Um dia após o panelaço realizado durante a exibição do pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão da presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, na sede de seu instituto na capital, um dos articuladores políticos do governo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) João Pedro Stédile, representantes de movimentos sociais e lideranças sindicais.
Essas lideranças demonstraram preocupação com a atual crise política que o País atravessa e não pouparam de críticas este início de segundo mandato de Dilma, em razão das medidas de ajuste fiscal elaboradas pela equipe econômica. Apesar das críticas, garantiram que irão para as ruas defender a legitimidade do mandato da presidente Dilma Rousseff.
Na próxima sexta-feira, esses movimentos farão uma mobilização nacional em defesa da Petrobras, em defesa dos direitos da classe trabalhadora, contra o financiamento privado de campanhas eleitorais e em favor de um Plebiscito Constituinte para a reforma do sistema político brasileiro e contra o impeachment de Dilma. Este movimento está sendo classificado como uma espécie de ‘resposta antecipada’ às manifestações organizadas para o dia 15 de março, pelas redes sociais.
Após o encontro com Lula nesta segunda-feira, o subsecretário de Relações do Trabalho da CUT, Pedro Armengol, disse que a entidade é contrária às MPs 664 e 665 – que estabelecem novas regras para acesso a benefícios previdenciários como Abono Salarial, Seguro Desemprego e Auxílio Doença. “A CUT não vai abrir mão dos direitos dos trabalhadores”, disse o sindicalista, mas reiterou que a defesa do governo continuará contra o que ele classifica de “golpistas ligados a movimentos conservadores que desejam um terceiro turno das eleições”.
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