Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 17:37 pm do dia 9 de dezembro de 2015

Leonardo Quintão é o novo líder do PMDB na Câmara

Agência O Globo – O peemedebista Leonardo Quintão (MG), acompanhado de deputados do partido, protocolou na manhã desta quarta-feira o documento com 35 assinaturas para a destituição do atual líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ). A bancada do PMDB possui 66 deputados. “Eu sou o novo líder”, disse Quintão, logo após o protocolo do documento.

A gota d’água para a queda de Picciani foi a condução na escolha da chapa para a Comissão do Impeachment. Alinhado com o Planalto, Picciani não abriu nenhum espaço para parlamentares favoráveis ao impeachment.

Todos os seus 16 indicados tinham postura pró-Dilma, segundo os peemedebistas. A chapa acabou derrotada em plenário e os dissidentes peemedebistas que embarcaram na chapa alternativa serão os representantes do partido na comissão. “Ele poderia ter feito um cinco a três. Era razoável. Estaríamos satisfeitos”, diz um dos articuladores do documento que impõe a troca.

O vice-presidente participou de forma tímida, de acordo com os peemedebistas. Ele foi comunicado durante esta terça-feira da movimentação dos insatisfeitos. Respondeu apenas que desejava a unidade da bancada, o que foi entendido como um sinal verde para os que queriam derrubar Picciani.

Na última quinta-feira, segundo interlocutores, o próprio Temer tinha alertado Picciani da necessidade de contemplar toda a bancada na distribuição das vagas da comissão, para garantir a unidade.

A escolha de Quintão para sucedê-lo é o cumprimento de um acordo que havia com o próprio Picciani. Quando foi eleito líder, o deputado fluminense teve o apoio da bancada mineira para derrotar Lúcio Vieira Lima (BA) em troca de apoiar Quintão para o cargo em 2016. No mês passado, porém, Picciani avisou Quintão que desejava continuar na liderança no próximo ano.

A saída de Picciani não significará necessariamente uma debandada de ministros indicados por ele, como Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Marcelo Castro (Saúde). Mas, os peemedebistas que constroem a destituição do líder, pretende debater agora na bancada como será a participação no governo. “Não vai haver rompimento, mas não tem ampliação de conversa”, disse um dos articuladores.

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 9 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta quarta-feira

Governo perde a primeira batalha na luta contra o impeachment 

O governo Dilma Rousseff vem acumulando uma série de derrotas ao longo de 2015, que nos últimos meses foram se agravando com a rejeição das contas de 2014 por unanimidade pelo TCU e recentemente com a tramitação do impeachment na Câmara dos Deputados. No final da segunda-feira o quadro se agravou com o vazamento de uma carta direcionada a Dilma escrita pelodo vice-presidente Michel Temer.

Ontem na escolha da comissão que iria avaliar a admissibilidade do impeachment, o governo em vez de negociar com os parlamentares a composição da chapa responsável pelo impeachment, quis empurrar goela a baixo um grupo de deputados reconhecidamente ligados ao Planalto e terminantemente contrários ao impeachment. A oposição se deu conta dessa situação e junto com dissidentes dos partidos lançou uma chapa avulsa para enfrentar a chapa apresentada pelo Planalto.

Apesar do PT tentar a todo custo inviabilizar a votação, inclusive quebrando algumas urnas, o processo acabou acontecendo e nele ficou evidenciada uma derrota acachapante da presidente Dilma Rousseff, com 272 votos a favor da chapa apresentada pela a oposição. Com isso a comissão do impeachment já começa com pelo menos 39 votos favoráveis ao processo. Em breve poderá ser votada a complementação da comissão que analisará o impeachment. Existem 26 vagas para membros titulares em aberto e 65 suplentes.

Numa simples votação, secreta, diga-se de passagem, o governo teve apenas 199 votos. Foi uma prévia de como seria a sessão que poderá tirar de uma vez por todas Dilma Rousseff do cargo. São necessários 342 votos para que o impeachment seja consumado. Fazendo um paralelo com a votação de ontem faltariam apenas setenta votos para que Dilma saia do cargo. Vale ressaltar que a sessão do impeachment além de ter votação aberta, será nominal. Dependendo do nível de pressão das ruas, deputado que hoje está com o governo tende a mudar de lado pra não pagar uma fatura alta nas eleições de 2018. Foi assim com Collor e deve se repetir com Dilma.

Até a consumação do impeachment teremos muito tempo pela frente, sobretudo com a judicialização que o governo pretende criar no processo, mas uma coisa ficou evidente no dia de ontem: se o governo acreditava que seria fácil sepultar o impeachment, é bom refazer as contas.

Adiou – O ministro do STF Luiz Fachin decidiu na noite de ontem que o processo do impeachment na Câmara dos Deputados ficará paralisado até o plenário do Supremo Tribunal Federal decidir no próximo dia 16 se é constitucional o rito determinado por Eduardo Cunha para o impeachment. Apesar do adiamento, todos os procedimentos realizados até agora, inclusive a eleição de ontem, estão mantidos. Fachin foi indicado por Dilma para ocupar a vaga de Joaquim Barbosa no STF.

Dúvidas – O Palácio do Planalto conseguiu uma vitória ontem aos 45 do segundo tempo com o adiamento da instalação da comissão que avaliará o impeachment para o próximo dia 16, mas isso não necessariamente significa uma vitória, poderá fustigar ainda mais os defensores do impedimento da presidente que estão se juntando para irem às ruas no próximo domingo. A sensação de impunidade após essa decisão poderá levar o povo para as ruas em números inimagináveis.

