Em meio à postura crítica adotada pela senadora Marta Suplicy (PT) contra o próprio partido, outras siglas começaram o processo de sondagem da petista. Nos bastidores, o PSB se articula e mantém conversas com a senadora na intenção de atraí-la para o partido. Na última sexta (27), o colega de bancada e senador pernambucano, Fernando Bezerra Coelho (PSB), almoçou com Marta, em São Paulo, ao lado do vice-governador do Estado, Márcio França. O assunto girou em torno da insatisfação partidária da petista e no desejo de que ela ingressasse no PSB. Os encontros costurados pelos socialistas estão sendo chamados de “operação Marta Suplicy”.
Um parlamentar do PSB também comentou sobre a possibilidade de entrada de Suplicy no partido: “Ela faz aniversário em março. A lista da festa vai dizer se o coração dela virou socialista ou se ainda continua petista”, disse o deputado, à coluna Painel, da Folha de S. Paulo, neste domingo (1º).
No início de janeiro, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a ex-ministra da Cultura fez uma série de críticas à presidente Dilma Rousseff e aos rumos do PT, partido que ajudou a fundar. Segundo ela, “ou o PT muda ou acaba”.
Dentro do PT, Marta sempre agiu de maneira mais independente, chegando, inclusive, a articular uma volta do ex-presidente Lula. As movimentações da senadora, atualmente, giram em torno da Prefeitura de São Paulo, em 2016.
Como o PT já tem o atual prefeito Fernando Haddad como candidato, apesar das avaliações pouco otimistas da gestão, o nome de Marta até poderia ser viabilizado, mas não é certeza. No PSB, ela ganharia musculatura para ingressar na cabeça de chapa.
Na entrevista ao Estado de S. Paulo, Marta assumiu o descontentamento com os rumos do PT. “Cada vez que abro um jornal, mais fico estarrecida com os desmandos. É esse o partido que ajudei a criar?”.
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