Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 13:29 pm do dia 20 de janeiro de 2016

Brasil terá mais 700 mil desempregados em 2016, estima OIT

Agência O Globo – O Brasil que terá uma das maiores altas no número de desempregados entre os países emergentes, informou um relatório Organização Internacional do Trabalho divulgado nesta terça-feira. Segundo a entidade, o número de desempregados no Brasil subirá de 7,7 milhões em 2015 (7,2%) para 8,4 milhões em 2016 (7,7%), chegando à estabilidade em 2017.

O documento prevê um forte aumento do desemprego em 2016 e 2017, principalmente nos países afetados pela desaceleração da China e pela queda no preço das commodities, como o Brasil, afirma o relatório “Emprego Mundial e Perspectiva Social”, apresentado em Genebra, segundo a AFP.

O relatório aponta que o desemprego mundial afetava 197,1 milhões de pessoas no ano passado, “cerca de um milhão a mais do que no ano anterior, e 27 milhões a mais do que nos anos anteriores à crise de 2008”. A OIT estima que o número total de desempregados no mundo vai ultrapassar 200 milhões pela primeira vez em 2017, acima do número do ano passado e da projeção de 199,4 milhões para este ano.

“O número de desempregados em nível mundial aumentará em 2,3 milhões em 2016, e em 2017 em 1,1 milhão. A maior parte desse crescimento acontecerá nas economias emergentes” e os principais afetados serão Brasil (mais 700 mil desocupados) e China (mais 800 mil), afirma a entidade.

— O desemprego aumentou no ano passado e o que mais nos preocupa é que isso continuará acontecendo nesse ano e em 2017 — disse o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, em coletiva de imprensa, segundo a agência de notícias.

Na América Latina, as projeções da OIT estimam um aumento do número de desempregados de 19,9 milhões em 2015 (6,5% da mão de obra ativa) a 21 milhões em 2016 (6,7%) e 21,2 milhões em 2017 (igual porcentagem). A crise não só afeta o emprego de milhares de pessoas, como piora seriamente as condições de trabalho, atingindo as classes médias e aumentando a instabilidade social.

— A clara desaceleração das economias emergentes, combinada com a forte queda dos preços das matérias-primas, tem um impacto considerável no mundo do trabalho — disse Ryder, de acordo com a AFP.

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Postado por Edmar Lyra às 13:17 pm do dia 20 de janeiro de 2016

‘O negócio do Collor é dinheiro’, afirma Cerveró em depoimento

Estadão Conteúdo – O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró citou o senador Fernando Collor (PTB-AL) em suas declarações à Procuradoria-Geral da República, preliminares ao acerto de colaboração premiada que firmou na Operação Lava Jato. Segundo o delator, “o negócio do Collor é dinheiro, ela não arrecada para partido, mas para ele mesmo.”

Cerveró fechou o acordo no dia 18 novembro de 2015. O executivo está preso desde janeiro do ano passado.

No documento entregue ao Ministério Público Federal, o delator afirmou que estudou com Collor no Rio e “sabe que o mesmo é rico de família e muito esbanjador”.

O delator citou o ex-ministro do governo Collor Pedro Paulo Leoni Ramos, apontado pelos investigadores da Lava Jato como operador de propinas do senador. “Soube através de Pedro Paulo Ramos, que foi paga propina e que foi repassado para Collor, pelo próprio Pedro Paulo Ramos, mas não sabe precisar o valor correto. Mas em certa oportunidade, Pedro Paulo Ramos mostrou uma tabela de valores mensais para Fernando Collor, que chegava, na margem de milhões de reais”, afirmou.

Collor já foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela suposta prática de corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato. O senador também é alvo de outros dois inquéritos sobre o tema.

O delator declarou ao Ministério Público Federal que já esteve na Casa da Dinda, residência do senador, em Brasília. “O lugar é nababesco.” Cerveró foi diretor de Internacional da Petrobras entre 2003 e 2008. Após ser exonerado do cargo, assumiu a diretoria financeira da BR Distribuidora, subsidiária da estatal, onde ficou até 2014.