Referência –  O governo de Pernambuco virou referência no combate à microcefalia. Na reunião com os governadores, Paulo Câmara foi muito requisitado para compartilhar com os colegas as ações realizadas no estado. Acompanharam o governador o secretário de Saúde Iran Costa e o prefeito de Cumaru Eduardo Tabosa, que é secretário-geral da Confederação Nacional dos Municípios.

Hostilizado – Após assinar o manifesto de dezesseis governadores em defesa da presidente Dilma Rousseff, o governador Paulo Câmara foi hostilizado nas redes sociais. Muitos chegaram a dizer que nunca mais votariam no socialista por causa da atitude tomada ontem. Na ótica de alguns políticos, o governador poderia ter evitado o desgaste se não tivesse tomado tal posição.

RÁPIDAS

PMDB – Após a desastrosa articulação para indicar somente deputados alinhados com o Planalto na comissão que avaliará o impeachment, o líder do PMDB na Câmara Leonardo Picciani (RJ) deverá perder o posto para o também deputado Leonardo Quintão (MG).

Severino Cavalcanti – Após ter suas contas de 2010 rejeitadas pela Câmara de Vereadores em 2013, o ex-prefeito de João Alfredo Severino Cavalcanti (PP), assessorado pelo advogado Tito Moraes, especialista em direito eleitoral, conseguiu anular o julgamento, sendo marcada uma novo nova sessão para apreciar suas contas em breve. Com uma Câmara menos hostil, o ex-presidente da Câmara dos Deputados poderá ter suas contas aprovadas e ficar apto para as eleições de 2016.

Inocente quer saber – O governador Paulo Câmara não calculou o risco político de apoiar Dilma Rousseff ontem?

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Postado por Edmar Lyra às 21:20 pm do dia 8 de dezembro de 2015

Delcídio Amaral contrata criminalista especializado em delação

SÃO PAULO — O criminalista Antonio Augusto Figueiredo Basto, que cuidou da delação do doleiro Alberto Youssef e de outros seis réus da Operação Lava-Jato, assume nesta quarta-feira a defesa do senador Delcídio do Amaral (PT-MS).

O senador petista está preso desde o dia 25 de novembro acusado de tentar atrapalhas as investigações da Lava Jato. Delcídio foi flagrado tentando comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que negociava acordo de delação premiada.

Com a contratação de Figueiredo Bastos, aumenta a possibilidade do senador petista ser o primeiro político a fazer um acordo de delação com a Procuradoria Geral da República. Ao GLOBO, Bastos descartou, no momento, a possibilidade de acordo.

— Ainda estamos conversando sobre a defesa. Mas no momento, nenhuma possibilidade sobre isso (colaboração) — afirmou Bastos.

O Globo

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Postado por Edmar Lyra às 20:58 pm do dia 8 de dezembro de 2015

Chapa alternativa da oposição é eleita para comissão do impeachment

Em votação secreta, a Câmara dos Deputados elegeu nesta terça-feira (8), por 272 votos a 199, a chapa alternativa integrada por deputados de oposição e dissidentes da base governista para a comissão especial do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A sessão que definiu os nomes dos deputados responsáveis por analisar o pedido de afastamento da chefe do Executivo foi marcada por tumultos no plenário.

Deputados governistas inconformados com o fato de Cunha ter determinado votação secreta e ter autorizado a candidatura de uma chapa avulsa tentaram impedir a eleição. Eles chegaram a quebrar parte das urnas eletrônicas instaladas no plenário para a votação.

A chapa vencedora, batizada de “Unindo o Brasil”, foi protocolada por parlamentares oposicionistas e dissidentes da base governista na tarde desta terça com a adesão de 39 deputados de PSDB, SD, DEM, PPS, PSC, PMDB, PHS, PP, PTB, PEN, PMB, PSB e PSD (veja a lista com os deputados ao final desta reportagem).

Ao final da votação, os deputados oposicionistas que derrotaram o governo comemoraram no plenário. Depois, cantaram o Hino Nacional erguendo uma bandeira do Brasil.

Ao todo, a comissão especial será formada por 65 parlamentares titulares e o mesmo número de suplentes. Os partidos que não tiveram indicações na chapa vencedora serão convocados a apresentar as indicações para completar as vagas.

Uma sessão extraordinária da Câmara havia sido marcada para a noite desta segunda (7) para eleger a comissão que irá analisar o processo, mas foi adiada em razão do impasse dentro das bancadas para definir os representantes e, principalmente, por conta da insatisfação de uma ala do PMDB com os nomes definidos pelo líder da sigla, deputado Leonardo Picciani (RJ).

Na semana passada, os líderes partidários haviam entrado em acordo para não permitir candidaturas avulsas. No entanto, nesta segunda-feira, deputados da oposição e dissidentes do PMDB reivindicaram a possibilidade de lançar chapa avulsa.

O objetivo da chapa alternativa é compor um grupo com deputados do PMDB que são críticos ao governo Dilma, já que o líder da bancada na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), deve apresentar apenas nomes mais em sintonia com o Palácio do Planalto.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autorizou e decidiu postergar para esta terça o prazo de indicação de nomes e eleição para a comissão especial. A decisão foi criticada pelos líderes do PMDB, do governo e do PT.

