É de se estranhar as notícias veiculadas hoje sobre a nova estrutura da Câmara de vereadores de Jaboatão. No dia 14 de janeiro, a imprensa noticiou que a Câmara de Jaboatão, através do projeto 001/2015, iria extinguir 150 cargos comissionados, reduzindo de 500 para 350. Ainda de acordo com a notícia, a intenção era criar condições a fim de atender a orientação do Tribunal de Contas do Estado (TCE): a realização de concurso público.
Os nobres vereadores chegaram a afirmar que a medida era um “corte na própria carne” já que a estrutura de cada gabinete sofreria uma redução de 13 para quatro cargos e que estariam dando um exemplo para todo Brasil com tal medida.
Me parece que a história foi mal contada. Com a sanção da Lei n.º 1.158/2015, ao contrário dos 300 cargos anunciados, a câmara passa a contar com 415 cargos. Alguns deles, inclusive, não se explicam com a simples leitura da matéria.
Além da Câmara não ter estrutura física para acomodar tantos cargos administrativos, acredito que o cidadão jaboatonense gostaria de saber quais funções irão desempenhar os 150 assessores administrativos, com salários de R$ 5.000,00 mensais, e os 60 assistentes administrativos, com salários de R$ 3.000,00 por mês.
Parece que o nosso Parlamento, assim como ocorre em outros poderes, também tem dificuldades em entender o recado que a população vem tentando mandar. O movimento dos jovens, que foram às ruas e que já se articulam para voltar, deveria servir para motivar a classe política a repensar a postura e os ideais de como contribuir para uma sociedade melhor, pois a população brasileira está cansada de pagar altos tributos e não ser recompensada.
Ocupo cargo em comissão e sei da importância de parlamentares serem bem assessorados, mas continuando achando que os cargos acima são injustificáveis até que alguém os justifique.
Rodrigo Dantas
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