Joaquim Barbosa não tem paciência para ser presidente 

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa foi recentemente lançado como presidenciável do PSB, porém fez uma afirmação polêmica quando disse que precisava se convencer de ser candidato. Se ele não está convencido de ser candidato como poderá convencer o eleitor a votar nele? Essa dúvida deverá fragilizar sua postulação, mas é apenas um dos problemas que cercam a candidatura dele.

De caráter explosivo, Joaquim Barbosa renunciou ao cargo de ministro do STF numa saída até hoje mal explicada. Mas se ele não aguentou ser ministro do STF que são verdadeiros “deuses”, sem nunca serem contrariados, imagine o cargo de presidente que requer jogo de cintura, capacidade de articulação e convencimento dos seus projetos?

Essa conta não é fácil de ser fechada porque no primeiro questionamento da imprensa, de eleitores ou de adversários ele poderá ter respostas altamente grosseiras bem ao estilo peculiar de Ciro Gomes, o que tende a fazer com que ele perca aliados ao longo da campanha presidencial. Uma eventual vitória dele, o fragilizaria para o governo, uma vez que ele não tem a menor cara de que irá negociar com o Congresso, podendo aumentar consideravelmente a crise política que insiste em permanecer no nosso dia a dia.

A sua candidatura tem sido vista em Brasília muito mais por conta de o PSB barganhar com o PT alguns governos estaduais, como a retirada de Marília Arraes em Pernambuco, do que propriamente um projeto de país. É pouco provável que ele venha transformar essa postulação em competitiva porque mesmo atingindo o discurso da ética, Joaquim tem o telhado de vidro de ser explosivo e isso numa eleição de tiro curto é extremamente complicada a sua manutenção no pleito sobretudo com o advento das redes sociais que servem para levantar nomes e destrui-los em questão de tempo.

Estadual – O vereador do Recife Marco Aurélio, primeiro-secretário da Câmara Municipal, decidiu que será candidato a deputado estadual. A sua entrada pelo PRTB, que poderá eleger até três  parlamentares, faz dele um dos nomes favoritos a se eleger na chapinha de estadual. Marco já está no segundo mandato no Recife e precisa dar o salto para a Alepe.

Fragilidade – Na ótica palaciana o evento realizado por Mendonça Filho para debater educação foi uma prévia de sua fragilidade, pois mesmo tendo levado o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, Mendonça só conseguiu mobilizar quatro prefeitos e apenas uma deputada estadual e um deputado federal. O Palácio tem absoluta certeza que Mendonça será candidato a deputado federal.

Candidaturas – Muitos ex-vereadores que perderam a eleição na disputa passada estão se movimentando para serem candidatos a deputado estadual. Eles seguem iludidos acreditando que o eleitor dará alum tipo de chance. Os que estão imaginando que depois de perder a eleição irão conquistar um mandato em 2018 é importante tirar cavalinho da chuva.

Visita – O governador Paulo Câmara visita, neste sábado, o bairro do Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife, para acompanhar mais uma edição da Ação de Cidadania do Governo Presente. A iniciativa vai oferecer uma série exames gratuitamente, com resultados na hora, como testes de glicemia, de HIV e hepatite, aferição de pressão e prevenção ao câncer de colo de útero. A ação será realizada na Escola de Referência Professor Trajano de Mendonça (EREM), das 8h às 12h.

RÁPIDAS

Risco – Pela primeira vez em muitos anos de mandato, o ex-presidente da Alepe, deputado Romário Dias entrará na eleição correndo um sério risco de derrota. Ele obteve 42 mil votos eleição passada e precisará atingir 50 mil votos para não tomar sustos.

Redução – Depois de eleger três deputados federais em 2014, o PSDB, que perdeu recentemente Daniel Coelho, só deverá reeleger Bruno Araújo para a Câmara dos Deputados. A sigla tucana só tem Bruno de competitivo, os demais nomes não devem nem chegar perto do mandato.

Inocente quer saber – Raul Henry pode comemorar a manutenção em definitivo do comando do MDB de Pernambuco?