
O presidente nacional do Cidadania, o pernambucano Roberto Freire, afirmoun nessa segunda-feira, 3, em nota que apoiará o ex-presidente Lula (PT) no segundo turno da eleição presidencial contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). No texto, Freire ressalta que a executiva nacional do partido ainda se reunirá nesta terça-feira, 4, para deliberar sobre o assunto.
No primeiro turno, Cidadania se coligou com MDB, Podemos e PSDB em torno da candidata Simone Tebet (MDB), que ficou em terceiro lugar com 4,16% dos votos válidos. “Contra a descrença de muitos, nossa candidata, Simone Tebet, cumpriu o papel de discutir o Brasil e as soluções para os problemas que afligem os brasileiros: fome, desemprego, inflação alta, estagnação econômica, entre outros”, diz a nota divulgada por Freire (leia íntegra abaixo). “Informo ainda que encaminhei à Executiva Nacional, que se reúne nesta terça-feira, às 12h00, posicionamento a favor de que o partido declare apoio a Lula no 2º turno”, afirma Freire.
Simone deu prazo a partidos
Na noite deste domingo, quando Bolsonaro e Lula já tinham sido confirmados no segundo turno, Simone Tebet fez um pronunciamento breve e disse que não ficará neutra em relação à disputa. A candidata, no entanto, não revelou qual candidato apoiará – e disse que esperaria 48 horas para que os partidos da coligação emitissem seus posicionamentos.
“Quero dizer, com todo o respeito, respeito o processo eleitoral, que não terminou agora porque agora é hora de os presidentes dos nossos partidos se posicionarem e se pronunciarem. Eu espero que o façam e o façam rapidamente para que depois eu possa, como candidata à Presidência que fui, nesse momento tão complexo, onde nós temos, sim, que analisar os resultados da urna, para que eu possa me posicionar”, afirmou a emedebista.
Busca por novos apoios
Nos próximos dias, a campanha de Lula ao Planalto espera reiniciar os movimentos feitos recentemente de declarações de apoio ao petista. O ex-presidente disputou o primeiro turno em uma coligação com dez partidos (PT, PSB, PCdoB, PSOL, Rede, PV, Pros, Avante, Agir e Solidariedade), repetindo o recorde de alianças da candidatura de Dilma Rousseff nas eleições 2010. Para reforçar a imagem de uma “frente ampla” contra Bolsonaro, a campanha investiu na atração de políticos e setores que, em outras ocasiões, haviam se posicionado de forma contrária ao PT.
Para o primeiro turno, a construção teve início com o anúncio do ex-governador Geraldo Alckmin como candidato a vice-presidente. Depois, somaram-se à campanha ex-ministros dos governos Itamar Franco, José Sarney, Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer, artistas, religiosos e intelectuais.
A campanha de Jair Bolsonaro também se movimenta por novos apoios. Ainda no domingo, Bolsonaro disse que se reuniria nesta semana com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), reeleito em primeiro turno. Felipe d’Avila, que era o candidato do Novo à presidência, ficou em sexto na eleição. Nesta segunda, o PSC – que havia se mantido neutro no primeiro turno – declarou que apoia Jair Bolsonaro na segunda rodada de votação.
Íntegra
Leia abaixo a íntegra da nota divulgada por Roberto Freire:
Nota oficial
Como presidente nacional do Cidadania, saúdo o processo democrático que culminou na ida de Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro para o 2º turno das eleições presidenciais, que ocorreram de forma pacífica.
Contra a descrença de muitos, nossa candidata, Simone Tebet, cumpriu o papel de discutir o Brasil e as soluções para os problemas que afligem os brasileiros: fome, desemprego, inflação alta, estagnação econômica, entre outros.
Simone emerge como uma liderança nacional que terá voz ativa e participação nos processos decisórios que terão desenlace a partir desta terça-feira e se aprofundarão a partir de 31 de outubro de 2022. A Justiça Eleitoral e nossas instituições saem fortalecidas.
Informo ainda que encaminhei à Executiva Nacional, que se reúne nesta terça-feira, às 12h00, posicionamento a favor de que o partido declare apoio a Lula no 2º turno.
Roberto Freire
Presidente Nacional do Cidadania
Com informações do G1 Política