O nome de Collor foi citado pelo ex-diretor da Petrobras em um documento intitulado “Assunto: Construção de bases da UTC”. Segundo Cerveró, durante o período em que ele estava na BR Distribuidora – onde ocupou o cargo de diretor financeiro – , foram “realizadas licitações (todas direcionadas) para a UTC construir bases de tancagem e armazenamento para a subsidiária”. O delator afirmou que todas foram aprovadas por todas as diretorias da BR Distribuidora.

“Assim, aprovadas as construções, foram realizadas licitações, sendo que a UTC restou como ganhadora e construiu as bases de Porto Nacional/TO, base do Acre e uma reforma de outra base da qual não se recorda o nome. A diretoria responsável pela construção das bases era a diretoria de Engenharia e Serviços, cujo diretor era José Zonis, indicado pelo senador Fernando Collor”, diz o delator na sua declaração.

À Procuradoria, Cerveró relatou que participou da aprovação e dos pagamentos das bases, cujo orçamento era na casa de R$ 500 milhões, mas não recebeu nenhuma propina. De acordo com o delator, neste caso, a propina não foi compartilhada com todas as diretorias.

“Somente recebeu a diretoria de Engenharia e Serviços, que repassou a propina ao senador Fernando Collor. Em outras situações que serão apresentadas no futura, a propina foi compartilhada”, sustentou.

“Zonis em outras oportunidades comentou que Collor sempre cobrava propina dos negócios relacionados a diretoria dele, sendo que inclusive Zonis foi substituído por Vilson por determinação de Collor, já que não atendeu a todas as demandas do senador”, disse.

No capítulo “Conhecimento do fato”, registrado pela Procuradoria, Cerveró reiterou. “A UTC deve ter o registro do pagamento para Pedro Paulo, que repassava para Collor. (…) Collor tinha grande influência na BR, pois havia indicado o presidente Lima e tinha as diretorias de Serviços e rede de postos.”

Um dos delatores da Lava Jato, Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, disse que repassou a Collor R$ 20 milhões para conseguir obras de infraestrutura na BR licitadas na gestão do presidente José Lima de Andrade Neto.

Defesas

“O vazamento parcial de declarações atribuídas a Nestor Cerveró é ilegal e busca covardemente verificar alvos escolhidos junto à opinião pública. O senador Fernando Collor não teve qualquer participação ou ingerência em processos internos e licitações realizadas pela BR Distribuidora, bem como jamais recebeu recursos ilícitos da UTC, nem diretamente nem por interposta pessoa”, disse a defesa de Collor.

A reportagem não conseguiu localizar o ex-presidente da BR Distribuidora José Lima de Andrade Neto e o executivo José Zonis

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Postado por Edmar Lyra às 22:54 pm do dia 19 de janeiro de 2016

Família de Eduardo Campos divulga nota sobre relatório do CENIPA

A família do ex-Governador Eduardo Campos, a propósito da divulgação do Relatório Final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – CENIPA, sobre as causas do acidente aéreo que o vitimou em agosto de 2014, juntamente com seus companheiros, presta os seguintes esclarecimentos:

Hoje foi concluída uma parte das investigações, a que ficou a critério do CENIPA. Ainda estão em curso as investigações a cargo da Procuradoria da República / Polícia Federal. E, dessa forma, a família aguardará sua conclusão.

A família sente necessidade de uma aprofundada análise do relatório do CENIPA, divulgado hoje. Mas, de pronto, lamenta que não tenha sido feito o teste com o simulador de voo.
Brasília, 19 de janeiro de 2016.

José Henrique Wanderley
Advogado

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Postado por Edmar Lyra às 18:40 pm do dia 19 de janeiro de 2016

Cansaço do piloto causou acidente de Eduardo Campos, diz FAB

Do Estadão Conteúdo

O cansaço de Marcos Martins, piloto do avião que caiu em Santos (SP), em 13 de agosto de 2014, matando o então candidato do PSB e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e outras seis pessoas, foi um dos fatores contribuintes para o desastre, que teve uma sequência de falhas humanas.

O relatório com o resultado das investigações realizadas nos últimos 17 meses pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) será apresentado hoje, às 13 horas, aos familiares de todos que estavam no voo e, em seguida, para a imprensa.

