingasse nada o impediria de apoiá-la.