“É inaceitável. Essa comissão já começa inviabilizada. Está se permitindo uma briga interna das bancadas com indicação de membros para outra chapa”, criticou Sibá. “É uma confusão. É a segunda mexida. O prazo para indicação era hoje às 14h. O presidente passou para 18h. Agora remarca para amanhã e permite que dentro de uma mesma bancada haja indicações para outra chapa. É inaceitável”, disse na segunda o líder do PT, Sibá Machado (AC).

Votação
A eleição da comissão especial será secreta, por meio de urnas eletrônicas. As urnas terão as opções de chapa 1 (a indicada pelos líderes); a chapa 2 (indicada pelos oposicionistas e dissidentes) e em branco.
Após a votação, o resultado será divulgado no painel eletrônico do plenário – por se tratar de votação secreta, apenas o placar será divulgado. O presidente da Casa, Eduardo Cunha, poderá participar da eleição – o regimento interno da Câmara permite a votação por parte do presidente em votações secretas.

A chapa indicada pelos líderes tem 49 deputados e a chapa da oposição e dissidentes tem 39 deputados. Uma delas sendo eleita, será preciso fazer eleição suplementar para preencher as vagas restantes de cada uma (16, se for eleita a chapa de 49; 26, se for eleita a chapa de 39).

Esta eleição suplementar poderá ser realizada ainda nesta terça, mas até a última atualização desta reportagem não havia definição sobre isso.

Veja os integrantes da chapa alternativa:
PMDB (8 vagas)
Osmar Terra (RS)
Lelo Coimbra (ES)
Carlos Marum (MS)
Lúcio Vieira lima (BA)
Manoel Junior (PB)
Mauro Mariani (SC)
Flaviano Melo (AC)
Osmar Serraglio (PR)

PSDB (6 vagas)
Carlos Sampaio (SP)
Bruno Covas (SP)
Shéridan (RR)
Rossini (PR)
Nilson leitão (MT)
Paulo Abi-Ackel (MG)

PSB (4 vagas)
Fernando Coelho Filho (PE)
Danilo Forte (CE)
Bebeto (BA)
Tadeu Alencar (PE)

PSD (4 vagas)
Sóstenes cavalgante (RJ)
Evandro Roman (PR)
João Rodrigues (SC)
Delegado Éder Mauro (PA)

PP (4 vagas)
Jerônimo Goergen (RS)
Jair Bolsonaro (RJ)
Luiz Carlos Heinze (RS)
Odelmo Leão (MG)

PTB (3 vagas)
Ronaldo Nogueira (RS)
Benito Gama (BA)
Sérgio Moraes (RS)

SD (2 vagas)
Fernando Francischini (PR)
Paulo Pereira da Silva (SP)

DEM (2 vagas)
Rodrigo Maia (RJ)
Mendonça Filho (PE)

PSC (2 vagas)
Marco Feliciano (SP)
Eduardo Bolsonaro (SP)

PPS (1 vaga)
Alex Manente (SP)

PEN (1 vaga)
André Fufuca (MA)

PHS (1 vaga)
Kaio Maniçoba (PE)

PMB (1 vaga)
Major Olímpio (SP)

G1

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 8 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta terça-feira

Dilma e Temer, uma relação pautada pela desconfiança chega ao fim

Desde a redemocratização quando numa eleição indireta o Congresso Nacional elegeu Tancredo Neves para a presidência da República e José Sarney para a vice-presidência, que ao longos dos anos o papel do vice-presidente se tornou cada vez mais relevante. Foi assim com Collor e Itamar, quando o primeiro sofreu impeachment Itamar Franco acabou herdando o cargo de presidente, no caso de Fernando Henrique Cardoso e Marco Maciel, o vice-presidente pernambucano deu uma aula de descrição e lealdade ao titular do cargo, ficando como referência para a história política brasileira a postura de Maciel.

No caso de Lula e José de Alencar havia uma relação de confiança entre ambos mas algumas divergências ideológicas. Alencar nunca deixou de se posicionar quando julgava pertinente sobre os rumos da política econômica adotada pelo presidente Lula. Mesmo assim, ao longo dos anos Lula respeitou Alencar e vice-versa.

Especificamente no tocante à relação Dilma Rousseff/Michel Temer, vale uma análise aprofundada sobre o início desta “parceria”. Quando Lula decidiu que Dilma Rousseff seria a candidata à sua sucessão, em meados de 2008, precisava fazer a então ministra-chefe da Casa Civil conhecida e para isso foi necessária uma aliança formal com o PMDB para garantir um robusto tempo de televisão ao projeto petista.

Na convergência do PT com o PMDB em torno de Dilma Rousseff, o então presidente da Câmara dos Deputados Michel Temer, que ocupara pela terceira vez o cargo, foi alçado ao posto de candidato a vice-presidente. A aliança entre Dilma e Temer foi muito mais pelo pragmatismo de vencer as eleições do que propriamente uma convergência ideológica. E essa aliança pragmática, mesmo vencendo a disputa, em nenhum momento significou uma aproximação entre a presidente e o vice.

No decorrer do governo, Dilma em nenhum momento se fez valer da relevância de Temer para o Congresso Nacional. No primeiro mandato ele foi uma mera figura decorativa por absoluta opção do Palácio do Planalto, que agiu diretamente para isolá-lo dentro do governo. Já no segundo mandato, com a crise se agravando, Dilma delegou a articulação politica ao vice-presidente, mas emissários do Planalto se encarregaram de minar qualquer decisão tomada por Michel Temer, que não é ingênuo, quando percebeu a sabotagem pulou fora.