Além do uso de “atalho” para acelerar o procedimento de descida na Base Aérea de Santos, outro problema detectado durante os trabalhos foi a falta de treinamento do piloto, específico para aquela aeronave, um Cessna 560 XL, que levou à Aeronáutica, inclusive, a emitir uma recomendação de segurança à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), três meses depois do acidente.

Durante as investigações foi detectado que a relação entre piloto e copiloto não era boa. Os dois tinham um histórico de atritos e o copiloto, Geraldo Magela Barbosa, teria pedido para não mais voar com Martins. O cansaço do piloto foi identificado pelo tom de voz de Martins no voo. Poucos dias antes do acidente, o próprio Martins já havia relatado, em redes sociais, que estava “cansadaço”.

Todo o perfil psicológico, pessoal e profissional dos dois pilotos foi levantado pela equipe que investigou as causas que levaram ao acidente. O quadro psicológico do copiloto foi amplamente analisado. O Cessna 560 XL saiu do aeroporto Santos Dumont, no Rio, rumo à Base Aérea de Santos, no Guarujá, em São Paulo.

Além de Eduardo Campos, morreram no acidente o fotógrafo Alexandre Severo, o jornalista Carlos Augusto Ramos Leal Filho, o Percol, o cinegrafista Marcelo de Oliveira Lyra, o ex-deputado Pedro Valadares Neto e os pilotos Marcos Martins e Geraldo Magela da Cunha.

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 18 de janeiro de 2016

Coluna do blog desta segunda-feira

A fragmentação do PSDB prejudica Aécio Neves

O PSDB é hoje o partido que possui a maior quantidade de quadros com maior densidade nacional, como o próprio senador Aécio Neves, que disputou a presidência da República em 2014, o governador Geraldo Alckmin, que disputou em 2006 e o senador José Serra, que disputou a presidência em duas ocasiões: 2002 e 2010.

Isso sem contar com outros nomes que possuem lastro político, como o senador Aloysio Nunes Ferreira e o senador Alvaro Dias, que recentemente trocou o PSDB pelo PV para ser candidato a presidente em 2018. Considerado o maior partido de oposição e a legenda que polarizou as últimas seis eleições presidenciais com o PT, o óbvio seria que a sigla se unisse em torno de um nome a fim que governar o país, mas isso não acontece nas hostes tucanas.

Os tucanos de alta plumagem Geraldo Alckmin e José Serra ensaiam trocar de partido em breve para viabilizar uma nova candidatura presidencial. Alckmin flerta com o PSB, enquanto Serra tem conversado sistematicamente com o PMDB em torno de sua candidatura presidencial. Isso sem contar com o governador de Goiás Marconi Perillo que não se sente muito confortável na sigla e planeja também disputar a presidência.

Essa fragmentação do PSDB é muito ruim para o partido, que sonha em lançar novamente Aécio Neves, mas o presidenciável tucano é incapaz de unificar a legenda em torno de um projeto político. Pelos próximos anos deveremos observar uma revoada do ninho tucano, que por muitos anos virou um gigante da política após juntar muitos dissidentes do MDB, e na segunda tentativa emplacar a presidência da República com Fernando Henrique Cardoso em 1994.

Com o cenário que está se desenhando para 2018 o PSDB deixa de ser a alternativa ao PT após dezesseis anos de hegemonia petista para ser um mero coadjuvante da disputa, que pode até vencer a eleição com Aécio Neves mas dependerá e muito do fator sorte, coisa que não acompanha os presidenciáveis tucanos a quatro eleiçōes consecutivas.

Renovação – Em Floresta o sentimento de oxigenação dos quadros da política parece ter contagiado os jovens. Alguns deles já estão no clima de pré-campanha e começaram a rodar o município em busca de apoios que viabilizem a candidatura. É o caso de Talles Cruz (PP), que vem se destacando pela disposição e capacidade de articulação.

Barreiros – Em Barreiros a disputa pela prefeitura tende a se polarizar entre João Baleia (PDT) e o atual prefeito Carlos Arthur (PSB). Corre por fora outro ex-prefeito, Toinho da Coca (PSDB). João Baleia foi prefeito de Barreiros durante os anos de 1996-2004 e é um forte nome para a disputa. A sua esposa comanda o município vizinho, São José da Coroa Grande e não tentará a reeleição.

