O advogado Bernardo Fenelon, responsável pela defesa do tenente-coronel Mauro Cid, divulgou uma nota afirmando que seu cliente permaneceu em silêncio durante o depoimento à Polícia Federal devido à falta de acesso prévio aos autos. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro é acusado de possuir uma minuta em seu celular que sugeria a implementação de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Segundo o advogado, Cid dará explicações sobre as acusações assim que tiver acesso aos documentos que embasam a investigação. A defesa ressaltou que o acesso aos autos é um direito constitucional de todo investigado.
Atualmente, Cid está detido desde maio sob a suspeita de fraude em cartões de vacina. Ele foi intimado pela PF a prestar depoimento na terça-feira (6), mas optou por permanecer em silêncio devido à falta de acesso aos autos. O advogado Fenelon informou que irá se restringir ao conteúdo da nota divulgada à imprensa e que ela não menciona especificamente os documentos encontrados como “supostas informações veiculadas pela imprensa”.
Leia abaixo a íntegra da nota:
A Defesa Técnica não obteve acesso aos autos que embasaram a determinação da oitiva realizada na data de ontem (6.5.2023). Por esse motivo, o cliente recorreu ao seu Direito Constitucional ao Silêncio.
Na oportunidade, foi informado à autoridade policial, bem como formalizado por meio de uma petição juntada no processo, que após o devido acesso à documentação que embasa a investigação – um direito constitucional de todo investigado – que o Cel. Mauro Cid estará à disposição para esclarecer tais fatos.
Sobre as supostas informações veiculadas pela imprensa, reiteramos que todas as manifestações defensivas, por respeito ao Supremo Tribunal Federal, serão realizadas tão somente nos autos do processo.
Bernardo Fenelon
