Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

  • Início
  • Sobre
  • Pernambuco
  • Brasil
  • Contato

Postado por Edmar Lyra às 2:26 am do dia 7 de setembro de 2013 Deixe um comentário

Na contramão da modernidade.

Por Terezinha Nunes, deputada estadual pelo PSDB

A Constituição Brasileira em seu artigo 37, inciso II. obriga a realização de concurso para ingresso no serviço público. Diz, textualmente, que a admissão deve se dar através de “concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargos em comissão, de livre nomeação e exoneração”.

Nada mais cristalino.

País do “jeitinho”, porém, o Brasil criou o chamado “contrato temporário” que, em Pernambuco, data de 1993 quando a lei estadual 10.954 permitiu contratações deste tipo. Restringindo-as, porém, aos serviços de saúde emergenciais, contratos de professores substitutos e em calamidades públicas. Falava-se em contratos por dois anos prorrogáveis por mais dois.

Em 2011, porém, já na segunda administração do atual governador, uma nova lei, a 14.547, prorrogou os contratos para seis anos, dois a mais do que o mandato do governador, e autorizou contratrações diversas além das previstas na lei anterior.

Daí para a frente, o que, pela legislação, era temporário ,virou quase permanente e o concurso, que deveria ser permanente, hoje é quase temporário porque passou a ser exceção e quase não acontece.

Por conta disso, em maio deste ano, o Tribunal de Contas  aprovou, com  ressalvas, as contas do Governo do Estado em 2011 ao contatar que, de 2008 a 2011 – em apenas três anos – o governo ampliou em 100% os contratos temporários quando, no mesmo período, aumentou em apenas 1% os contratados através de concurso público.

Em 2008 existiam em Pernambuco 13.839 contratados de forma temporária. Em 2011 o número estava em 27.687. Contrata-se temporário para tudo, para toda e qualquer especialidade.

Para se ter uma ideia de como anda a situação, em nosso estado seis secretarias só dispõem em seus quadros de funcionários temporários. São elas: Cidades, Recursos Hídricos, Meio Ambiente, Criança e Juventude, da Mulher e do Trabalho e Empreendedorismo. Os temporários não precisam estudar e ser concursados: enviam os currículos e são selecionados, não se sabe com que critério.

Na área de educação o problema é maior ainda. Dos  temporários 92% são professores. Em 2008 eram 10 mil e em 2011 passaram a 20 mil. No total de professores atualmente em sala de aula 40% são temporários e 60% permanentes quando a Lei Federal 8.745/1993 diz que os substitutos ou visitantes não podem chegar a mais de 20% dos efetivos. Na área de saúde a situação é parecida. Os temporários cada vez mais tomam os lugares dos permanentes.

O TCE recomendou ao estado a correção da situação mas, infelizmente, isso não tem acontecido. De maio – quando o tribunal julgou as contas e expôs o problema – até o final de agosto deste ano, o Governo autorizou órgãos diversos a contratar mais 3 mil temporários.

O que está acontecendo? É difícil explicar até porque Pernambuco nunca esteve tão bem de aumento de arrecadação como nos últimos anos.

Quando ao governador Eduardo Campos, ele tem pregado pelo país que faz uma administração moderna. Mas não estaria, no caso do funcionalismo, na contramão da modernidade que prega?

Curtas

Defecções – Além dos deputados estaduais André Campos (PT), Clodoaldo Magalhães e Marco Antonio Dourado(PTB), que vão ingressar no PSB até o dia 05 de outubro, mais dois deputados da base governista – Mari Gouveia e Rildo Braz (PHS) – devem ingressar no PDT.

PSOL – Até agora só o PSOL anda realmente disposto a formar uma chapinha de pequenos partidos para a eleição de 2014. As demais legendas pequenas tendem a se coligar com os partidos maiores na eleição para a Alepe, o que reduz a possibilidade de eleição de deputados estaduais com menos de 30 mil votos, como aconteceu em 2010.

Filhos – Ao contrário da eleição de 2010, para 2014 não há novos candidatos a deputado estadual filhos de prefeitos ou de outros chefes políticos importantes do estado, com reais chances de vitória. Desta forma, a bancada dos menudos da Alepe, como são chamados estes deputados, tende a diminuir ou quase desaparecer.

WhatsApp
Compartilhar
Twittar
Compartilhar

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: terezinha nunes

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Siga-me nas redes sociais

  • Facebook
  • Instagram
  • LinkedIn
  • Twitter

 

Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

Saiba mais

Posts Populares

Simão Durando acompanha início da iluminação publica na primeira etapa da BR-407 duplicada
Dez anos da epidemia de microcefalia serão marcados por reunião de famílias em culto ecumênico
OAB Olinda propõe projetos de lei para valorização da mulher advogada e regulamentação de honorários em processos administrativos
Raquel cria grupo de trabalho por líderes de seu grupo na Alepe
Copergás atinge 100 mil lares conectados e lidera expansão residencial do Gás Natural no Nordeste
Eduardo da Fonte e Edmilson Cupertino defendem proteção dos direitos das mulheres de Moreno em reunião com a ministra da Mulher
Mendonça Filho critica aumento do IOF: “mais uma vez, Governo do PT aumenta imposto e sacrifica ainda mais o brasileiro”
Defesa de Bolsonaro pede a Moraes suspensão de audiências no STF
Mariana Nunes fortalece o Democracia Cristã em Pernambuco e amplia bases do partido visando 2026
Lula sanciona lei e cria o Dia Nacional do Brega

Siga-me nas redes sociais

  • Facebook
  • Instagram
  • LinkedIn
  • Twitter

Lista de Links

  • Celebridades
  • Minha Saúde
  • Nocaute
  • Radar dos Concursos
  • Torcida

Copyright © 2025 · Atlas Escolar On Genesis Framework · WordPress · Login

WhatsApp
Compartilhar
Twittar
Compartilhar