Ameaça – O vereador Alberto Bezerra (PSDB) foi ameaçado de morte por assessores do pré-candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes e vereador do Recife Edmar de Oliveira (Solidariedade). A ameaça ocorreu durante a procissão de São Sebastião, em Cavaleiro, com a presença do pré-candidato. O assessor de Edmar afirmou que iria descarregar uma pistola no vereador tucano, que prontamente decidiu ir a uma delegacia de polícia abrir um boletim de ocorrência.

Vice – O deputado Lula Cabral (PSB) oferecerá a vaga de vice na sua chapa para prefeito ao vereador Gessé Valério, recém indicado pelo atual prefeito Vado da Farmácia como candidato a sua sucessão. Com o anúncio de Vado, o passe de Gessé ficou valorizado. O grande desafio dessa estratégia é desmontar a engenharia patrocinada pelo prefeito, que foi um verdadeiro xeque-mate em Lula.

RÁPIDAS

Aliança – O prefeito de Petrolina Julio Lóssio e o deputado Odacy Amorim ensaiam uma aliança para lançar um candidato a prefeito em Cabrobó. Com a movimentação de Odacy de se juntar a Lóssio, a construção que estava sendo feita pelo senador Fernando Bezerra Coelho para apoiar Odacy a prefeito indicando o vice pode ir por água a baixo.

Visita – O presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB/RJ) foi visto caminhando no calçadão de Boa Viagem no sábado. Prestes a voltar do recesso parlamentar, o presidente da Câmara deve ter vindo aproveitar as belas praias do litoral pernambucano.

Inocente quer saber – Além de aproveitar os encantos de Pernambuco, o que mais Eduardo Cunha veio fazer aqui?

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Postado por Edmar Lyra às 0:12 am do dia 11 de janeiro de 2016

Presidente de CPI quer convocar Jaques Wagner

Do Estadão Conteúdo

Após a divulgação de mensagens de celular em que supostamente atua na Funcef (Fundação dos Economiários Federais) – fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal – para favorecer a empreiteira OAS, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, entrou na mira da CPI dos Fundos de Pensão. De acordo com o presidente da Comissão, deputado Efraim Filho (DEM-PB), o petista deve ser convocado para prestar esclarecimentos assim que os trabalhos legislativos recomeçarem, no início de fevereiro.

Requerimentos para a convocação já foram preparados por parlamentares da oposição, mas ainda precisam ser votados. O presidente da CPI disse que vai atuar para conseguir a aprovação. “Já estão configurados os indícios de tráfico de influência e direcionamento dos negócios para interesses políticos partidários”, afirmou.

Reportagem publicada neste domingo pelo Estado mostra que conversas obtidas por investigadores da Operação Lava Jato no celular do ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, insinuam que Wagner teria atuado na intermediação de negócios entre a empreiteira e fundos de pensão. Meses após Pinheiro afirmar em mensagens que precisaria de “JW (em referência a Wagner) na aprovação final” de um negócio, a diretoria executiva da Funcef aprovou a compra de cotas de até R$ 500 milhões em um fundo da OAS.

A equipe de trabalho da CPI dos Fundos de Pensão tem três policiais federais entre os membros. De acordo com Efraim Filho, o grupo continua trabalhando nas investigações, mesmo durante o recesso parlamentar. Segundo ele, foi determinado um pente fino em investimentos relacionados à OAS em fundos de pensão.

A CPI trabalha com três pilares, aparelhamento das instituições, direcionamento dos negócios dos fundos de pensão para interesses partidários e tráfico de influência, onde entraria a apuração que envolve Wagner. “Nós já tínhamos informações de que havia trafico de influência. Essas mensagens de celular apresentam provas indiscutíveis do tráfico de influência nos fundos de pensão”, afirmou o deputado.

Cunha. Apesar de aparecer nas mensagens do ex-executivo da OAS, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não deve ser alvo da CPI. “Surgiu a história do Cunha e a OAS, mas são recursos do FGTS. O vínculo delas com os fundos de pensão é muito frágil”, avaliou Efraim Filho.

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Postado por Edmar Lyra às 23:17 pm do dia 10 de janeiro de 2016

Após recesso, Congresso deverá retomar trabalho de nove CPIs

Da Agência Brasil

Quando voltarem do recesso parlamentar, em fevereiro, deputados e senadores retomarão, entre suas atividades, os trabalhos das comissões parlamentares de inquérito (CPI) que estão em funcionamento. Atualmente, cinco CPIs estão em funcionamento na Câmara e quatro no Senado.

