
União Progressista: o novo centro de gravidade da política brasileira
Nesta terça-feira será oficializada a federação União Progressista, que unirá União Brasil e Partido Progressista. Não se trata apenas de um rearranjo burocrático, mas da consolidação de um novo centro de gravidade na política nacional. O movimento é sintomático de um Congresso cada vez mais pragmático, em que a lógica da governabilidade se sobrepõe a qualquer discurso ideológico.
União Brasil e Progressistas, sozinhos, já eram legendas de peso, com bancadas expressivas e capilaridade nos estados. Juntas, passam a constituir a maior federação do país, tornando-se praticamente incontornáveis para qualquer projeto de poder. A mensagem é clara: quem quiser governar o Brasil a partir de 2026 precisará negociar de forma prioritária com esse novo bloco. A União Progressista nasce como fiel da balança, capaz de dar estabilidade a um presidente ou de inviabilizar sua agenda.
O impacto eleitoral é imediato. A federação não apenas soma tempo de televisão e recursos robustos de fundo partidário, mas também estrutura uma máquina com milhares de prefeitos, vereadores e lideranças locais. Isso faz diferença em cada palanque estadual e obriga candidatos a governador a buscarem acomodação com o novo grupo. Em um país de dimensões continentais, a capilaridade é tão importante quanto as alianças nacionais. A União Progressista sabe disso — e jogará com esse trunfo. [Ler mais …]















