
A possível federação entre o MDB e o Republicanos, ventilada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, à CNN Brasil, tem ganhado força nos bastidores e pode consolidar uma das maiores bancadas do Congresso Nacional. Considerada mais viável do que outras articulações, como uma união entre Republicanos e PSDB, a federação é vista com bons olhos por líderes das duas siglas.
Atualmente, MDB e Republicanos somam 88 deputados federais — 44 de cada partido — e, com a abertura da janela partidária em abril, o número pode ultrapassar os 100 parlamentares. O grupo conta com o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem atuado como um dos principais articuladores do movimento.
No Senado, a nova federação teria 11 integrantes, sendo 10 senadores do MDB e 1 do Republicanos. Já no comando dos governos estaduais, os partidos acumulam cinco estados, três sob liderança do MDB e dois do Republicanos, fortalecendo sua presença em todas as regiões do país.
Em Pernambuco, o Republicanos é liderado pelo ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, enquanto o MDB é comandado pelo ex-deputado federal Raul Henry. A legenda passará por uma eleição interna no próximo dia 24, quando Henry enfrentará o deputado estadual Jarbas Filho, filho do ex-governador Jarbas Vasconcelos.
A federação entre MDB e Republicanos tem potencial para se tornar um polo influente nas articulações rumo às eleições de 2026, oferecendo maior coesão partidária, capilaridade eleitoral e poder de negociação junto ao governo federal e demais forças políticas. Com Hugo Motta à frente da Câmara e lideranças consolidadas em nível estadual, o novo grupo pode redefinir o equilíbrio de forças no Congresso e ampliar sua influência no cenário político nacional.