Na Câmara, a CPI dos Fundos de Pensão é a que tem provocado mais movimentação de governistas e oposicionistas. A comissão está em funcionamento desde agosto do ano passado e, pelo requerimento original, deveria ter sido encerrada em dezembro. No entanto, um requerimento de prorrogação foi aprovado, o que deu mais 60 dias para as investigações. Como os prazos ficam suspensos durante o recesso, a CPI será encerrada no dia 19 de março.

A comissão investiga se houve aplicação incorreta de recursos, entre 2003 e 2015, em quatro fundos de pensão: Petros (Petrobras), Funcef (Caixa Econômica Federal), Postalis (Correios) e Previ (Banco do Brasil). Nesse período, os fundos acumularam prejuízos que podem impactar no pagamento das aposentadorias dos servidores.

O relator da comissão, deputado Sérgio Souza (PMDB-PR), disse que pretende pedir novas quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico de investigados, segundo a agência Câmara. A CPI deverá propor, por exemplo, novas regras para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), vinculada ao Ministério da Previdência, na fiscalização dos fundos.

Outra comissão parlamentar de inquérito que mexeu com os deputados em 2015 e que ainda está pendente de conclusão é a CPI do BNDES. Após ter tido a conclusão adiada em 15 dias, a comissão deveria ter sido encerrada no dia 19 de dezembro, mas o relatório final não foi apresentado. A próxima reunião está marcada para o primeiro dia após o retorno dos deputados, 2 de fevereiro, quando devem ser apresentados relatórios setoriais que embasarão o relatório final.

Não há previsão de novos depoimentos. Em cinco meses, a comissão ouviu 21 pessoas, entre elas ex-presidentes do banco, o empresário Eike Batista, o pecuarista José Carlos Bumlai e o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco. A CPI investiga supostas irregularidades em empréstimos do banco, concedidos a empresas investigadas na Operação Lava Jato.

Ainda estão em funcionamento na Casa as CPIs dos Crimes Cibernéticos, que teve o prazo final adiado para 14 de março; dos Maus Tratos de Animais, que será concluída logo na volta do recesso, no dia 3 de fevereiro; e da Funai e Incra, cujo prazo inicial se esgota em 19 de abril, mas também pode ser prorrogado.

Senado

No Senado, a CPI que mais tem tido destaque é a que investiga suposta corrupção na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A comissão foi instalada em julho do ano passado e deveria ter terminado em dezembro, mas teve o prazo final prorrogado por mais seis meses que contam a partir do fim do recesso.

Presidida pelo senador Romário (PSB-RJ), a investigação da CPI envolveu a quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal dos três últimos presidentes da confederação: Marco Polo Del Nero, José Maria Marin (que está em prisão domiciliar nos Estados Unidos) e Ricardo Teixeira, além do acesso a documentos do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 e contratos da CBF com empresas parceiras.

Outra que teve prazo final prorrogado para agosto de 2016 foi a CPI das Próteses, que investiga um escândalo de fraudes na compra de próteses e órteses pelo Sistema Único de Saúde. A próxima reunião da comissão está marcada para o dia 8 de fevereiro.

Também retomará os trabalhos no dia 8, a CPI do HSBC, que investiga denúncias de que brasileiros enviaram dinheiro ilegalmente para contas do banco na Suíça. A comissão começou a apuração em março e esteve prestes a encerrar os trabalhos antecipadamente por não conseguir avançar.

No entanto, os senadores optaram por prorrogar os trabalhos até março deste ano. Mas, após algumas oitivas, os membros da comissão voltaram a concluir que não conseguiriam descobrir fatos novos e decidiram que o relatório final será apresentado logo que os trabalhos forem retomados.

O Senado tem ainda em funcionamento a CPI do Assassinato de Jovens, que já foi prorrogada e deverá ter os trabalhos concluídos também em março. Além disso, a CPI dos Fundos de Pensão aguarda para ser instalada na Casa, quando teve o requerimento de criação apresentado em julho do ano passado com o número de assinaturas necessárias, mas nunca ocorreu a reunião de instalação.