A crise foi se agravando, com setores do Planalto apelidando o vice de “capitão do golpe”, e a relação entre Dilma e Temer foi azedando dia após dia, até o deflagramento do processo de impeachment que escancarou o distanciamento entre ambos, que já era conhecido pelos bastidores de Brasília. Agora Dilma quer que Temer seja leal a ela na eminência da sua queda. Depois de tudo o que foi feito pelo governo, fica evidente que solicitar lealdade de Temer a essa altura do campeonato, com o vice-presidente com sua mudança totalmente encaixotada do Palácio do Jaburu para o Palácio do Planalto, é pedir demais.

Força – Além do Jornal do Commercio, que divulgou pesquisa do IPMN sobre a prefeitura do Recife, o Diário de Pernambuco também veiculou uma pesquisa sobre a disputa pela PCR em 2016. O levantamento feito pelo Datamétrica aponta o prefeito Geraldo Julio disparado na frente, liquididando a fatura no primeiro turno em todos os cenários. Mesmo com a crise, Geraldo Julio se mostra extremamente competitivo para buscar a reeleição no ano que vem.

Vice – Começa a ganhar força a tese defendida por alguns de que o PSDB indicará a secretária Aline Mariano para o posto de vice-prefeita na chapa de reeleição de Geraldo Julio. Para que isso se concretize, o prefeito terá que descartar Luciano Siqueira da chapa e o PSDB sepultar de uma vez por todas a candidatura de Daniel Coelho, que já está com o bloco na rua.

Líder – Caso seja alçado ao posto de líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Daniel Coelho terá condições de neutralizar um pouco a distância da capital pernambucana. Politicos das mais variadas legendas avaliam que Daniel fez um péssimo negócio ao trocar a Alepe pela Câmara Federal. Se estivesse como deputado estadual o tucano estaria mais próximo das discussões sobre a disputa pela PCR em 2016.

Anderson Ferreira – Pré-candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, o presidente estadual do PR, deputado federal Anderson Ferreira, foi, ao lado do secretário dos Transportes Sebastião Oliveira, a estrela das inserções do partido que estão sendo veiculadas na televisão. Anderson aposta alto na sua candidatura a prefeito para tentar desbancar a hegemonia de Elias Gomes na segunda maior cidade de Pernambuco.

RÁPIDAS

Afastado – O presidente da Câmara do Recife, vereador Vicente André Gomes (PSB), tem se afastado bastante das bases, que cogitam apoiar outros candidatos em 2016. Vicente corre sério risco de repetir os feitos de Múcio Magalhães e Josenildo Sinésio, que após ocuparem a presidência do legislativo municipal, acabaram não conseguindo a reeleição.

Protesto – O Movimento Vem Pra Rua está fazendo uma convocatória para a realização de uma manifestação a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em várias partes do País, no próximo domingo (13). No Recife, o ato será no Marco Zero, às 10h.

Inocente quer saber – A carta de Michel Temer seria o começo do fim do governo Dilma Rousseff?

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Postado por Edmar Lyra às 15:13 pm do dia 5 de dezembro de 2015

Irmão de Eduardo Campos defende impeachment de Dilma

Ao Dr. Carlos Siqueira – Presidente Nacional do PSB – Partido Socialista Brasileiro,

Diante da grave crise econômica, política e ética que atravessa nosso país, o PSB, sempre fiel as melhores causas do povo brasileiro, precisa se posicionar de forma firme e clara.

Venho externar minha posição neste momento histórico, na condição de integrante do Conselho de Ética da Executiva Nacional do PSB, pela defesa do impeachment da presidente Dilma Roussef, conforme requerido pelos juristas Hélio Bicudo – fundador do PT – e Miguel Reale Júnior e que neste momento encontra-se em apreciação no Congresso Nacional.

Olho para o futuro do Brasil com muita fé e tenho convicção que a esperança vai vencer o medo, a corrupção e a falta de governo.

Impeachment já!

Antônio Campos

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Postado por Edmar Lyra às 3:03 am do dia 5 de dezembro de 2015

Coluna do blog deste sábado

Impeachment é a única saída para tirar o país da letargia 

Após o anúncio na última quarta-feira por parte do presidente da Câmara Eduardo Cunha de que daria prosseguimento ao processo de impeachment, o país começou a vislumbrar uma divisão entre os defensores de Dilma e os opositores dela. Em outubro do ano passado uma vantagem mínima permitiu a Dilma mais quatro anos, mas hoje os seus apoiadores não chegam a dois dígitos nas pesquisas, enquanto cerca de setenta por cento dos brasileiros querem a sua saída.

Ao logo da história brasileira sempre aconteceram escândalos de corrupção, inclusive durante o governo Lula. Mas como havia um cenário econômico favorável, os brasileiros fizeram ouvido de mercador para os escândalos e não só reelegeram Lula como permitiram ao PT mais quatro anos em 2010 com a vitória de Dilma Rousseff.

Nas eleições de 2014 Dilma correu riscos de perder a disputa primeiro para Marina Silva e depois para Aécio Neves, tanto num momento quanto no outro, Dilma só se saiu vitoriosa graças a uma campanha, apesar de sórdida, muito eficiente. O programa do PT foi capaz de jogar no colo de Aécio e de Marina uma série de coisas que posteriormente a própria Dilma viria a fazer.

