
A Comissão Parlamentar de Inquérito do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) aprovou a convocação do presidente do movimento, João Pedro Stédile, por 16 votos a 6, juntamente com a convocação do presidente da FNL (Frente Nacional de Luta), José Rainha. Os congressistas da oposição se opuseram à retirada dos requerimentos de pauta, enquanto os governistas defenderam que Stédile e Rainha fossem convidados, tornando facultativa sua presença no colegiado, em nome da “diplomacia”.
A convocação implica na obrigatoriedade de ambos comparecerem à sessão na Câmara dos Deputados, embora ainda não haja uma data definida para os depoimentos. O deputado Kim Kataguiri, autor dos requerimentos e vice-presidente da comissão, afirma que a convocação visa “esclarecer” a atuação dos líderes mencionados.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, argumentou novamente que a comissão possui um “relatório pronto” com o intuito de criminalizar o movimento, destacando que “as posições do relator e da maioria dessa comissão já tratam o MST como um criminoso”.
Essa não é a primeira vez que os pedidos dos governistas são rejeitados pela comissão. Até o início da CPI, todos os quatro requerimentos rejeitados pelos congressistas eram do PT.