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 9 de janeiro de 2016

Coluna do blog deste sábado

A maldição da Casa Civil 

Desde a Era Petista iniciada em janeiro de 2003 com a vitória de Lula para a presidência da República, o Brasil teve nada menos que oito ministros da Casa Civil, que foram José Dirceu, Dilma Rousseff, Erenice Guerra, Carlos Eduardo Esteves, Antonio Palocci, Gleisi Hoffmann, Aloizio Mercadante e Jaques Wagner, dando uma média de menos de 20 meses de permanência para cada um, com destaque para Dilma Rousseff, que ficou quase cinco anos no cargo e Gleisi Hoffmann, que passou quase três anos na pasta.

Todos eles, exceto Dilma e Carlos Eduardo Esteves, que ficou como interino por pouco mais de dois meses, todos os demais ministros tiveram envolvimento em algum problema que acabaram saindo. Mercadante não teve problema de corrupção, mas foi substituído porque não estava dando conta do recado. O mesmo não se pode dizer do seu substituto, o ex-governador da Bahia Jaques Wagner, que assumiu o cargo com a incumbência de resolver os problemas de interlocução entre o Planalto e o Congresso Nacional acentuados no período em que Mercadante ocupou a pasta.

Wagner estava, aos trancos e barrancos, melhorando a situação do governo junto aos deputados e senadores, mas com a denúncia do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró de que o ministro recebeu recursos para a sua campanha em 2006 ao governo da Bahia, a situação do ex-governador ficou complicada.

Por ser uma pasta política com grande prestígio dentro do governo federal, a Casa Civil está sempre no olho do furacão, seja por falta de articulação política ou pelo excesso de “capacidade de arregimentação” de seus ocupantes. No caso de Wagner, aparenta que ele esteja no segundo grupo. O fato é que a denúncia contra o ministro veio na pior hora possivel.

Num momento em que o Congresso Nacional está de recesso e o governo federal vinha tentando construir uma nova imagem para tentar sepultar o impeachment, Dilma agora terá que enfrentar um contexto que pode culminar no afastamento de Wagner do cargo. Sem sombra de dúvidas é um grande abacaxi para a presidente descascar e fica comprovada, mais uma vez, a maldição da Casa Civil nos governos do PT.

Floresta – De acordo com informações de bastidores, a prefeita de Floresta Rorró Maniçoba (PSB) já teria definido o nome da candidata do seu grupo político à sua sucessão em outubro. Trata-se da secretária de Finanças Izabella Maniçoba (PSB). Havia forte expectativa de que Rorró pudesse apoiar o deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD), mas um desentendimento familiar entre ambos impossibilitou um acordo.

Calumbi – As costuras para o pleito de 2016 já começaram. Se depender do deputado federal Kaio Maniçoba (PHS), diversos parceiros serão lançados a prefeito com o aval dele nas próximas eleições. O município de Calumbi é um exemplo disso. Em visita à cidade anteontem, o parlamentar sacramentou o nome de Sandra da Farmácia para disputar a prefeitura da cidade. Sandra já pode ser considerada pré-candidata e contará com o apoio de Kaio e do ex-prefeito de Calumbi Dr. Cicero Simões e várias lideranças da região. Hoje, o município é administrado por Erivaldo José da Silva (PSB) que pretende fazer a sua sucessora.

Candidatura – Crescem as chances do presidente estadual do PV Carlos Augusto Costa, suplente de senador, ser candidato a prefeito do Recife em outubro. Ele tem se movimentado bastante na cidade e a expectativa é que ele possa ser oficializado. Ele foi eleito na chapa do governador Paulo Câmara como suplente de Fernando Bezerra Coelho e declarou quase R$ 6 milhões de bens, sendo um dos candidatos mais ricos de 2014.

Revoada – Após o senador Alvaro Dias (PR)  confirmar a sua saída do PSDB para se filiar ao PV, outros figurões tucanos podem mudar de partido nos próximos meses. Além do governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que deve ir para o PSB, o senador José Serra também deve mudar de partido para ser candidato a presidente. Ele estuda a ida para o PSD ou o PMDB. Apesar dos 51 milhões de votos, pelo visto Aécio não consegue unificar o partido em torno do seu novo vôo presidencial.