O eleitor, convencido pela estratégia eficiente de João Santana, o marqueteiro de Dilma, “comprou” um produto defeituoso. O país da propaganda do PT estava longe de ser o Brasil que os brasileiros vivenciavam no dia a dia. Assim como em toda relação de consumo, quando o produto ou o serviço não supre as expectativas do cliente, ele pode solicitar reembolso ou troca do produto defeituoso, na política não é diferente.

Geralmente são esperados quatro anos para o eleitor poder se redimir do erro, mas se existem indícios de irregularidade numa gestão de uma prefeitura por exemplo, o Tribunal de Contas recomenda o afastamento, podendo ser nomeado o vice-prefeito, o presidente da Câmara ou até mesmo um interventor. Mas uma coisa é certa, a cidade não pode parar porque o prefeito se mostrou incapaz de governar para os seus eleitores.

Num condomínio, os condôminos elegem um síndico, um subsíndico, o conselho fiscal, etc. Caso o síndico não consiga fazer com que o condomínio resolva os anseios daqueles que contribuem financeiramente para o bom andamento do prédio, eles se reúnem e dão um jeito de afastar o síndico. Não podem esperar o término do mandato porque o condomínio não aguenta tanto tempo.

Assim como numa cidade pequena ou num simples condomínio que não funcionam como era pra funcionar, no país não é diferente. Além de existir a variável corrupção, a economia do país vai mal, a figura da presidente da República não inspira confiança e ela é incapaz de apontar um norte para o Brasil porque além de não ser política, Dilma também se mostrou uma péssima gestora, fazendo cair por terra a imagem que o marketing de João Santana ajudou a criar.

Quando os brasileiros elegeram Dilma Rousseff em outubro do ano passado, também elegeram um vice-presidente que constitucionalmente foi eleito para substituir Dilma quando necessário, temporária ou até mesmo definitivamente. Diferentemente do que querem pregar os adeptos do PT, a saída de Dilma não seria um golpe da oposição, muito menos de Michel Temer ou de Eduardo Cunha. Se ela realmente cair é porque perdeu as condições políticas de continuar no cargo. Ela paralisou o Brasil de tal maneira que mesmo com a sua saída, Michel Temer na condição de herdeiro da presidência da República precisará de muito traquejo político e jogo de cintura para pelo menos quebrar o ciclo de crise política, econômica e institucional que Dilma colocou o país.

Dilma não possui mais a menor condição de ocupar a presidência da República. Está sitiada no Palácio do Planalto, refém de tudo e de todos, além disso prejudicando o país com a sua incapacidade. Então o impeachment não é somente mais uma saída para o Brasil, mas sobretudo a única saída que o país possui para poder virar a página e voltar a ser um país de fato e de direito.

Movimento – Cada vez mais próximo de virar presidente da República, Michel Temer tem se movimentado bastante nos bastidores para dialogar com o empresariado, com os governadores, com o congresso nacional, etc. Ele sabe que ao ocupar a presidência da República precisará pregar a união para sair da crise, e nada melhor do que dialogar com aqueles que podem dar sustentação ao seu futuro governo.

Chantagem – O Palácio do Planalto definiu como chantagem a abertura do impeachment por parte de Eduardo Cunha, mas quem chantageia dificilmente coloca a chantagem em prática. Logo o PT, que ao longo dos anos utilizou a chantagem como arma eleitoral ao dizer que caso os adversários vencessem a eleição eles acabariam com o Bolsa-Familia. Se isso não é chantagem, qual é o outro nome?

Dois pesos – Nos governos Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, o PT defendeu com unhas e dentes o impeachment dos presidentes. No de Collor, que acabou acontecendo, o PT liderou o processo para defenestrar o presidente do cargo e se negou a contribuir com o governo de união nacional proposto por Itamar Franco. Agora, com o impeachment de Dilma em curso, o PT acha que é golpe.

Suspenso – A executiva nacional do Partido dos Trabalhadores decidiu suspender por sessenta dias a filiação do senador Delcídio Amaral (MS), que foi preso na semana passada por atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Quando foi preso, Delcídio ocupava o posto de líder do governo Dilma Rousseff no Senado.

RÁPIDAS

Visita – A presidente  Dilma Rousseff desembarcará neste sábado no Recife para lançar um plano de ação contra o Aedes aegypit, que causa várias tipos de doenças, entre elas a dengue e a zika. O evento será no Centro de Operações do Comando Militar do Nordeste, no bairro do Curado.

Risco – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) declarou em Lisboa nesta sexta-feira que está acompanhando com “apreensão” o quadro político brasileiro porque “se o sentimento se generalizar, a presidente terá muita dificuldade de evitar o impeachment”.

Inocente quer saber – Caso Dilma Rousseff seja impichada, o ministro Armando Monteiro voltará para o Senado?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:05 am do dia 3 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta quinta-feira

Agora tudo ficará por conta do imponderável 

Tudo começou em junho de 2013. As manifestações contra a presidente Dilma Rousseff durante a Copa das Confederações ganharam uma repercussão nunca antes vista na história do Brasil, e teve como consequência um desabamento da popularidade da presidente, que era uma popularidade fictícia porque Dilma governava o país numa espécie de piloto automático sem levar em consideração as constantes mutações que ocorrem na política.

