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Postado por Edmar Lyra às 3:52 am do dia 11 de março de 2013 Deixe um comentário

A autofagia do PT pernambucano.

 

Em 2000 o Partido dos Trabalhadores alcançava o seu maior êxito na política pernambucana com a vitória de João Paulo contra o então prefeito do Recife que disputava a reeleição Roberto Magalhães. No ano de 2002, a maior vitória da história do PT foi a chegada de Lula na presidência da República. Naquele mesmo ano o PT disputou com Humberto Costa o Palácio do Campo das Princesas e perdeu para Jarbas Vasconcelos que disputava e conquistou a reeleição.

A frente da Prefeitura do Recife, João Paulo obteve uma nova vitória, sendo reeleito contra Cadoca e Joaquim Francisco ainda no primeiro turno em 2004. No ano de 2006 Humberto Costa era o favorito para alcançar o Palácio do Campo das Princesas contra o então governador Mendonça Filho (PFL) e o então deputado federal Eduardo Campos (PSB). Tanto Humberto quanto Eduardo tinham sido ministros de Lula, enquanto Eduardo ocupava o modesto Ministério da Ciência e Tecnologia, Humberto ocupava o vistoso Ministério da Saúde.

Veio o caso dos Sanguessugas que tirou de Humberto a chance de ser governador, colocando Eduardo Campos e Mendonça Filho no segundo turno, consequentemente dando a Eduardo uma vitória inesquecível.

No ano de 2008, depois de ter sido rifado da disputa pelo Palácio do Campo das Princesas, João Paulo empurrou goela abaixo a candidatura de João da Costa e conseguiu o apoio de toda a Frente Popular em torno do seu pupilo, que saiu vitorioso novamente no primeiro turno. Neste ínterim, Humberto era secretário das Cidades, sendo responsável pelo Detran, CNH Popular e uma série de programas que lhe davam visibilidade.

No ano de 2010, disputaram o Senado na chapa de Eduardo Campos, Armando Monteiro (PTB) e o próprio Humberto Costa, então favorito a primeira vaga. As urnas se abriram e o petebista desbancou o petista, ficando com a primeira vaga. Humberto também foi vitorioso, vencendo a sua primeira eleição majoritária que disputou, mas foi o segundo senador.

Na Câmara Alta, Humberto se notabilizou por ser um bom senador e estar em sintonia com a presidenta Dilma Rousseff e o governador Eduardo Campos, até cair na besteira de se envolver na briga de João da Costa e João Paulo. Imaginando ser o candidato de toda a Frente Popular a prefeito do Recife nas eleições de 2012. Ledo engano, foi imposto pela executiva nacional, disputou com o PT rachado e perdeu as condições políticas para juntar a Frente Popular em torno dele.

O resultado todos já sabem: a dupla Humberto Costa/João Paulo ficou apenas em terceiro lugar na disputa pela prefeitura do Recife, perdendo para o eleito Geraldo Julio e o neófito Daniel Coelho. Uma sucessão de lambanças fez com que o PT saísse de protagonista político a mero coadjuvante do cenário pernambucano, sendo um cachorro vira-lata que ninguém quer se juntar.

O PT não tem um nome para lançar ao governo de Pernambuco no ano que vem. Humberto está morto politicamente, João Paulo não tem coragem cívica para ir a uma disputa inglória, as demais lideranças ameaçam largar o barco, como é o caso de João da Costa, André Campos e alguns outros que podem migrar para siglas do entorno de Eduardo Campos antes de setembro que é o prazo que se encerra para a filiação de quem quer disputar algum mandato eletivo no ano que vem.

Pra piorar a situação do PT, a candidatura de Eduardo Campos se torna cada vez mais uma realidade, que mesmo que não venha a ter força nacionalmente, o que não é o caso, colocará os adversários do socialista como verdadeiros leprosos políticos aqui no estado, e o PT se inclui neste rol.

A autofagia petista levou o partido em Pernambuco a perder representatividade e ser apenas uma legenda secundária que perdeu a identidade e o respaldo político de outrora.

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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