RÁPIDAS

Posse – O prefeito de Jaboatão, Elias Gomes (PSDB), empossou nesta sexta-feira (8) o ex-procurador-geral de Justiça do Estado, Paulo Bartolomeu Varejão, na Procuradoria do Município. Varejão é aposentado do cargo de procurador mas aceitou o convite do prefeito para dirigir a Procuradoria Municipal. Ele foi candidato a prefeito em 2008 contra o tucano mas reconhece que, sob o comando dele, o município avançou bastante e saiu das “páginas policiais”.

Petrolina – A disputa interna do PSB pela prefeitura de Petrolina protagonizada pelos deputados Lucas Ramos e Miguel Coelho começa a esquentar e ganhar as ruas do município. Miguel criticou ontem o colega deputado por estar querendo fazer uma “rinha política” a respeito da indicação de Miguel para comandar o partido no município.

Inocente quer saber – Geraldo Julio estaria com receio de disputar um segundo turno em outubro?

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Postado por Edmar Lyra às 18:37 pm do dia 6 de janeiro de 2016

Chamado de ‘chefe da quadrilha’, Michel Temer entra com processo contra Cid Gomes

Estadão Conteúdo – Sem alarde, o vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer, decidiu processar o ex-ministro da Educação de Dilma Rousseff e o ex-governador do Ceará Cid Gomes por declarações feitas durante convenção do PDT, no dia 17 de outubro passado, quando se filiou à legenda.

Durante a cerimônia, Cid acusou Temer de ser “chefe da quadrilha de achacadores que assola o Brasil” e disse que o País não iria avançar com o PMDB no Palácio do Planalto.

“Muito menos o Brasil pode avançar se entregar a Presidência da República ao símbolo do que há de mais fisiológico e podre na política brasileira, que é o PMDB liderado por Michel Temer, chefe dessa quadrilha que achaca e assola o nosso País” , afirmou o ex-ministro na ocasião.

No dia 5 de novembro, Temer e o PMDB ingressaram com uma representação criminal na Justiça Federal de Brasília contra o ex-governador cearense acusando-o de ter cometido os crimes de calúnia, injúria e difamação.

Na queixa-crime, o vice pede que as eventuais penas sejam aumentadas em um terço por três motivos: o crime ter sido cometido contra funcionário público, em razão de suas funções; na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação do fato; e contra pessoa maior de 60 anos.

O Ministério Público Federal no Distrito Federal apresentou parecer em que opina pelo parcial recebimento da queixa-crime proposta por Temer. Para o MP, a acusação para transformar Cid Gomes em réu deve ser recebida apenas quanto ao crime de injúria, quando há uma ofensa à dignidade ou ao decoro de alguém

A Justiça Federal do DF, contudo, não discutiu ainda o mérito da ação. O juiz Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal, decidiu remeter o caso para a Justiça Federal do Ceará por entender que a Seção Judiciária de Brasília não é competente para processar e julgar o fato. Segundo o magistrado, o Código de Processo Penal prevê que a competência será fixada em razão do lugar em que se consuma a infração – no caso, em Fortaleza.

“Declaro-me incompetente para processar a presente queixa-crime e determino a sua remessa a um dos juízos federais da Seção Judiciária de Fortaleza/CE, a que couber por distribuição, foro que tenho por competente”, decidiu Reis Bastos, em despacho de 30 de novembro. O caso ainda não chegou formalmente ao Judiciário cearense.

A reportagem do Broadcast Político não localizou a defesa de Cid Gomes para comentar a decisão de Temer de processá-lo. Cid e seu irmão Ciro Gomes – cotado para ser candidato a presidente pelo PDT em 2018 – são duros críticos da aliança de Dilma, uma ex-filiada do partido, com o PMDB.

Em entrevista na terça-feira, dia 5, Cid sugeriu à presidente que deixe o PT e se declare alheia ao processo eleitoral da sua sucessão como forma de tentar reverter os baixos índices de popularidade.