As manifestações foram se agravando com o passar do tempo, a insatisfação foi tomando conta da população que foi rejeitando cada vez mais os políticos e o governo da presidente Dilma Rousseff. Essa situação se agravou mais ainda no processo eleitoral de 2014, onde houve uma clara divisão entre os que almejavam o fim do ciclo petista no governo federal e aqueles que não queriam a volta do PSDB.

Com uma comunicação mais eficiente, utilizando de argumentos pouco republicanos, a campanha de Dilma Rousseff conseguiu uma vantagem mínima de três milhões de votos sobre Aécio Neves, que disputou o segundo turno contra Dilma. Aquele processo naturalmente deixaria sequelas para o governo Dilma, que uma semana depois de reeleito aplicou um tarifaço, evidenciando alguns indícios de que o PT havia cometido um estelionato eleitoral.

Passado o fim do ano de 2014 e a reforma ministerial, a política brasileira voltou os olhos para a eleição da mesa diretora da Câmara dos Deputados, um processo onde se esperava uma hegemonia do Palácio do Planalto, porém o então líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha, que já tinha criado alguns problemas para a presidente Dilma no seu primeiro mandato, se lançou candidato a presidente e impôs uma acachapante derrota ao Palácio do Planalto, mostrando que o segundo mandato de Dilma seria uma via crucis.

Os meses se passaram e a agenda negativa só fez aumentar. Primeiro a falta de condições do governo de implantar o ajuste fiscal na sua totalidade, depois a aprovação de algumas pautas-bomba por parte do Congresso que forçaram a presidente a vetá-las e consequentemente se desgastar ainda mais com a sociedade. A popularidade de Dilma que desde 2013 já não era das melhores, ficou praticamente insustentável. Num governo fraco todos perdem e Dilma foi colecionando derrotas, dentre elas a rejeição das suas de 2014 pelo TCU por unanimidade. Ali foi o ponto alto de que o governo já havia ido para as cucuias.

Dilma então resolveu fazer uma reforma ministerial que não surtiu o menor efeito. A única coisa consideravelmente positiva foi a saída de Aloizio Mercadante para dar lugar a Jacques Wagner na Casa Civil. Mesmo assim o estrago já estava tão grande que Wagner não conseguiu fazer muita coisa. Pra completar o país se afundou numa crise econômica nunca antes vista na sua história, com inflação alta, desemprego atingindo os maiores níveis dos últimos anos, os escândalos de corrupção cada vez mais recorrentes e Dilma incapaz de criar uma agenda positiva por mínima que fosse.

A queda de braço entre o Palácio do Planalto e o presidente da Câmara dos Deputados foi se agravando. Com ameaças de ambos os lados, já que os dois estão em situação periclitante perante a opinião pública, Eduardo Cunha colocou em prática ontem o maior petardo que poderia ter acontecido ao Planalto, que foi a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O processo de impeachment, que já ocorreu com Fernando Collor, é um processo meramente político, que a gente sabe como começa mas não sabe como termina. Ele tem enredo próprio e imponderável. Apenas alguns indícios podem apontar que o caminho do impeachment é praticamente irreversível porque a presidente precisaria de 171 votos para sepultá-lo, porém só pode contar efetivamente com 120 dos 513 deputados federais. Já a oposição oficial tem 100 votos, mas deve contar com apoios de partidos que estão com o governo mas não são necessariamente governistas. Pelos cálculos de um parlamentar da oposição, Dilma teria a seu favor cerca de 110 a 120 votos, enquanto os adeptos do impeachment podem chegar a pelo menos 250.

Seriam necessários 342 votos para afastar Dilma do cargo, então estariam em jogo os votos de 142 deputados federais que poderiam ir com o governo (seriam necessários mais 52 votos) ou os que iriam com a oposição (o que precisaria de 92 votos). O governo sem recursos e com a popularidade em baixa não teria muito o que oferecer. A oposição também não tinha o que oferecer a esses deputados, mas como a votação é aberta, a pressão da opinião pública pode ser fundamental para o afastamento de Dilma, já que de acordo com o Datafolha quase 70% da população é favorável ao impeachment.

Em Brasilia há uma máxima de que o político é solidário até na hora de pegar na alça do caixão, mas na hora de ir para o túmulo junto com o morto ele acaba pulando fora. Então se há alguma previsão nesta novela do impeachment de Dilma é que ele tem maiores chances de prosperar do que efetivamente ser arquivado.

Hemobrás – O deputado e presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Aluisio Lessa realiza hoje às 9h audiência pública para debater os avanços da Hemobrás no contexto da produção de hemoderivados no país. O diretor da Hemobrás. Mozart Sales irá expor dos dados da empresa. Estratégica para o Sistema Único de Saúde (SUS), a Hemobrás tem como objetivo produzir medicamentos a partir do plasma sanguíneo. Seu funcionamento pleno deve acontecer somente em 2020 e está estimado chegar ao patamar de R$ 850 milhões. A audiência acontecerá no dia auditório da Alepe, 6º andar, Anexo I, Edf. Senador Nilo Coelho.

Embasamento – O líder do DEM na Câmara Federal, deputado Mendonça Filho, disse ontem que o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff deferido pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem embasamento jurídico e sustentação política. Segundo Mendonça, as “pedaladas fiscais” de 2014, que levaram o Tribunal de Contas da União a recomendar a rejeição das contas da presidente daquele exercício, justificam o afastamento da presidente.

Atricon – A assembleia geral da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) reelegeu ontem, por unanimidade, o presidente Valdecir Fernandes Pascoal (TCE-PE) para permanecer à frente da entidade no biênio 2016-2017. A eleição foi realizada no Hotel Sheraton da Reserva do Paiva.

