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Postado por Edmar Lyra às 1:24 am do dia 17 de março de 2012

Vai mal.

Por Arthur Virgílio*

Lisboa – O governo Dilma Rousseff está paralisado. Não realiza as obras dos PACs por inapetência administrativa e/ou por restrições naturais que o TCU opõe a superfaturamentos e corrupção. Montou base “aliada” fisiológica, exageradamente numerosa, disforme, sem identidade, sem programa de país que supostamente pudesse uni-la.

Em apenas 14 meses, Dilma perdeu 14 Ministros, a maioria deles sob pesadas acusações de corrupção. Falta expelir a extensa lista dos incompetentes.

Inexiste a articulação política. Dilma entende pouco do assunto e as peças-chave do seu esquema são neófitas, conhecem pouco Brasília, desconhecem os meandros de cada partido, parecem matutos deslumbrados com os arranha-céus da cidade grande.

A Presidente virou refém do mais deslavado “toma-lá-dá-cá” da história brasileira. O projeto montado por Lula funcionava porque ele, inegavelmente, é hábil político e porque tinha a protegê-lo as reformas do período Fernando Henrique, e a conjuntura internacional extremamente benigna. Agora, a margem de manobra é menor e, paradoxalmente, as demandas dos “aliados” são maiores, até porque o exército do rei Xerxes, flácido, frouxo, sem combatividade, era o maior do mundo.

A oposição precisa encontrar o seu viés, numa e noutra Casa. Vozes isoladas a representam e isso dá fôlego a um governo fraco, deficiente, incompetente e inseguro.

A corrupção grassa e o exemplo vem de cima. Não há tecido da máquina oficial que, espremido, não produza secreção purulenta. O aparelhamento político do Estado, com fins corruptos, chegou ao paroxismo. As agências reguladoras viraram apêndices dos Ministérios, perderam a independência, elas que nasceram para representar o Estado, que é permanente, e não os governos, que são transitórios, e que deveriam também proteger os interesses dos consumidores, hoje ignorados.

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, admite ter recebido R$50 mil do laboratório Hipolabor, quando dirigia a Anvisa. A Procuradoria–Geral da República afirma tratar-se de suborno. O acusado, “defende-se” dizendo tratar-se de “empréstimo” que fez a um lobista da União Química, outra indústria farmacêutica, e que esses R$50 mil seriam o ressarcimento do empréstimo.

Por que o lobista de uma empresa pagaria “empréstimo” através de uma concorrente? E é justo, legal, decente, legítimo, um dirigente de agência reguladora “emprestar” dinheiro a lobista de setor que ele deveria fiscalizar com rigor, isenção, sem promiscuidades?

O Brasil está virando um “clube dos cafajestes”. Os exemplos dados às novas gerações são os da amoralidade e da imoralidade.

Nesse rumo, não iremos a lugar nenhum. Sermos o 6o PIB do mundo, com renda cruelmente repartida e corrupção institucionalizada, nos define como uma grande republiqueta, jamais como uma grande nação.

*Diplomata, foi líder do PSDB no Senado.

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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