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 28 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta segunda-feira

Alvaro Dias se lança candidato a presidente pelo PV

Recentemente o senador Alvaro Dias anunciou a saída do PSDB por discordar dos rumos que o partido tomou, sobretudo no Paraná por dar carta branca para o governador Beto Richa, adversário de Dias, decidir pelo partido no estado. Alvaro foi governador, deputado estadual, deputado federal e exerce o quarto mandato como senador da República, nas eleições de 2010, por muito pouco não foi candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por José Serra, acabou tendo que abrir espaço para o desconhecido Índio da Costa, deputado federal pelo DEM.

Um dos mais aguerridos opositores do PT, Alvaro Dias foi reeleito para o Senado em 2014 com 77% dos votos válidos e agora se filiou ao PV, onde será a estrela do programa partidário da sigla que irá ao ar no dia 12 de janeiro, já sendo enaltecido como pré-candidato à presidência da República em 2018. Alvaro Dias é um político bastante respeitado não só pelos pares como também pela sociedade brasileira, que vislumbra nele um político decente, trabalhador, honesto e sem máculas como a maioria dos políticos.

Sua candidatura presidencial, até pela questão do escasso tempo de televisão do PV, não entra como favorita, mas serve para qualificar o debate, já que ele é um dos melhores senadores do país, com excelente retórica e bastante antenado com as ruas e as redes sociais. Um dos pontos que contribuíram para a ida de Alvaro Dias para o PV foi o fato do partido não estar atrelado a escândalos de corrupção, o que contribui para o discurso ético que o presidenciável deverá adotar em 2018.

Após aparecer como novo filiado do PV e pré-candidato a presidente, Alvaro Dias terá a missão de fortalecer a sigla e viabilizar candidaturas representativas já nas eleições municipais do ano que vem, porque as duas candidaturas presidenciais de Marina Silva seviram pra mostrar que não basta apenas ter discurso, é preciso ter uma logística capaz de difundir o projeto nos estados, e nada melhor que candidatos representativos e competitivos para dar sustentação ao candidato Alvaro Dias.

Águas Belas – Em pesquisa realizada pela Naipes Consultoria sobre a disputa pela prefeitura no ano que vem, o pré-candidato Aureliano Pinto (PDT) aparece liderando a corrida pelo executivo municipal com 39% das intenções de voto, seguido pelo tucano Numeriano Martins com 24% e o socialista Agean Tenório, que tem 12%. Ainda de acordo com o levantamento a gestão do prefeito Genivaldo Menezes (PT) é reprovada por quase 60% dos entrevistados.

Vistoria – O prefeito Geraldo Julio realiza hoje uma vistoria nas obras da Via Mangue. A obra, que era uma das promessas das gestões do PT, tem tudo para sair do papel ainda no primeiro semestre do ano que vem. A Via Mangue atrasou, dentre outros fatores, por conta da escassez de recursos federais, já que o governo da presidente Dilma Rousseff tem fechado as torneiras para o Recife há muito tempo.

Fora Cunha – O Ibope fez um levantamento entre os dias 5 e 9 de dezembro com 2002 eleitores sobre a situação do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. Nada menos que 86% dos entrevistados querem que Cunha saia do cargo de presidente da Câmara bem como a cassação do seu mandato de deputado federal.

Fora Dilma – No mesmo levantamento feito pelo Ibope, desta vez sobre a situação de Dilma Rousseff, 67% dos entrevistados querem o impedimento da presidente, enquanto 28% são contrários ao impeachment. Além disso, 90% dos que defendem a saída de Dilma querem também a saída de Cunha do cargo.

RÁPIDAS

Interlocutor – O secretário executivo de Articulação Parlamentar André Campos foi considerado pelos deputados estaduais o melhor interlocutor do Palácio do Campo das Princesas em 2015. De acordo com um parlamentar, não há um pleito que não tenha um encaminhamento por parte de André Campos, que já foi deputado estadual por três mandatos.

Partidos – Após serem criados nada menos que 33 partidos políticos, o TSE decidiu colocar um fim na farra das legendas que são criadas exclusivamente para ganhar dinheiro, seja através do fundo partidário, seja através das negociatas das campanhas eleitorais. Agora serão cruzados os dados dos eleitores que assinam manifesto de criação dos partidos, caso eles sejam filiados a outras siglas a assinatura será invalidada.

Inocente quer saber – Dilma conseguiu mesmo sepultar o impeachment de uma vez por todas?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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