Cúpula – Na avaliação do Palácio do Planalto a cúpula do PMDB, composta pelo vice-presidente Michel Temer e pelo presidente do Senado Renan Calheiros, avalizou a decisão de Eduardo Cunha de dar prosseguimento ao processo de impeachment. Na ótica do Planalto, Cunha não daria esse passo sem a concordância dos correligionários.

RÁPIDAS

Ciretran – Por articulação do deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD), o Detran, que é comandado por Charles Ribeiro, correligionário de Rodrigo, poderá implanatar uma Ciretran no município de Floresta. Os estudos estão sendo feitos com base nas frotas de Itacuruba, Petrolândia, Jatobá, Tacaratu, Belém do São Francisco e Inajá, que ficam no entorno de Floresta.

Reforço – O prefeito Geraldo Julio terá o reforço das tropas do Exército nas ações de combate ao mosquito Aedes Aegypt, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, este último relacionado a casos de microcefalia em todo o Estado de Pernambuco.

Inocente quer saber – Não seria melhor Dilma Rousseff renunciar ao mandato?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 21:54 pm do dia 2 de dezembro de 2015

Eduardo Cunha anuncia que autorizou processo de impeachment de Dilma

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, informou nesta quarta-feira (2) que autorizou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O peemedebista afirmou que, dos sete pedidos de afastamento que ainda estavam aguardando sua análise, ele deu andamento ao requerimento formulado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.

O pedido de Bicudo – um dos fundadores do PT – inclui as chamadas “pedaladas fiscais” do governo em 2015, como é chamada a prática de atrasar repasses a bancos públicos a fim de cumprir as metas parciais da previsão orçamentária.

“Quanto ao pedido mais comentado por vocês proferi a decisão com o acolhimento da denúncia. Ele traz a edição de decretos editados em descumprimento com a lei. Consequentemente mesmo a votação do PLN 5 não supre a irregularidade”, disse Cunha em entrevista coletiva na Câmara.
A decisão ocorreu no mesmo dia em que a bancada do PT na Câmara anunciou que vai votar pela continuidade do processo de cassação de Cunha no Conselho de Ética. Ao longo do dia, Cunha passou a consultar aliados sobre a possibilidade de abrir o processo de impeachment da presidente da República.

Na tarde desta quarta, o peemedebista tratou do assunto, em seu gabinete, com deputados de PP, PSC, PMDB, DEM, PR e SD. Segundo parlamentares ouvidos pelo G1, ele queria checar se teria apoio dos partidos caso decidisse autorizar o impeachment.

Nos bastidores, aliados do presidente da Câmara mandavam recados ao Palácio do Planalto de que ele iria deflagrar o processo de afastamento da presidente se o Conselho de Ética desse andamento ao processo de quebra de decoro parlamentar que pode cassar o mandato dele.

Comissão especial
Com a ordem de Cunha, será criada uma comissão especial na Câmara que será responsável por elaborar um parecer pelo prosseguimento ou arquivamento do processo de impeachment. O relatório terá de ser apreciado pelo plenário principal da Casa.

Para ser aprovado, o parecer dependerá do apoio de, pelo menos, dois terços dos 513 deputados (342 votos). Se os parlamentares decidirem pela abertura do processo de impeachment, Dilma será obrigada a se afastar do cargo por 180 dias, e o processo seguirá para julgamento do Senado.

Na entrevista coletiva desta quarta, Cunha confirmou que já havia autorizado a criação da comissão especial.

“Não falei com ninguém do Palácio. É uma decisão de muita reflexão, de muita dificuldade. […] Não quis ocupar a presidência da Câmara para ser o protagonista da aceitação de um pedido de impeachment. Não era esse o meu objetivo. Mas, repito, nunca, na história de um mandato houve tantos pedidos de impeachment como neste mandato”, ressaltou o peemedebista.

Conselho de Ética
Na tarde desta quarta, os deputados do PT decidiram, em uma reunião na Câmara, que os três integrantes do partido no Conselho de Ética – Zé Geraldo (PT-PA), Léo de Brito (PT-AC) e Valmir Prascidelli (PT-SP) – irão votar acatar o relatório prévio do deputado Fausto Pinato (PRB) que recomenda a continuidade do processo que investiga Cunha.

O Conselho de Ética começou a analisar o parecer preliminar de Pinato nesta terça (1º), porém, manobras de aliados de Cunha acabaram inviabilizando a votação. O colegiado tentou retomar o debate nesta quarta, mas, devido à sessão do Congresso Nacional, o presidente do Conselho, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), teve de adiar novamente a apreciação do relatório.

Pelo regimento interno do Congresso, votações no plenário impedem qualquer deliberação nas comissões da Câmara e do Senado. A análise do relatório foi remarcada para a próxima terça (8).
Diante da decisão do PT de não apoiar Cunha no Conselho de Ética, deputados do Solidariedade tentaram convencer Eduardo Cunha a abrir o processo de afastamento de Dilma antes de terça, quando o parecer de Fausto Pinato poderá ser analisado.

O deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, argumentou ao peemedebista que há pelo menos três integrantes do Conselho de Ética – do DEM, do PSB e do PTB – que poderão mudar o voto e defender o arquivamento do processo de Cunha, se o presidente da Câmara decidir sobre o impeachment até a próxima reunião do colegiado.

“Acho que o PT deu para nós oportunidade única. Tem muita gente que, se tivesse pedido de impeachment, mudava de opinião. Acho que ele tem que decidir até terça”, defendeu Paulinho da Força.

Deputados de outros partidos da oposição se reuniram na tarde desta quarta no gabinete da liderança do DEM para avaliar as chances de Cunha deflagrar o impeachment. Além do DEM, participaram da discussão deputados do Solidariedade, do PPS e da ala do PMDB que se opõe ao governo.

No início da tarde, quando a bancada do PT fazia reunião para decidir se apoiaria o parecer de Pinato, o presidente da Câmara estava reunido com deputados aliados. Ele foi informado por um deputado do PT, por telefone, da decisão da bancada.

Segundo aliados de Cunha ouvidos pelo G1, logo depois o presidente da Câmara iniciou a consulta dos líderes e deputados sobre o impeachment.

Arquivado em: Brasil, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 2:59 am do dia 1 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta terça-feira

Governo Dilma Rousseff prejudicou até as eleições municipais de 2016

Não é novidade pra ninguém que o governo da presidente Dilma Rousseff é um fracasso generalizado onde várias atividades do país ficaram estranguladas por absoluta falta de gestão e incompetência do Palácio do Planalto. As mentiras ditas pelo PT no programa eleitoral gratuito configuraram o maior estelionato eleitoral da história do Brasil. O cenário econômico e político conturbado causado pelo desgoverno Dilma Rousseff comprova que os brasileiros fizeram uma péssima escolha nas eleições de 2014.

De todos os problemas apresentados até agora, talvez o mais alarmante foi a decisão do TSE de não utilizar as urnas eletrônicas nas eleições do ano que vem por absoluta falta de recursos. O país, que desde 1996 foi implementando paulatinamente as urnas eletrônicas nas eleições, chegando a universalizar em 2000, possibilitando uma maior rapidez no processo e sobretudo na apuração, terá em 2016 um grande retrocesso com a eleição voltando a ser feita em cédulas de papel. Além do processo ser mais demorado que o habitual, o resultado da eleição deverá passar das 48 horas após o pleito para ser divulgado.

O simbolismo da decisão do TSE divulgada ontem aponta para uma quebradeira generalizada do país, colocando em risco as instituições e até mesmo a democracia. O governo Dilma Rousseff caminha a passos largos para ser o pior de toda a história do Brasil porque engessou o país de tal maneira que será dificilimo reconstruir a república em pouco tempo.

O governo Dilma Rousseff conseguiu acabar em cinco anos com o que os governos que o antecederam fizeram, sobretudo os de Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Lula, que colocaram o país num ciclo virtuoso de aperfeiçoamento não só da economia mas sobretudo das instituições. Será muito difícil para o país se reestruturar após o fiasco de Dilma Rousseff.

Os adeptos da manutenção do mandato de Dilma devem ter argumentos mais consistentes do que os apresentados até aqui, porque com a decisão de ontem ficou evidente que o governo Dilma Rousseff não existe mais, restando apenas um desgoverno da pior espécie possível que coloca em xeque todos os avanços obtidos pelos ex-presidentes Lula, FHC e Itamar.

Diária – Apesar do governo federal obrigar os brasileiros a apertarem os cintos por conta da crise, a presidente Dilma Rousseff não faz nem um pouco de esforço pra economizar nas suas mordomias pessoais. Na COP 21, em Paris, a presidente ficou hospedada numa suíte no hotel Le Bristol que a diária custa 17 mil euros, o equivalente a R$ 70 mil.

Vitória – No encontro realizado ontem em Gravatá do governo de Pernambuco com os prefeitos, os presentes especularam a possível candidatura do deputado estadual Aglaílson Junior (PSB) a prefeito de Vitória de Santo Antão nas eleições do ano que vem. Vitória é comandada pelo prefeito Elias Lira (PSD), que já foi reeleito.

Inquéritos – O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ontem ao Supremo Tribunal Federal a abertura de mais dois inquéritos na Operação Lava Jato para investigar os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) – presidente do Senado – Delcídio do Amaral (PT-MS), e Jader Barbalho (PMDB-PA).

Prêmio – O deputado federal Augusto Coutinho, do Solidariedade, foi contemplado na tarde de ontem, com o Prêmio Cebrasse na categoria “Atuação Parlamentar”. A quinta edição do evento realizado no Maksoud Hotel, em São Paulo, tem a finalidade de destacar o desempenho de personalidades, empresas e entidades nas áreas de atividades econômica, política e social que trabalham pela melhoria da qualidade de vida da população brasileira.

RÁPIDAS

Investimento – Com o surto de microcefalia no estado, o governador Paulo Câmara agiu rápido e investirá R$ 25 milhões para ajudar na solução do problema. Do valor, R$ 5 milhões serão gastos com campanhas educativas, R$ 5 milhões na aquisição de equipamentos e R$ 15 milhões serão investidos na estruturação de centros regionais para atendimento de crianças com microcefalia.

Música – Causou grande repercussão nas redes sociais a música do cantor pernambucano João do Morro que faz inúmeras críticas à presidente Dilma Rousseff. Com as palavras de baixo calão já habituais em suas múnicas, João do Morro não aliviou para a presidente e o PT estadual não gostou nem um pouco da “homenagem”.

Inocente quer saber – O que mais falta acontecer para o impeachment de Dilma Rousseff ser executado?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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